Aumentam as queixas contra TV a cabo


O mês de agosto teve número recorde de reclamações de consumidores que receberam cobranças indevidas de empresas de TV por assinatura, se comparado com os últimos 12 meses. As queixas chegaram a 2.867, 44% a mais do que em setembro de 2009

Por Marcelo Moreira

Lìgia Tuon

O mês de agosto teve número recorde de reclamações de consumidores que receberam cobranças indevidas de empresas de TV por assinatura, se comparado com os últimos 12 meses. As queixas chegaram a 2.867, 44% a mais do que em setembro de 2009, quando o número de queixas era de 1.992. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 A Agência destaca três motivos como principais por esse crescimento: a proibição do ponto extra, que criou expectativa do consumidor de reaver a cobrança considerada indevida pela Justiça; reclamações sobre cobrança após a solicitação de cancelamento do serviço e ao crescimento médio de 8% ao mês da base de assinantes.

continua após a publicidade

"Geralmente, no caso do cancelamento, pode haver um resíduo de dias. Ou seja, a fatura vence dia 15 e o usuário pede o cancelamento dia 20. Portanto, restariam 5 dias residuais a serem cobrados", informou a Anatel.

A contadora Maine Kuratomi teve problemas com valores errados em sua fatura mais de uma vez. "Fechei o pacote por R$ 39,90 mensais, mas o boleto veio por dois meses com a cobrança de R$ 90", conta ela, que ainda teve dificuldade de corrigir o valor em contatos mantidos com a operadora.

"Problemas com cobrança indevida ocupam o primeiro lugar no ranking de reclamações não só das operadora de TV por assinatura. Essa é uma prática reiterada de muitas outras empresas", analisa o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Varella.

continua após a publicidade

Mesmo depois de corrigido o erro, Maine voltou a ter problemas. "Por cinco meses a fatura veio certa, depois houve outro acréscimo de R$ 10 e, novamente, tive de ligar diversas vezes para reclamar."

Para Varella, esse problema ocorre, primeiro, porque muitos consumidores não entendem como vem a cobrança na fatura. "As empresas incluem várias taxas no valor final, que não são bem explicadas ao cliente." Nesse caso, segundo ele, pode-se considerar que existe uma infração. "O mínimo que a empresa pode oferecer são condições para que o consumidor entenda o que paga."

Outro tipo de cobrança indevida que leva a reclamações é relacionada às promoções envolvendo os "combos" (pacotes de TV a cabo, internet e telefone). "O consumidor acaba sendo induzido a comprar o pacote, por causa de alguma promoção por tempo determinado e, quando o benefício acaba, ele não sabe qual valor vai encontrar na fatura", diz Varella.

continua após a publicidade

De setembro de 2009 a agosto deste ano, o número de assinantes do setor de TV por assinatura aumentou 1,7 milhão. No entanto, o crescimento não justifica o número recorde de reclamações. "Isso significa que mais pessoas têm acesso ao serviço, mas este não é necessariamente de qualidade", explica Varella. "Há um investimento gigantesco no oferecimento de serviços, mas não no setor de atendimento", completa.

Lìgia Tuon

O mês de agosto teve número recorde de reclamações de consumidores que receberam cobranças indevidas de empresas de TV por assinatura, se comparado com os últimos 12 meses. As queixas chegaram a 2.867, 44% a mais do que em setembro de 2009, quando o número de queixas era de 1.992. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 A Agência destaca três motivos como principais por esse crescimento: a proibição do ponto extra, que criou expectativa do consumidor de reaver a cobrança considerada indevida pela Justiça; reclamações sobre cobrança após a solicitação de cancelamento do serviço e ao crescimento médio de 8% ao mês da base de assinantes.

"Geralmente, no caso do cancelamento, pode haver um resíduo de dias. Ou seja, a fatura vence dia 15 e o usuário pede o cancelamento dia 20. Portanto, restariam 5 dias residuais a serem cobrados", informou a Anatel.

A contadora Maine Kuratomi teve problemas com valores errados em sua fatura mais de uma vez. "Fechei o pacote por R$ 39,90 mensais, mas o boleto veio por dois meses com a cobrança de R$ 90", conta ela, que ainda teve dificuldade de corrigir o valor em contatos mantidos com a operadora.

"Problemas com cobrança indevida ocupam o primeiro lugar no ranking de reclamações não só das operadora de TV por assinatura. Essa é uma prática reiterada de muitas outras empresas", analisa o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Varella.

Mesmo depois de corrigido o erro, Maine voltou a ter problemas. "Por cinco meses a fatura veio certa, depois houve outro acréscimo de R$ 10 e, novamente, tive de ligar diversas vezes para reclamar."

Para Varella, esse problema ocorre, primeiro, porque muitos consumidores não entendem como vem a cobrança na fatura. "As empresas incluem várias taxas no valor final, que não são bem explicadas ao cliente." Nesse caso, segundo ele, pode-se considerar que existe uma infração. "O mínimo que a empresa pode oferecer são condições para que o consumidor entenda o que paga."

Outro tipo de cobrança indevida que leva a reclamações é relacionada às promoções envolvendo os "combos" (pacotes de TV a cabo, internet e telefone). "O consumidor acaba sendo induzido a comprar o pacote, por causa de alguma promoção por tempo determinado e, quando o benefício acaba, ele não sabe qual valor vai encontrar na fatura", diz Varella.

De setembro de 2009 a agosto deste ano, o número de assinantes do setor de TV por assinatura aumentou 1,7 milhão. No entanto, o crescimento não justifica o número recorde de reclamações. "Isso significa que mais pessoas têm acesso ao serviço, mas este não é necessariamente de qualidade", explica Varella. "Há um investimento gigantesco no oferecimento de serviços, mas não no setor de atendimento", completa.

Lìgia Tuon

O mês de agosto teve número recorde de reclamações de consumidores que receberam cobranças indevidas de empresas de TV por assinatura, se comparado com os últimos 12 meses. As queixas chegaram a 2.867, 44% a mais do que em setembro de 2009, quando o número de queixas era de 1.992. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 A Agência destaca três motivos como principais por esse crescimento: a proibição do ponto extra, que criou expectativa do consumidor de reaver a cobrança considerada indevida pela Justiça; reclamações sobre cobrança após a solicitação de cancelamento do serviço e ao crescimento médio de 8% ao mês da base de assinantes.

"Geralmente, no caso do cancelamento, pode haver um resíduo de dias. Ou seja, a fatura vence dia 15 e o usuário pede o cancelamento dia 20. Portanto, restariam 5 dias residuais a serem cobrados", informou a Anatel.

A contadora Maine Kuratomi teve problemas com valores errados em sua fatura mais de uma vez. "Fechei o pacote por R$ 39,90 mensais, mas o boleto veio por dois meses com a cobrança de R$ 90", conta ela, que ainda teve dificuldade de corrigir o valor em contatos mantidos com a operadora.

"Problemas com cobrança indevida ocupam o primeiro lugar no ranking de reclamações não só das operadora de TV por assinatura. Essa é uma prática reiterada de muitas outras empresas", analisa o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Varella.

Mesmo depois de corrigido o erro, Maine voltou a ter problemas. "Por cinco meses a fatura veio certa, depois houve outro acréscimo de R$ 10 e, novamente, tive de ligar diversas vezes para reclamar."

Para Varella, esse problema ocorre, primeiro, porque muitos consumidores não entendem como vem a cobrança na fatura. "As empresas incluem várias taxas no valor final, que não são bem explicadas ao cliente." Nesse caso, segundo ele, pode-se considerar que existe uma infração. "O mínimo que a empresa pode oferecer são condições para que o consumidor entenda o que paga."

Outro tipo de cobrança indevida que leva a reclamações é relacionada às promoções envolvendo os "combos" (pacotes de TV a cabo, internet e telefone). "O consumidor acaba sendo induzido a comprar o pacote, por causa de alguma promoção por tempo determinado e, quando o benefício acaba, ele não sabe qual valor vai encontrar na fatura", diz Varella.

De setembro de 2009 a agosto deste ano, o número de assinantes do setor de TV por assinatura aumentou 1,7 milhão. No entanto, o crescimento não justifica o número recorde de reclamações. "Isso significa que mais pessoas têm acesso ao serviço, mas este não é necessariamente de qualidade", explica Varella. "Há um investimento gigantesco no oferecimento de serviços, mas não no setor de atendimento", completa.

Lìgia Tuon

O mês de agosto teve número recorde de reclamações de consumidores que receberam cobranças indevidas de empresas de TV por assinatura, se comparado com os últimos 12 meses. As queixas chegaram a 2.867, 44% a mais do que em setembro de 2009, quando o número de queixas era de 1.992. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 A Agência destaca três motivos como principais por esse crescimento: a proibição do ponto extra, que criou expectativa do consumidor de reaver a cobrança considerada indevida pela Justiça; reclamações sobre cobrança após a solicitação de cancelamento do serviço e ao crescimento médio de 8% ao mês da base de assinantes.

"Geralmente, no caso do cancelamento, pode haver um resíduo de dias. Ou seja, a fatura vence dia 15 e o usuário pede o cancelamento dia 20. Portanto, restariam 5 dias residuais a serem cobrados", informou a Anatel.

A contadora Maine Kuratomi teve problemas com valores errados em sua fatura mais de uma vez. "Fechei o pacote por R$ 39,90 mensais, mas o boleto veio por dois meses com a cobrança de R$ 90", conta ela, que ainda teve dificuldade de corrigir o valor em contatos mantidos com a operadora.

"Problemas com cobrança indevida ocupam o primeiro lugar no ranking de reclamações não só das operadora de TV por assinatura. Essa é uma prática reiterada de muitas outras empresas", analisa o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Varella.

Mesmo depois de corrigido o erro, Maine voltou a ter problemas. "Por cinco meses a fatura veio certa, depois houve outro acréscimo de R$ 10 e, novamente, tive de ligar diversas vezes para reclamar."

Para Varella, esse problema ocorre, primeiro, porque muitos consumidores não entendem como vem a cobrança na fatura. "As empresas incluem várias taxas no valor final, que não são bem explicadas ao cliente." Nesse caso, segundo ele, pode-se considerar que existe uma infração. "O mínimo que a empresa pode oferecer são condições para que o consumidor entenda o que paga."

Outro tipo de cobrança indevida que leva a reclamações é relacionada às promoções envolvendo os "combos" (pacotes de TV a cabo, internet e telefone). "O consumidor acaba sendo induzido a comprar o pacote, por causa de alguma promoção por tempo determinado e, quando o benefício acaba, ele não sabe qual valor vai encontrar na fatura", diz Varella.

De setembro de 2009 a agosto deste ano, o número de assinantes do setor de TV por assinatura aumentou 1,7 milhão. No entanto, o crescimento não justifica o número recorde de reclamações. "Isso significa que mais pessoas têm acesso ao serviço, mas este não é necessariamente de qualidade", explica Varella. "Há um investimento gigantesco no oferecimento de serviços, mas não no setor de atendimento", completa.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.