Líderes descobriram que pessoas não são robôs, são seres vulneráveis, com pensamentos, sentimentos e emoções.
Sabemos que o estilo de gestão patriarcal, comando e controle, "manda quem pode, obedece quem tem juízo", estruturas hierarquizadas, sempre foi valorizado pela agressividade, força, poder, disputas, status não funciona há bastante tempo, isso não é novidade.
Intensificado pela pandemia e por dezenas de pesquisas relacionadas à saúde mental disponíveis no mercado, ficou provado repetidamente que este estilo de gestão, principalmente em um cenário pandêmico gera separação, competição, promove comunicação violenta que é estressante e contraproducente.
A política de servir o interesse de um grupo contra outro ou o interesse dos seres humanos contra a natureza foi tentada e falhou repetidamente. Já dizia Mahatma Gandhi acreditava que "o poder baseado no amor é mil vezes mais eficaz e permanente do que aquele derivado do medo de punição".
Por que não somos capazes de Liderar com mais Amor e Compaixão?
O outro extremo é o estilo de gestão matriarcal que sempre foi desvalorizado no mundo corporativo por mulheres serem taxadas como frágeis, maternais, pouco assertivas e emotivas e consequentemente não geram retornos financeiros para as empresas.
O cenário ocasionado pela pandemia Covid-19, trouxe novos elementos para a gestão da liderança: pessoas não são robôs, têm emoções, vivem o sofrimento compartilhado e a fragilidade e vulnerabilidade do humano foi exposta de maneira irreversível.
A liderança precisa construir um novo modelo de gestão. Não é sobre disputas, ter homens ou mulheres, e sim ter a soma, absorver as melhores competências dos estilos que aprendemos e sermos flexíveis para saber navegar entre essas polaridades e encontrar um novo formato, comum entre todos.
É sobre Liderar com Amor e Compaixão e ser capaz integrar todas as partes. Não é sobre o individual, mas incluir o outro no seu estilo de liderança, é deixarmos de lado o estilo patriarcal para abrirmos espaço e valorizarmos a ascensão da "energia do feminino", das habilidades naturais e competências como: empatia, colaboração, vulnerabilidade, gentileza, acolhimento entre outras.
A pandemia obrigou sete milhões de mulheres, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a sair do mercado de trabalho ainda em março de 2020. Uma triste notícia, pois o mercado necessita de mulheres líderes para somar e contribuir com esse novo olhar para a liderança humanizada.
Liderar com Amor e servir com colaboração trará como resultados:
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formação de equipes psicologicamente seguras;
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o aumento da produtividade;
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geração de maior lucro financeiro nas corporações;
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formação alianças que promovam a equidade de gênero, diversidade, inclusão;
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gestão integral, holística que preserve o cuidado com a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores;
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estilo de liderança humanizado e com sustentabilidade a médio e longo prazo
É hora de se unir para um novo modelo de liderança que emerge e cuida de mulheres que são fundamentais nessa transformação.
*Ligia Costa, fundadora da Thank God It's Today