Coronéis da reserva da Polícia Militar do Paraná assumiram o comando das seis empresas que detém as concessões de rodovias no Estado, suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro alvo da Operação Lava Jato. A dois dias das eleições a governadora e candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) assinou um decreto de intervenção administrativa nas concessionárias e nomeou militares para conduzir os contratos.
O governo informou que a intervenção foi recomenda pela Controladoria-Geral do Estado e pela Procuradoria-Geral do Estado, após análise dos documentos e fatos apurados pela Lava Jato, na Operação Integração.
Polícia Federal e Ministério Público Federal apuram corrupção nos contratos e sobrepreço nos pedágios do Estado.
O controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Moura, classificou de 'estarrecedores' os dados descobertos na Lava Jato, afirmou em entrevista à imprensa nesta quinta-feira,4.
Segundo ele, existe um ambiente de 'de falta de controle absoluta' e 'propicio para implantação da corrupção estruturada'.
À partir desta sexta-feira, 5, seis militares reformados assumiram as seis concessionárias.
O secretário de Infra Estrutura e Logística, Abelardo Lupion, explicou que as intervenções servirão para facilitar o acesso de autoridades aos documentos das empresas e contribuir para as investigações.
O decreto estabelece que o interventor deve determinar e fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais, impedir atos de desconformidade, assegurar a disponibilidade de informações às autoridades, entre outras coisas.
A intervenção nas concessionárias vale por 180 dias, com possibilidade de prorrogação.