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Conflito incivil rompe pacto federativo


Por Flavio Goldberg
Flavio Goldberg. FOTO: ARQUIVO PESSOAL  

Se existe hoje um consenso nacional é o dissenso. O processo de fragmentação social acelerado que tem caráter universal se agudizou com a pandemia.

No Brasil o fenômeno que tem uma tradição histórica pela configuração continental do país surge em ciclos de crise esgarçando o tecido da própria identidade provocando cisões e rupturas.

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Algumas consultas ao mapa de nossa realidade alinham ou melhor desalinham os potenciais e explosivos dados duma brutal condição que insiste em se sobrepor ao nosso "wishfull thinking" de um país unificado na garantia das fronteiras traçadas entre as unidades da Federação e nos contornos da América do Sul, aliás também conflagrada por processos semelhantes, embora com suas peculiaridades singulares da chamada "hispanidade" que, por sinal, já exigiu alerta, principalmente, durante os períodos dos governos de Getúlio Vargas e Peron quando o caudilhismo de ambos era seduzido pela fantasia do "inimigo comum que pode cimentar a unidade interna do país".

Arrolando a disputa entre os três poderes para a administração do caos e desordem da tragédia da COVID19 que mata mais de mil pessoas, diariamente, enquanto, Presidência, Congresso, STF, estados, municípios, se digladiam no meio de recursos milionários e carências miseráveis, num quadro dantesco.

No Rio de Janeiro como uma espécie de tiranetes policiais, milícias, tráfico, corrupção, se confrontam, celebram alianças e pactos, se guerreiam, governichos paralelos, tudo diante do melodramático final de um mandato que nem se iniciou.

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Aqui mesmo em São Paulo numa cidade como Botucatu a cena televisiva expõe cenas deste panorama surdo e ensurdecedor ao mesmo tempo de absoluta insegurança.

"Bala perdida" é uma pena que condena o cidadão inocente à morte quando escapa do vírus? Miudezas ou cores sombrias?

Esquerda e Direita, católicos e evangélicos, negros e brancos, feministas e machistas, milionários e moradores de rua, lockdown ou abertura, Bolsonaro ou Lula, hidroxicloroquina ou a messiânica vacina, volta às aulas ou aprovação geral de uma geração perdida na falta de horizontes intelectuais.

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A crescente hostilidade na interação pessoal, a incomunicabilidade internética por mensagens em que o "fake news", o "patrocínio", os grupos de interesses manipulam o medo até o próximo da paranoia. Na polarização resta à sociedade um espasmo de energia para reclamar, pedir, exigir, um esquecimento do umbigo fragmentado de cada um em favor da causa maior de sobrevivência fugindo do "barco à deriva" de Rimbaud, Titanic no Tietê.

Portanto refletir que no momento em que Harari acena com um "governo mundial" urge responder à utopia de monopólio dos países trilionários que vão ter as vacinas antes de nossos cadáveres com o único remédio restante, sempre nas prateleiras e talvez o único na competência da cura, patriotismo.

Sem pieguice, ufanismo, xenofobia, mas como uma epígrafe para a Carta Magna de nossos direitos e deveres, a soberania do país depende hoje de um Governo de coalizão não só legal, mas legitimo.

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*Flavio Goldberg, advogado e mestre em Direito

Flavio Goldberg. FOTO: ARQUIVO PESSOAL  

Se existe hoje um consenso nacional é o dissenso. O processo de fragmentação social acelerado que tem caráter universal se agudizou com a pandemia.

No Brasil o fenômeno que tem uma tradição histórica pela configuração continental do país surge em ciclos de crise esgarçando o tecido da própria identidade provocando cisões e rupturas.

Algumas consultas ao mapa de nossa realidade alinham ou melhor desalinham os potenciais e explosivos dados duma brutal condição que insiste em se sobrepor ao nosso "wishfull thinking" de um país unificado na garantia das fronteiras traçadas entre as unidades da Federação e nos contornos da América do Sul, aliás também conflagrada por processos semelhantes, embora com suas peculiaridades singulares da chamada "hispanidade" que, por sinal, já exigiu alerta, principalmente, durante os períodos dos governos de Getúlio Vargas e Peron quando o caudilhismo de ambos era seduzido pela fantasia do "inimigo comum que pode cimentar a unidade interna do país".

Arrolando a disputa entre os três poderes para a administração do caos e desordem da tragédia da COVID19 que mata mais de mil pessoas, diariamente, enquanto, Presidência, Congresso, STF, estados, municípios, se digladiam no meio de recursos milionários e carências miseráveis, num quadro dantesco.

No Rio de Janeiro como uma espécie de tiranetes policiais, milícias, tráfico, corrupção, se confrontam, celebram alianças e pactos, se guerreiam, governichos paralelos, tudo diante do melodramático final de um mandato que nem se iniciou.

Aqui mesmo em São Paulo numa cidade como Botucatu a cena televisiva expõe cenas deste panorama surdo e ensurdecedor ao mesmo tempo de absoluta insegurança.

"Bala perdida" é uma pena que condena o cidadão inocente à morte quando escapa do vírus? Miudezas ou cores sombrias?

Esquerda e Direita, católicos e evangélicos, negros e brancos, feministas e machistas, milionários e moradores de rua, lockdown ou abertura, Bolsonaro ou Lula, hidroxicloroquina ou a messiânica vacina, volta às aulas ou aprovação geral de uma geração perdida na falta de horizontes intelectuais.

A crescente hostilidade na interação pessoal, a incomunicabilidade internética por mensagens em que o "fake news", o "patrocínio", os grupos de interesses manipulam o medo até o próximo da paranoia. Na polarização resta à sociedade um espasmo de energia para reclamar, pedir, exigir, um esquecimento do umbigo fragmentado de cada um em favor da causa maior de sobrevivência fugindo do "barco à deriva" de Rimbaud, Titanic no Tietê.

Portanto refletir que no momento em que Harari acena com um "governo mundial" urge responder à utopia de monopólio dos países trilionários que vão ter as vacinas antes de nossos cadáveres com o único remédio restante, sempre nas prateleiras e talvez o único na competência da cura, patriotismo.

Sem pieguice, ufanismo, xenofobia, mas como uma epígrafe para a Carta Magna de nossos direitos e deveres, a soberania do país depende hoje de um Governo de coalizão não só legal, mas legitimo.

*Flavio Goldberg, advogado e mestre em Direito

Flavio Goldberg. FOTO: ARQUIVO PESSOAL  

Se existe hoje um consenso nacional é o dissenso. O processo de fragmentação social acelerado que tem caráter universal se agudizou com a pandemia.

No Brasil o fenômeno que tem uma tradição histórica pela configuração continental do país surge em ciclos de crise esgarçando o tecido da própria identidade provocando cisões e rupturas.

Algumas consultas ao mapa de nossa realidade alinham ou melhor desalinham os potenciais e explosivos dados duma brutal condição que insiste em se sobrepor ao nosso "wishfull thinking" de um país unificado na garantia das fronteiras traçadas entre as unidades da Federação e nos contornos da América do Sul, aliás também conflagrada por processos semelhantes, embora com suas peculiaridades singulares da chamada "hispanidade" que, por sinal, já exigiu alerta, principalmente, durante os períodos dos governos de Getúlio Vargas e Peron quando o caudilhismo de ambos era seduzido pela fantasia do "inimigo comum que pode cimentar a unidade interna do país".

Arrolando a disputa entre os três poderes para a administração do caos e desordem da tragédia da COVID19 que mata mais de mil pessoas, diariamente, enquanto, Presidência, Congresso, STF, estados, municípios, se digladiam no meio de recursos milionários e carências miseráveis, num quadro dantesco.

No Rio de Janeiro como uma espécie de tiranetes policiais, milícias, tráfico, corrupção, se confrontam, celebram alianças e pactos, se guerreiam, governichos paralelos, tudo diante do melodramático final de um mandato que nem se iniciou.

Aqui mesmo em São Paulo numa cidade como Botucatu a cena televisiva expõe cenas deste panorama surdo e ensurdecedor ao mesmo tempo de absoluta insegurança.

"Bala perdida" é uma pena que condena o cidadão inocente à morte quando escapa do vírus? Miudezas ou cores sombrias?

Esquerda e Direita, católicos e evangélicos, negros e brancos, feministas e machistas, milionários e moradores de rua, lockdown ou abertura, Bolsonaro ou Lula, hidroxicloroquina ou a messiânica vacina, volta às aulas ou aprovação geral de uma geração perdida na falta de horizontes intelectuais.

A crescente hostilidade na interação pessoal, a incomunicabilidade internética por mensagens em que o "fake news", o "patrocínio", os grupos de interesses manipulam o medo até o próximo da paranoia. Na polarização resta à sociedade um espasmo de energia para reclamar, pedir, exigir, um esquecimento do umbigo fragmentado de cada um em favor da causa maior de sobrevivência fugindo do "barco à deriva" de Rimbaud, Titanic no Tietê.

Portanto refletir que no momento em que Harari acena com um "governo mundial" urge responder à utopia de monopólio dos países trilionários que vão ter as vacinas antes de nossos cadáveres com o único remédio restante, sempre nas prateleiras e talvez o único na competência da cura, patriotismo.

Sem pieguice, ufanismo, xenofobia, mas como uma epígrafe para a Carta Magna de nossos direitos e deveres, a soberania do país depende hoje de um Governo de coalizão não só legal, mas legitimo.

*Flavio Goldberg, advogado e mestre em Direito

Flavio Goldberg. FOTO: ARQUIVO PESSOAL  

Se existe hoje um consenso nacional é o dissenso. O processo de fragmentação social acelerado que tem caráter universal se agudizou com a pandemia.

No Brasil o fenômeno que tem uma tradição histórica pela configuração continental do país surge em ciclos de crise esgarçando o tecido da própria identidade provocando cisões e rupturas.

Algumas consultas ao mapa de nossa realidade alinham ou melhor desalinham os potenciais e explosivos dados duma brutal condição que insiste em se sobrepor ao nosso "wishfull thinking" de um país unificado na garantia das fronteiras traçadas entre as unidades da Federação e nos contornos da América do Sul, aliás também conflagrada por processos semelhantes, embora com suas peculiaridades singulares da chamada "hispanidade" que, por sinal, já exigiu alerta, principalmente, durante os períodos dos governos de Getúlio Vargas e Peron quando o caudilhismo de ambos era seduzido pela fantasia do "inimigo comum que pode cimentar a unidade interna do país".

Arrolando a disputa entre os três poderes para a administração do caos e desordem da tragédia da COVID19 que mata mais de mil pessoas, diariamente, enquanto, Presidência, Congresso, STF, estados, municípios, se digladiam no meio de recursos milionários e carências miseráveis, num quadro dantesco.

No Rio de Janeiro como uma espécie de tiranetes policiais, milícias, tráfico, corrupção, se confrontam, celebram alianças e pactos, se guerreiam, governichos paralelos, tudo diante do melodramático final de um mandato que nem se iniciou.

Aqui mesmo em São Paulo numa cidade como Botucatu a cena televisiva expõe cenas deste panorama surdo e ensurdecedor ao mesmo tempo de absoluta insegurança.

"Bala perdida" é uma pena que condena o cidadão inocente à morte quando escapa do vírus? Miudezas ou cores sombrias?

Esquerda e Direita, católicos e evangélicos, negros e brancos, feministas e machistas, milionários e moradores de rua, lockdown ou abertura, Bolsonaro ou Lula, hidroxicloroquina ou a messiânica vacina, volta às aulas ou aprovação geral de uma geração perdida na falta de horizontes intelectuais.

A crescente hostilidade na interação pessoal, a incomunicabilidade internética por mensagens em que o "fake news", o "patrocínio", os grupos de interesses manipulam o medo até o próximo da paranoia. Na polarização resta à sociedade um espasmo de energia para reclamar, pedir, exigir, um esquecimento do umbigo fragmentado de cada um em favor da causa maior de sobrevivência fugindo do "barco à deriva" de Rimbaud, Titanic no Tietê.

Portanto refletir que no momento em que Harari acena com um "governo mundial" urge responder à utopia de monopólio dos países trilionários que vão ter as vacinas antes de nossos cadáveres com o único remédio restante, sempre nas prateleiras e talvez o único na competência da cura, patriotismo.

Sem pieguice, ufanismo, xenofobia, mas como uma epígrafe para a Carta Magna de nossos direitos e deveres, a soberania do país depende hoje de um Governo de coalizão não só legal, mas legitimo.

*Flavio Goldberg, advogado e mestre em Direito

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