Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Diretor de hospital público de Americana contratou empresa que o pagava


Dados de Humberto Mizael Ribon, réu em ação de improbidade e investigado por advocacia administrativa, e de outras supostas irregularidades na Saúde foram encaminhados pelos vereadores da cidade à CPI das OSSs, na Assembleia Legislativa de São Paulo, após base do prefeito Omar Najar (MDB) enterrar comissão na Câmara Municipal

Por Luiz Vassallo
Reprodução de trecho de contrato assinado por Humberto Ribon Foto: Estadão

Dados de um médico que atuava dos dois lados do balcão da administração pública e o relato de um ex-secretário de Saúde sobre supostas fraudes em licitações em Americana, no interior de São Paulo, vão chegar às mãos dos deputados estaduais. A investigação foi feita em uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal que acabou sendo extinta sem relatório após um movimento promovido pela base do prefeito Omar Najar (MDB).

continua após a publicidade

+ CPI revela contratos milionários entre servidores e OSSs gestoras de hospitais públicos

A apuração dos parlamentares de Americana será encaminhada até semana que vem para a CPI das Organizações Sociais de Saúde, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

+ Prefeito de Campinas será investigado na Ouro Verde+ Promotores acham mala e caixas com mais de R$ 1 mi em dinheiro vivo na Operação Ouro Verde

continua após a publicidade

Segundo a vereadora Maria Giovana Fortunato (PC do B), com o envio dos dados, os deputados estaduais poderão fazer diligências que não foram feitas em razão do encerramento do colegiado na Câmara Municipal.

+ Servidor público flagrado com R$ 1,2 mi em dinheiro diz que fortuna é da venda de uma fazenda do tio+ Após operação, Campinas decreta intervenção no Hospital Ouro Verde

"Acabou sendo finalizada, por 9 a 8, sem relatório, até porque o relator, que é da base do prefeito, votou contra a prorrogação da CEI. Ontem, tivemos a notícia de que pudemos enviar os trabalhos para a CPI na Assembleia para que eles finalizem e deem andamento ao que fizemos até então. Vamos enviar até semana que vem um relatório para que possam ter caminho e apurar as últimas coisas da CEI", afirma.

continua após a publicidade

Dos dois lados do balcão. Uma das situações que a CEI de Americana apurou está relacionada ao médico Humberto Mizael Ribon, réu em ação de improbidade e investigado por advocacia administrativa, que era superintendente da Fundação de Saúde de Americana (Fusame), entidade ligada à Prefeitura que administra o Hospital Waldemar Tebaldi.

Ele assinou um aditivo de contrato da Fusame com a Associação Plural, responsável pelo fornecimento de serviços médicos de Pronto Socorro. O contrato era de R$ 11 milhões e o aditivo chegava aos R$ 900 mil.

Do outro lado, ele é prestador de serviços da Associação, segundo documentos levantados pelos vereadores.

continua após a publicidade

No dia 11 de abril, a juíza Roberta Virgínio dos Santos, da 4ª Vara Cível de Americana, abriu ação de improbidade contra Mizael por entender que a acusação do MP está 'instruída com documentos que contém suficientes indícios da existência, em tese, de ato de improbidade'.

De acordo com a presidente da CEI, vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), além da suspeita de favorecimento, "testemunhas ouvidas nas oitivas afirmam que haviam plantões fantasmas dentro do hospital, pagamentos feitos à OS sem verificação e quarteirização do trabalho dos médicos".

Desvios. Um dos ouvidos pela CEI foi o ex-secretário de Saúde de Americana, Nilton Ferreira Lobo, afirmou ter cortado gastos que chegavam a 'R$ 2,5 milhões de barbaridade' e que o prefeito da cidade tinha conhecimento de que R$ 8 milhões foram 'desviados do fundo de saúde para o caixa da Prefeitura'.

continua após a publicidade

Questionado pela presidente da CPI, ele ainda confirmou que contratos tinham desvios e superfaturamentos.

"O lixo, nunca foi pesado no hospital, e pagava-se por quilo do lixo. Era dito que saía do hospital 14 toneladas de lixo hospitalar. quando eu pus a balança, eram 6 a 7 toneladas. Era lançado 14 e quem assinava era um funcionário que nunca entrou no hospital", relatou.

"Órtese e prótese, eu vou deixar o documento aqui, gastava 700 mil, só punha titânio, que nem no Einstein usa, é aço cirúrgico que usa. E como usa um material que não é discriminado pelo SUS, a conta não é paga. Medicamento, insumos, comida, rouparia, tudo onde se mexia tinha problema", contou.

continua após a publicidade

A reportagem entrou em contato com a defesa de Humberto Mizael Ribon. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE AMERICANA

O doutor Humberto Ribbon não é mais membro da diretoria da Fusame e todas as informações relacionadas a essa questão serão passadas conforme houver conclusão das investigações.

Reprodução de trecho de contrato assinado por Humberto Ribon Foto: Estadão

Dados de um médico que atuava dos dois lados do balcão da administração pública e o relato de um ex-secretário de Saúde sobre supostas fraudes em licitações em Americana, no interior de São Paulo, vão chegar às mãos dos deputados estaduais. A investigação foi feita em uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal que acabou sendo extinta sem relatório após um movimento promovido pela base do prefeito Omar Najar (MDB).

+ CPI revela contratos milionários entre servidores e OSSs gestoras de hospitais públicos

A apuração dos parlamentares de Americana será encaminhada até semana que vem para a CPI das Organizações Sociais de Saúde, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

+ Prefeito de Campinas será investigado na Ouro Verde+ Promotores acham mala e caixas com mais de R$ 1 mi em dinheiro vivo na Operação Ouro Verde

Segundo a vereadora Maria Giovana Fortunato (PC do B), com o envio dos dados, os deputados estaduais poderão fazer diligências que não foram feitas em razão do encerramento do colegiado na Câmara Municipal.

+ Servidor público flagrado com R$ 1,2 mi em dinheiro diz que fortuna é da venda de uma fazenda do tio+ Após operação, Campinas decreta intervenção no Hospital Ouro Verde

"Acabou sendo finalizada, por 9 a 8, sem relatório, até porque o relator, que é da base do prefeito, votou contra a prorrogação da CEI. Ontem, tivemos a notícia de que pudemos enviar os trabalhos para a CPI na Assembleia para que eles finalizem e deem andamento ao que fizemos até então. Vamos enviar até semana que vem um relatório para que possam ter caminho e apurar as últimas coisas da CEI", afirma.

Dos dois lados do balcão. Uma das situações que a CEI de Americana apurou está relacionada ao médico Humberto Mizael Ribon, réu em ação de improbidade e investigado por advocacia administrativa, que era superintendente da Fundação de Saúde de Americana (Fusame), entidade ligada à Prefeitura que administra o Hospital Waldemar Tebaldi.

Ele assinou um aditivo de contrato da Fusame com a Associação Plural, responsável pelo fornecimento de serviços médicos de Pronto Socorro. O contrato era de R$ 11 milhões e o aditivo chegava aos R$ 900 mil.

Do outro lado, ele é prestador de serviços da Associação, segundo documentos levantados pelos vereadores.

No dia 11 de abril, a juíza Roberta Virgínio dos Santos, da 4ª Vara Cível de Americana, abriu ação de improbidade contra Mizael por entender que a acusação do MP está 'instruída com documentos que contém suficientes indícios da existência, em tese, de ato de improbidade'.

De acordo com a presidente da CEI, vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), além da suspeita de favorecimento, "testemunhas ouvidas nas oitivas afirmam que haviam plantões fantasmas dentro do hospital, pagamentos feitos à OS sem verificação e quarteirização do trabalho dos médicos".

Desvios. Um dos ouvidos pela CEI foi o ex-secretário de Saúde de Americana, Nilton Ferreira Lobo, afirmou ter cortado gastos que chegavam a 'R$ 2,5 milhões de barbaridade' e que o prefeito da cidade tinha conhecimento de que R$ 8 milhões foram 'desviados do fundo de saúde para o caixa da Prefeitura'.

Questionado pela presidente da CPI, ele ainda confirmou que contratos tinham desvios e superfaturamentos.

"O lixo, nunca foi pesado no hospital, e pagava-se por quilo do lixo. Era dito que saía do hospital 14 toneladas de lixo hospitalar. quando eu pus a balança, eram 6 a 7 toneladas. Era lançado 14 e quem assinava era um funcionário que nunca entrou no hospital", relatou.

"Órtese e prótese, eu vou deixar o documento aqui, gastava 700 mil, só punha titânio, que nem no Einstein usa, é aço cirúrgico que usa. E como usa um material que não é discriminado pelo SUS, a conta não é paga. Medicamento, insumos, comida, rouparia, tudo onde se mexia tinha problema", contou.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Humberto Mizael Ribon. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE AMERICANA

O doutor Humberto Ribbon não é mais membro da diretoria da Fusame e todas as informações relacionadas a essa questão serão passadas conforme houver conclusão das investigações.

Reprodução de trecho de contrato assinado por Humberto Ribon Foto: Estadão

Dados de um médico que atuava dos dois lados do balcão da administração pública e o relato de um ex-secretário de Saúde sobre supostas fraudes em licitações em Americana, no interior de São Paulo, vão chegar às mãos dos deputados estaduais. A investigação foi feita em uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal que acabou sendo extinta sem relatório após um movimento promovido pela base do prefeito Omar Najar (MDB).

+ CPI revela contratos milionários entre servidores e OSSs gestoras de hospitais públicos

A apuração dos parlamentares de Americana será encaminhada até semana que vem para a CPI das Organizações Sociais de Saúde, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

+ Prefeito de Campinas será investigado na Ouro Verde+ Promotores acham mala e caixas com mais de R$ 1 mi em dinheiro vivo na Operação Ouro Verde

Segundo a vereadora Maria Giovana Fortunato (PC do B), com o envio dos dados, os deputados estaduais poderão fazer diligências que não foram feitas em razão do encerramento do colegiado na Câmara Municipal.

+ Servidor público flagrado com R$ 1,2 mi em dinheiro diz que fortuna é da venda de uma fazenda do tio+ Após operação, Campinas decreta intervenção no Hospital Ouro Verde

"Acabou sendo finalizada, por 9 a 8, sem relatório, até porque o relator, que é da base do prefeito, votou contra a prorrogação da CEI. Ontem, tivemos a notícia de que pudemos enviar os trabalhos para a CPI na Assembleia para que eles finalizem e deem andamento ao que fizemos até então. Vamos enviar até semana que vem um relatório para que possam ter caminho e apurar as últimas coisas da CEI", afirma.

Dos dois lados do balcão. Uma das situações que a CEI de Americana apurou está relacionada ao médico Humberto Mizael Ribon, réu em ação de improbidade e investigado por advocacia administrativa, que era superintendente da Fundação de Saúde de Americana (Fusame), entidade ligada à Prefeitura que administra o Hospital Waldemar Tebaldi.

Ele assinou um aditivo de contrato da Fusame com a Associação Plural, responsável pelo fornecimento de serviços médicos de Pronto Socorro. O contrato era de R$ 11 milhões e o aditivo chegava aos R$ 900 mil.

Do outro lado, ele é prestador de serviços da Associação, segundo documentos levantados pelos vereadores.

No dia 11 de abril, a juíza Roberta Virgínio dos Santos, da 4ª Vara Cível de Americana, abriu ação de improbidade contra Mizael por entender que a acusação do MP está 'instruída com documentos que contém suficientes indícios da existência, em tese, de ato de improbidade'.

De acordo com a presidente da CEI, vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), além da suspeita de favorecimento, "testemunhas ouvidas nas oitivas afirmam que haviam plantões fantasmas dentro do hospital, pagamentos feitos à OS sem verificação e quarteirização do trabalho dos médicos".

Desvios. Um dos ouvidos pela CEI foi o ex-secretário de Saúde de Americana, Nilton Ferreira Lobo, afirmou ter cortado gastos que chegavam a 'R$ 2,5 milhões de barbaridade' e que o prefeito da cidade tinha conhecimento de que R$ 8 milhões foram 'desviados do fundo de saúde para o caixa da Prefeitura'.

Questionado pela presidente da CPI, ele ainda confirmou que contratos tinham desvios e superfaturamentos.

"O lixo, nunca foi pesado no hospital, e pagava-se por quilo do lixo. Era dito que saía do hospital 14 toneladas de lixo hospitalar. quando eu pus a balança, eram 6 a 7 toneladas. Era lançado 14 e quem assinava era um funcionário que nunca entrou no hospital", relatou.

"Órtese e prótese, eu vou deixar o documento aqui, gastava 700 mil, só punha titânio, que nem no Einstein usa, é aço cirúrgico que usa. E como usa um material que não é discriminado pelo SUS, a conta não é paga. Medicamento, insumos, comida, rouparia, tudo onde se mexia tinha problema", contou.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Humberto Mizael Ribon. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE AMERICANA

O doutor Humberto Ribbon não é mais membro da diretoria da Fusame e todas as informações relacionadas a essa questão serão passadas conforme houver conclusão das investigações.

Reprodução de trecho de contrato assinado por Humberto Ribon Foto: Estadão

Dados de um médico que atuava dos dois lados do balcão da administração pública e o relato de um ex-secretário de Saúde sobre supostas fraudes em licitações em Americana, no interior de São Paulo, vão chegar às mãos dos deputados estaduais. A investigação foi feita em uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal que acabou sendo extinta sem relatório após um movimento promovido pela base do prefeito Omar Najar (MDB).

+ CPI revela contratos milionários entre servidores e OSSs gestoras de hospitais públicos

A apuração dos parlamentares de Americana será encaminhada até semana que vem para a CPI das Organizações Sociais de Saúde, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

+ Prefeito de Campinas será investigado na Ouro Verde+ Promotores acham mala e caixas com mais de R$ 1 mi em dinheiro vivo na Operação Ouro Verde

Segundo a vereadora Maria Giovana Fortunato (PC do B), com o envio dos dados, os deputados estaduais poderão fazer diligências que não foram feitas em razão do encerramento do colegiado na Câmara Municipal.

+ Servidor público flagrado com R$ 1,2 mi em dinheiro diz que fortuna é da venda de uma fazenda do tio+ Após operação, Campinas decreta intervenção no Hospital Ouro Verde

"Acabou sendo finalizada, por 9 a 8, sem relatório, até porque o relator, que é da base do prefeito, votou contra a prorrogação da CEI. Ontem, tivemos a notícia de que pudemos enviar os trabalhos para a CPI na Assembleia para que eles finalizem e deem andamento ao que fizemos até então. Vamos enviar até semana que vem um relatório para que possam ter caminho e apurar as últimas coisas da CEI", afirma.

Dos dois lados do balcão. Uma das situações que a CEI de Americana apurou está relacionada ao médico Humberto Mizael Ribon, réu em ação de improbidade e investigado por advocacia administrativa, que era superintendente da Fundação de Saúde de Americana (Fusame), entidade ligada à Prefeitura que administra o Hospital Waldemar Tebaldi.

Ele assinou um aditivo de contrato da Fusame com a Associação Plural, responsável pelo fornecimento de serviços médicos de Pronto Socorro. O contrato era de R$ 11 milhões e o aditivo chegava aos R$ 900 mil.

Do outro lado, ele é prestador de serviços da Associação, segundo documentos levantados pelos vereadores.

No dia 11 de abril, a juíza Roberta Virgínio dos Santos, da 4ª Vara Cível de Americana, abriu ação de improbidade contra Mizael por entender que a acusação do MP está 'instruída com documentos que contém suficientes indícios da existência, em tese, de ato de improbidade'.

De acordo com a presidente da CEI, vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), além da suspeita de favorecimento, "testemunhas ouvidas nas oitivas afirmam que haviam plantões fantasmas dentro do hospital, pagamentos feitos à OS sem verificação e quarteirização do trabalho dos médicos".

Desvios. Um dos ouvidos pela CEI foi o ex-secretário de Saúde de Americana, Nilton Ferreira Lobo, afirmou ter cortado gastos que chegavam a 'R$ 2,5 milhões de barbaridade' e que o prefeito da cidade tinha conhecimento de que R$ 8 milhões foram 'desviados do fundo de saúde para o caixa da Prefeitura'.

Questionado pela presidente da CPI, ele ainda confirmou que contratos tinham desvios e superfaturamentos.

"O lixo, nunca foi pesado no hospital, e pagava-se por quilo do lixo. Era dito que saía do hospital 14 toneladas de lixo hospitalar. quando eu pus a balança, eram 6 a 7 toneladas. Era lançado 14 e quem assinava era um funcionário que nunca entrou no hospital", relatou.

"Órtese e prótese, eu vou deixar o documento aqui, gastava 700 mil, só punha titânio, que nem no Einstein usa, é aço cirúrgico que usa. E como usa um material que não é discriminado pelo SUS, a conta não é paga. Medicamento, insumos, comida, rouparia, tudo onde se mexia tinha problema", contou.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Humberto Mizael Ribon. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE AMERICANA

O doutor Humberto Ribbon não é mais membro da diretoria da Fusame e todas as informações relacionadas a essa questão serão passadas conforme houver conclusão das investigações.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.