Quando o copo não importa


Na minha opinião: Guilherme Velloso

Por redacaopaladar
Atualização:

No filme Sideways (esqueça o título em português, Entre Umas e Outras), de 2005, Miles (o ótimo Paul Giamatti) é um escritor frustrado, abalado por um divórcio e propenso à depressão. Fanático por vinhos, o maior tesouro de sua adega é uma garrafa de Cheval Blanc 1961, reservada para uma ocasião especial. No fim do filme, Miles pega a preciosa garrafa, vai para uma lanchonete e bebe o vinho num grande copo de isopor, acompanhado de um prosaico hambúrguer. O gesto marca o início de uma revisão de suas prioridades na vida.

ILUSTRAÇÃO: Daniel Almeida/Estadão

Boas taças são importantes para apreciar plenamente um vinho. E uma taça pode mudar completamente a percepção do mesmo. Mas há ocasiões em que o importante não é a taça, nem mesmo o vinho, mas o momento, a companhia, o lugar onde se está. Imagine-se de férias, em Roma, numa tarde ensolarada, acompanhado da pessoa certa. Instalados numa simples trattoria, você pede mezzolitro di bianco. O vinho, servido num copo barato de vidro, provavelmente será um Frascati, produzido em abundância nas colinas que circundam a cidade. Mas seu sabor será inesquecível. De volta a casa, não adianta comprar um grande Frascati (o que não é fácil) e servi-lo numa taça de cristal. Ainda que a companhia seja a mesma, o sabor não será.

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Melhor ficar com a lembrança, como sugere Rick (Humphrey Bogart) a Ilsa (Ingrid Bergman), tentando convencer a amada a fugir para Lisboa, no clássico Casablanca: “Sempre teremos Paris”, diz ele, referindo-se à cidade onde viveram dias de paixão.

LEIA MAIS:+ Hora de quebrar a flute?+ Visualistas versus aromistas

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 13/3/2014

No filme Sideways (esqueça o título em português, Entre Umas e Outras), de 2005, Miles (o ótimo Paul Giamatti) é um escritor frustrado, abalado por um divórcio e propenso à depressão. Fanático por vinhos, o maior tesouro de sua adega é uma garrafa de Cheval Blanc 1961, reservada para uma ocasião especial. No fim do filme, Miles pega a preciosa garrafa, vai para uma lanchonete e bebe o vinho num grande copo de isopor, acompanhado de um prosaico hambúrguer. O gesto marca o início de uma revisão de suas prioridades na vida.

ILUSTRAÇÃO: Daniel Almeida/Estadão

Boas taças são importantes para apreciar plenamente um vinho. E uma taça pode mudar completamente a percepção do mesmo. Mas há ocasiões em que o importante não é a taça, nem mesmo o vinho, mas o momento, a companhia, o lugar onde se está. Imagine-se de férias, em Roma, numa tarde ensolarada, acompanhado da pessoa certa. Instalados numa simples trattoria, você pede mezzolitro di bianco. O vinho, servido num copo barato de vidro, provavelmente será um Frascati, produzido em abundância nas colinas que circundam a cidade. Mas seu sabor será inesquecível. De volta a casa, não adianta comprar um grande Frascati (o que não é fácil) e servi-lo numa taça de cristal. Ainda que a companhia seja a mesma, o sabor não será.

Melhor ficar com a lembrança, como sugere Rick (Humphrey Bogart) a Ilsa (Ingrid Bergman), tentando convencer a amada a fugir para Lisboa, no clássico Casablanca: “Sempre teremos Paris”, diz ele, referindo-se à cidade onde viveram dias de paixão.

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No filme Sideways (esqueça o título em português, Entre Umas e Outras), de 2005, Miles (o ótimo Paul Giamatti) é um escritor frustrado, abalado por um divórcio e propenso à depressão. Fanático por vinhos, o maior tesouro de sua adega é uma garrafa de Cheval Blanc 1961, reservada para uma ocasião especial. No fim do filme, Miles pega a preciosa garrafa, vai para uma lanchonete e bebe o vinho num grande copo de isopor, acompanhado de um prosaico hambúrguer. O gesto marca o início de uma revisão de suas prioridades na vida.

ILUSTRAÇÃO: Daniel Almeida/Estadão

Boas taças são importantes para apreciar plenamente um vinho. E uma taça pode mudar completamente a percepção do mesmo. Mas há ocasiões em que o importante não é a taça, nem mesmo o vinho, mas o momento, a companhia, o lugar onde se está. Imagine-se de férias, em Roma, numa tarde ensolarada, acompanhado da pessoa certa. Instalados numa simples trattoria, você pede mezzolitro di bianco. O vinho, servido num copo barato de vidro, provavelmente será um Frascati, produzido em abundância nas colinas que circundam a cidade. Mas seu sabor será inesquecível. De volta a casa, não adianta comprar um grande Frascati (o que não é fácil) e servi-lo numa taça de cristal. Ainda que a companhia seja a mesma, o sabor não será.

Melhor ficar com a lembrança, como sugere Rick (Humphrey Bogart) a Ilsa (Ingrid Bergman), tentando convencer a amada a fugir para Lisboa, no clássico Casablanca: “Sempre teremos Paris”, diz ele, referindo-se à cidade onde viveram dias de paixão.

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No filme Sideways (esqueça o título em português, Entre Umas e Outras), de 2005, Miles (o ótimo Paul Giamatti) é um escritor frustrado, abalado por um divórcio e propenso à depressão. Fanático por vinhos, o maior tesouro de sua adega é uma garrafa de Cheval Blanc 1961, reservada para uma ocasião especial. No fim do filme, Miles pega a preciosa garrafa, vai para uma lanchonete e bebe o vinho num grande copo de isopor, acompanhado de um prosaico hambúrguer. O gesto marca o início de uma revisão de suas prioridades na vida.

ILUSTRAÇÃO: Daniel Almeida/Estadão

Boas taças são importantes para apreciar plenamente um vinho. E uma taça pode mudar completamente a percepção do mesmo. Mas há ocasiões em que o importante não é a taça, nem mesmo o vinho, mas o momento, a companhia, o lugar onde se está. Imagine-se de férias, em Roma, numa tarde ensolarada, acompanhado da pessoa certa. Instalados numa simples trattoria, você pede mezzolitro di bianco. O vinho, servido num copo barato de vidro, provavelmente será um Frascati, produzido em abundância nas colinas que circundam a cidade. Mas seu sabor será inesquecível. De volta a casa, não adianta comprar um grande Frascati (o que não é fácil) e servi-lo numa taça de cristal. Ainda que a companhia seja a mesma, o sabor não será.

Melhor ficar com a lembrança, como sugere Rick (Humphrey Bogart) a Ilsa (Ingrid Bergman), tentando convencer a amada a fugir para Lisboa, no clássico Casablanca: “Sempre teremos Paris”, diz ele, referindo-se à cidade onde viveram dias de paixão.

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