Obama atende aos lobbies


Por Redação

O presidente Barack Obama poderá dificultar a conclusão das negociações globais de comércio - a Rodada Doha - e barrar a liberalização do comércio internacional. Estes são os sinais mais importantes de sua primeira manifestação sobre a política de comércio exterior de seu governo. O relatório anual do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o primeiro produzido na gestão de Obama, justifica o temor de uma política americana mais protecionista e mais sensível aos lobbies defensores de subsídios e barreiras. O documento reafirma o interesse americano em trabalhar pela conclusão da Rodada Doha, mas subordina esse resultado a duas condições importantes. Em primeiro lugar, é preciso, segundo o relatório, equilibrar as concessões e obrigações definidas no esboço de acordo posto sobre a mesa no ano passado. As concessões americanas são conhecidas e facilmente calculáveis, mas os benefícios para os trabalhadores, agricultores e a indústria dos Estados Unidos permanecem obscuros, por causa das amplas flexibilidades previstas para os outros, de acordo com o texto. Esses "outros" são essencialmente os países emergentes e em desenvolvimento, porque deles se cobram maiores concessões no comércio de bens industriais. Até este ponto, não há novidade em relação às cobranças apresentadas pelos negociadores do governo Bush. Alguns emergentes, como o Brasil, estavam preparados para apresentar ofertas importantes, na área industrial, em troca de concessões significativas dos americanos e europeus no comércio do agronegócio. Mas alguns parceiros, como Índia, China e Argentina, recusaram-se a fazer concessões tanto na área agrícola quanto na industrial. Na última fase das negociações, tanto emergentes quanto industrializados contribuíram para o impasse. A cobrança de mais concessões comerciais dos emergentes era previsível no reinício das discussões. Até aí, nenhum motivo especial para maior preocupação. Mas o presidente Barack Obama não parece disposto a simplesmente retomar as discussões no ponto onde foram interrompidas. "Se trabalharmos juntos, o comércio livre e equitativo, com adequada atenção aos objetivos sociais e ambientais e uma apropriada responsabilidade política, contribuirá poderosamente para o bem-estar nacional e global", segundo o relatório. A inclusão de objetivos "sociais e ambientais" na Rodada Doha pode complicar imensamente as negociações. Até a interrupção das conversações, no ano passado, os negociadores do Brasil e de outros emergentes haviam evitado a mistura desses temas com as questões comerciais. Os diplomatas dos Estados Unidos e da Europa haviam sido pressionados politicamente, no começo da rodada, para vincular objetivos sociais e ambientais aos compromissos de comércio, mas acabaram abandonando a tentativa. Havia uma excelente razão para os governos dos países emergentes e em desenvolvimento rejeitarem a mistura. O risco de protecionismo disfarçado seria muito maior, se cláusulas daquele tipo fossem acrescentadas aos compromissos. No sentido oposto, o esforço dos negociadores brasileiros e de outras economias emergentes seria para disciplinar o uso das cláusulas sanitárias, invocadas muitas vezes para justificar barreiras meramente protecionistas. O relatório reafirma o compromisso do presidente Barack Obama, formulado na campanha, de propor aos governos do México e do Canadá uma revisão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), de 1994. O objetivo, de acordo com o documento, é propor normas trabalhistas e ambientais mais estritas para o Nafta. Obviamente, os lobbies americanos não estão interessados no bem-estar dos trabalhadores de outros países, nem na preservação ambiental. Se tivessem preocupação ecológica, teriam protestado quando o presidente George W. Bush renegou o Protocolo de Kyoto, para agradar à indústria. Funcionários americanos em Genebra, sede da Organização Mundial do Comércio, tentaram tranquilizar os colegas de outros países. A apresentação do relatório, disseram, foi mera formalidade. Mas, se tomaram essa iniciativa, foi porque perceberam as implicações do novo discurso oficial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pelo menos um assunto sério para conversar com Obama, este mês, nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama poderá dificultar a conclusão das negociações globais de comércio - a Rodada Doha - e barrar a liberalização do comércio internacional. Estes são os sinais mais importantes de sua primeira manifestação sobre a política de comércio exterior de seu governo. O relatório anual do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o primeiro produzido na gestão de Obama, justifica o temor de uma política americana mais protecionista e mais sensível aos lobbies defensores de subsídios e barreiras. O documento reafirma o interesse americano em trabalhar pela conclusão da Rodada Doha, mas subordina esse resultado a duas condições importantes. Em primeiro lugar, é preciso, segundo o relatório, equilibrar as concessões e obrigações definidas no esboço de acordo posto sobre a mesa no ano passado. As concessões americanas são conhecidas e facilmente calculáveis, mas os benefícios para os trabalhadores, agricultores e a indústria dos Estados Unidos permanecem obscuros, por causa das amplas flexibilidades previstas para os outros, de acordo com o texto. Esses "outros" são essencialmente os países emergentes e em desenvolvimento, porque deles se cobram maiores concessões no comércio de bens industriais. Até este ponto, não há novidade em relação às cobranças apresentadas pelos negociadores do governo Bush. Alguns emergentes, como o Brasil, estavam preparados para apresentar ofertas importantes, na área industrial, em troca de concessões significativas dos americanos e europeus no comércio do agronegócio. Mas alguns parceiros, como Índia, China e Argentina, recusaram-se a fazer concessões tanto na área agrícola quanto na industrial. Na última fase das negociações, tanto emergentes quanto industrializados contribuíram para o impasse. A cobrança de mais concessões comerciais dos emergentes era previsível no reinício das discussões. Até aí, nenhum motivo especial para maior preocupação. Mas o presidente Barack Obama não parece disposto a simplesmente retomar as discussões no ponto onde foram interrompidas. "Se trabalharmos juntos, o comércio livre e equitativo, com adequada atenção aos objetivos sociais e ambientais e uma apropriada responsabilidade política, contribuirá poderosamente para o bem-estar nacional e global", segundo o relatório. A inclusão de objetivos "sociais e ambientais" na Rodada Doha pode complicar imensamente as negociações. Até a interrupção das conversações, no ano passado, os negociadores do Brasil e de outros emergentes haviam evitado a mistura desses temas com as questões comerciais. Os diplomatas dos Estados Unidos e da Europa haviam sido pressionados politicamente, no começo da rodada, para vincular objetivos sociais e ambientais aos compromissos de comércio, mas acabaram abandonando a tentativa. Havia uma excelente razão para os governos dos países emergentes e em desenvolvimento rejeitarem a mistura. O risco de protecionismo disfarçado seria muito maior, se cláusulas daquele tipo fossem acrescentadas aos compromissos. No sentido oposto, o esforço dos negociadores brasileiros e de outras economias emergentes seria para disciplinar o uso das cláusulas sanitárias, invocadas muitas vezes para justificar barreiras meramente protecionistas. O relatório reafirma o compromisso do presidente Barack Obama, formulado na campanha, de propor aos governos do México e do Canadá uma revisão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), de 1994. O objetivo, de acordo com o documento, é propor normas trabalhistas e ambientais mais estritas para o Nafta. Obviamente, os lobbies americanos não estão interessados no bem-estar dos trabalhadores de outros países, nem na preservação ambiental. Se tivessem preocupação ecológica, teriam protestado quando o presidente George W. Bush renegou o Protocolo de Kyoto, para agradar à indústria. Funcionários americanos em Genebra, sede da Organização Mundial do Comércio, tentaram tranquilizar os colegas de outros países. A apresentação do relatório, disseram, foi mera formalidade. Mas, se tomaram essa iniciativa, foi porque perceberam as implicações do novo discurso oficial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pelo menos um assunto sério para conversar com Obama, este mês, nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama poderá dificultar a conclusão das negociações globais de comércio - a Rodada Doha - e barrar a liberalização do comércio internacional. Estes são os sinais mais importantes de sua primeira manifestação sobre a política de comércio exterior de seu governo. O relatório anual do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o primeiro produzido na gestão de Obama, justifica o temor de uma política americana mais protecionista e mais sensível aos lobbies defensores de subsídios e barreiras. O documento reafirma o interesse americano em trabalhar pela conclusão da Rodada Doha, mas subordina esse resultado a duas condições importantes. Em primeiro lugar, é preciso, segundo o relatório, equilibrar as concessões e obrigações definidas no esboço de acordo posto sobre a mesa no ano passado. As concessões americanas são conhecidas e facilmente calculáveis, mas os benefícios para os trabalhadores, agricultores e a indústria dos Estados Unidos permanecem obscuros, por causa das amplas flexibilidades previstas para os outros, de acordo com o texto. Esses "outros" são essencialmente os países emergentes e em desenvolvimento, porque deles se cobram maiores concessões no comércio de bens industriais. Até este ponto, não há novidade em relação às cobranças apresentadas pelos negociadores do governo Bush. Alguns emergentes, como o Brasil, estavam preparados para apresentar ofertas importantes, na área industrial, em troca de concessões significativas dos americanos e europeus no comércio do agronegócio. Mas alguns parceiros, como Índia, China e Argentina, recusaram-se a fazer concessões tanto na área agrícola quanto na industrial. Na última fase das negociações, tanto emergentes quanto industrializados contribuíram para o impasse. A cobrança de mais concessões comerciais dos emergentes era previsível no reinício das discussões. Até aí, nenhum motivo especial para maior preocupação. Mas o presidente Barack Obama não parece disposto a simplesmente retomar as discussões no ponto onde foram interrompidas. "Se trabalharmos juntos, o comércio livre e equitativo, com adequada atenção aos objetivos sociais e ambientais e uma apropriada responsabilidade política, contribuirá poderosamente para o bem-estar nacional e global", segundo o relatório. A inclusão de objetivos "sociais e ambientais" na Rodada Doha pode complicar imensamente as negociações. Até a interrupção das conversações, no ano passado, os negociadores do Brasil e de outros emergentes haviam evitado a mistura desses temas com as questões comerciais. Os diplomatas dos Estados Unidos e da Europa haviam sido pressionados politicamente, no começo da rodada, para vincular objetivos sociais e ambientais aos compromissos de comércio, mas acabaram abandonando a tentativa. Havia uma excelente razão para os governos dos países emergentes e em desenvolvimento rejeitarem a mistura. O risco de protecionismo disfarçado seria muito maior, se cláusulas daquele tipo fossem acrescentadas aos compromissos. No sentido oposto, o esforço dos negociadores brasileiros e de outras economias emergentes seria para disciplinar o uso das cláusulas sanitárias, invocadas muitas vezes para justificar barreiras meramente protecionistas. O relatório reafirma o compromisso do presidente Barack Obama, formulado na campanha, de propor aos governos do México e do Canadá uma revisão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), de 1994. O objetivo, de acordo com o documento, é propor normas trabalhistas e ambientais mais estritas para o Nafta. Obviamente, os lobbies americanos não estão interessados no bem-estar dos trabalhadores de outros países, nem na preservação ambiental. Se tivessem preocupação ecológica, teriam protestado quando o presidente George W. Bush renegou o Protocolo de Kyoto, para agradar à indústria. Funcionários americanos em Genebra, sede da Organização Mundial do Comércio, tentaram tranquilizar os colegas de outros países. A apresentação do relatório, disseram, foi mera formalidade. Mas, se tomaram essa iniciativa, foi porque perceberam as implicações do novo discurso oficial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pelo menos um assunto sério para conversar com Obama, este mês, nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama poderá dificultar a conclusão das negociações globais de comércio - a Rodada Doha - e barrar a liberalização do comércio internacional. Estes são os sinais mais importantes de sua primeira manifestação sobre a política de comércio exterior de seu governo. O relatório anual do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o primeiro produzido na gestão de Obama, justifica o temor de uma política americana mais protecionista e mais sensível aos lobbies defensores de subsídios e barreiras. O documento reafirma o interesse americano em trabalhar pela conclusão da Rodada Doha, mas subordina esse resultado a duas condições importantes. Em primeiro lugar, é preciso, segundo o relatório, equilibrar as concessões e obrigações definidas no esboço de acordo posto sobre a mesa no ano passado. As concessões americanas são conhecidas e facilmente calculáveis, mas os benefícios para os trabalhadores, agricultores e a indústria dos Estados Unidos permanecem obscuros, por causa das amplas flexibilidades previstas para os outros, de acordo com o texto. Esses "outros" são essencialmente os países emergentes e em desenvolvimento, porque deles se cobram maiores concessões no comércio de bens industriais. Até este ponto, não há novidade em relação às cobranças apresentadas pelos negociadores do governo Bush. Alguns emergentes, como o Brasil, estavam preparados para apresentar ofertas importantes, na área industrial, em troca de concessões significativas dos americanos e europeus no comércio do agronegócio. Mas alguns parceiros, como Índia, China e Argentina, recusaram-se a fazer concessões tanto na área agrícola quanto na industrial. Na última fase das negociações, tanto emergentes quanto industrializados contribuíram para o impasse. A cobrança de mais concessões comerciais dos emergentes era previsível no reinício das discussões. Até aí, nenhum motivo especial para maior preocupação. Mas o presidente Barack Obama não parece disposto a simplesmente retomar as discussões no ponto onde foram interrompidas. "Se trabalharmos juntos, o comércio livre e equitativo, com adequada atenção aos objetivos sociais e ambientais e uma apropriada responsabilidade política, contribuirá poderosamente para o bem-estar nacional e global", segundo o relatório. A inclusão de objetivos "sociais e ambientais" na Rodada Doha pode complicar imensamente as negociações. Até a interrupção das conversações, no ano passado, os negociadores do Brasil e de outros emergentes haviam evitado a mistura desses temas com as questões comerciais. Os diplomatas dos Estados Unidos e da Europa haviam sido pressionados politicamente, no começo da rodada, para vincular objetivos sociais e ambientais aos compromissos de comércio, mas acabaram abandonando a tentativa. Havia uma excelente razão para os governos dos países emergentes e em desenvolvimento rejeitarem a mistura. O risco de protecionismo disfarçado seria muito maior, se cláusulas daquele tipo fossem acrescentadas aos compromissos. No sentido oposto, o esforço dos negociadores brasileiros e de outras economias emergentes seria para disciplinar o uso das cláusulas sanitárias, invocadas muitas vezes para justificar barreiras meramente protecionistas. O relatório reafirma o compromisso do presidente Barack Obama, formulado na campanha, de propor aos governos do México e do Canadá uma revisão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), de 1994. O objetivo, de acordo com o documento, é propor normas trabalhistas e ambientais mais estritas para o Nafta. Obviamente, os lobbies americanos não estão interessados no bem-estar dos trabalhadores de outros países, nem na preservação ambiental. Se tivessem preocupação ecológica, teriam protestado quando o presidente George W. Bush renegou o Protocolo de Kyoto, para agradar à indústria. Funcionários americanos em Genebra, sede da Organização Mundial do Comércio, tentaram tranquilizar os colegas de outros países. A apresentação do relatório, disseram, foi mera formalidade. Mas, se tomaram essa iniciativa, foi porque perceberam as implicações do novo discurso oficial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pelo menos um assunto sério para conversar com Obama, este mês, nos Estados Unidos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.