Ingredientes brasileiros estudados na cozinha

Dá até pena de comer


Rústica e adaptável, a capuchinha é cultivada em todo o mundo como planta ornamental pela beleza das flores

Por Neide Rigo
Atualização:

Colher o próprio alimento é o sonho de muitos de nós, nem sempre ao alcance de todos. No caso da capuchinha, uma jardineira é o bastante para enfeitar a janela e satisfazer a vontade. Se plantar hoje, terá tempo de colher flores na primavera e, antes disso, poderá usar as folhas.

A Tropaeolum majus, originária do Peru e Bolívia, pode ser encontrada em estado silvestre desde o México até a Argentina. É tão rústica e adaptável que é cultivada em todo o mundo como alimento ou planta ornamental, pela beleza das flores.

No sabor, as flores, folhas, botões e frutos lembram o agrião, mas as duas plantas pertencem a famílias bem diferentes. Em comum, têm o sabor picante, que às vezes chega a causar ardência no nariz, pela presença de um glucosídeo chamado glucotropeolina. O mesmo acontece com as sementes de mostarda e com a raiz-forte no ato do corte, mordida ou maceração.

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Capuchinha. Da planta polivalente só não se come a beleza. FOTO: Robson Fernadjes/Estadão

Se o sabor picante das folhas desperta interesse gastronômico, a beleza das flores, com tons que variam do amarelo-claro ao vermelho-rubi, tem mais apelo decorativo – isso não é novidade. O que parece estar na moda é usar as folhas para enfeitar sobremesas. Antes que essa prática se torne cansativa, poderíamos começar a usar a planta de outras formas. As folhas cozidas em água fervente por cerca de dois minutos podem ser usadas em massas, pães, recheios, suflês, cremes ou pestos. As maiores podem embalar filés de peixes, ser empanadas em massa de tempurá e, em seguida, fritas.

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Já no caso das flores, por que não usá-las também como uma verdura ou tempero picante? Elas podem, por exemplo, ser colocadas, em fatias, sobre peixe assado ou frango, como um delicioso adorno. Para isso, basta socá-las no pilão, misturá-las com manteiga em ponto de pomada e deixar gelar.

Assim como as folhas, as flores despetaladas podem ser prensadas entre duas camadas de massa de macarrão. Depois, cortada aleatoriamente como maltagliati, a massa pode ser cozida em caldo ou servida com manteiga. Inteiras ou despetaladas, as flores podem ser usadas ainda em risotos ou ao final do cozimento de pizzas e massas, dando um colorido inusitado ao prato. E, infundindo as flores vermelhas em vinagre branco quente, em poucos minutos se consegue um vinagre de cor vibrante.

Para terminar, não posso deixar de falar das sementes – na verdade, frutos tipo aquênio –, que são ainda mais pungentes e, em conserva, seguem o estilo das alcaparras. Basta aferventá-las em vinagre temperado com alho, sal, açúcar e louro, e guardar. Depois, combiná-las com queijo derretido, flores e folhas de capuchinha. Coloque no meio de um pão e nhac!

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RECEITA:+ Spätzle de folhas de capuchinha

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 4/9/2013

Colher o próprio alimento é o sonho de muitos de nós, nem sempre ao alcance de todos. No caso da capuchinha, uma jardineira é o bastante para enfeitar a janela e satisfazer a vontade. Se plantar hoje, terá tempo de colher flores na primavera e, antes disso, poderá usar as folhas.

A Tropaeolum majus, originária do Peru e Bolívia, pode ser encontrada em estado silvestre desde o México até a Argentina. É tão rústica e adaptável que é cultivada em todo o mundo como alimento ou planta ornamental, pela beleza das flores.

No sabor, as flores, folhas, botões e frutos lembram o agrião, mas as duas plantas pertencem a famílias bem diferentes. Em comum, têm o sabor picante, que às vezes chega a causar ardência no nariz, pela presença de um glucosídeo chamado glucotropeolina. O mesmo acontece com as sementes de mostarda e com a raiz-forte no ato do corte, mordida ou maceração.

 

Capuchinha. Da planta polivalente só não se come a beleza. FOTO: Robson Fernadjes/Estadão

Se o sabor picante das folhas desperta interesse gastronômico, a beleza das flores, com tons que variam do amarelo-claro ao vermelho-rubi, tem mais apelo decorativo – isso não é novidade. O que parece estar na moda é usar as folhas para enfeitar sobremesas. Antes que essa prática se torne cansativa, poderíamos começar a usar a planta de outras formas. As folhas cozidas em água fervente por cerca de dois minutos podem ser usadas em massas, pães, recheios, suflês, cremes ou pestos. As maiores podem embalar filés de peixes, ser empanadas em massa de tempurá e, em seguida, fritas.

Já no caso das flores, por que não usá-las também como uma verdura ou tempero picante? Elas podem, por exemplo, ser colocadas, em fatias, sobre peixe assado ou frango, como um delicioso adorno. Para isso, basta socá-las no pilão, misturá-las com manteiga em ponto de pomada e deixar gelar.

Assim como as folhas, as flores despetaladas podem ser prensadas entre duas camadas de massa de macarrão. Depois, cortada aleatoriamente como maltagliati, a massa pode ser cozida em caldo ou servida com manteiga. Inteiras ou despetaladas, as flores podem ser usadas ainda em risotos ou ao final do cozimento de pizzas e massas, dando um colorido inusitado ao prato. E, infundindo as flores vermelhas em vinagre branco quente, em poucos minutos se consegue um vinagre de cor vibrante.

Para terminar, não posso deixar de falar das sementes – na verdade, frutos tipo aquênio –, que são ainda mais pungentes e, em conserva, seguem o estilo das alcaparras. Basta aferventá-las em vinagre temperado com alho, sal, açúcar e louro, e guardar. Depois, combiná-las com queijo derretido, flores e folhas de capuchinha. Coloque no meio de um pão e nhac!

RECEITA:+ Spätzle de folhas de capuchinha

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 4/9/2013

Colher o próprio alimento é o sonho de muitos de nós, nem sempre ao alcance de todos. No caso da capuchinha, uma jardineira é o bastante para enfeitar a janela e satisfazer a vontade. Se plantar hoje, terá tempo de colher flores na primavera e, antes disso, poderá usar as folhas.

A Tropaeolum majus, originária do Peru e Bolívia, pode ser encontrada em estado silvestre desde o México até a Argentina. É tão rústica e adaptável que é cultivada em todo o mundo como alimento ou planta ornamental, pela beleza das flores.

No sabor, as flores, folhas, botões e frutos lembram o agrião, mas as duas plantas pertencem a famílias bem diferentes. Em comum, têm o sabor picante, que às vezes chega a causar ardência no nariz, pela presença de um glucosídeo chamado glucotropeolina. O mesmo acontece com as sementes de mostarda e com a raiz-forte no ato do corte, mordida ou maceração.

 

Capuchinha. Da planta polivalente só não se come a beleza. FOTO: Robson Fernadjes/Estadão

Se o sabor picante das folhas desperta interesse gastronômico, a beleza das flores, com tons que variam do amarelo-claro ao vermelho-rubi, tem mais apelo decorativo – isso não é novidade. O que parece estar na moda é usar as folhas para enfeitar sobremesas. Antes que essa prática se torne cansativa, poderíamos começar a usar a planta de outras formas. As folhas cozidas em água fervente por cerca de dois minutos podem ser usadas em massas, pães, recheios, suflês, cremes ou pestos. As maiores podem embalar filés de peixes, ser empanadas em massa de tempurá e, em seguida, fritas.

Já no caso das flores, por que não usá-las também como uma verdura ou tempero picante? Elas podem, por exemplo, ser colocadas, em fatias, sobre peixe assado ou frango, como um delicioso adorno. Para isso, basta socá-las no pilão, misturá-las com manteiga em ponto de pomada e deixar gelar.

Assim como as folhas, as flores despetaladas podem ser prensadas entre duas camadas de massa de macarrão. Depois, cortada aleatoriamente como maltagliati, a massa pode ser cozida em caldo ou servida com manteiga. Inteiras ou despetaladas, as flores podem ser usadas ainda em risotos ou ao final do cozimento de pizzas e massas, dando um colorido inusitado ao prato. E, infundindo as flores vermelhas em vinagre branco quente, em poucos minutos se consegue um vinagre de cor vibrante.

Para terminar, não posso deixar de falar das sementes – na verdade, frutos tipo aquênio –, que são ainda mais pungentes e, em conserva, seguem o estilo das alcaparras. Basta aferventá-las em vinagre temperado com alho, sal, açúcar e louro, e guardar. Depois, combiná-las com queijo derretido, flores e folhas de capuchinha. Coloque no meio de um pão e nhac!

RECEITA:+ Spätzle de folhas de capuchinha

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 4/9/2013

Colher o próprio alimento é o sonho de muitos de nós, nem sempre ao alcance de todos. No caso da capuchinha, uma jardineira é o bastante para enfeitar a janela e satisfazer a vontade. Se plantar hoje, terá tempo de colher flores na primavera e, antes disso, poderá usar as folhas.

A Tropaeolum majus, originária do Peru e Bolívia, pode ser encontrada em estado silvestre desde o México até a Argentina. É tão rústica e adaptável que é cultivada em todo o mundo como alimento ou planta ornamental, pela beleza das flores.

No sabor, as flores, folhas, botões e frutos lembram o agrião, mas as duas plantas pertencem a famílias bem diferentes. Em comum, têm o sabor picante, que às vezes chega a causar ardência no nariz, pela presença de um glucosídeo chamado glucotropeolina. O mesmo acontece com as sementes de mostarda e com a raiz-forte no ato do corte, mordida ou maceração.

 

Capuchinha. Da planta polivalente só não se come a beleza. FOTO: Robson Fernadjes/Estadão

Se o sabor picante das folhas desperta interesse gastronômico, a beleza das flores, com tons que variam do amarelo-claro ao vermelho-rubi, tem mais apelo decorativo – isso não é novidade. O que parece estar na moda é usar as folhas para enfeitar sobremesas. Antes que essa prática se torne cansativa, poderíamos começar a usar a planta de outras formas. As folhas cozidas em água fervente por cerca de dois minutos podem ser usadas em massas, pães, recheios, suflês, cremes ou pestos. As maiores podem embalar filés de peixes, ser empanadas em massa de tempurá e, em seguida, fritas.

Já no caso das flores, por que não usá-las também como uma verdura ou tempero picante? Elas podem, por exemplo, ser colocadas, em fatias, sobre peixe assado ou frango, como um delicioso adorno. Para isso, basta socá-las no pilão, misturá-las com manteiga em ponto de pomada e deixar gelar.

Assim como as folhas, as flores despetaladas podem ser prensadas entre duas camadas de massa de macarrão. Depois, cortada aleatoriamente como maltagliati, a massa pode ser cozida em caldo ou servida com manteiga. Inteiras ou despetaladas, as flores podem ser usadas ainda em risotos ou ao final do cozimento de pizzas e massas, dando um colorido inusitado ao prato. E, infundindo as flores vermelhas em vinagre branco quente, em poucos minutos se consegue um vinagre de cor vibrante.

Para terminar, não posso deixar de falar das sementes – na verdade, frutos tipo aquênio –, que são ainda mais pungentes e, em conserva, seguem o estilo das alcaparras. Basta aferventá-las em vinagre temperado com alho, sal, açúcar e louro, e guardar. Depois, combiná-las com queijo derretido, flores e folhas de capuchinha. Coloque no meio de um pão e nhac!

RECEITA:+ Spätzle de folhas de capuchinha

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 4/9/2013

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