Espanhol, sem concessões


No Museo Veronica, hermanito do Maripili recém-aberto em Moema, pouco se fala português. A cozinha espanhola autêntica vai de pratos elaborados a carnes menos nobres, como orelha e bochecha. E o melhor: a preços justos

Por redacaopaladar
Atualização:

Por Tatiana EngelbrechtEspecial para o Estado

O Museo Veronica abriu as portas há duas semanas, na esquina da Rua Tuim com a Avenida Jacutinga, em Moema. Mas as atrações ali não são fotos nem pinturas de museu, e sim pratos da mais autêntica cozinha espanhola. É um lugar de “comidas raras e vinos buenos”, como indica a inscrição na porta.

O Museo, por dentro e por fora. FOTOS: Tiago Queiroz/Estadão

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O restaurante é o irmão mais novo (e um pouco mais sofisticado) do Maripili, na Chácara Santo Antônio, que fez fama pela combinação de cozinha espanhola autêntica e bons preços.

Sócio das duas casas, Dario Taibo gosta de brincar que decidiu abrir o Maripili para ter onde almoçar. Mas a proposta do Museo Veronica é mais ambiciosa. O cardápio tem até uma seção de picar (porções), com jamón com tomate, jamón serrano e ibérico, morcilla e mix de embutidos (sobrasada, chorizo e fuet), entre outras opções ao estilo do Maripili. Mas esse não é o foco da casa: a cozinha ampla permite o preparo de pratos mais elaborados, como a delicia de bacalao (R$ 32), em que o peixe desfiado é preparado al pil pil e chega à mesa sobre purê de batatas, comum e doce, depois de gratinado. Outra atração são as albondigas com calamares (R$ 30), que unem mar e terra num mesmo prato: almôndegas de carne bovina com anéis de lula e molho de tinta de lula.

Carnes em geral pouco valorizadas também têm lugar no cardápio, como as orelhas de porco, preparadas na chapa com alho e salsinha (R$ 20), e a bochecha de boi cozida lentamente em vinho e servida com purê (R$ 32). A seleção de vinhos oferece 50 rótulos de muitas regiões da Espanha e de outros países. Há também opções em taça, ou melhor, en copa (R$ 8,50).

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Albondigas con calamares e mix de embutidos

No comando da cozinha está o jovem chef e sócio João Calderón, que passou primeiro pelo Maripili e depois foi se aperfeiçoar em cozinhas de Portugal, França, Espanha e Inglaterra (onde trabalhou em casas como Viajante e Sketch). Para ajudar na concepção do cardápio, veio de Madri o chef espanhol Alberto Navarro. Completa o time o cozinheiro Luis Granados, igualmente ex-Maripili. Os dois garçons também são espanhóis e quase não se ouve português por ali. No meio de uma explicação sobre a casa, Dario de repente olha para a calçada e diz: “Ali está a pessoa mais importante do restaurante”, apontando para o homem que descarrega de um pequeno caminhão caixas de tomates, cebolas, limões… “Esse sim é o grande segredo da cozinha.”

O Museo Veronica abriu sem alarde. De caso pensado. “Nós inauguramos sem contar nem aos amigos”, diz Dario. “Assim, pudemos ir afinando com calma a cozinha e o serviço.”

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Alberto Navarro, João Calderón e Luis Granados são o time da cozinha

SERVIÇO – Museo Veronica R. Tuim, 370, Moema Tel.: 5051-2654 Horário de funcionamento: 12h/0h (dom. 12h/17h, fecha 2ª) Cc.: todos

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 19/12/2013

Por Tatiana EngelbrechtEspecial para o Estado

O Museo Veronica abriu as portas há duas semanas, na esquina da Rua Tuim com a Avenida Jacutinga, em Moema. Mas as atrações ali não são fotos nem pinturas de museu, e sim pratos da mais autêntica cozinha espanhola. É um lugar de “comidas raras e vinos buenos”, como indica a inscrição na porta.

O Museo, por dentro e por fora. FOTOS: Tiago Queiroz/Estadão

O restaurante é o irmão mais novo (e um pouco mais sofisticado) do Maripili, na Chácara Santo Antônio, que fez fama pela combinação de cozinha espanhola autêntica e bons preços.

Sócio das duas casas, Dario Taibo gosta de brincar que decidiu abrir o Maripili para ter onde almoçar. Mas a proposta do Museo Veronica é mais ambiciosa. O cardápio tem até uma seção de picar (porções), com jamón com tomate, jamón serrano e ibérico, morcilla e mix de embutidos (sobrasada, chorizo e fuet), entre outras opções ao estilo do Maripili. Mas esse não é o foco da casa: a cozinha ampla permite o preparo de pratos mais elaborados, como a delicia de bacalao (R$ 32), em que o peixe desfiado é preparado al pil pil e chega à mesa sobre purê de batatas, comum e doce, depois de gratinado. Outra atração são as albondigas com calamares (R$ 30), que unem mar e terra num mesmo prato: almôndegas de carne bovina com anéis de lula e molho de tinta de lula.

Carnes em geral pouco valorizadas também têm lugar no cardápio, como as orelhas de porco, preparadas na chapa com alho e salsinha (R$ 20), e a bochecha de boi cozida lentamente em vinho e servida com purê (R$ 32). A seleção de vinhos oferece 50 rótulos de muitas regiões da Espanha e de outros países. Há também opções em taça, ou melhor, en copa (R$ 8,50).

Albondigas con calamares e mix de embutidos

No comando da cozinha está o jovem chef e sócio João Calderón, que passou primeiro pelo Maripili e depois foi se aperfeiçoar em cozinhas de Portugal, França, Espanha e Inglaterra (onde trabalhou em casas como Viajante e Sketch). Para ajudar na concepção do cardápio, veio de Madri o chef espanhol Alberto Navarro. Completa o time o cozinheiro Luis Granados, igualmente ex-Maripili. Os dois garçons também são espanhóis e quase não se ouve português por ali. No meio de uma explicação sobre a casa, Dario de repente olha para a calçada e diz: “Ali está a pessoa mais importante do restaurante”, apontando para o homem que descarrega de um pequeno caminhão caixas de tomates, cebolas, limões… “Esse sim é o grande segredo da cozinha.”

O Museo Veronica abriu sem alarde. De caso pensado. “Nós inauguramos sem contar nem aos amigos”, diz Dario. “Assim, pudemos ir afinando com calma a cozinha e o serviço.”

Alberto Navarro, João Calderón e Luis Granados são o time da cozinha

SERVIÇO – Museo Veronica R. Tuim, 370, Moema Tel.: 5051-2654 Horário de funcionamento: 12h/0h (dom. 12h/17h, fecha 2ª) Cc.: todos

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 19/12/2013

Por Tatiana EngelbrechtEspecial para o Estado

O Museo Veronica abriu as portas há duas semanas, na esquina da Rua Tuim com a Avenida Jacutinga, em Moema. Mas as atrações ali não são fotos nem pinturas de museu, e sim pratos da mais autêntica cozinha espanhola. É um lugar de “comidas raras e vinos buenos”, como indica a inscrição na porta.

O Museo, por dentro e por fora. FOTOS: Tiago Queiroz/Estadão

O restaurante é o irmão mais novo (e um pouco mais sofisticado) do Maripili, na Chácara Santo Antônio, que fez fama pela combinação de cozinha espanhola autêntica e bons preços.

Sócio das duas casas, Dario Taibo gosta de brincar que decidiu abrir o Maripili para ter onde almoçar. Mas a proposta do Museo Veronica é mais ambiciosa. O cardápio tem até uma seção de picar (porções), com jamón com tomate, jamón serrano e ibérico, morcilla e mix de embutidos (sobrasada, chorizo e fuet), entre outras opções ao estilo do Maripili. Mas esse não é o foco da casa: a cozinha ampla permite o preparo de pratos mais elaborados, como a delicia de bacalao (R$ 32), em que o peixe desfiado é preparado al pil pil e chega à mesa sobre purê de batatas, comum e doce, depois de gratinado. Outra atração são as albondigas com calamares (R$ 30), que unem mar e terra num mesmo prato: almôndegas de carne bovina com anéis de lula e molho de tinta de lula.

Carnes em geral pouco valorizadas também têm lugar no cardápio, como as orelhas de porco, preparadas na chapa com alho e salsinha (R$ 20), e a bochecha de boi cozida lentamente em vinho e servida com purê (R$ 32). A seleção de vinhos oferece 50 rótulos de muitas regiões da Espanha e de outros países. Há também opções em taça, ou melhor, en copa (R$ 8,50).

Albondigas con calamares e mix de embutidos

No comando da cozinha está o jovem chef e sócio João Calderón, que passou primeiro pelo Maripili e depois foi se aperfeiçoar em cozinhas de Portugal, França, Espanha e Inglaterra (onde trabalhou em casas como Viajante e Sketch). Para ajudar na concepção do cardápio, veio de Madri o chef espanhol Alberto Navarro. Completa o time o cozinheiro Luis Granados, igualmente ex-Maripili. Os dois garçons também são espanhóis e quase não se ouve português por ali. No meio de uma explicação sobre a casa, Dario de repente olha para a calçada e diz: “Ali está a pessoa mais importante do restaurante”, apontando para o homem que descarrega de um pequeno caminhão caixas de tomates, cebolas, limões… “Esse sim é o grande segredo da cozinha.”

O Museo Veronica abriu sem alarde. De caso pensado. “Nós inauguramos sem contar nem aos amigos”, diz Dario. “Assim, pudemos ir afinando com calma a cozinha e o serviço.”

Alberto Navarro, João Calderón e Luis Granados são o time da cozinha

SERVIÇO – Museo Veronica R. Tuim, 370, Moema Tel.: 5051-2654 Horário de funcionamento: 12h/0h (dom. 12h/17h, fecha 2ª) Cc.: todos

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Por Tatiana EngelbrechtEspecial para o Estado

O Museo Veronica abriu as portas há duas semanas, na esquina da Rua Tuim com a Avenida Jacutinga, em Moema. Mas as atrações ali não são fotos nem pinturas de museu, e sim pratos da mais autêntica cozinha espanhola. É um lugar de “comidas raras e vinos buenos”, como indica a inscrição na porta.

O Museo, por dentro e por fora. FOTOS: Tiago Queiroz/Estadão

O restaurante é o irmão mais novo (e um pouco mais sofisticado) do Maripili, na Chácara Santo Antônio, que fez fama pela combinação de cozinha espanhola autêntica e bons preços.

Sócio das duas casas, Dario Taibo gosta de brincar que decidiu abrir o Maripili para ter onde almoçar. Mas a proposta do Museo Veronica é mais ambiciosa. O cardápio tem até uma seção de picar (porções), com jamón com tomate, jamón serrano e ibérico, morcilla e mix de embutidos (sobrasada, chorizo e fuet), entre outras opções ao estilo do Maripili. Mas esse não é o foco da casa: a cozinha ampla permite o preparo de pratos mais elaborados, como a delicia de bacalao (R$ 32), em que o peixe desfiado é preparado al pil pil e chega à mesa sobre purê de batatas, comum e doce, depois de gratinado. Outra atração são as albondigas com calamares (R$ 30), que unem mar e terra num mesmo prato: almôndegas de carne bovina com anéis de lula e molho de tinta de lula.

Carnes em geral pouco valorizadas também têm lugar no cardápio, como as orelhas de porco, preparadas na chapa com alho e salsinha (R$ 20), e a bochecha de boi cozida lentamente em vinho e servida com purê (R$ 32). A seleção de vinhos oferece 50 rótulos de muitas regiões da Espanha e de outros países. Há também opções em taça, ou melhor, en copa (R$ 8,50).

Albondigas con calamares e mix de embutidos

No comando da cozinha está o jovem chef e sócio João Calderón, que passou primeiro pelo Maripili e depois foi se aperfeiçoar em cozinhas de Portugal, França, Espanha e Inglaterra (onde trabalhou em casas como Viajante e Sketch). Para ajudar na concepção do cardápio, veio de Madri o chef espanhol Alberto Navarro. Completa o time o cozinheiro Luis Granados, igualmente ex-Maripili. Os dois garçons também são espanhóis e quase não se ouve português por ali. No meio de uma explicação sobre a casa, Dario de repente olha para a calçada e diz: “Ali está a pessoa mais importante do restaurante”, apontando para o homem que descarrega de um pequeno caminhão caixas de tomates, cebolas, limões… “Esse sim é o grande segredo da cozinha.”

O Museo Veronica abriu sem alarde. De caso pensado. “Nós inauguramos sem contar nem aos amigos”, diz Dario. “Assim, pudemos ir afinando com calma a cozinha e o serviço.”

Alberto Navarro, João Calderón e Luis Granados são o time da cozinha

SERVIÇO – Museo Veronica R. Tuim, 370, Moema Tel.: 5051-2654 Horário de funcionamento: 12h/0h (dom. 12h/17h, fecha 2ª) Cc.: todos

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