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Aulas presenciais: como se preparar para a retomada


Por Mônica S. Gouvêa
Mônica S. Gouvêa. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Com a rápida chegada da covid-19, a interrupção das aulas em muitos países se deu sem planejamento prévio, e no Brasil não foi diferente. Agora, é preciso evitar que o mesmo aconteça na volta às aulas presenciais.

Ideias de como receber os estudantes nas escolas já vêm sendo discutidas e há ainda os modelos de outros países a nos pautar, como os de Israel e da França, onde o retorno também será paulatino, com apenas 15 alunos por turma; ou o da Dinamarca, onde as crianças têm que lavar as mãos com frequência, manter-se a dois metros de distância dos colegas dentro do mesmo ambiente e, em alguns casos, as aulas acontecem em áreas ao ar livre.

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É igualmente importante nesse momento as escolas se prepararem para retomar o trabalho com o conteúdo, e relacioná-lo às vivências em casa ao longo da quarentena pode ser um bom caminho. Ainda há tempo de pensar em situações de aprendizagem a distância, significativas e preparatórias para a retomada das aulas presenciais, com o objetivo de que os estudantes se deem conta do quanto aprenderam em seu cotidiano de isolamento.

Para isso, dar tempo e espaço aos professores para a criação de atividades e projetos que priorizem a construção com o outro -- seja com as pessoas da família ou pela interação digital em plataformas com os colegas -- certamente trará a ampliação de um repertório pouco explorado até agora.

Crianças, jovens e adultos de todos os segmentos sociais estão vivendo hoje uma situação inusitada de convivência intensa, que gera momentos de conflito, mas também muitas situações novas e prazerosas -- e a escola pode contribuir com esse aprendizado, considerando as necessidades locais e se apoiando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

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De acordo com as competências gerais para a educação básica previstas na BNCC, as propostas podem ser inúmeras, como exercitar a curiosidade intelectual aprendendo a fazer pesquisas e a valorizar o trabalho dos cientistas; conhecer a diversidade de saberes e vivências culturais aprendendo a ler uma receita e preparar um prato, lavar roupa, limpar a casa, buscar novas brincadeiras e passatempos; argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, lendo notícias de qualidade, conversando sobre elas e as diferenciando das fake news, conhecer-se e cuidar de sua saúde física e emocional, fazendo exercícios e falando sobre seus pensamentos; exercitar a empatia, o diálogo e a cooperação com os pais e irmãos; entre outras. Com isso, na volta às aulas presenciais, os estudantes talvez possam levar o resultado de muitos aprendizados adquiridos socialmente por meio das relações com familiares e colegas durante a quarentena.

Estaremos, assim, valorizando o trabalho do professor, a interação entre os atores e a criação de vínculos a partir dos novos conhecimentos que os estudantes trarão, em um trabalho de fortalecimento da parceria com a família. Espera-se que escolas particulares e redes de ensino público, ao planejar o retorno, repensem e reorganizem tempos e espaços, a fim de acolher e lidar com a energia reprimida dos alunos, garantindo seu direito de aprender.

*Mônica S. Gouvêa, socióloga, psicóloga e Mestre em Educação pela Unicamp, é diretora educacional do jornal Joca, o primeiro jornal para jovens e crianças do Brasil

Mônica S. Gouvêa. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Com a rápida chegada da covid-19, a interrupção das aulas em muitos países se deu sem planejamento prévio, e no Brasil não foi diferente. Agora, é preciso evitar que o mesmo aconteça na volta às aulas presenciais.

Ideias de como receber os estudantes nas escolas já vêm sendo discutidas e há ainda os modelos de outros países a nos pautar, como os de Israel e da França, onde o retorno também será paulatino, com apenas 15 alunos por turma; ou o da Dinamarca, onde as crianças têm que lavar as mãos com frequência, manter-se a dois metros de distância dos colegas dentro do mesmo ambiente e, em alguns casos, as aulas acontecem em áreas ao ar livre.

É igualmente importante nesse momento as escolas se prepararem para retomar o trabalho com o conteúdo, e relacioná-lo às vivências em casa ao longo da quarentena pode ser um bom caminho. Ainda há tempo de pensar em situações de aprendizagem a distância, significativas e preparatórias para a retomada das aulas presenciais, com o objetivo de que os estudantes se deem conta do quanto aprenderam em seu cotidiano de isolamento.

Para isso, dar tempo e espaço aos professores para a criação de atividades e projetos que priorizem a construção com o outro -- seja com as pessoas da família ou pela interação digital em plataformas com os colegas -- certamente trará a ampliação de um repertório pouco explorado até agora.

Crianças, jovens e adultos de todos os segmentos sociais estão vivendo hoje uma situação inusitada de convivência intensa, que gera momentos de conflito, mas também muitas situações novas e prazerosas -- e a escola pode contribuir com esse aprendizado, considerando as necessidades locais e se apoiando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com as competências gerais para a educação básica previstas na BNCC, as propostas podem ser inúmeras, como exercitar a curiosidade intelectual aprendendo a fazer pesquisas e a valorizar o trabalho dos cientistas; conhecer a diversidade de saberes e vivências culturais aprendendo a ler uma receita e preparar um prato, lavar roupa, limpar a casa, buscar novas brincadeiras e passatempos; argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, lendo notícias de qualidade, conversando sobre elas e as diferenciando das fake news, conhecer-se e cuidar de sua saúde física e emocional, fazendo exercícios e falando sobre seus pensamentos; exercitar a empatia, o diálogo e a cooperação com os pais e irmãos; entre outras. Com isso, na volta às aulas presenciais, os estudantes talvez possam levar o resultado de muitos aprendizados adquiridos socialmente por meio das relações com familiares e colegas durante a quarentena.

Estaremos, assim, valorizando o trabalho do professor, a interação entre os atores e a criação de vínculos a partir dos novos conhecimentos que os estudantes trarão, em um trabalho de fortalecimento da parceria com a família. Espera-se que escolas particulares e redes de ensino público, ao planejar o retorno, repensem e reorganizem tempos e espaços, a fim de acolher e lidar com a energia reprimida dos alunos, garantindo seu direito de aprender.

*Mônica S. Gouvêa, socióloga, psicóloga e Mestre em Educação pela Unicamp, é diretora educacional do jornal Joca, o primeiro jornal para jovens e crianças do Brasil

Mônica S. Gouvêa. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Com a rápida chegada da covid-19, a interrupção das aulas em muitos países se deu sem planejamento prévio, e no Brasil não foi diferente. Agora, é preciso evitar que o mesmo aconteça na volta às aulas presenciais.

Ideias de como receber os estudantes nas escolas já vêm sendo discutidas e há ainda os modelos de outros países a nos pautar, como os de Israel e da França, onde o retorno também será paulatino, com apenas 15 alunos por turma; ou o da Dinamarca, onde as crianças têm que lavar as mãos com frequência, manter-se a dois metros de distância dos colegas dentro do mesmo ambiente e, em alguns casos, as aulas acontecem em áreas ao ar livre.

É igualmente importante nesse momento as escolas se prepararem para retomar o trabalho com o conteúdo, e relacioná-lo às vivências em casa ao longo da quarentena pode ser um bom caminho. Ainda há tempo de pensar em situações de aprendizagem a distância, significativas e preparatórias para a retomada das aulas presenciais, com o objetivo de que os estudantes se deem conta do quanto aprenderam em seu cotidiano de isolamento.

Para isso, dar tempo e espaço aos professores para a criação de atividades e projetos que priorizem a construção com o outro -- seja com as pessoas da família ou pela interação digital em plataformas com os colegas -- certamente trará a ampliação de um repertório pouco explorado até agora.

Crianças, jovens e adultos de todos os segmentos sociais estão vivendo hoje uma situação inusitada de convivência intensa, que gera momentos de conflito, mas também muitas situações novas e prazerosas -- e a escola pode contribuir com esse aprendizado, considerando as necessidades locais e se apoiando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com as competências gerais para a educação básica previstas na BNCC, as propostas podem ser inúmeras, como exercitar a curiosidade intelectual aprendendo a fazer pesquisas e a valorizar o trabalho dos cientistas; conhecer a diversidade de saberes e vivências culturais aprendendo a ler uma receita e preparar um prato, lavar roupa, limpar a casa, buscar novas brincadeiras e passatempos; argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, lendo notícias de qualidade, conversando sobre elas e as diferenciando das fake news, conhecer-se e cuidar de sua saúde física e emocional, fazendo exercícios e falando sobre seus pensamentos; exercitar a empatia, o diálogo e a cooperação com os pais e irmãos; entre outras. Com isso, na volta às aulas presenciais, os estudantes talvez possam levar o resultado de muitos aprendizados adquiridos socialmente por meio das relações com familiares e colegas durante a quarentena.

Estaremos, assim, valorizando o trabalho do professor, a interação entre os atores e a criação de vínculos a partir dos novos conhecimentos que os estudantes trarão, em um trabalho de fortalecimento da parceria com a família. Espera-se que escolas particulares e redes de ensino público, ao planejar o retorno, repensem e reorganizem tempos e espaços, a fim de acolher e lidar com a energia reprimida dos alunos, garantindo seu direito de aprender.

*Mônica S. Gouvêa, socióloga, psicóloga e Mestre em Educação pela Unicamp, é diretora educacional do jornal Joca, o primeiro jornal para jovens e crianças do Brasil

Mônica S. Gouvêa. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Com a rápida chegada da covid-19, a interrupção das aulas em muitos países se deu sem planejamento prévio, e no Brasil não foi diferente. Agora, é preciso evitar que o mesmo aconteça na volta às aulas presenciais.

Ideias de como receber os estudantes nas escolas já vêm sendo discutidas e há ainda os modelos de outros países a nos pautar, como os de Israel e da França, onde o retorno também será paulatino, com apenas 15 alunos por turma; ou o da Dinamarca, onde as crianças têm que lavar as mãos com frequência, manter-se a dois metros de distância dos colegas dentro do mesmo ambiente e, em alguns casos, as aulas acontecem em áreas ao ar livre.

É igualmente importante nesse momento as escolas se prepararem para retomar o trabalho com o conteúdo, e relacioná-lo às vivências em casa ao longo da quarentena pode ser um bom caminho. Ainda há tempo de pensar em situações de aprendizagem a distância, significativas e preparatórias para a retomada das aulas presenciais, com o objetivo de que os estudantes se deem conta do quanto aprenderam em seu cotidiano de isolamento.

Para isso, dar tempo e espaço aos professores para a criação de atividades e projetos que priorizem a construção com o outro -- seja com as pessoas da família ou pela interação digital em plataformas com os colegas -- certamente trará a ampliação de um repertório pouco explorado até agora.

Crianças, jovens e adultos de todos os segmentos sociais estão vivendo hoje uma situação inusitada de convivência intensa, que gera momentos de conflito, mas também muitas situações novas e prazerosas -- e a escola pode contribuir com esse aprendizado, considerando as necessidades locais e se apoiando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com as competências gerais para a educação básica previstas na BNCC, as propostas podem ser inúmeras, como exercitar a curiosidade intelectual aprendendo a fazer pesquisas e a valorizar o trabalho dos cientistas; conhecer a diversidade de saberes e vivências culturais aprendendo a ler uma receita e preparar um prato, lavar roupa, limpar a casa, buscar novas brincadeiras e passatempos; argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, lendo notícias de qualidade, conversando sobre elas e as diferenciando das fake news, conhecer-se e cuidar de sua saúde física e emocional, fazendo exercícios e falando sobre seus pensamentos; exercitar a empatia, o diálogo e a cooperação com os pais e irmãos; entre outras. Com isso, na volta às aulas presenciais, os estudantes talvez possam levar o resultado de muitos aprendizados adquiridos socialmente por meio das relações com familiares e colegas durante a quarentena.

Estaremos, assim, valorizando o trabalho do professor, a interação entre os atores e a criação de vínculos a partir dos novos conhecimentos que os estudantes trarão, em um trabalho de fortalecimento da parceria com a família. Espera-se que escolas particulares e redes de ensino público, ao planejar o retorno, repensem e reorganizem tempos e espaços, a fim de acolher e lidar com a energia reprimida dos alunos, garantindo seu direito de aprender.

*Mônica S. Gouvêa, socióloga, psicóloga e Mestre em Educação pela Unicamp, é diretora educacional do jornal Joca, o primeiro jornal para jovens e crianças do Brasil

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