Interdição. Projeto de lei proíbe a venda do produto. FOTO: Fernando Sciarra/Estadão
Se a proibição passar, não é só o foie gras que vai sumir dos cardápios e empórios especializados. Desaparecerão também o magret (o peito de pato gordo) e o confit (método de conservação da coxa de pato na gordura da ave), pois ambos dependem do pato gordo. São Paulo tem dois produtores de foie gras, Agrivert e Chez Pierre, ambos no interior. E, curiosamente, quem mais consome foie gras na capital não são restaurantes franceses. São os japoneses.
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O que os produtores, chefs e simpatizantes do movimento defendem, além do foie gras, é o direito de decidir o que comer. Segundo o manifesto, a crueldade contra as aves pode ser impedida com a regulamentação da produção do foie gras, como ocorre na França e nos outros países criadores, onde os métodos são estabelecidos por lei. As estrelas da gastronomia paulistana assinaram a petição que já conta com quase 100 assinaturas.
A decisão do prefeito ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas o Paladar apurou que a proibição não deve passar: o prefeito Fernando Haddad deve vetar a lei. A justificativa é simples: não é papel do poder municipal legislar sobre gêneros alimentícios. Isso é papel do governo federal.