Aos 94 anos, morre brigadeiro Rui Moreira Lima


Por Roberta Pennafort

Veterano da Segunda Guerra Mundial, considerado herói da Força Aérea Brasileira, símbolo de resistência nas Forças Armadas durante a ditadura militar, o major-brigadeiro do ar Rui Moreira Lima morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos, em consequência de um derrame. Ele estava internado no Hospital da Aeronáutica havia 47 dias. O corpo foi enterrado nesta terça no cemitério São João Batista, no Rio. O velório foi no auditório do Instituto Histórico - Cultural da Aeronáutica (Incaer), cercado de admiradores de várias gerações. A FAB soltou nota que coloca Moreira Lima na condição de "mito grandioso, magnânimo, extraordinário", um "guerreiro da nação" que será lembrado "indefinidamente".Moreira Lima conservou a lucidez e a boa memória até o fim da vida. Relatava fatos ocorridos há 60 anos com precisão. Em outubro do ano passado, deu depoimento à Comissão Nacional da Verdade. O relato foi o primeiro do grupo dedicado a ouvir militares perseguidos por seu posicionamento contra a ditadura e violações de direitos humanos sofridas. Na ocasião, ele disse que os que tomaram o poder no País representavam uma minoria dentro das Forças Armadas. "Vários colegas foram presos, acusados de serem comunistas. Eu sempre fui um homem de pensamento livre", afirmou.Ele nasceu a 12 de junho de 1919 na pequena cidade de Colinas, no Maranhão. Entrou nas Forças Armadas aos 20 anos. Ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941. Foi piloto de combate da esquadrilha verde no 1º Grupo de Aviação de Caça. Esteve em 94 missões na Itália entre novembro de 1944 e maio de 1945.Na volta ao Brasil, tornou-se comandante da Base Aérea de Santa Cruz. Legalista, negou apoio ao golpe militar em 64 e foi retirado do posto. Acabou cassado e proibido de voar por 17 anos. Foi preso três vezes e aposentado compulsoriamente. A família também seria perseguida.Em 1970, foi sequestrado pelo regime. Chegando à prisão, encontrou o filho, Pedro Luiz Moreira Lima, hoje guardião da memória do pai. Ele também havia sido levado pelos militares. "Quando eu precisava fazer necessidades, era vigiado por um soldado o tempo todo, apontando uma metralhadora", relembrou o brigadeiro.Em 1979, Moreira Lima fundou a Associação Democrática e Nacionalista dos Militares (Adnam), que briga pelos direitos de militares cassados durante a ditadura e pede a revisão da anistia para os que cometeram crimes. "No mundo inteiro, ninguém atura a covardia do torturador. É um bandido, um desgraçado, um covarde", declarou numa entrevista. "A verdade tem que ser dita. Ela é feito a rolha, você pode botar ela no fundo do tanque, mas ela salta."O brigadeiro escreveu o livro "Senta a Pua!", no qual contou bastidores das operações na Itália. Modesto, ele não costumava se colocar como protagonista das histórias que narrava, e sim como integrante de um grupo. "Nem deveria, mas sou tido na FAB como um sujeito fora de série".

Veterano da Segunda Guerra Mundial, considerado herói da Força Aérea Brasileira, símbolo de resistência nas Forças Armadas durante a ditadura militar, o major-brigadeiro do ar Rui Moreira Lima morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos, em consequência de um derrame. Ele estava internado no Hospital da Aeronáutica havia 47 dias. O corpo foi enterrado nesta terça no cemitério São João Batista, no Rio. O velório foi no auditório do Instituto Histórico - Cultural da Aeronáutica (Incaer), cercado de admiradores de várias gerações. A FAB soltou nota que coloca Moreira Lima na condição de "mito grandioso, magnânimo, extraordinário", um "guerreiro da nação" que será lembrado "indefinidamente".Moreira Lima conservou a lucidez e a boa memória até o fim da vida. Relatava fatos ocorridos há 60 anos com precisão. Em outubro do ano passado, deu depoimento à Comissão Nacional da Verdade. O relato foi o primeiro do grupo dedicado a ouvir militares perseguidos por seu posicionamento contra a ditadura e violações de direitos humanos sofridas. Na ocasião, ele disse que os que tomaram o poder no País representavam uma minoria dentro das Forças Armadas. "Vários colegas foram presos, acusados de serem comunistas. Eu sempre fui um homem de pensamento livre", afirmou.Ele nasceu a 12 de junho de 1919 na pequena cidade de Colinas, no Maranhão. Entrou nas Forças Armadas aos 20 anos. Ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941. Foi piloto de combate da esquadrilha verde no 1º Grupo de Aviação de Caça. Esteve em 94 missões na Itália entre novembro de 1944 e maio de 1945.Na volta ao Brasil, tornou-se comandante da Base Aérea de Santa Cruz. Legalista, negou apoio ao golpe militar em 64 e foi retirado do posto. Acabou cassado e proibido de voar por 17 anos. Foi preso três vezes e aposentado compulsoriamente. A família também seria perseguida.Em 1970, foi sequestrado pelo regime. Chegando à prisão, encontrou o filho, Pedro Luiz Moreira Lima, hoje guardião da memória do pai. Ele também havia sido levado pelos militares. "Quando eu precisava fazer necessidades, era vigiado por um soldado o tempo todo, apontando uma metralhadora", relembrou o brigadeiro.Em 1979, Moreira Lima fundou a Associação Democrática e Nacionalista dos Militares (Adnam), que briga pelos direitos de militares cassados durante a ditadura e pede a revisão da anistia para os que cometeram crimes. "No mundo inteiro, ninguém atura a covardia do torturador. É um bandido, um desgraçado, um covarde", declarou numa entrevista. "A verdade tem que ser dita. Ela é feito a rolha, você pode botar ela no fundo do tanque, mas ela salta."O brigadeiro escreveu o livro "Senta a Pua!", no qual contou bastidores das operações na Itália. Modesto, ele não costumava se colocar como protagonista das histórias que narrava, e sim como integrante de um grupo. "Nem deveria, mas sou tido na FAB como um sujeito fora de série".

Veterano da Segunda Guerra Mundial, considerado herói da Força Aérea Brasileira, símbolo de resistência nas Forças Armadas durante a ditadura militar, o major-brigadeiro do ar Rui Moreira Lima morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos, em consequência de um derrame. Ele estava internado no Hospital da Aeronáutica havia 47 dias. O corpo foi enterrado nesta terça no cemitério São João Batista, no Rio. O velório foi no auditório do Instituto Histórico - Cultural da Aeronáutica (Incaer), cercado de admiradores de várias gerações. A FAB soltou nota que coloca Moreira Lima na condição de "mito grandioso, magnânimo, extraordinário", um "guerreiro da nação" que será lembrado "indefinidamente".Moreira Lima conservou a lucidez e a boa memória até o fim da vida. Relatava fatos ocorridos há 60 anos com precisão. Em outubro do ano passado, deu depoimento à Comissão Nacional da Verdade. O relato foi o primeiro do grupo dedicado a ouvir militares perseguidos por seu posicionamento contra a ditadura e violações de direitos humanos sofridas. Na ocasião, ele disse que os que tomaram o poder no País representavam uma minoria dentro das Forças Armadas. "Vários colegas foram presos, acusados de serem comunistas. Eu sempre fui um homem de pensamento livre", afirmou.Ele nasceu a 12 de junho de 1919 na pequena cidade de Colinas, no Maranhão. Entrou nas Forças Armadas aos 20 anos. Ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941. Foi piloto de combate da esquadrilha verde no 1º Grupo de Aviação de Caça. Esteve em 94 missões na Itália entre novembro de 1944 e maio de 1945.Na volta ao Brasil, tornou-se comandante da Base Aérea de Santa Cruz. Legalista, negou apoio ao golpe militar em 64 e foi retirado do posto. Acabou cassado e proibido de voar por 17 anos. Foi preso três vezes e aposentado compulsoriamente. A família também seria perseguida.Em 1970, foi sequestrado pelo regime. Chegando à prisão, encontrou o filho, Pedro Luiz Moreira Lima, hoje guardião da memória do pai. Ele também havia sido levado pelos militares. "Quando eu precisava fazer necessidades, era vigiado por um soldado o tempo todo, apontando uma metralhadora", relembrou o brigadeiro.Em 1979, Moreira Lima fundou a Associação Democrática e Nacionalista dos Militares (Adnam), que briga pelos direitos de militares cassados durante a ditadura e pede a revisão da anistia para os que cometeram crimes. "No mundo inteiro, ninguém atura a covardia do torturador. É um bandido, um desgraçado, um covarde", declarou numa entrevista. "A verdade tem que ser dita. Ela é feito a rolha, você pode botar ela no fundo do tanque, mas ela salta."O brigadeiro escreveu o livro "Senta a Pua!", no qual contou bastidores das operações na Itália. Modesto, ele não costumava se colocar como protagonista das histórias que narrava, e sim como integrante de um grupo. "Nem deveria, mas sou tido na FAB como um sujeito fora de série".

Veterano da Segunda Guerra Mundial, considerado herói da Força Aérea Brasileira, símbolo de resistência nas Forças Armadas durante a ditadura militar, o major-brigadeiro do ar Rui Moreira Lima morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos, em consequência de um derrame. Ele estava internado no Hospital da Aeronáutica havia 47 dias. O corpo foi enterrado nesta terça no cemitério São João Batista, no Rio. O velório foi no auditório do Instituto Histórico - Cultural da Aeronáutica (Incaer), cercado de admiradores de várias gerações. A FAB soltou nota que coloca Moreira Lima na condição de "mito grandioso, magnânimo, extraordinário", um "guerreiro da nação" que será lembrado "indefinidamente".Moreira Lima conservou a lucidez e a boa memória até o fim da vida. Relatava fatos ocorridos há 60 anos com precisão. Em outubro do ano passado, deu depoimento à Comissão Nacional da Verdade. O relato foi o primeiro do grupo dedicado a ouvir militares perseguidos por seu posicionamento contra a ditadura e violações de direitos humanos sofridas. Na ocasião, ele disse que os que tomaram o poder no País representavam uma minoria dentro das Forças Armadas. "Vários colegas foram presos, acusados de serem comunistas. Eu sempre fui um homem de pensamento livre", afirmou.Ele nasceu a 12 de junho de 1919 na pequena cidade de Colinas, no Maranhão. Entrou nas Forças Armadas aos 20 anos. Ingressou na FAB assim que a instituição foi criada, em 1941. Foi piloto de combate da esquadrilha verde no 1º Grupo de Aviação de Caça. Esteve em 94 missões na Itália entre novembro de 1944 e maio de 1945.Na volta ao Brasil, tornou-se comandante da Base Aérea de Santa Cruz. Legalista, negou apoio ao golpe militar em 64 e foi retirado do posto. Acabou cassado e proibido de voar por 17 anos. Foi preso três vezes e aposentado compulsoriamente. A família também seria perseguida.Em 1970, foi sequestrado pelo regime. Chegando à prisão, encontrou o filho, Pedro Luiz Moreira Lima, hoje guardião da memória do pai. Ele também havia sido levado pelos militares. "Quando eu precisava fazer necessidades, era vigiado por um soldado o tempo todo, apontando uma metralhadora", relembrou o brigadeiro.Em 1979, Moreira Lima fundou a Associação Democrática e Nacionalista dos Militares (Adnam), que briga pelos direitos de militares cassados durante a ditadura e pede a revisão da anistia para os que cometeram crimes. "No mundo inteiro, ninguém atura a covardia do torturador. É um bandido, um desgraçado, um covarde", declarou numa entrevista. "A verdade tem que ser dita. Ela é feito a rolha, você pode botar ela no fundo do tanque, mas ela salta."O brigadeiro escreveu o livro "Senta a Pua!", no qual contou bastidores das operações na Itália. Modesto, ele não costumava se colocar como protagonista das histórias que narrava, e sim como integrante de um grupo. "Nem deveria, mas sou tido na FAB como um sujeito fora de série".

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