Na fase ostensiva da Operação Enterprise, deflagrada na manhã desta segunda-feira, 23, Polícia Federal e Receita mobilizaram 700 policiais federais e servidores para prender 66 pessoas e cumprir 149 mandados de busca e apreensão contra investigados por lavagem de dinheiro do tráfico internacional de cocaína. Os agentes fizeram ainda uma parceria com a Interpol para localizar oito investigados no exterior.
A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 400 milhões em bens do narcotráfico, incluindo aeronaves, imóveis e veículos de luxo.
"A maior operação do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e uma das maiores da história na apreensão de cocaína nos portos brasileiros", informou mais cedo a PF.
A investigação que ensejou a operação foi aberta em 2017. As apurações indicam que a organização criminosa usava 'laranjas' e empresas fictícias para lavar bens e ativos multimilionários no Brasil e dar aparência lícita ao lucro do tráfico.
O chefe dos Grupos Especiais de Investigações Sensíveis da corporação, Sérgio Luís Stinglin de Oliveira, o superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, Omar Gabriel Haj Mussi, o coordenador nacional de repressão a drogas, armas e fações criminosas da PF, Elvis Secco, o superintendente da Receita Federal, Fabiano Blonski, e o auditor fiscal Edson Shinya Suzuki falam sobre a operação em entrevista coletiva concedida na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).