Prática dos Correios é questionada pelas transportadoras


Conselho Administrativo de Defesa Econômica investiga estatal, que se defende alegando atuar conforme a legislação

Por Renato Jakitas

Com cerca de 35 mil transportadoras no Estado de São Paulo, para as empresas do setor, parece difícil compreender as razões para a falta de competitividade na entrega para o varejo online. Mas segundo os próprios empresários do ramo, a explicação está na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Eles acusam a estatal de concorrência desleal no segmento. 

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“Eles têm o monopólio para entrega de cartas e correspondências. Mas fazem uma interpretação jurídica disso para avançar também sobre as entregas expressas”, afirma Paulo Furquim, coordenador do Centro de Estratégia e Pesquisas do Insper. “Os Correios mantém um departamento com dezenas de advogados e, basicamente, o que eles fazem é acionar judicialmente e extrajudicialmente toda transportadora que resolva competir com eles”, diz.

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Processos. “Eu respondo por quatro processos que vieram dos Correios e já me denunciaram umas dez vezes na Polícia Federal por concorrência irregular”, conta Antonio Jiuliani, proprietário de uma transportadora especializada em pequenas entregas para lojas virtuais, a Flash Corrier. 

“Eles fazem isso o tempo todo. Se é uma transportadora pequena, as vezes com uma moto, um carro, o empresário não tem advogado e nem dinheiro para entrar nessa briga e desiste de competir. É por isso que o mercado é tão concentrado”, analisa Jiuliani, que também faz parte da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

:::LEIA TAMBÉM:::Preço do frete limita expansão das lojas virtuaisTransportadoras e startups começam a se preocupar com o setor

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No mês passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo contra os Correios motivado justamente por uma solicitação do Setcesp. O Cade investiga suposta conduta anticompetitiva nos mercados nacionais de recebimento, transporte e entrega de correspondências e encomendas expressas. Entre as supostas práticas anticoncorrenciais dos Correios que serão investigadas estão a litigância unilateral abusiva, restrição pura à concorrência no mercado e ainda a discriminação de preços e condições de contratação.

Defesa. No começo de fevereiro, os Correios apresentaram defesa afirmando que “sua conduta foi pautada nos estritos termos da legislação vigente”, segundo e-mail enviado pela instituição à reportagem. Questionada sobre a convivência com as transportadoras de entrega de encomendas, a empresa nega coibir a concorrência por meio de notificações judiciais e extrajudiciais. 

“A entrega de encomendas é atividade sujeita à livre iniciativa, motivo pelo qual é legal a concorrência neste mercado”, afirma a nota. “A defesa dos serviços sujeitos à exclusividade postal se constitui obrigação legal imposta aos Correios, procedimento que a empresa vem realizando nos estritos termos da legislação vigente."

Com cerca de 35 mil transportadoras no Estado de São Paulo, para as empresas do setor, parece difícil compreender as razões para a falta de competitividade na entrega para o varejo online. Mas segundo os próprios empresários do ramo, a explicação está na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Eles acusam a estatal de concorrência desleal no segmento. 

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“Eles têm o monopólio para entrega de cartas e correspondências. Mas fazem uma interpretação jurídica disso para avançar também sobre as entregas expressas”, afirma Paulo Furquim, coordenador do Centro de Estratégia e Pesquisas do Insper. “Os Correios mantém um departamento com dezenas de advogados e, basicamente, o que eles fazem é acionar judicialmente e extrajudicialmente toda transportadora que resolva competir com eles”, diz.

Processos. “Eu respondo por quatro processos que vieram dos Correios e já me denunciaram umas dez vezes na Polícia Federal por concorrência irregular”, conta Antonio Jiuliani, proprietário de uma transportadora especializada em pequenas entregas para lojas virtuais, a Flash Corrier. 

“Eles fazem isso o tempo todo. Se é uma transportadora pequena, as vezes com uma moto, um carro, o empresário não tem advogado e nem dinheiro para entrar nessa briga e desiste de competir. É por isso que o mercado é tão concentrado”, analisa Jiuliani, que também faz parte da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

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No mês passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo contra os Correios motivado justamente por uma solicitação do Setcesp. O Cade investiga suposta conduta anticompetitiva nos mercados nacionais de recebimento, transporte e entrega de correspondências e encomendas expressas. Entre as supostas práticas anticoncorrenciais dos Correios que serão investigadas estão a litigância unilateral abusiva, restrição pura à concorrência no mercado e ainda a discriminação de preços e condições de contratação.

Defesa. No começo de fevereiro, os Correios apresentaram defesa afirmando que “sua conduta foi pautada nos estritos termos da legislação vigente”, segundo e-mail enviado pela instituição à reportagem. Questionada sobre a convivência com as transportadoras de entrega de encomendas, a empresa nega coibir a concorrência por meio de notificações judiciais e extrajudiciais. 

“A entrega de encomendas é atividade sujeita à livre iniciativa, motivo pelo qual é legal a concorrência neste mercado”, afirma a nota. “A defesa dos serviços sujeitos à exclusividade postal se constitui obrigação legal imposta aos Correios, procedimento que a empresa vem realizando nos estritos termos da legislação vigente."

Com cerca de 35 mil transportadoras no Estado de São Paulo, para as empresas do setor, parece difícil compreender as razões para a falta de competitividade na entrega para o varejo online. Mas segundo os próprios empresários do ramo, a explicação está na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Eles acusam a estatal de concorrência desleal no segmento. 

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“Eles têm o monopólio para entrega de cartas e correspondências. Mas fazem uma interpretação jurídica disso para avançar também sobre as entregas expressas”, afirma Paulo Furquim, coordenador do Centro de Estratégia e Pesquisas do Insper. “Os Correios mantém um departamento com dezenas de advogados e, basicamente, o que eles fazem é acionar judicialmente e extrajudicialmente toda transportadora que resolva competir com eles”, diz.

Processos. “Eu respondo por quatro processos que vieram dos Correios e já me denunciaram umas dez vezes na Polícia Federal por concorrência irregular”, conta Antonio Jiuliani, proprietário de uma transportadora especializada em pequenas entregas para lojas virtuais, a Flash Corrier. 

“Eles fazem isso o tempo todo. Se é uma transportadora pequena, as vezes com uma moto, um carro, o empresário não tem advogado e nem dinheiro para entrar nessa briga e desiste de competir. É por isso que o mercado é tão concentrado”, analisa Jiuliani, que também faz parte da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

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No mês passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo contra os Correios motivado justamente por uma solicitação do Setcesp. O Cade investiga suposta conduta anticompetitiva nos mercados nacionais de recebimento, transporte e entrega de correspondências e encomendas expressas. Entre as supostas práticas anticoncorrenciais dos Correios que serão investigadas estão a litigância unilateral abusiva, restrição pura à concorrência no mercado e ainda a discriminação de preços e condições de contratação.

Defesa. No começo de fevereiro, os Correios apresentaram defesa afirmando que “sua conduta foi pautada nos estritos termos da legislação vigente”, segundo e-mail enviado pela instituição à reportagem. Questionada sobre a convivência com as transportadoras de entrega de encomendas, a empresa nega coibir a concorrência por meio de notificações judiciais e extrajudiciais. 

“A entrega de encomendas é atividade sujeita à livre iniciativa, motivo pelo qual é legal a concorrência neste mercado”, afirma a nota. “A defesa dos serviços sujeitos à exclusividade postal se constitui obrigação legal imposta aos Correios, procedimento que a empresa vem realizando nos estritos termos da legislação vigente."

Com cerca de 35 mil transportadoras no Estado de São Paulo, para as empresas do setor, parece difícil compreender as razões para a falta de competitividade na entrega para o varejo online. Mas segundo os próprios empresários do ramo, a explicação está na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Eles acusam a estatal de concorrência desleal no segmento. 

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Processos. “Eu respondo por quatro processos que vieram dos Correios e já me denunciaram umas dez vezes na Polícia Federal por concorrência irregular”, conta Antonio Jiuliani, proprietário de uma transportadora especializada em pequenas entregas para lojas virtuais, a Flash Corrier. 

“Eles fazem isso o tempo todo. Se é uma transportadora pequena, as vezes com uma moto, um carro, o empresário não tem advogado e nem dinheiro para entrar nessa briga e desiste de competir. É por isso que o mercado é tão concentrado”, analisa Jiuliani, que também faz parte da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

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No mês passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo contra os Correios motivado justamente por uma solicitação do Setcesp. O Cade investiga suposta conduta anticompetitiva nos mercados nacionais de recebimento, transporte e entrega de correspondências e encomendas expressas. Entre as supostas práticas anticoncorrenciais dos Correios que serão investigadas estão a litigância unilateral abusiva, restrição pura à concorrência no mercado e ainda a discriminação de preços e condições de contratação.

Defesa. No começo de fevereiro, os Correios apresentaram defesa afirmando que “sua conduta foi pautada nos estritos termos da legislação vigente”, segundo e-mail enviado pela instituição à reportagem. Questionada sobre a convivência com as transportadoras de entrega de encomendas, a empresa nega coibir a concorrência por meio de notificações judiciais e extrajudiciais. 

“A entrega de encomendas é atividade sujeita à livre iniciativa, motivo pelo qual é legal a concorrência neste mercado”, afirma a nota. “A defesa dos serviços sujeitos à exclusividade postal se constitui obrigação legal imposta aos Correios, procedimento que a empresa vem realizando nos estritos termos da legislação vigente."

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