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Em reunião ministerial, Bolsonaro 'nominou' Abin, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Militar, diz Ramos


Nesta terça, 12, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que na reunião ministerial de 22 de abril não fez citação à Polícia Federal; na manhã desta quarta, 13, reforçou que não menciona a corporação no vídeo e disse que o chefe da Secretaria de Governo se 'equivocou'

Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Em depoimento prestado nesta terça, 12, aos investigadores do caso de suposta tentativa interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) afirmou que na reunião do dia 22 de abril Bolsonaro 'nominou os órgãos da ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Militar dos Estados'. A indicação do general se deu logo após o mesmo afirmar que 'ouviu o presidente reclamar de ter mais dados de inteligência para tomada de decisões'.

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 Foto: Reprodução

"Que nessa reunião o presidente se manifestou de maneira contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros e acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os Ministérios para obter melhores resultados de cada ministro", registra outro trecho do depoimento de Ramos.

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Após a exibição do vídeo da reunião ministerial do dia 22, Bolsonaro afirmou que a gravação não contém as as palavras 'Polícia Federal', 'investigação' nem 'superintendência'. "Vocês vão se surpreender quando esse vídeo aparecer", disse o presidente ontem, na rampa do Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, 13, o presidente reforçou que não menciona a Polícia Federal no vídeo e disse que Ramos se 'equivocou'.

Segundo fontes que assistiram o vídeo, durante a reunião ministerial Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da PF no Rio à defesa de seus próprios filhos, alegando que sua família estaria sendo 'perseguida'. O vídeo foi visto como 'devastador' para o presidente.

A referência à PF durante a reunião também foi comentada pelo ministro Augusto Heleno (GSI) que disse em depoimento que o presidente 'cobrou de forma generalizada todos os Ministros na área de inteligência'.

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De acordo com o general, o presidente reclamou 'da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo citações especificas sobre sua segurança pessoal, sobre a ABIN, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa'.

Ainda segundo o general, as citações 'foram feitas na forma de cobranças duras aos ministros'.

Questionado se a Polícia Federal estava deixando de atender algum pedido de inteligência, Heleno respondeu que a corporação estava atendendo os pedidos feitos pelos canais adequados, mas que havia uma cobrança do presidente por maior agilidade

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O general ainda afirmou que os relatórios desejados pelo presidente 'não envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos sigilosos' e que Bolsonaro 'nunca solicitou dados específicos de investigações em curso'.

No entanto, diz que não se recorda se realmente aconteceu a frase que Moro lhe atribuiu em depoimento: 'esse tipo de relatório que o Presidente quer, ele não pode receber'. O ministro indicou ainda que por não lembrar, não saberia informar a que tipo de relatório se refere a frase.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Em depoimento prestado nesta terça, 12, aos investigadores do caso de suposta tentativa interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) afirmou que na reunião do dia 22 de abril Bolsonaro 'nominou os órgãos da ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Militar dos Estados'. A indicação do general se deu logo após o mesmo afirmar que 'ouviu o presidente reclamar de ter mais dados de inteligência para tomada de decisões'.

 Foto: Reprodução

"Que nessa reunião o presidente se manifestou de maneira contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros e acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os Ministérios para obter melhores resultados de cada ministro", registra outro trecho do depoimento de Ramos.

Após a exibição do vídeo da reunião ministerial do dia 22, Bolsonaro afirmou que a gravação não contém as as palavras 'Polícia Federal', 'investigação' nem 'superintendência'. "Vocês vão se surpreender quando esse vídeo aparecer", disse o presidente ontem, na rampa do Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, 13, o presidente reforçou que não menciona a Polícia Federal no vídeo e disse que Ramos se 'equivocou'.

Segundo fontes que assistiram o vídeo, durante a reunião ministerial Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da PF no Rio à defesa de seus próprios filhos, alegando que sua família estaria sendo 'perseguida'. O vídeo foi visto como 'devastador' para o presidente.

A referência à PF durante a reunião também foi comentada pelo ministro Augusto Heleno (GSI) que disse em depoimento que o presidente 'cobrou de forma generalizada todos os Ministros na área de inteligência'.

De acordo com o general, o presidente reclamou 'da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo citações especificas sobre sua segurança pessoal, sobre a ABIN, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa'.

Ainda segundo o general, as citações 'foram feitas na forma de cobranças duras aos ministros'.

Questionado se a Polícia Federal estava deixando de atender algum pedido de inteligência, Heleno respondeu que a corporação estava atendendo os pedidos feitos pelos canais adequados, mas que havia uma cobrança do presidente por maior agilidade

O general ainda afirmou que os relatórios desejados pelo presidente 'não envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos sigilosos' e que Bolsonaro 'nunca solicitou dados específicos de investigações em curso'.

No entanto, diz que não se recorda se realmente aconteceu a frase que Moro lhe atribuiu em depoimento: 'esse tipo de relatório que o Presidente quer, ele não pode receber'. O ministro indicou ainda que por não lembrar, não saberia informar a que tipo de relatório se refere a frase.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Em depoimento prestado nesta terça, 12, aos investigadores do caso de suposta tentativa interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) afirmou que na reunião do dia 22 de abril Bolsonaro 'nominou os órgãos da ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Militar dos Estados'. A indicação do general se deu logo após o mesmo afirmar que 'ouviu o presidente reclamar de ter mais dados de inteligência para tomada de decisões'.

 Foto: Reprodução

"Que nessa reunião o presidente se manifestou de maneira contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros e acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os Ministérios para obter melhores resultados de cada ministro", registra outro trecho do depoimento de Ramos.

Após a exibição do vídeo da reunião ministerial do dia 22, Bolsonaro afirmou que a gravação não contém as as palavras 'Polícia Federal', 'investigação' nem 'superintendência'. "Vocês vão se surpreender quando esse vídeo aparecer", disse o presidente ontem, na rampa do Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, 13, o presidente reforçou que não menciona a Polícia Federal no vídeo e disse que Ramos se 'equivocou'.

Segundo fontes que assistiram o vídeo, durante a reunião ministerial Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da PF no Rio à defesa de seus próprios filhos, alegando que sua família estaria sendo 'perseguida'. O vídeo foi visto como 'devastador' para o presidente.

A referência à PF durante a reunião também foi comentada pelo ministro Augusto Heleno (GSI) que disse em depoimento que o presidente 'cobrou de forma generalizada todos os Ministros na área de inteligência'.

De acordo com o general, o presidente reclamou 'da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo citações especificas sobre sua segurança pessoal, sobre a ABIN, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa'.

Ainda segundo o general, as citações 'foram feitas na forma de cobranças duras aos ministros'.

Questionado se a Polícia Federal estava deixando de atender algum pedido de inteligência, Heleno respondeu que a corporação estava atendendo os pedidos feitos pelos canais adequados, mas que havia uma cobrança do presidente por maior agilidade

O general ainda afirmou que os relatórios desejados pelo presidente 'não envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos sigilosos' e que Bolsonaro 'nunca solicitou dados específicos de investigações em curso'.

No entanto, diz que não se recorda se realmente aconteceu a frase que Moro lhe atribuiu em depoimento: 'esse tipo de relatório que o Presidente quer, ele não pode receber'. O ministro indicou ainda que por não lembrar, não saberia informar a que tipo de relatório se refere a frase.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Em depoimento prestado nesta terça, 12, aos investigadores do caso de suposta tentativa interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) afirmou que na reunião do dia 22 de abril Bolsonaro 'nominou os órgãos da ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Militar dos Estados'. A indicação do general se deu logo após o mesmo afirmar que 'ouviu o presidente reclamar de ter mais dados de inteligência para tomada de decisões'.

 Foto: Reprodução

"Que nessa reunião o presidente se manifestou de maneira contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela ABIN, Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros e acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os Ministérios para obter melhores resultados de cada ministro", registra outro trecho do depoimento de Ramos.

Após a exibição do vídeo da reunião ministerial do dia 22, Bolsonaro afirmou que a gravação não contém as as palavras 'Polícia Federal', 'investigação' nem 'superintendência'. "Vocês vão se surpreender quando esse vídeo aparecer", disse o presidente ontem, na rampa do Palácio do Planalto. Na manhã desta quarta, 13, o presidente reforçou que não menciona a Polícia Federal no vídeo e disse que Ramos se 'equivocou'.

Segundo fontes que assistiram o vídeo, durante a reunião ministerial Bolsonaro justificou a necessidade de trocar o superintendente da PF no Rio à defesa de seus próprios filhos, alegando que sua família estaria sendo 'perseguida'. O vídeo foi visto como 'devastador' para o presidente.

A referência à PF durante a reunião também foi comentada pelo ministro Augusto Heleno (GSI) que disse em depoimento que o presidente 'cobrou de forma generalizada todos os Ministros na área de inteligência'.

De acordo com o general, o presidente reclamou 'da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo citações especificas sobre sua segurança pessoal, sobre a ABIN, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa'.

Ainda segundo o general, as citações 'foram feitas na forma de cobranças duras aos ministros'.

Questionado se a Polícia Federal estava deixando de atender algum pedido de inteligência, Heleno respondeu que a corporação estava atendendo os pedidos feitos pelos canais adequados, mas que havia uma cobrança do presidente por maior agilidade

O general ainda afirmou que os relatórios desejados pelo presidente 'não envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos sigilosos' e que Bolsonaro 'nunca solicitou dados específicos de investigações em curso'.

No entanto, diz que não se recorda se realmente aconteceu a frase que Moro lhe atribuiu em depoimento: 'esse tipo de relatório que o Presidente quer, ele não pode receber'. O ministro indicou ainda que por não lembrar, não saberia informar a que tipo de relatório se refere a frase.

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