Desembolso de consumidores com juro já supera R$ 85 bilhões em 2011


Nesse contexto, já tem muita gente apertando o cinto e 'trocando Coca-Cola por Tubaína'

Por Hugo Passarelli

Com renda de R$ 7 mil e gastos perto dos R$ 10 mil mensais, a analista de administração de pessoal V.F.R., 30 anos, e seu marido usam frequentemente o limite do cartão de crédito. Dos habituais R$ 2,3 mil que faltam no orçamento todo mês, a analista estima que, em agosto, faltarão R$ 3 mil, valor necessário ao pagamento das parcelas de automóvel e moto mais os juros acumulados no cartão. 'Estou trocando a Cola-Cola pela Tubaína', brinca. O dinheiro gasto na reforma de sua cozinha, em junho, e a aquisição de novos móveis, aliados aos juros bancários, só pioraram a situação, conta V.F.R., que pretende economizar em gastos gerais, como refeição fora de casa, e nos produtos comprados para o lar.

:::LEIA TAMBÉM:::::Juros cobrados das empresas são os mais altos desde outubro de 2009::::Agência de fomento disponibiliza R$ 840 mi para pequenas empresas::::Simulador: calcule o valor atual da sua dívida:::: Simulador: o melhor preço de combustíveis ::

Os altos juros que complicam a situação financeira da analista são também a realidade de muitos brasileiros que dependem do crédito para fechar as contas do mês. Somente no primeiro semestre, o pagamento de juros corroeu em R$ 85,2 bilhões o poder de consumo das famílias, um aumento de 75,6% ante o que foi desembolsado pelas pessoas físicas em igual período de 2010 (R$ 48,5 bilhões). Segundo cálculos da Fecomércio, esse total representa uma fatia de 65,9% do total gasto pelas famílias com juro em 2010 (R$ 129,3 bilhões). A conta é feita considerando o estoque de crédito e o juro médio cobrado nos seis primeiros meses do ano, sem a inadimplência.

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De janeiro a junho, o juro médio para pessoa física passou de 40,6% para 45,4% ao ano, aumento que resultou sozinho em R$ 7,8 bilhões adicionais em pagamento de juros. Visto de outra forma, o gasto é de R$ 1,3 bilhão a mais por mês, valor superior ao total das transferências sociais em todo o ano de 2009, como as do programa 'Bolsa Família', segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

No caso das pessoas jurídicas, o desembolso com juros somou R$ 65,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano (6% a mais do que 2010). Esse total já é 62% dos R$ 105 bilhões gastos por empresas ao longo de todo o ano passado. Juntos, consumidores e empresas já desembolsaram R$ 150 bilhões em 2011.

O aumento do volume de empréstimos explica, em parte, o maior desembolso dos brasileiros em juros. Mas a alta da taxa Selic e as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo foram as que mais contribuíram para o encarecimento do crédito, diz a entidade. A expectativa é de que com a crise a inflação perca fôlego e o juro possa diminuir. Mesmo assim, a previsão é de que o comprometimento da renda com juro deve prejudicar o desempenho do varejo neste ano.

Com renda de R$ 7 mil e gastos perto dos R$ 10 mil mensais, a analista de administração de pessoal V.F.R., 30 anos, e seu marido usam frequentemente o limite do cartão de crédito. Dos habituais R$ 2,3 mil que faltam no orçamento todo mês, a analista estima que, em agosto, faltarão R$ 3 mil, valor necessário ao pagamento das parcelas de automóvel e moto mais os juros acumulados no cartão. 'Estou trocando a Cola-Cola pela Tubaína', brinca. O dinheiro gasto na reforma de sua cozinha, em junho, e a aquisição de novos móveis, aliados aos juros bancários, só pioraram a situação, conta V.F.R., que pretende economizar em gastos gerais, como refeição fora de casa, e nos produtos comprados para o lar.

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Os altos juros que complicam a situação financeira da analista são também a realidade de muitos brasileiros que dependem do crédito para fechar as contas do mês. Somente no primeiro semestre, o pagamento de juros corroeu em R$ 85,2 bilhões o poder de consumo das famílias, um aumento de 75,6% ante o que foi desembolsado pelas pessoas físicas em igual período de 2010 (R$ 48,5 bilhões). Segundo cálculos da Fecomércio, esse total representa uma fatia de 65,9% do total gasto pelas famílias com juro em 2010 (R$ 129,3 bilhões). A conta é feita considerando o estoque de crédito e o juro médio cobrado nos seis primeiros meses do ano, sem a inadimplência.

De janeiro a junho, o juro médio para pessoa física passou de 40,6% para 45,4% ao ano, aumento que resultou sozinho em R$ 7,8 bilhões adicionais em pagamento de juros. Visto de outra forma, o gasto é de R$ 1,3 bilhão a mais por mês, valor superior ao total das transferências sociais em todo o ano de 2009, como as do programa 'Bolsa Família', segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

No caso das pessoas jurídicas, o desembolso com juros somou R$ 65,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano (6% a mais do que 2010). Esse total já é 62% dos R$ 105 bilhões gastos por empresas ao longo de todo o ano passado. Juntos, consumidores e empresas já desembolsaram R$ 150 bilhões em 2011.

O aumento do volume de empréstimos explica, em parte, o maior desembolso dos brasileiros em juros. Mas a alta da taxa Selic e as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo foram as que mais contribuíram para o encarecimento do crédito, diz a entidade. A expectativa é de que com a crise a inflação perca fôlego e o juro possa diminuir. Mesmo assim, a previsão é de que o comprometimento da renda com juro deve prejudicar o desempenho do varejo neste ano.

Com renda de R$ 7 mil e gastos perto dos R$ 10 mil mensais, a analista de administração de pessoal V.F.R., 30 anos, e seu marido usam frequentemente o limite do cartão de crédito. Dos habituais R$ 2,3 mil que faltam no orçamento todo mês, a analista estima que, em agosto, faltarão R$ 3 mil, valor necessário ao pagamento das parcelas de automóvel e moto mais os juros acumulados no cartão. 'Estou trocando a Cola-Cola pela Tubaína', brinca. O dinheiro gasto na reforma de sua cozinha, em junho, e a aquisição de novos móveis, aliados aos juros bancários, só pioraram a situação, conta V.F.R., que pretende economizar em gastos gerais, como refeição fora de casa, e nos produtos comprados para o lar.

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Os altos juros que complicam a situação financeira da analista são também a realidade de muitos brasileiros que dependem do crédito para fechar as contas do mês. Somente no primeiro semestre, o pagamento de juros corroeu em R$ 85,2 bilhões o poder de consumo das famílias, um aumento de 75,6% ante o que foi desembolsado pelas pessoas físicas em igual período de 2010 (R$ 48,5 bilhões). Segundo cálculos da Fecomércio, esse total representa uma fatia de 65,9% do total gasto pelas famílias com juro em 2010 (R$ 129,3 bilhões). A conta é feita considerando o estoque de crédito e o juro médio cobrado nos seis primeiros meses do ano, sem a inadimplência.

De janeiro a junho, o juro médio para pessoa física passou de 40,6% para 45,4% ao ano, aumento que resultou sozinho em R$ 7,8 bilhões adicionais em pagamento de juros. Visto de outra forma, o gasto é de R$ 1,3 bilhão a mais por mês, valor superior ao total das transferências sociais em todo o ano de 2009, como as do programa 'Bolsa Família', segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

No caso das pessoas jurídicas, o desembolso com juros somou R$ 65,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano (6% a mais do que 2010). Esse total já é 62% dos R$ 105 bilhões gastos por empresas ao longo de todo o ano passado. Juntos, consumidores e empresas já desembolsaram R$ 150 bilhões em 2011.

O aumento do volume de empréstimos explica, em parte, o maior desembolso dos brasileiros em juros. Mas a alta da taxa Selic e as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo foram as que mais contribuíram para o encarecimento do crédito, diz a entidade. A expectativa é de que com a crise a inflação perca fôlego e o juro possa diminuir. Mesmo assim, a previsão é de que o comprometimento da renda com juro deve prejudicar o desempenho do varejo neste ano.

Com renda de R$ 7 mil e gastos perto dos R$ 10 mil mensais, a analista de administração de pessoal V.F.R., 30 anos, e seu marido usam frequentemente o limite do cartão de crédito. Dos habituais R$ 2,3 mil que faltam no orçamento todo mês, a analista estima que, em agosto, faltarão R$ 3 mil, valor necessário ao pagamento das parcelas de automóvel e moto mais os juros acumulados no cartão. 'Estou trocando a Cola-Cola pela Tubaína', brinca. O dinheiro gasto na reforma de sua cozinha, em junho, e a aquisição de novos móveis, aliados aos juros bancários, só pioraram a situação, conta V.F.R., que pretende economizar em gastos gerais, como refeição fora de casa, e nos produtos comprados para o lar.

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Os altos juros que complicam a situação financeira da analista são também a realidade de muitos brasileiros que dependem do crédito para fechar as contas do mês. Somente no primeiro semestre, o pagamento de juros corroeu em R$ 85,2 bilhões o poder de consumo das famílias, um aumento de 75,6% ante o que foi desembolsado pelas pessoas físicas em igual período de 2010 (R$ 48,5 bilhões). Segundo cálculos da Fecomércio, esse total representa uma fatia de 65,9% do total gasto pelas famílias com juro em 2010 (R$ 129,3 bilhões). A conta é feita considerando o estoque de crédito e o juro médio cobrado nos seis primeiros meses do ano, sem a inadimplência.

De janeiro a junho, o juro médio para pessoa física passou de 40,6% para 45,4% ao ano, aumento que resultou sozinho em R$ 7,8 bilhões adicionais em pagamento de juros. Visto de outra forma, o gasto é de R$ 1,3 bilhão a mais por mês, valor superior ao total das transferências sociais em todo o ano de 2009, como as do programa 'Bolsa Família', segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

No caso das pessoas jurídicas, o desembolso com juros somou R$ 65,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano (6% a mais do que 2010). Esse total já é 62% dos R$ 105 bilhões gastos por empresas ao longo de todo o ano passado. Juntos, consumidores e empresas já desembolsaram R$ 150 bilhões em 2011.

O aumento do volume de empréstimos explica, em parte, o maior desembolso dos brasileiros em juros. Mas a alta da taxa Selic e as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo foram as que mais contribuíram para o encarecimento do crédito, diz a entidade. A expectativa é de que com a crise a inflação perca fôlego e o juro possa diminuir. Mesmo assim, a previsão é de que o comprometimento da renda com juro deve prejudicar o desempenho do varejo neste ano.

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