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Juiz aceita denúncia e coloca assessor de Bolsonaro no banco dos réus por crime de racismo


Denúncia foi motivada por gesto feito pelo assessor da Presidência durante sessão do Senado Federal

Por Rayssa Motta

A Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e colocou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, no banco dos réus por crime de racismo.

Documento

Leia a decisão

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A decisão é do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara do Distrito Federal, que viu 'justa causa' nas acusações. "A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança", escreveu o magistrado. Martins terá dez dias para apresentar sua defesa.

A denúncia foi motivada por um gesto feito pelo assessor durante uma sessão do Senado Federal, no mês passado, que foi associado a supremacistas brancos. Após a repercussão, ele disse que estava ajeitando a lapela do terno.

"Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao 'supremacismo branco' porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um", escreveu no Twitter.

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Filipe Martins faz gesto em sessão do Senado. Foto: Reprodução/TV Senado

A sessão havia sido convocada pelos senadores para questionar o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre os motivos do atraso na compra de vacinas contra covid-19 e as iniciativas tomadas pelo Itamaraty para reverter o quadro. Na denúncia, o procurador regional Wellington Cabral Saraiva disse que o assessor aproveitou o momento de 'ampla divulgação' e 'grande visibilidade' para incitar a discriminação de forma velada.

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"Não há dúvida de que o gesto realizado pelo denunciado teve a finalidade de veicular de forma discreta ou dissimulada um sinal ou símbolo que representa a 'supremacia branca', e que apenas algumas pessoas perceberiam", escreveu.

O inquérito levou em consideração não apenas as imagens transmitida pela da TV Senado, mas também publicações anteriores do assessor.

"As imagens de vídeo captadas durante a sessão e analisadas detidamente no inquérito policial revelam que o gesto do denunciado foi realizado de forma completamente inusual e antinatural, e deixam evidente que não teve o intuito de ajustar a roupa", rebateu o MPF.

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O procurador apontou que o gesto de Martins reproduziu as letras 'W' e 'P', em referência à expressão 'White Power' - Poder Branco, em inglês.

"Não há dúvida de que Filipe Martins agiu com a intenção de divulgar símbolo de supremacia racial, que dissemina a inferioridade de negros, latinos e outros grupos discriminados e que induz a essa discriminação e a incita", acrescentou.

A Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e colocou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, no banco dos réus por crime de racismo.

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A decisão é do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara do Distrito Federal, que viu 'justa causa' nas acusações. "A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança", escreveu o magistrado. Martins terá dez dias para apresentar sua defesa.

A denúncia foi motivada por um gesto feito pelo assessor durante uma sessão do Senado Federal, no mês passado, que foi associado a supremacistas brancos. Após a repercussão, ele disse que estava ajeitando a lapela do terno.

"Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao 'supremacismo branco' porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um", escreveu no Twitter.

Filipe Martins faz gesto em sessão do Senado. Foto: Reprodução/TV Senado

A sessão havia sido convocada pelos senadores para questionar o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre os motivos do atraso na compra de vacinas contra covid-19 e as iniciativas tomadas pelo Itamaraty para reverter o quadro. Na denúncia, o procurador regional Wellington Cabral Saraiva disse que o assessor aproveitou o momento de 'ampla divulgação' e 'grande visibilidade' para incitar a discriminação de forma velada.

"Não há dúvida de que o gesto realizado pelo denunciado teve a finalidade de veicular de forma discreta ou dissimulada um sinal ou símbolo que representa a 'supremacia branca', e que apenas algumas pessoas perceberiam", escreveu.

O inquérito levou em consideração não apenas as imagens transmitida pela da TV Senado, mas também publicações anteriores do assessor.

"As imagens de vídeo captadas durante a sessão e analisadas detidamente no inquérito policial revelam que o gesto do denunciado foi realizado de forma completamente inusual e antinatural, e deixam evidente que não teve o intuito de ajustar a roupa", rebateu o MPF.

O procurador apontou que o gesto de Martins reproduziu as letras 'W' e 'P', em referência à expressão 'White Power' - Poder Branco, em inglês.

"Não há dúvida de que Filipe Martins agiu com a intenção de divulgar símbolo de supremacia racial, que dissemina a inferioridade de negros, latinos e outros grupos discriminados e que induz a essa discriminação e a incita", acrescentou.

A Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e colocou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, no banco dos réus por crime de racismo.

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A decisão é do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara do Distrito Federal, que viu 'justa causa' nas acusações. "A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança", escreveu o magistrado. Martins terá dez dias para apresentar sua defesa.

A denúncia foi motivada por um gesto feito pelo assessor durante uma sessão do Senado Federal, no mês passado, que foi associado a supremacistas brancos. Após a repercussão, ele disse que estava ajeitando a lapela do terno.

"Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao 'supremacismo branco' porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um", escreveu no Twitter.

Filipe Martins faz gesto em sessão do Senado. Foto: Reprodução/TV Senado

A sessão havia sido convocada pelos senadores para questionar o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre os motivos do atraso na compra de vacinas contra covid-19 e as iniciativas tomadas pelo Itamaraty para reverter o quadro. Na denúncia, o procurador regional Wellington Cabral Saraiva disse que o assessor aproveitou o momento de 'ampla divulgação' e 'grande visibilidade' para incitar a discriminação de forma velada.

"Não há dúvida de que o gesto realizado pelo denunciado teve a finalidade de veicular de forma discreta ou dissimulada um sinal ou símbolo que representa a 'supremacia branca', e que apenas algumas pessoas perceberiam", escreveu.

O inquérito levou em consideração não apenas as imagens transmitida pela da TV Senado, mas também publicações anteriores do assessor.

"As imagens de vídeo captadas durante a sessão e analisadas detidamente no inquérito policial revelam que o gesto do denunciado foi realizado de forma completamente inusual e antinatural, e deixam evidente que não teve o intuito de ajustar a roupa", rebateu o MPF.

O procurador apontou que o gesto de Martins reproduziu as letras 'W' e 'P', em referência à expressão 'White Power' - Poder Branco, em inglês.

"Não há dúvida de que Filipe Martins agiu com a intenção de divulgar símbolo de supremacia racial, que dissemina a inferioridade de negros, latinos e outros grupos discriminados e que induz a essa discriminação e a incita", acrescentou.

A Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e colocou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, no banco dos réus por crime de racismo.

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A decisão é do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara do Distrito Federal, que viu 'justa causa' nas acusações. "A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança", escreveu o magistrado. Martins terá dez dias para apresentar sua defesa.

A denúncia foi motivada por um gesto feito pelo assessor durante uma sessão do Senado Federal, no mês passado, que foi associado a supremacistas brancos. Após a repercussão, ele disse que estava ajeitando a lapela do terno.

"Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao 'supremacismo branco' porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um", escreveu no Twitter.

Filipe Martins faz gesto em sessão do Senado. Foto: Reprodução/TV Senado

A sessão havia sido convocada pelos senadores para questionar o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre os motivos do atraso na compra de vacinas contra covid-19 e as iniciativas tomadas pelo Itamaraty para reverter o quadro. Na denúncia, o procurador regional Wellington Cabral Saraiva disse que o assessor aproveitou o momento de 'ampla divulgação' e 'grande visibilidade' para incitar a discriminação de forma velada.

"Não há dúvida de que o gesto realizado pelo denunciado teve a finalidade de veicular de forma discreta ou dissimulada um sinal ou símbolo que representa a 'supremacia branca', e que apenas algumas pessoas perceberiam", escreveu.

O inquérito levou em consideração não apenas as imagens transmitida pela da TV Senado, mas também publicações anteriores do assessor.

"As imagens de vídeo captadas durante a sessão e analisadas detidamente no inquérito policial revelam que o gesto do denunciado foi realizado de forma completamente inusual e antinatural, e deixam evidente que não teve o intuito de ajustar a roupa", rebateu o MPF.

O procurador apontou que o gesto de Martins reproduziu as letras 'W' e 'P', em referência à expressão 'White Power' - Poder Branco, em inglês.

"Não há dúvida de que Filipe Martins agiu com a intenção de divulgar símbolo de supremacia racial, que dissemina a inferioridade de negros, latinos e outros grupos discriminados e que induz a essa discriminação e a incita", acrescentou.

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