Brasília, 11/09/2017 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abra um inquérito para investigar o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Caberá agora ao ministro Luis Felipe Salomão decidir se atende ou não ao pedido de Janot.
Segundo o Broadcast Político apurou, o pedido de investigação formulado pelo procurador-geral da República tem como base delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.
No acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior, o BJ, disse que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) negociou com a empreiteira mais de R$ 20 milhões, via caixa dois, para a campanha de Pezão ao governo do Rio em 2014.
De acordo com BJ, o montante faz parte do total de R$ 120 milhões que a empresa teria repassado ilegalmente a Cabral e a Pezão desde 2006.
DEFESA. Procurada pela reportagem, a assessoria de Pezão reafirmou que o governador "nunca recebeu recursos ilícitos e jamais teve conta no exterior" e que as "doações de campanha foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral".
COM A PALAVRA, PEZÃO
Por meio de sua Assessoria de Imprensa, o governador Luiz Fernando Pezão rechaçou com veemência suspeitas que envolvem seu nome a repasses da Odebrecht.
"Não é verdade que delatores da Odebrecht tenham relatado que o governador Pezão recebeu propina pessoalmente e em contas no exterior. Conforme divulgado pela imprensa na ocasião, os delatores afirmaram que nunca trataram disso com o governador. Portanto, o governador Pezão reafirma mais uma vez que nunca recebeu recursos ilícitos e jamais teve conta no exterior. As doações de campanha foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral."