O peculiar 'espírito público' do PT


Por Redação

Em termos singelos, ter espírito público significa colocar os interesses da comunidade acima de interesses pessoais ou de grupos. No trato da coisa pública - por exemplo, no governo de um país - a aplicação rigorosa desse princípio é fundamento indispensável, porque os interesses nacionais nem sempre coincidem com os interesses ocasionais dos grupos políticos que empolgam o poder. Estes tendem a priorizar ações governamentais que favoreçam sua ambição - nem por isso menos legítima - de se manter no poder. A isso se dá o nome de interesse eleitoral. Do bom governante espera-se a coragem de fazer o que precisa ser feito em benefício do bem comum, o que eventualmente - principalmente em situações de crise - implica adotar medidas que contrariem os interesses eleitorais imediatos dos grupos políticos que o sustentam. Em outras palavras, não dá para governar cumprindo exclusivamente uma agenda artificial de boas notícias talhadas sob medida para alimentar campanhas eleitorais. Fazer um país andar para a frente não é responsabilidade apenas do governo, mas de toda a sociedade. Governar, portanto, significa envolver a sociedade no processo inevitavelmente difícil de construir o futuro. A alternativa é o populismo, que reduz o cidadão à condição de eleitor manipulado por uma máquina de fabricar ilusões. Assim, um governo que se pretende democrático e progressista ou bem se conduz em obediência ao espírito público, ou bem cede à pressão dos interesses menores e se rende ao populismo. Este é o grande dilema que o governo de Dilma Rousseff enfrenta ao ingressar na segunda metade de seu mandato. As lideranças do PT - partido que nasceu "ideológico" e no poder se tornou deslavadamente populista - andam extremamente preocupadas com os rumos do governo Dilma. O cumprimento das metas otimistas triunfalmente anunciadas, especialmente na área econômica, é no momento a grande pedra no sapato dos mais influentes líderes petistas, segundo revela o jornal Valor (17/1). E essa preocupação é agravada pelo fato de que todos consideram que, a partir de agora, a campanha presidencial de 2014 está nas ruas e é imprescindível, portanto, atentar para o efeito eleitoral das principais ações governamentais. Ou seja, "sincronizar as agendas do PT, do Lula e da Dilma". E é aí, evidentemente, para colocar a questão nos termos enunciados pelo alto dirigente petista citado pelo Valor, que PT, Lula e Dilma podem entrar em rota de colisão. A hipótese, no entanto, nos parece inteiramente improvável, a menos que a presidente imponha o espírito público na condução do governo.O que parece bastante provável é que, nos próximos meses, a relação entre o governo e o principal partido que o apoia adquira certa tensão. Está claro que, a partir de agora, o PT não está interessado em governar o País, mas em vencer as eleições de 2014. É a inversão do princípio de que os partidos políticos querem ganhar eleições para chegar ao poder. O PT quer usar o poder para ganhar eleições e para tanto não hesitará em fazer rigorosamente tudo o que for necessário. Essa é sua visão muito peculiar de espírito público. Dessa perspectiva, Lula & Cia. têm de fato motivos de sobra para se preocuparem. Na contramão das previsões otimistas de Dilma e, principalmente, do ministro Guido Mantega, a economia patina e cambaleia à custa de um amplo repertório de artifícios como incentivos fiscais, financiamento do consumo e imposição de freios ao reajuste do preço de serviços públicos. A aparelhada máquina do governo dá demonstrações repetidas de enorme incompetência no cumprimento do cronograma de obras de impacto na área de infraestrutura, anunciadas como prioritárias. No setor de energia, o desempenho público do ministro Lobão seria cômico, se não fosse trágico, pois demonstra diariamente que não entende nada do assunto ou é mal informado. Talvez os dois. Nesse quadro, aguarda-se a "visita" que Lula, de volta à cena política, fará a Dilma nos próximos dias. O encontro poderá marcar um episódio importante no confronto dos interesses do PT com o espírito público.

Em termos singelos, ter espírito público significa colocar os interesses da comunidade acima de interesses pessoais ou de grupos. No trato da coisa pública - por exemplo, no governo de um país - a aplicação rigorosa desse princípio é fundamento indispensável, porque os interesses nacionais nem sempre coincidem com os interesses ocasionais dos grupos políticos que empolgam o poder. Estes tendem a priorizar ações governamentais que favoreçam sua ambição - nem por isso menos legítima - de se manter no poder. A isso se dá o nome de interesse eleitoral. Do bom governante espera-se a coragem de fazer o que precisa ser feito em benefício do bem comum, o que eventualmente - principalmente em situações de crise - implica adotar medidas que contrariem os interesses eleitorais imediatos dos grupos políticos que o sustentam. Em outras palavras, não dá para governar cumprindo exclusivamente uma agenda artificial de boas notícias talhadas sob medida para alimentar campanhas eleitorais. Fazer um país andar para a frente não é responsabilidade apenas do governo, mas de toda a sociedade. Governar, portanto, significa envolver a sociedade no processo inevitavelmente difícil de construir o futuro. A alternativa é o populismo, que reduz o cidadão à condição de eleitor manipulado por uma máquina de fabricar ilusões. Assim, um governo que se pretende democrático e progressista ou bem se conduz em obediência ao espírito público, ou bem cede à pressão dos interesses menores e se rende ao populismo. Este é o grande dilema que o governo de Dilma Rousseff enfrenta ao ingressar na segunda metade de seu mandato. As lideranças do PT - partido que nasceu "ideológico" e no poder se tornou deslavadamente populista - andam extremamente preocupadas com os rumos do governo Dilma. O cumprimento das metas otimistas triunfalmente anunciadas, especialmente na área econômica, é no momento a grande pedra no sapato dos mais influentes líderes petistas, segundo revela o jornal Valor (17/1). E essa preocupação é agravada pelo fato de que todos consideram que, a partir de agora, a campanha presidencial de 2014 está nas ruas e é imprescindível, portanto, atentar para o efeito eleitoral das principais ações governamentais. Ou seja, "sincronizar as agendas do PT, do Lula e da Dilma". E é aí, evidentemente, para colocar a questão nos termos enunciados pelo alto dirigente petista citado pelo Valor, que PT, Lula e Dilma podem entrar em rota de colisão. A hipótese, no entanto, nos parece inteiramente improvável, a menos que a presidente imponha o espírito público na condução do governo.O que parece bastante provável é que, nos próximos meses, a relação entre o governo e o principal partido que o apoia adquira certa tensão. Está claro que, a partir de agora, o PT não está interessado em governar o País, mas em vencer as eleições de 2014. É a inversão do princípio de que os partidos políticos querem ganhar eleições para chegar ao poder. O PT quer usar o poder para ganhar eleições e para tanto não hesitará em fazer rigorosamente tudo o que for necessário. Essa é sua visão muito peculiar de espírito público. Dessa perspectiva, Lula & Cia. têm de fato motivos de sobra para se preocuparem. Na contramão das previsões otimistas de Dilma e, principalmente, do ministro Guido Mantega, a economia patina e cambaleia à custa de um amplo repertório de artifícios como incentivos fiscais, financiamento do consumo e imposição de freios ao reajuste do preço de serviços públicos. A aparelhada máquina do governo dá demonstrações repetidas de enorme incompetência no cumprimento do cronograma de obras de impacto na área de infraestrutura, anunciadas como prioritárias. No setor de energia, o desempenho público do ministro Lobão seria cômico, se não fosse trágico, pois demonstra diariamente que não entende nada do assunto ou é mal informado. Talvez os dois. Nesse quadro, aguarda-se a "visita" que Lula, de volta à cena política, fará a Dilma nos próximos dias. O encontro poderá marcar um episódio importante no confronto dos interesses do PT com o espírito público.

Em termos singelos, ter espírito público significa colocar os interesses da comunidade acima de interesses pessoais ou de grupos. No trato da coisa pública - por exemplo, no governo de um país - a aplicação rigorosa desse princípio é fundamento indispensável, porque os interesses nacionais nem sempre coincidem com os interesses ocasionais dos grupos políticos que empolgam o poder. Estes tendem a priorizar ações governamentais que favoreçam sua ambição - nem por isso menos legítima - de se manter no poder. A isso se dá o nome de interesse eleitoral. Do bom governante espera-se a coragem de fazer o que precisa ser feito em benefício do bem comum, o que eventualmente - principalmente em situações de crise - implica adotar medidas que contrariem os interesses eleitorais imediatos dos grupos políticos que o sustentam. Em outras palavras, não dá para governar cumprindo exclusivamente uma agenda artificial de boas notícias talhadas sob medida para alimentar campanhas eleitorais. Fazer um país andar para a frente não é responsabilidade apenas do governo, mas de toda a sociedade. Governar, portanto, significa envolver a sociedade no processo inevitavelmente difícil de construir o futuro. A alternativa é o populismo, que reduz o cidadão à condição de eleitor manipulado por uma máquina de fabricar ilusões. Assim, um governo que se pretende democrático e progressista ou bem se conduz em obediência ao espírito público, ou bem cede à pressão dos interesses menores e se rende ao populismo. Este é o grande dilema que o governo de Dilma Rousseff enfrenta ao ingressar na segunda metade de seu mandato. As lideranças do PT - partido que nasceu "ideológico" e no poder se tornou deslavadamente populista - andam extremamente preocupadas com os rumos do governo Dilma. O cumprimento das metas otimistas triunfalmente anunciadas, especialmente na área econômica, é no momento a grande pedra no sapato dos mais influentes líderes petistas, segundo revela o jornal Valor (17/1). E essa preocupação é agravada pelo fato de que todos consideram que, a partir de agora, a campanha presidencial de 2014 está nas ruas e é imprescindível, portanto, atentar para o efeito eleitoral das principais ações governamentais. Ou seja, "sincronizar as agendas do PT, do Lula e da Dilma". E é aí, evidentemente, para colocar a questão nos termos enunciados pelo alto dirigente petista citado pelo Valor, que PT, Lula e Dilma podem entrar em rota de colisão. A hipótese, no entanto, nos parece inteiramente improvável, a menos que a presidente imponha o espírito público na condução do governo.O que parece bastante provável é que, nos próximos meses, a relação entre o governo e o principal partido que o apoia adquira certa tensão. Está claro que, a partir de agora, o PT não está interessado em governar o País, mas em vencer as eleições de 2014. É a inversão do princípio de que os partidos políticos querem ganhar eleições para chegar ao poder. O PT quer usar o poder para ganhar eleições e para tanto não hesitará em fazer rigorosamente tudo o que for necessário. Essa é sua visão muito peculiar de espírito público. Dessa perspectiva, Lula & Cia. têm de fato motivos de sobra para se preocuparem. Na contramão das previsões otimistas de Dilma e, principalmente, do ministro Guido Mantega, a economia patina e cambaleia à custa de um amplo repertório de artifícios como incentivos fiscais, financiamento do consumo e imposição de freios ao reajuste do preço de serviços públicos. A aparelhada máquina do governo dá demonstrações repetidas de enorme incompetência no cumprimento do cronograma de obras de impacto na área de infraestrutura, anunciadas como prioritárias. No setor de energia, o desempenho público do ministro Lobão seria cômico, se não fosse trágico, pois demonstra diariamente que não entende nada do assunto ou é mal informado. Talvez os dois. Nesse quadro, aguarda-se a "visita" que Lula, de volta à cena política, fará a Dilma nos próximos dias. O encontro poderá marcar um episódio importante no confronto dos interesses do PT com o espírito público.

Em termos singelos, ter espírito público significa colocar os interesses da comunidade acima de interesses pessoais ou de grupos. No trato da coisa pública - por exemplo, no governo de um país - a aplicação rigorosa desse princípio é fundamento indispensável, porque os interesses nacionais nem sempre coincidem com os interesses ocasionais dos grupos políticos que empolgam o poder. Estes tendem a priorizar ações governamentais que favoreçam sua ambição - nem por isso menos legítima - de se manter no poder. A isso se dá o nome de interesse eleitoral. Do bom governante espera-se a coragem de fazer o que precisa ser feito em benefício do bem comum, o que eventualmente - principalmente em situações de crise - implica adotar medidas que contrariem os interesses eleitorais imediatos dos grupos políticos que o sustentam. Em outras palavras, não dá para governar cumprindo exclusivamente uma agenda artificial de boas notícias talhadas sob medida para alimentar campanhas eleitorais. Fazer um país andar para a frente não é responsabilidade apenas do governo, mas de toda a sociedade. Governar, portanto, significa envolver a sociedade no processo inevitavelmente difícil de construir o futuro. A alternativa é o populismo, que reduz o cidadão à condição de eleitor manipulado por uma máquina de fabricar ilusões. Assim, um governo que se pretende democrático e progressista ou bem se conduz em obediência ao espírito público, ou bem cede à pressão dos interesses menores e se rende ao populismo. Este é o grande dilema que o governo de Dilma Rousseff enfrenta ao ingressar na segunda metade de seu mandato. As lideranças do PT - partido que nasceu "ideológico" e no poder se tornou deslavadamente populista - andam extremamente preocupadas com os rumos do governo Dilma. O cumprimento das metas otimistas triunfalmente anunciadas, especialmente na área econômica, é no momento a grande pedra no sapato dos mais influentes líderes petistas, segundo revela o jornal Valor (17/1). E essa preocupação é agravada pelo fato de que todos consideram que, a partir de agora, a campanha presidencial de 2014 está nas ruas e é imprescindível, portanto, atentar para o efeito eleitoral das principais ações governamentais. Ou seja, "sincronizar as agendas do PT, do Lula e da Dilma". E é aí, evidentemente, para colocar a questão nos termos enunciados pelo alto dirigente petista citado pelo Valor, que PT, Lula e Dilma podem entrar em rota de colisão. A hipótese, no entanto, nos parece inteiramente improvável, a menos que a presidente imponha o espírito público na condução do governo.O que parece bastante provável é que, nos próximos meses, a relação entre o governo e o principal partido que o apoia adquira certa tensão. Está claro que, a partir de agora, o PT não está interessado em governar o País, mas em vencer as eleições de 2014. É a inversão do princípio de que os partidos políticos querem ganhar eleições para chegar ao poder. O PT quer usar o poder para ganhar eleições e para tanto não hesitará em fazer rigorosamente tudo o que for necessário. Essa é sua visão muito peculiar de espírito público. Dessa perspectiva, Lula & Cia. têm de fato motivos de sobra para se preocuparem. Na contramão das previsões otimistas de Dilma e, principalmente, do ministro Guido Mantega, a economia patina e cambaleia à custa de um amplo repertório de artifícios como incentivos fiscais, financiamento do consumo e imposição de freios ao reajuste do preço de serviços públicos. A aparelhada máquina do governo dá demonstrações repetidas de enorme incompetência no cumprimento do cronograma de obras de impacto na área de infraestrutura, anunciadas como prioritárias. No setor de energia, o desempenho público do ministro Lobão seria cômico, se não fosse trágico, pois demonstra diariamente que não entende nada do assunto ou é mal informado. Talvez os dois. Nesse quadro, aguarda-se a "visita" que Lula, de volta à cena política, fará a Dilma nos próximos dias. O encontro poderá marcar um episódio importante no confronto dos interesses do PT com o espírito público.

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