O diretor da Polícia Legislativa Paul Pierre Deeter encaminhou ofício ao gabinete do Terceiro Secretário da Câmara, João Henrique Caldas (PSB), o JHC, em que revela dois registros de entrada de Adélio Bispo Oliveira, esfaqueador do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, no dia do atentado contra o deputado federal.
Documento
registrosA informação sobre os registros foi dada pelo site O Antagonista e confirmada pela reportagem do Estadão.
Segundo o documento, 'cumpre informar que, em nova consulta ao Sistema de Visitação (SIVIS), este Departamento verificou que ocorreram outros registros de entrada do Senhor Adélio, além do dia 6 de agosto de 2013 (registro de entrada informado anteriormente por meio do Processo nº 434.405/2018)'.
"Constatou-se a existência de mais dois registros de entrada referentes à pessoa do Senhor Adélio, ambos datados do dia 6 de setembro de 2018, dia em que fora efetuada sua prisão no estado de Minas Gerais em decorrência do atentado ao Deputado Bolsonaro", informou.
O diretor da Polícia Legislativa, no entanto vê 'impossibilidade de ter ocorrido' o acesso de Adélio 'às dependências da Câmara dos Deputados neste dia'. "No intuito de se averiguar as circunstâncias nas quais se deram os supostos registros, foi realizado o registro da Ocorrência Policial n. 101/2018".
"Dessa forma, como o caso envolve uma vulnerabilidade do sistema, cuja divulgação expõe a própria segurança dos Parlamentares e desta Casa Legislativa, o Departamento de Polícia Legislativa requereu à Diretoria-Geral, com base no art. 23 da Lei n. 12.527/20111 e no art. 18, VII e VIII, do Ato da Mesa n. 45/20122, que as informações tratadas nos presentes autos fossem classificadas como sigilosas", afirma.