Registre suas emoções. Dê umas caminhadas. Sorteie um novo desafio. Converse sobre problemas. Troque as pilhas dos brinquedos do seu filho. Arrume a casa. Tome uma decisão na intuição. Na próxima briga, assuma a culpa. Faça três minutos de meditação por dia.
Acorde uma hora mais cedo.
Bruce Lee, um grande expoente da filosofia do desaprender e reaprender, mantinha o hábito de registrar suas emoções em uma pequena caderneta. Steve Jobs costumava levar as pessoas para caminhar com ele. E era nessas caminhadas que ele punha à prova os conceitos antigos e assentava a base para novos projetos.
Nolan Bushnell, fundador da Atari, força a si mesmo a fazer algo totalmente fora de sua zona de conforto todos os anos. Ele cria uma espécie de "Bucket List" por ano: anota em pequenos papéis onze projetos pessoais totalmente novos, totalmente fora da curva, para cuja realização é necessário que ele desaprenda e reaprenda. Depois ele joga os dados e descobre qual das ideias colocará em prática.
Howard Schultz, eterno "CEO" da Starbucks, costuma aprender respeitando inteiramente o seu processo intuitivo. E se confiamos na nossa intuição, não só facilitamos a atração de pessoas e projetos "verdadeiros", mas nos abrimos para o novo. Quando ele era vendedor de móveis e entrou em uma loja em Seattle que vendia apenas grãos de café (sem a bebida), sentiu uma atmosfera tão convidativa e única que largou sua pasta e pediu um emprego naquela pequena loja em Seattle chamada Starbucks.
Oprah Winfrey costuma meditar todos os dias, e aprender a controlar a respiração é desaprender e reaprender o mecanismo mais básico que existe entre os seres humanos. Jon Kabat-Zin, professor do MIT e médico especialista em meditação, nos ensina que, sempre que respiramos, já é agora novamente.
Richard Branson, fundador da Virgin, acorda às 5 horas da manhã. E ele não é o único: este é também um hábito de Tim Cook, Ariana Huffington, Jeff Bezos, Barack Obama, entre muitos outros profissionais de sucesso.
Acordar mais cedo significa paixão pela vida, e muitos estudos demonstram que quem acorda cedo tem menos propensão à depressão, principalmente porque as primeiras horas da manhã permitem momentos com menos interferência, mais produtividade, portanto aptos a atividades que nos ajudam a reaprender e explorar -- como fazer exercícios, ler, escrever, pesquisar, ou mesmo testar umas receitas para o café da manhã.
Pense nisso quando for programar o despertador.
*Cassio Grinberg, sócio da Grinberg Consulting