Álvaro Lins buscou apoio de milícias para se eleger


Deputado estadual do RJ também foi acusado de envolvimento com bicheiros

Por Redação

Para se eleger deputado estadual pelo PMDB em 2006 , o delegado Álvaro Lins , na época ex-chefe de Polícia Civil, foi buscar apoio de algumas das milícias que dominam favelas da cidade. Para isto, contou com a intermediação de policiais civis do seu grupo e mesmo de delegados no exercício do cargo, como o caso de Marcos Cipriano. As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal e Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.   Em um dos diálogos gravados pela Polícia Federal e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na zona oeste. Eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano.   Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são vinte mil votos, entendeu?" Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor".   Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois a gente não conhece legal não". Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá".   Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade. Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins.   Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou a vitória de Lins, foi o próprio quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio. Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês, continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta, de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos ai e vamos estar juntos de novo". No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia contra Lins, logo após procurar a Polícia Federal com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".   Bicheiros - A relação de Lins com a contravenção do Rio era antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, ele teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.   Em 2000 ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho. No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Luz foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil.   Os "inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter. Em em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".   Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".   O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na zona oeste da cidade. Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, com o respaldo de Lins e do seu grupo.   Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006. A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo consta da denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados pelo Estado até o fechamento da edição.

Para se eleger deputado estadual pelo PMDB em 2006 , o delegado Álvaro Lins , na época ex-chefe de Polícia Civil, foi buscar apoio de algumas das milícias que dominam favelas da cidade. Para isto, contou com a intermediação de policiais civis do seu grupo e mesmo de delegados no exercício do cargo, como o caso de Marcos Cipriano. As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal e Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.   Em um dos diálogos gravados pela Polícia Federal e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na zona oeste. Eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano.   Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são vinte mil votos, entendeu?" Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor".   Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois a gente não conhece legal não". Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá".   Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade. Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins.   Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou a vitória de Lins, foi o próprio quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio. Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês, continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta, de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos ai e vamos estar juntos de novo". No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia contra Lins, logo após procurar a Polícia Federal com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".   Bicheiros - A relação de Lins com a contravenção do Rio era antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, ele teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.   Em 2000 ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho. No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Luz foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil.   Os "inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter. Em em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".   Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".   O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na zona oeste da cidade. Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, com o respaldo de Lins e do seu grupo.   Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006. A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo consta da denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados pelo Estado até o fechamento da edição.

Para se eleger deputado estadual pelo PMDB em 2006 , o delegado Álvaro Lins , na época ex-chefe de Polícia Civil, foi buscar apoio de algumas das milícias que dominam favelas da cidade. Para isto, contou com a intermediação de policiais civis do seu grupo e mesmo de delegados no exercício do cargo, como o caso de Marcos Cipriano. As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal e Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.   Em um dos diálogos gravados pela Polícia Federal e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na zona oeste. Eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano.   Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são vinte mil votos, entendeu?" Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor".   Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois a gente não conhece legal não". Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá".   Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade. Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins.   Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou a vitória de Lins, foi o próprio quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio. Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês, continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta, de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos ai e vamos estar juntos de novo". No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia contra Lins, logo após procurar a Polícia Federal com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".   Bicheiros - A relação de Lins com a contravenção do Rio era antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, ele teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.   Em 2000 ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho. No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Luz foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil.   Os "inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter. Em em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".   Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".   O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na zona oeste da cidade. Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, com o respaldo de Lins e do seu grupo.   Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006. A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo consta da denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados pelo Estado até o fechamento da edição.

Para se eleger deputado estadual pelo PMDB em 2006 , o delegado Álvaro Lins , na época ex-chefe de Polícia Civil, foi buscar apoio de algumas das milícias que dominam favelas da cidade. Para isto, contou com a intermediação de policiais civis do seu grupo e mesmo de delegados no exercício do cargo, como o caso de Marcos Cipriano. As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal e Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.   Em um dos diálogos gravados pela Polícia Federal e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na zona oeste. Eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano.   Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são vinte mil votos, entendeu?" Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor".   Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois a gente não conhece legal não". Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá".   Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade. Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins.   Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou a vitória de Lins, foi o próprio quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio. Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês, continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta, de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos ai e vamos estar juntos de novo". No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia contra Lins, logo após procurar a Polícia Federal com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".   Bicheiros - A relação de Lins com a contravenção do Rio era antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, ele teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.   Em 2000 ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho. No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Luz foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil.   Os "inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter. Em em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".   Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".   O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na zona oeste da cidade. Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, com o respaldo de Lins e do seu grupo.   Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006. A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo consta da denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados pelo Estado até o fechamento da edição.

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