Prestes a completar dez anos, em 2016, o restaurante Maní lança seu primeiro livro contando histórias, antes de contar receitas. Elas também estão lá, mas só chegam depois de você entender o que fez a casa nascer, a partir de uma trupe de gaúchas (Helena e suas amigas e sócias Fernanda Lima e Giovana Baggio) unida a dois “estrangeiros”, o catalão Daniel Redondo, então namorado de Helena, e o paulistano Pedro Paulo Diniz.
Pedro sugeriu que a casa se chamasse Annapurna – e, para demovê-lo, Helena lembrou de ter lido num dicionário tupi a lenda da menina Maní, em cujo túmulo nasceu um pé de mandioca.
No início, o lugar tinha mais influência da vanguarda espanhola, da cozinha tecnoemocional, já que Daniel havia passado 13 anos no El Celler de Can Roca, onde conheceu a então estagiária Helena – Joan Roca, inclusive, é quem assina a apresentação do livro. Mas, ao longo dos anos, enquanto cavava grande reputação internacional, o lugar ia se tornando mais brasileiro, com pesquisa de ingredientes e relação estreita com fornecedores, alguns retratados no livro.
Tem Antonia do Empório Poitara, seu Zé de Paraty, a Fazenda da Toca e a Coruputuba, entre os cerca de 300 fornecedores da casa. São eles que ajudam a tornar realidade pratos como o polvo na brasa com batata-doce e cebola-roxa, o linguado com bacuri e a bochecha de boi com tutano e purê de taioba – todos com receitas para você ter um pouco do Maní em sua casa.
ManíAutora: Milly LacombeEditora: DBA (302 págs.)Preço: R$ 180Lançamento: dia 16/12, às 19h, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi