A coordenação nacional da Frente Brasil Popular decidiu nesta terça-feira, 22, promover um ato em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba no dia 13 de setembro, quando o petista vai prestar novo depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. Desta vez Lula vai depor sobre o caso do sítio usado por ele e sua família em Atibaia (SP).
Integrantes da Frente admitem que agora a mobilização deve ser menor do que a de 10 de maio, quando Lula prestou depoimento a Moro sobre o caso só tríplex no Guarujá, no qual foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão – o petista diz ser inocente.
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Nesta terça, as forças de segurança do Paraná se reuniram pela primeira vez, a pedido da Prefeitura de Curitiba, para discutir o esquema de policiamento para o dia 13.
De acordo com a Frente Brasil Popular, o objetivo do ato é “defender Lula e o Estado Democrático de Direito”. De acordo com a frente – que é formada por dezenas de movimentos sociais, sindicais e partidos políticos de esquerda-- o petista é alvo de perseguição de Moro. Os organizadores ainda não definiram o formato do ato e não tem uma estimativa de público.
No depoimento do dia 10 de maio os apoiadores de Lula esperavam levar 700 ônibus de todo o Brasil a Curitiba mas, segundo as autoridades locais, apenas cerca de 100 veículos chegaram à capital do Paraná.
Diante do risco de confrontos entre manifestantes pró e contra Lula, foram mobilizados três mil homens de todas as corporações policiais para garantir a segurança em Curitiba no dia 10 de maio. Agora, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, o contingente vai ser definido às vésperas do depoimento com base nas estimativas de número de manifestantes.
O petista está em caravana pelos estados do Nordeste até o dia 5 de setembro. Lula, que tem reiteradamente mostrado disposição de concorrer ao terceiro mandato em 2018, deve voltar para a estrada semanas depois do depoimento. Um dos objetivos das caravanas é criar uma “blindagem popular” em torno do ex-presidente que corre o risco de ser impedido de disputar a eleição caso o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) confirme a sentença de Moro.