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Irmão de Dirceu recebeu 'mensais de R$ 30 mil' de operador de propinas na Petrobrás


Luiz Eduardo Oliveira e Silva, preso em regime temporário na Operação Pixuleco, contou à PF que pagamentos ocorreram entre 2012 e 2013; ele alegou que repasses eram 'a título de ajuda'

Por Redação

Atualizada às 22h19

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

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Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão

O irmão do ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, admitiu à Polícia Federal que recebeu "pagamentos mensais de R$ 30 mil em espécie" do lobista Milton Pascowitch, apontado como pagador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás - cota do PT na estatal. Os repasses, segundo Luiz Eduardo Oliveira e Silva, ocorreram entre 2012 e 2013. O irmão de Dirceu afirmou que "não solicitou quaisquer valores a Milton Pascowitch".

Ele disse que o lobista "começou a pagá-lo de forma espontânea, a título de ajuda para despesas variadas".

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VEJA O DEPOIMENTO DO IRMÃO DE DIRCEU À PF

 Foto: Estadão

O "mensalão" para o irmão de Dirceu é um dos motivos que levaram o juiz federal Sérgio Moro a decretar nesta sexta-feira, 7, a prorrogação da prisão temporária de Luiz Eduardo por mais cinco dias - ele foi preso na segunda-feira,3, mesmo dia em que o ex-ministro foi preso preventivamente.

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Luiz Eduardo declarou ter ficado "incomodado com a justificativa" (de Pascowitch), por isso teria indagado do lobista sobre a forma como seriam quitados aqueles valores. Pascowitch teria dito ao irmão de Dirceu que "a pendência seria resolvida posteriormente".

Pascowitch é o pivô da prisão de Dirceu. Durante muitos anos eles foram aliados. O lobista foi preso e fez delação premiada. Revelou a rotina de pagamentos de propinas de empreiteiras para a empresa de Dirceu. A PF suspeita que a JD Assessoria foi criada para captar recursos ilícitos de empreiteiras supostamente favorecidas por ele em contratos bilionários na Petrobrás. Em troca da delação, Pascowitch ganhou prisão domiciliar.

O irmão do ex-ministro declarou que "não sabia a origem do dinheiro, não tendo questionado Milton (Pascowitch) ou Dirceu sobre tal circunstância". Alegou que "não sabe" se o irmão solicitou que tais valores fossem pagos por Pascowitch a ele. Em 2013, solicitou ao lobista "que cessasse os pagamentos, pois aquela situação não poderia perdurar, ainda mais pelo fato de que seu irmão havia sido preso" - naquele ano, Dirceu foi para a Papuda, em Brasília, condenado no mensalão por corrupção ativa a 7 anos e onze meses de prisão.

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Ele disse que a JD Assessoria deve, hoje, entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.

O juiz Moro assinalou em sua decisão que prorroga por mais cinco dias a prisão de Luiz Eduardo que ele admitiu "que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de 'auxílio".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL, DEFENSOR DE JOSÉ DIRCEU E DE LUIZ EDUARDO OLIVEIRA E SILVA

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O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu e Luiz Eduardo Oliveira e Silva - alvos da Operação Pixuleco - disse que não houve mensalão para o irmão do ex-ministro. "Mensalão nenhum. O Milton (Pascowitch) tinha uma conta corrente, era empregado da Engevix (empreiteira), sai, monta seu negócio (Jamp Engenheiros) e fica lá cooptando (clientes). Fecha contrato com a JD Assessoria (de José Dirceu). O que ele (Pascowitch) pagava para o Luiz Eduardo descontava do contrato com a empresa (do ex-ministro)."

Podval disse que "de fato, o Luiz Eduardo colaborou com as investigações, a ideia era essa mesmo, que ele colaborasse e ele realmente colaborou dando todas as explicações que podia dar."

O criminalista observou que o irmão de Dirceu 'não sabe explicar' a origem do dinheiro que Pascowitch repassava."O Milton tinha contrato da Jamp com a JD. Ele (Luiz Eduardo) estava precisando. Milton fica amigo do Zé Dirceu, vê o Luiz Eduardo sem dinheiro e empresta. Não há nenhum mensalão nisso."

Atualizada às 22h19

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão

O irmão do ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, admitiu à Polícia Federal que recebeu "pagamentos mensais de R$ 30 mil em espécie" do lobista Milton Pascowitch, apontado como pagador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás - cota do PT na estatal. Os repasses, segundo Luiz Eduardo Oliveira e Silva, ocorreram entre 2012 e 2013. O irmão de Dirceu afirmou que "não solicitou quaisquer valores a Milton Pascowitch".

Ele disse que o lobista "começou a pagá-lo de forma espontânea, a título de ajuda para despesas variadas".

VEJA O DEPOIMENTO DO IRMÃO DE DIRCEU À PF

 Foto: Estadão

O "mensalão" para o irmão de Dirceu é um dos motivos que levaram o juiz federal Sérgio Moro a decretar nesta sexta-feira, 7, a prorrogação da prisão temporária de Luiz Eduardo por mais cinco dias - ele foi preso na segunda-feira,3, mesmo dia em que o ex-ministro foi preso preventivamente.

Luiz Eduardo declarou ter ficado "incomodado com a justificativa" (de Pascowitch), por isso teria indagado do lobista sobre a forma como seriam quitados aqueles valores. Pascowitch teria dito ao irmão de Dirceu que "a pendência seria resolvida posteriormente".

Pascowitch é o pivô da prisão de Dirceu. Durante muitos anos eles foram aliados. O lobista foi preso e fez delação premiada. Revelou a rotina de pagamentos de propinas de empreiteiras para a empresa de Dirceu. A PF suspeita que a JD Assessoria foi criada para captar recursos ilícitos de empreiteiras supostamente favorecidas por ele em contratos bilionários na Petrobrás. Em troca da delação, Pascowitch ganhou prisão domiciliar.

O irmão do ex-ministro declarou que "não sabia a origem do dinheiro, não tendo questionado Milton (Pascowitch) ou Dirceu sobre tal circunstância". Alegou que "não sabe" se o irmão solicitou que tais valores fossem pagos por Pascowitch a ele. Em 2013, solicitou ao lobista "que cessasse os pagamentos, pois aquela situação não poderia perdurar, ainda mais pelo fato de que seu irmão havia sido preso" - naquele ano, Dirceu foi para a Papuda, em Brasília, condenado no mensalão por corrupção ativa a 7 anos e onze meses de prisão.

Ele disse que a JD Assessoria deve, hoje, entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.

O juiz Moro assinalou em sua decisão que prorroga por mais cinco dias a prisão de Luiz Eduardo que ele admitiu "que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de 'auxílio".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL, DEFENSOR DE JOSÉ DIRCEU E DE LUIZ EDUARDO OLIVEIRA E SILVA

O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu e Luiz Eduardo Oliveira e Silva - alvos da Operação Pixuleco - disse que não houve mensalão para o irmão do ex-ministro. "Mensalão nenhum. O Milton (Pascowitch) tinha uma conta corrente, era empregado da Engevix (empreiteira), sai, monta seu negócio (Jamp Engenheiros) e fica lá cooptando (clientes). Fecha contrato com a JD Assessoria (de José Dirceu). O que ele (Pascowitch) pagava para o Luiz Eduardo descontava do contrato com a empresa (do ex-ministro)."

Podval disse que "de fato, o Luiz Eduardo colaborou com as investigações, a ideia era essa mesmo, que ele colaborasse e ele realmente colaborou dando todas as explicações que podia dar."

O criminalista observou que o irmão de Dirceu 'não sabe explicar' a origem do dinheiro que Pascowitch repassava."O Milton tinha contrato da Jamp com a JD. Ele (Luiz Eduardo) estava precisando. Milton fica amigo do Zé Dirceu, vê o Luiz Eduardo sem dinheiro e empresta. Não há nenhum mensalão nisso."

Atualizada às 22h19

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão

O irmão do ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, admitiu à Polícia Federal que recebeu "pagamentos mensais de R$ 30 mil em espécie" do lobista Milton Pascowitch, apontado como pagador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás - cota do PT na estatal. Os repasses, segundo Luiz Eduardo Oliveira e Silva, ocorreram entre 2012 e 2013. O irmão de Dirceu afirmou que "não solicitou quaisquer valores a Milton Pascowitch".

Ele disse que o lobista "começou a pagá-lo de forma espontânea, a título de ajuda para despesas variadas".

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 Foto: Estadão

O "mensalão" para o irmão de Dirceu é um dos motivos que levaram o juiz federal Sérgio Moro a decretar nesta sexta-feira, 7, a prorrogação da prisão temporária de Luiz Eduardo por mais cinco dias - ele foi preso na segunda-feira,3, mesmo dia em que o ex-ministro foi preso preventivamente.

Luiz Eduardo declarou ter ficado "incomodado com a justificativa" (de Pascowitch), por isso teria indagado do lobista sobre a forma como seriam quitados aqueles valores. Pascowitch teria dito ao irmão de Dirceu que "a pendência seria resolvida posteriormente".

Pascowitch é o pivô da prisão de Dirceu. Durante muitos anos eles foram aliados. O lobista foi preso e fez delação premiada. Revelou a rotina de pagamentos de propinas de empreiteiras para a empresa de Dirceu. A PF suspeita que a JD Assessoria foi criada para captar recursos ilícitos de empreiteiras supostamente favorecidas por ele em contratos bilionários na Petrobrás. Em troca da delação, Pascowitch ganhou prisão domiciliar.

O irmão do ex-ministro declarou que "não sabia a origem do dinheiro, não tendo questionado Milton (Pascowitch) ou Dirceu sobre tal circunstância". Alegou que "não sabe" se o irmão solicitou que tais valores fossem pagos por Pascowitch a ele. Em 2013, solicitou ao lobista "que cessasse os pagamentos, pois aquela situação não poderia perdurar, ainda mais pelo fato de que seu irmão havia sido preso" - naquele ano, Dirceu foi para a Papuda, em Brasília, condenado no mensalão por corrupção ativa a 7 anos e onze meses de prisão.

Ele disse que a JD Assessoria deve, hoje, entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.

O juiz Moro assinalou em sua decisão que prorroga por mais cinco dias a prisão de Luiz Eduardo que ele admitiu "que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de 'auxílio".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL, DEFENSOR DE JOSÉ DIRCEU E DE LUIZ EDUARDO OLIVEIRA E SILVA

O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu e Luiz Eduardo Oliveira e Silva - alvos da Operação Pixuleco - disse que não houve mensalão para o irmão do ex-ministro. "Mensalão nenhum. O Milton (Pascowitch) tinha uma conta corrente, era empregado da Engevix (empreiteira), sai, monta seu negócio (Jamp Engenheiros) e fica lá cooptando (clientes). Fecha contrato com a JD Assessoria (de José Dirceu). O que ele (Pascowitch) pagava para o Luiz Eduardo descontava do contrato com a empresa (do ex-ministro)."

Podval disse que "de fato, o Luiz Eduardo colaborou com as investigações, a ideia era essa mesmo, que ele colaborasse e ele realmente colaborou dando todas as explicações que podia dar."

O criminalista observou que o irmão de Dirceu 'não sabe explicar' a origem do dinheiro que Pascowitch repassava."O Milton tinha contrato da Jamp com a JD. Ele (Luiz Eduardo) estava precisando. Milton fica amigo do Zé Dirceu, vê o Luiz Eduardo sem dinheiro e empresta. Não há nenhum mensalão nisso."

Atualizada às 22h19

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Foto: Gabriela Bilo/Estadão

O irmão do ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, admitiu à Polícia Federal que recebeu "pagamentos mensais de R$ 30 mil em espécie" do lobista Milton Pascowitch, apontado como pagador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás - cota do PT na estatal. Os repasses, segundo Luiz Eduardo Oliveira e Silva, ocorreram entre 2012 e 2013. O irmão de Dirceu afirmou que "não solicitou quaisquer valores a Milton Pascowitch".

Ele disse que o lobista "começou a pagá-lo de forma espontânea, a título de ajuda para despesas variadas".

VEJA O DEPOIMENTO DO IRMÃO DE DIRCEU À PF

 Foto: Estadão

O "mensalão" para o irmão de Dirceu é um dos motivos que levaram o juiz federal Sérgio Moro a decretar nesta sexta-feira, 7, a prorrogação da prisão temporária de Luiz Eduardo por mais cinco dias - ele foi preso na segunda-feira,3, mesmo dia em que o ex-ministro foi preso preventivamente.

Luiz Eduardo declarou ter ficado "incomodado com a justificativa" (de Pascowitch), por isso teria indagado do lobista sobre a forma como seriam quitados aqueles valores. Pascowitch teria dito ao irmão de Dirceu que "a pendência seria resolvida posteriormente".

Pascowitch é o pivô da prisão de Dirceu. Durante muitos anos eles foram aliados. O lobista foi preso e fez delação premiada. Revelou a rotina de pagamentos de propinas de empreiteiras para a empresa de Dirceu. A PF suspeita que a JD Assessoria foi criada para captar recursos ilícitos de empreiteiras supostamente favorecidas por ele em contratos bilionários na Petrobrás. Em troca da delação, Pascowitch ganhou prisão domiciliar.

O irmão do ex-ministro declarou que "não sabia a origem do dinheiro, não tendo questionado Milton (Pascowitch) ou Dirceu sobre tal circunstância". Alegou que "não sabe" se o irmão solicitou que tais valores fossem pagos por Pascowitch a ele. Em 2013, solicitou ao lobista "que cessasse os pagamentos, pois aquela situação não poderia perdurar, ainda mais pelo fato de que seu irmão havia sido preso" - naquele ano, Dirceu foi para a Papuda, em Brasília, condenado no mensalão por corrupção ativa a 7 anos e onze meses de prisão.

Ele disse que a JD Assessoria deve, hoje, entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.

O juiz Moro assinalou em sua decisão que prorroga por mais cinco dias a prisão de Luiz Eduardo que ele admitiu "que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de 'auxílio".

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL, DEFENSOR DE JOSÉ DIRCEU E DE LUIZ EDUARDO OLIVEIRA E SILVA

O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu e Luiz Eduardo Oliveira e Silva - alvos da Operação Pixuleco - disse que não houve mensalão para o irmão do ex-ministro. "Mensalão nenhum. O Milton (Pascowitch) tinha uma conta corrente, era empregado da Engevix (empreiteira), sai, monta seu negócio (Jamp Engenheiros) e fica lá cooptando (clientes). Fecha contrato com a JD Assessoria (de José Dirceu). O que ele (Pascowitch) pagava para o Luiz Eduardo descontava do contrato com a empresa (do ex-ministro)."

Podval disse que "de fato, o Luiz Eduardo colaborou com as investigações, a ideia era essa mesmo, que ele colaborasse e ele realmente colaborou dando todas as explicações que podia dar."

O criminalista observou que o irmão de Dirceu 'não sabe explicar' a origem do dinheiro que Pascowitch repassava."O Milton tinha contrato da Jamp com a JD. Ele (Luiz Eduardo) estava precisando. Milton fica amigo do Zé Dirceu, vê o Luiz Eduardo sem dinheiro e empresta. Não há nenhum mensalão nisso."

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