Só a inteligência protegerá a Amazônia


A pesquisa que estima que até 47% da Amazônia pode atingir o ponto de destruição irreversível atiça catastrofistas e negacionistas. O fato é que há tempo e modos de evitar colapso

Por Notas & Informações

Se houver inércia, até quase metade da Floresta Amazônica poderá estar exposta a fatores de degradação grave em 2050, informou estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na respeitada revista científica Nature. Mapeando os fatores de estresse impostos à Amazônia e como os diferentes tipos de degradação interagem entre si, o estudo estima que entre 10% e 47% da floresta pode atingir o limiar de transição no ecossistema, capaz de desencadear transformações irreversíveis. Seria assim o início do colapso do bioma, aquilo que cientistas chamam de “não retorno”. O aumento da temperatura acima de 1,5ºC do planeta e o desmatamento acumulado de 20% da cobertura florestal são os dois principais fatores que traçarão o limite crítico para a floresta, diz a pesquisa.

Em termos resumidos, diante desses alertas, certamente haverá quem opte pelo simples negacionismo, minimizando os riscos e os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas sobre a floresta. E também haverá quem parta para o catastrofismo ruidoso, com pressão ancorada nas perspectivas mais sombrias, para fazer campanha delirante pelo abandono completo da exploração econômica da floresta. O risco que une os dois extremos é a inércia. No primeiro caso, se se nega o problema, não há o que discutir para corrigi-lo. No segundo, se o colapso está batendo à porta, conclui-se que serão inúteis as medidas para evitá-lo. Ambas as visões enganam e atrapalham.

É preciso reconhecer que não existe consenso científico sobre o ponto de não retorno, e que já há alguns anos pesquisas são publicadas prevendo uma devastação irreversível da floresta. Os críticos do conceito afirmam que pesquisas baseadas nessas previsões subestimam a capacidade da floresta de se adaptar à perda de umidade e ao aumento das temperaturas. Data de 1991, por exemplo, a hipótese de savanização da floresta (transição para um bioma seco) lançada pelo climatologista Carlos Nobre.

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Como lembram os próprios autores, a maioria dos trabalhos sobre o ponto de não retorno são modelos. Parte deles busca entender como a Amazônia responderá ao aquecimento global. Outra linha observa e analisa o papel do desmatamento. Nesses casos, há dois pontos distintos de não retorno. A mais recente pesquisa revisa os diferentes fatores que estressam a Amazônia para chegar a um único ponto. Esse é um dos seus méritos, apesar da falta de consenso científico sobre o não retorno.

Olhando modelos e projeções, o melhor é não pagar para ver. Não é trivial saber que, até a década de 1960, o desmatamento da Amazônia não passava de 1% da floresta. Hoje há regiões que beiram os 20%. Ainda que eventuais transformações projetadas não venham a ocorrer, e se ocorrerem impactarão as áreas florestais de maneira heterogênea, o fato é que há tempo e modos de evitar qualquer colapso. Um dos meios mais eficazes é adotar medidas que aumentem o que pesquisadores chamam de “resiliência ecológica”, a capacidade de um ecossistema de manter estrutura e interações semelhantes às originais.

Frear o desmatamento e a degradação florestal são duas das principais ações para promover essa resiliência. Falta ao Brasil também pensar um modelo de desenvolvimento que concilie a valorização da floresta em pé com possibilidades econômicas locais. A sustentabilidade, no caso, não pode se resumir apenas à preservação da floresta. Deve envolver também o revigoramento do progresso econômico numa região marcada por pobreza, desigualdade e criminalidade.

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Aos céticos, convém lembrar que há avanços e possibilidades. Segundo dados oficiais, o desmatamento da Amazônia caiu 50% em 2023 em relação ao ano anterior. Desconsiderando a base de comparação sofrível da gestão anterior – que desmontou a estrutura de fiscalização e abriu a porteira para o ecossistema de crimes ambientais –, trata-se de um bom recomeço. Em paralelo, é preciso expandir as iniciativas de restauração e recuperar as perdas da floresta. O outro veio requer esforço global: a redução das emissões de gases de efeito estufa, uma tarefa internacional.

Todo esse emaranhado de causalidades e possibilidades demonstra que não se resolverá o problema com números e frases de efeito. Tampouco com alarmismo.

Se houver inércia, até quase metade da Floresta Amazônica poderá estar exposta a fatores de degradação grave em 2050, informou estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na respeitada revista científica Nature. Mapeando os fatores de estresse impostos à Amazônia e como os diferentes tipos de degradação interagem entre si, o estudo estima que entre 10% e 47% da floresta pode atingir o limiar de transição no ecossistema, capaz de desencadear transformações irreversíveis. Seria assim o início do colapso do bioma, aquilo que cientistas chamam de “não retorno”. O aumento da temperatura acima de 1,5ºC do planeta e o desmatamento acumulado de 20% da cobertura florestal são os dois principais fatores que traçarão o limite crítico para a floresta, diz a pesquisa.

Em termos resumidos, diante desses alertas, certamente haverá quem opte pelo simples negacionismo, minimizando os riscos e os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas sobre a floresta. E também haverá quem parta para o catastrofismo ruidoso, com pressão ancorada nas perspectivas mais sombrias, para fazer campanha delirante pelo abandono completo da exploração econômica da floresta. O risco que une os dois extremos é a inércia. No primeiro caso, se se nega o problema, não há o que discutir para corrigi-lo. No segundo, se o colapso está batendo à porta, conclui-se que serão inúteis as medidas para evitá-lo. Ambas as visões enganam e atrapalham.

É preciso reconhecer que não existe consenso científico sobre o ponto de não retorno, e que já há alguns anos pesquisas são publicadas prevendo uma devastação irreversível da floresta. Os críticos do conceito afirmam que pesquisas baseadas nessas previsões subestimam a capacidade da floresta de se adaptar à perda de umidade e ao aumento das temperaturas. Data de 1991, por exemplo, a hipótese de savanização da floresta (transição para um bioma seco) lançada pelo climatologista Carlos Nobre.

Como lembram os próprios autores, a maioria dos trabalhos sobre o ponto de não retorno são modelos. Parte deles busca entender como a Amazônia responderá ao aquecimento global. Outra linha observa e analisa o papel do desmatamento. Nesses casos, há dois pontos distintos de não retorno. A mais recente pesquisa revisa os diferentes fatores que estressam a Amazônia para chegar a um único ponto. Esse é um dos seus méritos, apesar da falta de consenso científico sobre o não retorno.

Olhando modelos e projeções, o melhor é não pagar para ver. Não é trivial saber que, até a década de 1960, o desmatamento da Amazônia não passava de 1% da floresta. Hoje há regiões que beiram os 20%. Ainda que eventuais transformações projetadas não venham a ocorrer, e se ocorrerem impactarão as áreas florestais de maneira heterogênea, o fato é que há tempo e modos de evitar qualquer colapso. Um dos meios mais eficazes é adotar medidas que aumentem o que pesquisadores chamam de “resiliência ecológica”, a capacidade de um ecossistema de manter estrutura e interações semelhantes às originais.

Frear o desmatamento e a degradação florestal são duas das principais ações para promover essa resiliência. Falta ao Brasil também pensar um modelo de desenvolvimento que concilie a valorização da floresta em pé com possibilidades econômicas locais. A sustentabilidade, no caso, não pode se resumir apenas à preservação da floresta. Deve envolver também o revigoramento do progresso econômico numa região marcada por pobreza, desigualdade e criminalidade.

Aos céticos, convém lembrar que há avanços e possibilidades. Segundo dados oficiais, o desmatamento da Amazônia caiu 50% em 2023 em relação ao ano anterior. Desconsiderando a base de comparação sofrível da gestão anterior – que desmontou a estrutura de fiscalização e abriu a porteira para o ecossistema de crimes ambientais –, trata-se de um bom recomeço. Em paralelo, é preciso expandir as iniciativas de restauração e recuperar as perdas da floresta. O outro veio requer esforço global: a redução das emissões de gases de efeito estufa, uma tarefa internacional.

Todo esse emaranhado de causalidades e possibilidades demonstra que não se resolverá o problema com números e frases de efeito. Tampouco com alarmismo.

Se houver inércia, até quase metade da Floresta Amazônica poderá estar exposta a fatores de degradação grave em 2050, informou estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na respeitada revista científica Nature. Mapeando os fatores de estresse impostos à Amazônia e como os diferentes tipos de degradação interagem entre si, o estudo estima que entre 10% e 47% da floresta pode atingir o limiar de transição no ecossistema, capaz de desencadear transformações irreversíveis. Seria assim o início do colapso do bioma, aquilo que cientistas chamam de “não retorno”. O aumento da temperatura acima de 1,5ºC do planeta e o desmatamento acumulado de 20% da cobertura florestal são os dois principais fatores que traçarão o limite crítico para a floresta, diz a pesquisa.

Em termos resumidos, diante desses alertas, certamente haverá quem opte pelo simples negacionismo, minimizando os riscos e os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas sobre a floresta. E também haverá quem parta para o catastrofismo ruidoso, com pressão ancorada nas perspectivas mais sombrias, para fazer campanha delirante pelo abandono completo da exploração econômica da floresta. O risco que une os dois extremos é a inércia. No primeiro caso, se se nega o problema, não há o que discutir para corrigi-lo. No segundo, se o colapso está batendo à porta, conclui-se que serão inúteis as medidas para evitá-lo. Ambas as visões enganam e atrapalham.

É preciso reconhecer que não existe consenso científico sobre o ponto de não retorno, e que já há alguns anos pesquisas são publicadas prevendo uma devastação irreversível da floresta. Os críticos do conceito afirmam que pesquisas baseadas nessas previsões subestimam a capacidade da floresta de se adaptar à perda de umidade e ao aumento das temperaturas. Data de 1991, por exemplo, a hipótese de savanização da floresta (transição para um bioma seco) lançada pelo climatologista Carlos Nobre.

Como lembram os próprios autores, a maioria dos trabalhos sobre o ponto de não retorno são modelos. Parte deles busca entender como a Amazônia responderá ao aquecimento global. Outra linha observa e analisa o papel do desmatamento. Nesses casos, há dois pontos distintos de não retorno. A mais recente pesquisa revisa os diferentes fatores que estressam a Amazônia para chegar a um único ponto. Esse é um dos seus méritos, apesar da falta de consenso científico sobre o não retorno.

Olhando modelos e projeções, o melhor é não pagar para ver. Não é trivial saber que, até a década de 1960, o desmatamento da Amazônia não passava de 1% da floresta. Hoje há regiões que beiram os 20%. Ainda que eventuais transformações projetadas não venham a ocorrer, e se ocorrerem impactarão as áreas florestais de maneira heterogênea, o fato é que há tempo e modos de evitar qualquer colapso. Um dos meios mais eficazes é adotar medidas que aumentem o que pesquisadores chamam de “resiliência ecológica”, a capacidade de um ecossistema de manter estrutura e interações semelhantes às originais.

Frear o desmatamento e a degradação florestal são duas das principais ações para promover essa resiliência. Falta ao Brasil também pensar um modelo de desenvolvimento que concilie a valorização da floresta em pé com possibilidades econômicas locais. A sustentabilidade, no caso, não pode se resumir apenas à preservação da floresta. Deve envolver também o revigoramento do progresso econômico numa região marcada por pobreza, desigualdade e criminalidade.

Aos céticos, convém lembrar que há avanços e possibilidades. Segundo dados oficiais, o desmatamento da Amazônia caiu 50% em 2023 em relação ao ano anterior. Desconsiderando a base de comparação sofrível da gestão anterior – que desmontou a estrutura de fiscalização e abriu a porteira para o ecossistema de crimes ambientais –, trata-se de um bom recomeço. Em paralelo, é preciso expandir as iniciativas de restauração e recuperar as perdas da floresta. O outro veio requer esforço global: a redução das emissões de gases de efeito estufa, uma tarefa internacional.

Todo esse emaranhado de causalidades e possibilidades demonstra que não se resolverá o problema com números e frases de efeito. Tampouco com alarmismo.

Se houver inércia, até quase metade da Floresta Amazônica poderá estar exposta a fatores de degradação grave em 2050, informou estudo liderado por pesquisadores brasileiros publicado na respeitada revista científica Nature. Mapeando os fatores de estresse impostos à Amazônia e como os diferentes tipos de degradação interagem entre si, o estudo estima que entre 10% e 47% da floresta pode atingir o limiar de transição no ecossistema, capaz de desencadear transformações irreversíveis. Seria assim o início do colapso do bioma, aquilo que cientistas chamam de “não retorno”. O aumento da temperatura acima de 1,5ºC do planeta e o desmatamento acumulado de 20% da cobertura florestal são os dois principais fatores que traçarão o limite crítico para a floresta, diz a pesquisa.

Em termos resumidos, diante desses alertas, certamente haverá quem opte pelo simples negacionismo, minimizando os riscos e os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas sobre a floresta. E também haverá quem parta para o catastrofismo ruidoso, com pressão ancorada nas perspectivas mais sombrias, para fazer campanha delirante pelo abandono completo da exploração econômica da floresta. O risco que une os dois extremos é a inércia. No primeiro caso, se se nega o problema, não há o que discutir para corrigi-lo. No segundo, se o colapso está batendo à porta, conclui-se que serão inúteis as medidas para evitá-lo. Ambas as visões enganam e atrapalham.

É preciso reconhecer que não existe consenso científico sobre o ponto de não retorno, e que já há alguns anos pesquisas são publicadas prevendo uma devastação irreversível da floresta. Os críticos do conceito afirmam que pesquisas baseadas nessas previsões subestimam a capacidade da floresta de se adaptar à perda de umidade e ao aumento das temperaturas. Data de 1991, por exemplo, a hipótese de savanização da floresta (transição para um bioma seco) lançada pelo climatologista Carlos Nobre.

Como lembram os próprios autores, a maioria dos trabalhos sobre o ponto de não retorno são modelos. Parte deles busca entender como a Amazônia responderá ao aquecimento global. Outra linha observa e analisa o papel do desmatamento. Nesses casos, há dois pontos distintos de não retorno. A mais recente pesquisa revisa os diferentes fatores que estressam a Amazônia para chegar a um único ponto. Esse é um dos seus méritos, apesar da falta de consenso científico sobre o não retorno.

Olhando modelos e projeções, o melhor é não pagar para ver. Não é trivial saber que, até a década de 1960, o desmatamento da Amazônia não passava de 1% da floresta. Hoje há regiões que beiram os 20%. Ainda que eventuais transformações projetadas não venham a ocorrer, e se ocorrerem impactarão as áreas florestais de maneira heterogênea, o fato é que há tempo e modos de evitar qualquer colapso. Um dos meios mais eficazes é adotar medidas que aumentem o que pesquisadores chamam de “resiliência ecológica”, a capacidade de um ecossistema de manter estrutura e interações semelhantes às originais.

Frear o desmatamento e a degradação florestal são duas das principais ações para promover essa resiliência. Falta ao Brasil também pensar um modelo de desenvolvimento que concilie a valorização da floresta em pé com possibilidades econômicas locais. A sustentabilidade, no caso, não pode se resumir apenas à preservação da floresta. Deve envolver também o revigoramento do progresso econômico numa região marcada por pobreza, desigualdade e criminalidade.

Aos céticos, convém lembrar que há avanços e possibilidades. Segundo dados oficiais, o desmatamento da Amazônia caiu 50% em 2023 em relação ao ano anterior. Desconsiderando a base de comparação sofrível da gestão anterior – que desmontou a estrutura de fiscalização e abriu a porteira para o ecossistema de crimes ambientais –, trata-se de um bom recomeço. Em paralelo, é preciso expandir as iniciativas de restauração e recuperar as perdas da floresta. O outro veio requer esforço global: a redução das emissões de gases de efeito estufa, uma tarefa internacional.

Todo esse emaranhado de causalidades e possibilidades demonstra que não se resolverá o problema com números e frases de efeito. Tampouco com alarmismo.

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