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Candidato dos sonhos pode gerar o segundo turno dos pesadelos


Por Gerson Pires
Gerson Pires. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O crescimento de Lula nas pesquisas torna ainda mais dramática uma corrida eleitoral que já prometia muita turbulência. Ao olharmos hoje para o cenário eleitoral é muito difícil imaginar um segundo turno que não seja entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente petista.

Os fenômenos do lulismo e do bolsonarismo, aparentemente rivais, que em um primeiro momento parecem tão diferentes, revelam-se bem parecidos em seus métodos políticos. Habitando extremos antagônicos do espectro ideológico, ambos fazem uso de um conjunto de práticas políticas muito comuns aqui na América Latina: o Populismo.

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O discurso recorrente opondo "nós contra eles", o tom messiânico e salvacionista empregado pela militância, o apreço a ditaduras alinhadas ideologicamente, o horror ao combate à corrupção, além do modo centralizador com que governam são mais que suficientes para se atestar as similaridades.

Lula esteve no centro dos dois maiores escândalos de corrupção da história do país, o "Mensalão" e o "Petrolão". No primeiro, o PT tentou solapar a democracia brasileira comprando o Congresso para conseguir perpetuar seu projeto de poder. No segundo, criou-se uma das maiores organizações criminosas de que se tem notícia, responsável por desvios bilionários e por quase levar à falência a maior empresa brasileira. Como se só isso já não fosse suficiente, ele é um dos responsáveis pela maior recessão da história do país. A guinada heterodoxa na economia feita no fim do segundo mandato, e que foi seguida fielmente por sua sucessora Dilma Rousseff, nos legou milhões de desempregados, uma perda de renda sem precedentes e mais uma década perdida.

Bolsonaro elegeu-se com um forte discurso contra a corrupção, pintou-se como uma "novidade" na política e adotou um tom liberal na economia. Logo no início do governo já notamos que nada disso seria seguido. O presidente, ao longo de seu desastroso governo, enterrou a Operação Lava Jato, entregou o governo para o Centrão, abandonou completamente a pauta liberal e trabalha incansavelmente para minar a democracia no país. Mas nada disso chegou aos pés do modo criminoso como tratou a pandemia, tornando o Brasil referência mundial em como não gerir a crise e sendo responsável direto pelo enorme número de mortes.

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Ao analisarmos todos esses fatos, conseguimos enxergar de modo cristalino o abismo para o qual caminhamos ficando à mercê dessas duas figuras.

Torna-se urgente e vital a construção de uma alternativa viável, sólida e plural para a eleição presidencial de 2022. Essa construção passa obrigatoriamente pelo cerne do que é fazer política: negociar, dialogar, formar consenso e, principalmente, ceder. Esse exercício terá de ser feito por todos os que se apresentam hoje como alternativa eleitoral, mas também por todos os eleitores que não se identificam com as duas correntes já colocadas.

Não vamos avançar na construção dessa terceira via se continuarmos fechados em nossos dogmas ideológicos e sem abandonarmos preferências pessoais, todos precisam fazer concessões. É uma obrigação moral e patriótica adiar projetos pessoais em prol de uma unidade benéfica para o país, unidade essa mais do que necessária para se criar uma candidatura sólida e viável.

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Levando em conta a dramaticidade do atual momento e quão crucial ele é para o futuro do país, não podemos nos dar ao luxo de esperar o candidato perfeito e de torcermos o nariz para quem não pensa totalmente igual a nós. Outros momentos da história do país já exigiram que políticos rivais se unissem pelo mesmo ideal. O que seria do país se Mário Covas, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães e tantos outros não tivessem deixado suas divergências de lado por um momento e lutado pela democracia? Não podemos nos iludir. Se ficarmos esperando o príncipe encantado, aquele candidato idealizado que todos sonham e com quem concordamos sem ressalvas, acordaremos em um segundo turno de pesadelo e já tarde demais para corrigir os rumos do Brasil. Somos responsáveis pela construção de uma terceira via que possa colocar o país nos trilhos, resgatar nossa autoestima e unir forças na tarefa de escolher uma alternativa viável e que atenda, efetivamente, aos anseios da maioria dos brasileiros.

*Gerson Pires, formado em Relações Internacionais e com especialização em Relações Governamentais pela ESPM

Gerson Pires. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O crescimento de Lula nas pesquisas torna ainda mais dramática uma corrida eleitoral que já prometia muita turbulência. Ao olharmos hoje para o cenário eleitoral é muito difícil imaginar um segundo turno que não seja entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente petista.

Os fenômenos do lulismo e do bolsonarismo, aparentemente rivais, que em um primeiro momento parecem tão diferentes, revelam-se bem parecidos em seus métodos políticos. Habitando extremos antagônicos do espectro ideológico, ambos fazem uso de um conjunto de práticas políticas muito comuns aqui na América Latina: o Populismo.

O discurso recorrente opondo "nós contra eles", o tom messiânico e salvacionista empregado pela militância, o apreço a ditaduras alinhadas ideologicamente, o horror ao combate à corrupção, além do modo centralizador com que governam são mais que suficientes para se atestar as similaridades.

Lula esteve no centro dos dois maiores escândalos de corrupção da história do país, o "Mensalão" e o "Petrolão". No primeiro, o PT tentou solapar a democracia brasileira comprando o Congresso para conseguir perpetuar seu projeto de poder. No segundo, criou-se uma das maiores organizações criminosas de que se tem notícia, responsável por desvios bilionários e por quase levar à falência a maior empresa brasileira. Como se só isso já não fosse suficiente, ele é um dos responsáveis pela maior recessão da história do país. A guinada heterodoxa na economia feita no fim do segundo mandato, e que foi seguida fielmente por sua sucessora Dilma Rousseff, nos legou milhões de desempregados, uma perda de renda sem precedentes e mais uma década perdida.

Bolsonaro elegeu-se com um forte discurso contra a corrupção, pintou-se como uma "novidade" na política e adotou um tom liberal na economia. Logo no início do governo já notamos que nada disso seria seguido. O presidente, ao longo de seu desastroso governo, enterrou a Operação Lava Jato, entregou o governo para o Centrão, abandonou completamente a pauta liberal e trabalha incansavelmente para minar a democracia no país. Mas nada disso chegou aos pés do modo criminoso como tratou a pandemia, tornando o Brasil referência mundial em como não gerir a crise e sendo responsável direto pelo enorme número de mortes.

Ao analisarmos todos esses fatos, conseguimos enxergar de modo cristalino o abismo para o qual caminhamos ficando à mercê dessas duas figuras.

Torna-se urgente e vital a construção de uma alternativa viável, sólida e plural para a eleição presidencial de 2022. Essa construção passa obrigatoriamente pelo cerne do que é fazer política: negociar, dialogar, formar consenso e, principalmente, ceder. Esse exercício terá de ser feito por todos os que se apresentam hoje como alternativa eleitoral, mas também por todos os eleitores que não se identificam com as duas correntes já colocadas.

Não vamos avançar na construção dessa terceira via se continuarmos fechados em nossos dogmas ideológicos e sem abandonarmos preferências pessoais, todos precisam fazer concessões. É uma obrigação moral e patriótica adiar projetos pessoais em prol de uma unidade benéfica para o país, unidade essa mais do que necessária para se criar uma candidatura sólida e viável.

Levando em conta a dramaticidade do atual momento e quão crucial ele é para o futuro do país, não podemos nos dar ao luxo de esperar o candidato perfeito e de torcermos o nariz para quem não pensa totalmente igual a nós. Outros momentos da história do país já exigiram que políticos rivais se unissem pelo mesmo ideal. O que seria do país se Mário Covas, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães e tantos outros não tivessem deixado suas divergências de lado por um momento e lutado pela democracia? Não podemos nos iludir. Se ficarmos esperando o príncipe encantado, aquele candidato idealizado que todos sonham e com quem concordamos sem ressalvas, acordaremos em um segundo turno de pesadelo e já tarde demais para corrigir os rumos do Brasil. Somos responsáveis pela construção de uma terceira via que possa colocar o país nos trilhos, resgatar nossa autoestima e unir forças na tarefa de escolher uma alternativa viável e que atenda, efetivamente, aos anseios da maioria dos brasileiros.

*Gerson Pires, formado em Relações Internacionais e com especialização em Relações Governamentais pela ESPM

Gerson Pires. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O crescimento de Lula nas pesquisas torna ainda mais dramática uma corrida eleitoral que já prometia muita turbulência. Ao olharmos hoje para o cenário eleitoral é muito difícil imaginar um segundo turno que não seja entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente petista.

Os fenômenos do lulismo e do bolsonarismo, aparentemente rivais, que em um primeiro momento parecem tão diferentes, revelam-se bem parecidos em seus métodos políticos. Habitando extremos antagônicos do espectro ideológico, ambos fazem uso de um conjunto de práticas políticas muito comuns aqui na América Latina: o Populismo.

O discurso recorrente opondo "nós contra eles", o tom messiânico e salvacionista empregado pela militância, o apreço a ditaduras alinhadas ideologicamente, o horror ao combate à corrupção, além do modo centralizador com que governam são mais que suficientes para se atestar as similaridades.

Lula esteve no centro dos dois maiores escândalos de corrupção da história do país, o "Mensalão" e o "Petrolão". No primeiro, o PT tentou solapar a democracia brasileira comprando o Congresso para conseguir perpetuar seu projeto de poder. No segundo, criou-se uma das maiores organizações criminosas de que se tem notícia, responsável por desvios bilionários e por quase levar à falência a maior empresa brasileira. Como se só isso já não fosse suficiente, ele é um dos responsáveis pela maior recessão da história do país. A guinada heterodoxa na economia feita no fim do segundo mandato, e que foi seguida fielmente por sua sucessora Dilma Rousseff, nos legou milhões de desempregados, uma perda de renda sem precedentes e mais uma década perdida.

Bolsonaro elegeu-se com um forte discurso contra a corrupção, pintou-se como uma "novidade" na política e adotou um tom liberal na economia. Logo no início do governo já notamos que nada disso seria seguido. O presidente, ao longo de seu desastroso governo, enterrou a Operação Lava Jato, entregou o governo para o Centrão, abandonou completamente a pauta liberal e trabalha incansavelmente para minar a democracia no país. Mas nada disso chegou aos pés do modo criminoso como tratou a pandemia, tornando o Brasil referência mundial em como não gerir a crise e sendo responsável direto pelo enorme número de mortes.

Ao analisarmos todos esses fatos, conseguimos enxergar de modo cristalino o abismo para o qual caminhamos ficando à mercê dessas duas figuras.

Torna-se urgente e vital a construção de uma alternativa viável, sólida e plural para a eleição presidencial de 2022. Essa construção passa obrigatoriamente pelo cerne do que é fazer política: negociar, dialogar, formar consenso e, principalmente, ceder. Esse exercício terá de ser feito por todos os que se apresentam hoje como alternativa eleitoral, mas também por todos os eleitores que não se identificam com as duas correntes já colocadas.

Não vamos avançar na construção dessa terceira via se continuarmos fechados em nossos dogmas ideológicos e sem abandonarmos preferências pessoais, todos precisam fazer concessões. É uma obrigação moral e patriótica adiar projetos pessoais em prol de uma unidade benéfica para o país, unidade essa mais do que necessária para se criar uma candidatura sólida e viável.

Levando em conta a dramaticidade do atual momento e quão crucial ele é para o futuro do país, não podemos nos dar ao luxo de esperar o candidato perfeito e de torcermos o nariz para quem não pensa totalmente igual a nós. Outros momentos da história do país já exigiram que políticos rivais se unissem pelo mesmo ideal. O que seria do país se Mário Covas, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães e tantos outros não tivessem deixado suas divergências de lado por um momento e lutado pela democracia? Não podemos nos iludir. Se ficarmos esperando o príncipe encantado, aquele candidato idealizado que todos sonham e com quem concordamos sem ressalvas, acordaremos em um segundo turno de pesadelo e já tarde demais para corrigir os rumos do Brasil. Somos responsáveis pela construção de uma terceira via que possa colocar o país nos trilhos, resgatar nossa autoestima e unir forças na tarefa de escolher uma alternativa viável e que atenda, efetivamente, aos anseios da maioria dos brasileiros.

*Gerson Pires, formado em Relações Internacionais e com especialização em Relações Governamentais pela ESPM

Gerson Pires. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O crescimento de Lula nas pesquisas torna ainda mais dramática uma corrida eleitoral que já prometia muita turbulência. Ao olharmos hoje para o cenário eleitoral é muito difícil imaginar um segundo turno que não seja entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente petista.

Os fenômenos do lulismo e do bolsonarismo, aparentemente rivais, que em um primeiro momento parecem tão diferentes, revelam-se bem parecidos em seus métodos políticos. Habitando extremos antagônicos do espectro ideológico, ambos fazem uso de um conjunto de práticas políticas muito comuns aqui na América Latina: o Populismo.

O discurso recorrente opondo "nós contra eles", o tom messiânico e salvacionista empregado pela militância, o apreço a ditaduras alinhadas ideologicamente, o horror ao combate à corrupção, além do modo centralizador com que governam são mais que suficientes para se atestar as similaridades.

Lula esteve no centro dos dois maiores escândalos de corrupção da história do país, o "Mensalão" e o "Petrolão". No primeiro, o PT tentou solapar a democracia brasileira comprando o Congresso para conseguir perpetuar seu projeto de poder. No segundo, criou-se uma das maiores organizações criminosas de que se tem notícia, responsável por desvios bilionários e por quase levar à falência a maior empresa brasileira. Como se só isso já não fosse suficiente, ele é um dos responsáveis pela maior recessão da história do país. A guinada heterodoxa na economia feita no fim do segundo mandato, e que foi seguida fielmente por sua sucessora Dilma Rousseff, nos legou milhões de desempregados, uma perda de renda sem precedentes e mais uma década perdida.

Bolsonaro elegeu-se com um forte discurso contra a corrupção, pintou-se como uma "novidade" na política e adotou um tom liberal na economia. Logo no início do governo já notamos que nada disso seria seguido. O presidente, ao longo de seu desastroso governo, enterrou a Operação Lava Jato, entregou o governo para o Centrão, abandonou completamente a pauta liberal e trabalha incansavelmente para minar a democracia no país. Mas nada disso chegou aos pés do modo criminoso como tratou a pandemia, tornando o Brasil referência mundial em como não gerir a crise e sendo responsável direto pelo enorme número de mortes.

Ao analisarmos todos esses fatos, conseguimos enxergar de modo cristalino o abismo para o qual caminhamos ficando à mercê dessas duas figuras.

Torna-se urgente e vital a construção de uma alternativa viável, sólida e plural para a eleição presidencial de 2022. Essa construção passa obrigatoriamente pelo cerne do que é fazer política: negociar, dialogar, formar consenso e, principalmente, ceder. Esse exercício terá de ser feito por todos os que se apresentam hoje como alternativa eleitoral, mas também por todos os eleitores que não se identificam com as duas correntes já colocadas.

Não vamos avançar na construção dessa terceira via se continuarmos fechados em nossos dogmas ideológicos e sem abandonarmos preferências pessoais, todos precisam fazer concessões. É uma obrigação moral e patriótica adiar projetos pessoais em prol de uma unidade benéfica para o país, unidade essa mais do que necessária para se criar uma candidatura sólida e viável.

Levando em conta a dramaticidade do atual momento e quão crucial ele é para o futuro do país, não podemos nos dar ao luxo de esperar o candidato perfeito e de torcermos o nariz para quem não pensa totalmente igual a nós. Outros momentos da história do país já exigiram que políticos rivais se unissem pelo mesmo ideal. O que seria do país se Mário Covas, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães e tantos outros não tivessem deixado suas divergências de lado por um momento e lutado pela democracia? Não podemos nos iludir. Se ficarmos esperando o príncipe encantado, aquele candidato idealizado que todos sonham e com quem concordamos sem ressalvas, acordaremos em um segundo turno de pesadelo e já tarde demais para corrigir os rumos do Brasil. Somos responsáveis pela construção de uma terceira via que possa colocar o país nos trilhos, resgatar nossa autoestima e unir forças na tarefa de escolher uma alternativa viável e que atenda, efetivamente, aos anseios da maioria dos brasileiros.

*Gerson Pires, formado em Relações Internacionais e com especialização em Relações Governamentais pela ESPM

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