Um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer campanhar para o candidato do PT à prefeitura de Campinas, Márcio Pochmann, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve na cidade para apoiar o candidato do PSB, Jonas Donizette. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Jonas caiu oito pontos percentuais no último levantamento e agora pode não ser eleito no primeiro turno.
Depois de participar de um evento para militantes e apoiadores, na Casa de Portugal, Alckmin saiu em defesa de Jonas, que passou a ser alvo de ataques dos adversários, que associam sua eleição à criação de pedágios urbanos em Campinas. "Quero desfazer uma injustiça. Não existe essa coisa de pedágio urbano. Isso é coisa de véspera de eleição", disse o governador.
Nos programas eleitorais, seus dois principais adversários, Pochmann e Pedro Serafim (PDT), usam a instalação dos pedágios ponto a ponto, com cobrança por quilômetro rodado, nas estradas que passam por Campinas pelo governo do Estado como arma para atacar Jonas.
Troca de vice. A visita de Alckmin acontece também um dia após o candidato do PSB trocar seu vice, Paulo Rodrigues (PSDB), por Henrique Magalhães Teixeira (PSDB), filho do prefeito morto em 1996 José Roberto Magalhães Teixeira - um dos fundadores do partido.
A troca ocorreu porque Rodrigues teve seu registro impugnado por causa da Lei da Ficha Limpa e ainda aguarda recurso. Ele teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando exercia o cargo de diretor-executivo da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp). Segundo decisão do juiz Nelson Augusto Bernardes, as irregularidades cometidas acarretaram em um prejuízo de R$ 931 mil à União.
Apesar de aguardar recurso do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), havia o risco da chapa inteira ser derrubada, caso ele não vencesse o recurso.
"O nome do Henrique representa a união dos partidos em torno de seu nome, a imagem da juventude e a riqueza histórica do legado de Magalhães", afirmou Jonas.