'Anistias são um equívoco grotesco', diz ex-governador do ES sobre motins de policiais


Paulo Hartung também diz desaprovar gesto do senador licenciado Cid Gomes com a retroescavadeira, mas vê papel importante: ‘chamou atenção para o problema’

Por Renato Vasconcelos

SÃO PAULO - Para Paulo Hartung, a greve de policiais que acontece no Ceará não chega a ser nenhuma novidade. Em 2017, quando estava à frente do governo do Espírito Santo, Hartung enfrentou uma paralisação de mais de 20 dias das forças de segurança pública. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 21, o ex-governador disse que movimento é provocado por acúmulo de erros, mas que anistiar os envolvidos é “equívoco gravíssimo.”

Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo Foto: Vitor Jubini/Estadão

“O movimento agora é resultado de erros acumulados, como o que está sendo cometido agora por governos dando aumento sem poder pagar. O governo não está pagando os seus servidores e vai lá e dá aumento para uma categoria. É um mau exemplo que vai contagiando o País”, disse Hartung. E completou: “Essas anistias que foram sendo dadas são um equívoco grotesco, porque elas realimentam esse tipo de processo.”

continua após a publicidade

Forças de segurança em ao menos 12 Estados estão pressionando os governos estaduais por reajuste de salário. Em cinco deles, policiais já realizaram atos ou paralisações neste mês. Segundo integrantes de governos que estão negociando reajustes, algumas entidades têm usado o caso de Minas Gerais, que concedeu aumento de 41% às forças policiais. As associações dizem que “se Minas que está quebrada pode dar 41%, por que aqui não pode?”. 

O ex-governador também destacou a ilegalidade de movimentos grevistas por funcionários públicos que utilizam armas. “Uma greve de um setor desses. Aliás, não é nem greve, é um motim, é uma chantagem contra a sociedade”, afirmou.

No caso da greve do Espírito Santo em 2017, Hartung enfatizou que a punição dos responsáveis foi um passo importante para impedir novos amotinamentos, mas que algumas outras medidas colaboraram para que as forças de segurança voltassem a operar.

continua após a publicidade

“Modernizamos a política de promoção dos policiais. Reduzimos a promoção automática, que é por tempo de serviço, e ampliamos a avaliação de desempenho dos policiais”, disse.

‘Gesto de Cid (Gomes) teve papel relevante’

Hartung também afirmou que a cena protagonizada pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT), que dirigiu uma retroescavadeira para tentar debelar um protesto em Sobral, teve um “papel relevante” para levar o tema aos holofotes. Contudo, o ex-governador condenou o ato.

continua após a publicidade

“Eu acho que o gesto de Cid Gomes teve um papel relevante: chamou a atenção do Brasil. Eu não acho um gesto correto, acho absolutamente incorreto, porque eu cultuo a lei, as boas práticas de diálogo. Mas o gesto chamou a atenção para o tamanho do problema”, declarou.

Durante a greve no Espírito Santo, o ex-governador diz que um dos resultados foi o aumento no número de mortes, principalmente em áreas periféricas da cidade. 

continua após a publicidade

“Todo o movimento foi feito para gerar pânico para a sociedade capixaba. Quando a gente foi estudar as postagens que traziam pânico, mais de 80% delas não tinham sido produzidas no território do Espírito Santo, o que mostra uma articulação nacional.”

SÃO PAULO - Para Paulo Hartung, a greve de policiais que acontece no Ceará não chega a ser nenhuma novidade. Em 2017, quando estava à frente do governo do Espírito Santo, Hartung enfrentou uma paralisação de mais de 20 dias das forças de segurança pública. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 21, o ex-governador disse que movimento é provocado por acúmulo de erros, mas que anistiar os envolvidos é “equívoco gravíssimo.”

Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo Foto: Vitor Jubini/Estadão

“O movimento agora é resultado de erros acumulados, como o que está sendo cometido agora por governos dando aumento sem poder pagar. O governo não está pagando os seus servidores e vai lá e dá aumento para uma categoria. É um mau exemplo que vai contagiando o País”, disse Hartung. E completou: “Essas anistias que foram sendo dadas são um equívoco grotesco, porque elas realimentam esse tipo de processo.”

Forças de segurança em ao menos 12 Estados estão pressionando os governos estaduais por reajuste de salário. Em cinco deles, policiais já realizaram atos ou paralisações neste mês. Segundo integrantes de governos que estão negociando reajustes, algumas entidades têm usado o caso de Minas Gerais, que concedeu aumento de 41% às forças policiais. As associações dizem que “se Minas que está quebrada pode dar 41%, por que aqui não pode?”. 

O ex-governador também destacou a ilegalidade de movimentos grevistas por funcionários públicos que utilizam armas. “Uma greve de um setor desses. Aliás, não é nem greve, é um motim, é uma chantagem contra a sociedade”, afirmou.

No caso da greve do Espírito Santo em 2017, Hartung enfatizou que a punição dos responsáveis foi um passo importante para impedir novos amotinamentos, mas que algumas outras medidas colaboraram para que as forças de segurança voltassem a operar.

“Modernizamos a política de promoção dos policiais. Reduzimos a promoção automática, que é por tempo de serviço, e ampliamos a avaliação de desempenho dos policiais”, disse.

‘Gesto de Cid (Gomes) teve papel relevante’

Hartung também afirmou que a cena protagonizada pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT), que dirigiu uma retroescavadeira para tentar debelar um protesto em Sobral, teve um “papel relevante” para levar o tema aos holofotes. Contudo, o ex-governador condenou o ato.

“Eu acho que o gesto de Cid Gomes teve um papel relevante: chamou a atenção do Brasil. Eu não acho um gesto correto, acho absolutamente incorreto, porque eu cultuo a lei, as boas práticas de diálogo. Mas o gesto chamou a atenção para o tamanho do problema”, declarou.

Durante a greve no Espírito Santo, o ex-governador diz que um dos resultados foi o aumento no número de mortes, principalmente em áreas periféricas da cidade. 

“Todo o movimento foi feito para gerar pânico para a sociedade capixaba. Quando a gente foi estudar as postagens que traziam pânico, mais de 80% delas não tinham sido produzidas no território do Espírito Santo, o que mostra uma articulação nacional.”

SÃO PAULO - Para Paulo Hartung, a greve de policiais que acontece no Ceará não chega a ser nenhuma novidade. Em 2017, quando estava à frente do governo do Espírito Santo, Hartung enfrentou uma paralisação de mais de 20 dias das forças de segurança pública. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 21, o ex-governador disse que movimento é provocado por acúmulo de erros, mas que anistiar os envolvidos é “equívoco gravíssimo.”

Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo Foto: Vitor Jubini/Estadão

“O movimento agora é resultado de erros acumulados, como o que está sendo cometido agora por governos dando aumento sem poder pagar. O governo não está pagando os seus servidores e vai lá e dá aumento para uma categoria. É um mau exemplo que vai contagiando o País”, disse Hartung. E completou: “Essas anistias que foram sendo dadas são um equívoco grotesco, porque elas realimentam esse tipo de processo.”

Forças de segurança em ao menos 12 Estados estão pressionando os governos estaduais por reajuste de salário. Em cinco deles, policiais já realizaram atos ou paralisações neste mês. Segundo integrantes de governos que estão negociando reajustes, algumas entidades têm usado o caso de Minas Gerais, que concedeu aumento de 41% às forças policiais. As associações dizem que “se Minas que está quebrada pode dar 41%, por que aqui não pode?”. 

O ex-governador também destacou a ilegalidade de movimentos grevistas por funcionários públicos que utilizam armas. “Uma greve de um setor desses. Aliás, não é nem greve, é um motim, é uma chantagem contra a sociedade”, afirmou.

No caso da greve do Espírito Santo em 2017, Hartung enfatizou que a punição dos responsáveis foi um passo importante para impedir novos amotinamentos, mas que algumas outras medidas colaboraram para que as forças de segurança voltassem a operar.

“Modernizamos a política de promoção dos policiais. Reduzimos a promoção automática, que é por tempo de serviço, e ampliamos a avaliação de desempenho dos policiais”, disse.

‘Gesto de Cid (Gomes) teve papel relevante’

Hartung também afirmou que a cena protagonizada pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT), que dirigiu uma retroescavadeira para tentar debelar um protesto em Sobral, teve um “papel relevante” para levar o tema aos holofotes. Contudo, o ex-governador condenou o ato.

“Eu acho que o gesto de Cid Gomes teve um papel relevante: chamou a atenção do Brasil. Eu não acho um gesto correto, acho absolutamente incorreto, porque eu cultuo a lei, as boas práticas de diálogo. Mas o gesto chamou a atenção para o tamanho do problema”, declarou.

Durante a greve no Espírito Santo, o ex-governador diz que um dos resultados foi o aumento no número de mortes, principalmente em áreas periféricas da cidade. 

“Todo o movimento foi feito para gerar pânico para a sociedade capixaba. Quando a gente foi estudar as postagens que traziam pânico, mais de 80% delas não tinham sido produzidas no território do Espírito Santo, o que mostra uma articulação nacional.”

SÃO PAULO - Para Paulo Hartung, a greve de policiais que acontece no Ceará não chega a ser nenhuma novidade. Em 2017, quando estava à frente do governo do Espírito Santo, Hartung enfrentou uma paralisação de mais de 20 dias das forças de segurança pública. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 21, o ex-governador disse que movimento é provocado por acúmulo de erros, mas que anistiar os envolvidos é “equívoco gravíssimo.”

Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo Foto: Vitor Jubini/Estadão

“O movimento agora é resultado de erros acumulados, como o que está sendo cometido agora por governos dando aumento sem poder pagar. O governo não está pagando os seus servidores e vai lá e dá aumento para uma categoria. É um mau exemplo que vai contagiando o País”, disse Hartung. E completou: “Essas anistias que foram sendo dadas são um equívoco grotesco, porque elas realimentam esse tipo de processo.”

Forças de segurança em ao menos 12 Estados estão pressionando os governos estaduais por reajuste de salário. Em cinco deles, policiais já realizaram atos ou paralisações neste mês. Segundo integrantes de governos que estão negociando reajustes, algumas entidades têm usado o caso de Minas Gerais, que concedeu aumento de 41% às forças policiais. As associações dizem que “se Minas que está quebrada pode dar 41%, por que aqui não pode?”. 

O ex-governador também destacou a ilegalidade de movimentos grevistas por funcionários públicos que utilizam armas. “Uma greve de um setor desses. Aliás, não é nem greve, é um motim, é uma chantagem contra a sociedade”, afirmou.

No caso da greve do Espírito Santo em 2017, Hartung enfatizou que a punição dos responsáveis foi um passo importante para impedir novos amotinamentos, mas que algumas outras medidas colaboraram para que as forças de segurança voltassem a operar.

“Modernizamos a política de promoção dos policiais. Reduzimos a promoção automática, que é por tempo de serviço, e ampliamos a avaliação de desempenho dos policiais”, disse.

‘Gesto de Cid (Gomes) teve papel relevante’

Hartung também afirmou que a cena protagonizada pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT), que dirigiu uma retroescavadeira para tentar debelar um protesto em Sobral, teve um “papel relevante” para levar o tema aos holofotes. Contudo, o ex-governador condenou o ato.

“Eu acho que o gesto de Cid Gomes teve um papel relevante: chamou a atenção do Brasil. Eu não acho um gesto correto, acho absolutamente incorreto, porque eu cultuo a lei, as boas práticas de diálogo. Mas o gesto chamou a atenção para o tamanho do problema”, declarou.

Durante a greve no Espírito Santo, o ex-governador diz que um dos resultados foi o aumento no número de mortes, principalmente em áreas periféricas da cidade. 

“Todo o movimento foi feito para gerar pânico para a sociedade capixaba. Quando a gente foi estudar as postagens que traziam pânico, mais de 80% delas não tinham sido produzidas no território do Espírito Santo, o que mostra uma articulação nacional.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.