Panelaço recorde contra Cristina


Por Redação

Chega de mentiras, chega de prepotência. Essas palavras de ordem poderiam sintetizar as muitas bandeiras levadas às ruas de Buenos Aires e de outras cidades, grandes e pequenas, em todo o território argentino, pelas multidões mobilizadas para o panelaço de quinta-feira, 8 de novembro. Só na capital 700 mil pessoas devem ter ido às ruas, segundo estimativa da administração local. Em todo o país podem ter sido 2 milhões. Os cálculos podem variar, mas ninguém negará honestamente a amplitude nacional do protesto, a participação de todas as classes e o esforço dos organizadores para evitar a tutela de partidos. Numa demonstração muito mais ampla que a de 13 de setembro, argentinos foram às ruas com gritos e cartazes contra a inflação, a corrupção, as mentiras, a insegurança, a rereeleição e as ameaças à democracia e à liberdade de imprensa. Em suma, contra um governo desmoralizado por fazer da impostura e da truculência instrumentos rotineiros de gestão e de suas ambições.A maior parte dos erros e abusos denunciados pelos manifestantes começou no governo do presidente Néstor Kirchner. Ele morreu, mas a família permaneceu no poder e a presidente Cristina Kirchner conseguiu no ano passado reeleger-se com 54% dos votos. No primeiro mês do segundo mandato, seu índice de aprovação era de 64%. Em menos de um ano a maior parte desse capital foi consumida. Muito antes, no entanto, observadores externos haviam denunciado repetidamente os abusos e engodos convertidos em marca dos Kirchners. Em fevereiro deste ano, a revista britânica The Economist deixou de publicar estatísticas oficiais argentinas. A decisão foi explicada em editorial com o título Don't lie to me, Argentina (Não minta para mim, Argentina). Há anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) só divulga esses números com uma ressalva sobre sua baixa credibilidade.O Fundo e o governo argentino combinaram há algum tempo cooperar para a reforma das estatísticas. Em setembro, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, lamentou a falta de resultados, deu um prazo de três meses para a divulgação de números confiáveis e classificou a advertência como um cartão amarelo.Não se trata de mitomania nem de escassez de pessoal para produzir estatísticas decentes. Sem cuidar seriamente da economia, os Kirchners deram prioridade a suas ambições políticas e fizeram do engano uma arma de uso rotineiro. A impostura se agravou a partir de 2007, com a intervenção no serviço de estatísticas e a oficialização da mentira. Pelos números do governo, a inflação anual anda em torno de 10%. Pelas contas de escritórios independentes, em cerca de 25%. Essa diferença se repete há anos e o público sente os efeitos. Em vez de ajustar sua política e atacar a inflação, o governo passou a multar quem divulga números diferentes dos oficiais. A mesma prepotência foi usada nos últimos anos contra produtores rurais, exportadores e varejistas, para disfarçar a alta de preços. O governo conseguiu o quase milagre de criar problemas de abastecimento num país conhecido mundialmente como uma potência agropecuária. Sem cuidar de investimentos e da produtividade, a administração Kirchner recorreu a uma combinação de protecionismo e de restrições cambiais. Isso resultou em graves prejuízos para o maior parceiro comercial do país, o Brasil, e para a própria economia argentina, privada de importações essenciais.A arbitrariedade e a incompetência administrativa refletem-se também nas condições básicas de funcionamento do país. Apagões como o da quarta-feira confirmam o mau estado do país, mas o ministro do Planejamento, Julio de Vido, preferiu levantar a suspeita de sabotagem.Nesse ambiente de mentira e autoritarismo, nada mais previsível que a guerra da presidente Cristina Kirchner contra os grupos de comunicação independentes. Essa mesma presidente liderou o movimento pela suspensão do Paraguai e pela admissão da Venezuela do caudilho Hugo Chávez no Mercosul. A presidente Dilma Rousseff acompanhou, fiel à política de seu antecessor de apoio a vizinhos autoritários. Muitos milhões de argentinos parecem agora discordar das preferências do governo brasileiro.

Chega de mentiras, chega de prepotência. Essas palavras de ordem poderiam sintetizar as muitas bandeiras levadas às ruas de Buenos Aires e de outras cidades, grandes e pequenas, em todo o território argentino, pelas multidões mobilizadas para o panelaço de quinta-feira, 8 de novembro. Só na capital 700 mil pessoas devem ter ido às ruas, segundo estimativa da administração local. Em todo o país podem ter sido 2 milhões. Os cálculos podem variar, mas ninguém negará honestamente a amplitude nacional do protesto, a participação de todas as classes e o esforço dos organizadores para evitar a tutela de partidos. Numa demonstração muito mais ampla que a de 13 de setembro, argentinos foram às ruas com gritos e cartazes contra a inflação, a corrupção, as mentiras, a insegurança, a rereeleição e as ameaças à democracia e à liberdade de imprensa. Em suma, contra um governo desmoralizado por fazer da impostura e da truculência instrumentos rotineiros de gestão e de suas ambições.A maior parte dos erros e abusos denunciados pelos manifestantes começou no governo do presidente Néstor Kirchner. Ele morreu, mas a família permaneceu no poder e a presidente Cristina Kirchner conseguiu no ano passado reeleger-se com 54% dos votos. No primeiro mês do segundo mandato, seu índice de aprovação era de 64%. Em menos de um ano a maior parte desse capital foi consumida. Muito antes, no entanto, observadores externos haviam denunciado repetidamente os abusos e engodos convertidos em marca dos Kirchners. Em fevereiro deste ano, a revista britânica The Economist deixou de publicar estatísticas oficiais argentinas. A decisão foi explicada em editorial com o título Don't lie to me, Argentina (Não minta para mim, Argentina). Há anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) só divulga esses números com uma ressalva sobre sua baixa credibilidade.O Fundo e o governo argentino combinaram há algum tempo cooperar para a reforma das estatísticas. Em setembro, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, lamentou a falta de resultados, deu um prazo de três meses para a divulgação de números confiáveis e classificou a advertência como um cartão amarelo.Não se trata de mitomania nem de escassez de pessoal para produzir estatísticas decentes. Sem cuidar seriamente da economia, os Kirchners deram prioridade a suas ambições políticas e fizeram do engano uma arma de uso rotineiro. A impostura se agravou a partir de 2007, com a intervenção no serviço de estatísticas e a oficialização da mentira. Pelos números do governo, a inflação anual anda em torno de 10%. Pelas contas de escritórios independentes, em cerca de 25%. Essa diferença se repete há anos e o público sente os efeitos. Em vez de ajustar sua política e atacar a inflação, o governo passou a multar quem divulga números diferentes dos oficiais. A mesma prepotência foi usada nos últimos anos contra produtores rurais, exportadores e varejistas, para disfarçar a alta de preços. O governo conseguiu o quase milagre de criar problemas de abastecimento num país conhecido mundialmente como uma potência agropecuária. Sem cuidar de investimentos e da produtividade, a administração Kirchner recorreu a uma combinação de protecionismo e de restrições cambiais. Isso resultou em graves prejuízos para o maior parceiro comercial do país, o Brasil, e para a própria economia argentina, privada de importações essenciais.A arbitrariedade e a incompetência administrativa refletem-se também nas condições básicas de funcionamento do país. Apagões como o da quarta-feira confirmam o mau estado do país, mas o ministro do Planejamento, Julio de Vido, preferiu levantar a suspeita de sabotagem.Nesse ambiente de mentira e autoritarismo, nada mais previsível que a guerra da presidente Cristina Kirchner contra os grupos de comunicação independentes. Essa mesma presidente liderou o movimento pela suspensão do Paraguai e pela admissão da Venezuela do caudilho Hugo Chávez no Mercosul. A presidente Dilma Rousseff acompanhou, fiel à política de seu antecessor de apoio a vizinhos autoritários. Muitos milhões de argentinos parecem agora discordar das preferências do governo brasileiro.

Chega de mentiras, chega de prepotência. Essas palavras de ordem poderiam sintetizar as muitas bandeiras levadas às ruas de Buenos Aires e de outras cidades, grandes e pequenas, em todo o território argentino, pelas multidões mobilizadas para o panelaço de quinta-feira, 8 de novembro. Só na capital 700 mil pessoas devem ter ido às ruas, segundo estimativa da administração local. Em todo o país podem ter sido 2 milhões. Os cálculos podem variar, mas ninguém negará honestamente a amplitude nacional do protesto, a participação de todas as classes e o esforço dos organizadores para evitar a tutela de partidos. Numa demonstração muito mais ampla que a de 13 de setembro, argentinos foram às ruas com gritos e cartazes contra a inflação, a corrupção, as mentiras, a insegurança, a rereeleição e as ameaças à democracia e à liberdade de imprensa. Em suma, contra um governo desmoralizado por fazer da impostura e da truculência instrumentos rotineiros de gestão e de suas ambições.A maior parte dos erros e abusos denunciados pelos manifestantes começou no governo do presidente Néstor Kirchner. Ele morreu, mas a família permaneceu no poder e a presidente Cristina Kirchner conseguiu no ano passado reeleger-se com 54% dos votos. No primeiro mês do segundo mandato, seu índice de aprovação era de 64%. Em menos de um ano a maior parte desse capital foi consumida. Muito antes, no entanto, observadores externos haviam denunciado repetidamente os abusos e engodos convertidos em marca dos Kirchners. Em fevereiro deste ano, a revista britânica The Economist deixou de publicar estatísticas oficiais argentinas. A decisão foi explicada em editorial com o título Don't lie to me, Argentina (Não minta para mim, Argentina). Há anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) só divulga esses números com uma ressalva sobre sua baixa credibilidade.O Fundo e o governo argentino combinaram há algum tempo cooperar para a reforma das estatísticas. Em setembro, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, lamentou a falta de resultados, deu um prazo de três meses para a divulgação de números confiáveis e classificou a advertência como um cartão amarelo.Não se trata de mitomania nem de escassez de pessoal para produzir estatísticas decentes. Sem cuidar seriamente da economia, os Kirchners deram prioridade a suas ambições políticas e fizeram do engano uma arma de uso rotineiro. A impostura se agravou a partir de 2007, com a intervenção no serviço de estatísticas e a oficialização da mentira. Pelos números do governo, a inflação anual anda em torno de 10%. Pelas contas de escritórios independentes, em cerca de 25%. Essa diferença se repete há anos e o público sente os efeitos. Em vez de ajustar sua política e atacar a inflação, o governo passou a multar quem divulga números diferentes dos oficiais. A mesma prepotência foi usada nos últimos anos contra produtores rurais, exportadores e varejistas, para disfarçar a alta de preços. O governo conseguiu o quase milagre de criar problemas de abastecimento num país conhecido mundialmente como uma potência agropecuária. Sem cuidar de investimentos e da produtividade, a administração Kirchner recorreu a uma combinação de protecionismo e de restrições cambiais. Isso resultou em graves prejuízos para o maior parceiro comercial do país, o Brasil, e para a própria economia argentina, privada de importações essenciais.A arbitrariedade e a incompetência administrativa refletem-se também nas condições básicas de funcionamento do país. Apagões como o da quarta-feira confirmam o mau estado do país, mas o ministro do Planejamento, Julio de Vido, preferiu levantar a suspeita de sabotagem.Nesse ambiente de mentira e autoritarismo, nada mais previsível que a guerra da presidente Cristina Kirchner contra os grupos de comunicação independentes. Essa mesma presidente liderou o movimento pela suspensão do Paraguai e pela admissão da Venezuela do caudilho Hugo Chávez no Mercosul. A presidente Dilma Rousseff acompanhou, fiel à política de seu antecessor de apoio a vizinhos autoritários. Muitos milhões de argentinos parecem agora discordar das preferências do governo brasileiro.

Chega de mentiras, chega de prepotência. Essas palavras de ordem poderiam sintetizar as muitas bandeiras levadas às ruas de Buenos Aires e de outras cidades, grandes e pequenas, em todo o território argentino, pelas multidões mobilizadas para o panelaço de quinta-feira, 8 de novembro. Só na capital 700 mil pessoas devem ter ido às ruas, segundo estimativa da administração local. Em todo o país podem ter sido 2 milhões. Os cálculos podem variar, mas ninguém negará honestamente a amplitude nacional do protesto, a participação de todas as classes e o esforço dos organizadores para evitar a tutela de partidos. Numa demonstração muito mais ampla que a de 13 de setembro, argentinos foram às ruas com gritos e cartazes contra a inflação, a corrupção, as mentiras, a insegurança, a rereeleição e as ameaças à democracia e à liberdade de imprensa. Em suma, contra um governo desmoralizado por fazer da impostura e da truculência instrumentos rotineiros de gestão e de suas ambições.A maior parte dos erros e abusos denunciados pelos manifestantes começou no governo do presidente Néstor Kirchner. Ele morreu, mas a família permaneceu no poder e a presidente Cristina Kirchner conseguiu no ano passado reeleger-se com 54% dos votos. No primeiro mês do segundo mandato, seu índice de aprovação era de 64%. Em menos de um ano a maior parte desse capital foi consumida. Muito antes, no entanto, observadores externos haviam denunciado repetidamente os abusos e engodos convertidos em marca dos Kirchners. Em fevereiro deste ano, a revista britânica The Economist deixou de publicar estatísticas oficiais argentinas. A decisão foi explicada em editorial com o título Don't lie to me, Argentina (Não minta para mim, Argentina). Há anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) só divulga esses números com uma ressalva sobre sua baixa credibilidade.O Fundo e o governo argentino combinaram há algum tempo cooperar para a reforma das estatísticas. Em setembro, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, lamentou a falta de resultados, deu um prazo de três meses para a divulgação de números confiáveis e classificou a advertência como um cartão amarelo.Não se trata de mitomania nem de escassez de pessoal para produzir estatísticas decentes. Sem cuidar seriamente da economia, os Kirchners deram prioridade a suas ambições políticas e fizeram do engano uma arma de uso rotineiro. A impostura se agravou a partir de 2007, com a intervenção no serviço de estatísticas e a oficialização da mentira. Pelos números do governo, a inflação anual anda em torno de 10%. Pelas contas de escritórios independentes, em cerca de 25%. Essa diferença se repete há anos e o público sente os efeitos. Em vez de ajustar sua política e atacar a inflação, o governo passou a multar quem divulga números diferentes dos oficiais. A mesma prepotência foi usada nos últimos anos contra produtores rurais, exportadores e varejistas, para disfarçar a alta de preços. O governo conseguiu o quase milagre de criar problemas de abastecimento num país conhecido mundialmente como uma potência agropecuária. Sem cuidar de investimentos e da produtividade, a administração Kirchner recorreu a uma combinação de protecionismo e de restrições cambiais. Isso resultou em graves prejuízos para o maior parceiro comercial do país, o Brasil, e para a própria economia argentina, privada de importações essenciais.A arbitrariedade e a incompetência administrativa refletem-se também nas condições básicas de funcionamento do país. Apagões como o da quarta-feira confirmam o mau estado do país, mas o ministro do Planejamento, Julio de Vido, preferiu levantar a suspeita de sabotagem.Nesse ambiente de mentira e autoritarismo, nada mais previsível que a guerra da presidente Cristina Kirchner contra os grupos de comunicação independentes. Essa mesma presidente liderou o movimento pela suspensão do Paraguai e pela admissão da Venezuela do caudilho Hugo Chávez no Mercosul. A presidente Dilma Rousseff acompanhou, fiel à política de seu antecessor de apoio a vizinhos autoritários. Muitos milhões de argentinos parecem agora discordar das preferências do governo brasileiro.

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