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Opinião|Não basta desenrolar, precisa acompanhar


Por Silvia Caironi*

De fato o brasileiro está enrolado. Mais de 77% das famílias do país estão endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Houve um aumento de endividados de renda mais baixa e 18,3% desses consumidores afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, maior percentual da série histórica. Estamos diante de um problema social que pode afetar diretamente o desenvolvimento de um país.

Silvia Caironi Foto: Arquivo pessoal

Uma resposta a este problema foi o Programa Desenrola Brasil, lançado pelo Governo Federal no início de outubro e que, segundo o próprio governo, já limpou o nome de 590 mil brasileiros. É uma iniciativa positiva porque mostra que se tem consciência da situação de endividamento do país, mas isso não é o suficiente. Apenas a renegociação ou quitação da dívida não muda a atitude da pessoa, os hábitos nem as situações sociais que levaram ao endividamento.

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Para o programa, foi criada uma plataforma online que permite renegociar dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil, para pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Além de dar acesso às informações sobre as dívidas, o portal também traz vídeos e conteúdos sobre educação financeira.

A partir deste aspecto precisamos refletir: a plataforma é acessível para todos os brasileiros que podem precisar desse serviço? Todos compreenderão como realizar o processo de renegociação? Existem aspectos de acompanhamento que são fundamentais, em diferentes níveis, para que esta transformação na vida financeira da pessoa possa ser alcançada e continue sustentável no tempo.

Para mudar os hábitos que levam ao endividamento é necessário seguir três passos: primeiro, a conscientização do problema; segundo, apresentar alternativas e resolver o problema; e terceiro, que é a parte mais importante, acompanhar para impedir que essa pessoa volte a cair no mesmo problema.

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Sem esse tipo de trabalho, permanece o risco dessas pessoas voltarem à mesma situação com o tempo. A educação financeira é fundamental, mas torna-se sustentável com o acompanhamento necessário para mudar a atitude em relação ao dinheiro. Se uma pessoa fez sempre igual, precisa-se mudar a mentalidade.

Projetos sobre educação financeira são fundamentais: eles devem ter o aspecto do ensino, da capacitação, e o acompanhamento por meio de assessorias. Isso já se mostrou indispensável para lidar com a situação do endividamento de pessoas em situação de alta vulnerabilidade. É necessário conhecer a população, as famílias, os pequenos empreendedores e suas realidades, para então traçar um plano de prevenção.

Ajudar o público a desenvolver uma mentalidade que faça perceber os riscos e as respostas necessárias em seus negócios é o que gera o desenvolvimento sustentável. Será que resolver um problema de curto prazo gerando um problema maior no médio e longo prazo é aquilo que buscamos?

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Seria interessante pensar num formato do Desenrola Brasil que permita garantir uma capilaridade local maior, sendo desenvolvido em parceria com governos estaduais e municipais e mapeando as instituições que podem oferecer esse acompanhamento contínuo para realizar programas piloto de educação financeira.

Essa visão considera a pessoa como sujeito protagonista do próprio desenvolvimento e sustentabilidade no tempo.

*Silvia Caironi, economista pela Universidade Católica de Milão, com mestrado em Gerenciamento de Projetos na George Washington University e coordenadora-geral da Associação Aventura de Construir

De fato o brasileiro está enrolado. Mais de 77% das famílias do país estão endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Houve um aumento de endividados de renda mais baixa e 18,3% desses consumidores afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, maior percentual da série histórica. Estamos diante de um problema social que pode afetar diretamente o desenvolvimento de um país.

Silvia Caironi Foto: Arquivo pessoal

Uma resposta a este problema foi o Programa Desenrola Brasil, lançado pelo Governo Federal no início de outubro e que, segundo o próprio governo, já limpou o nome de 590 mil brasileiros. É uma iniciativa positiva porque mostra que se tem consciência da situação de endividamento do país, mas isso não é o suficiente. Apenas a renegociação ou quitação da dívida não muda a atitude da pessoa, os hábitos nem as situações sociais que levaram ao endividamento.

Para o programa, foi criada uma plataforma online que permite renegociar dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil, para pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Além de dar acesso às informações sobre as dívidas, o portal também traz vídeos e conteúdos sobre educação financeira.

A partir deste aspecto precisamos refletir: a plataforma é acessível para todos os brasileiros que podem precisar desse serviço? Todos compreenderão como realizar o processo de renegociação? Existem aspectos de acompanhamento que são fundamentais, em diferentes níveis, para que esta transformação na vida financeira da pessoa possa ser alcançada e continue sustentável no tempo.

Para mudar os hábitos que levam ao endividamento é necessário seguir três passos: primeiro, a conscientização do problema; segundo, apresentar alternativas e resolver o problema; e terceiro, que é a parte mais importante, acompanhar para impedir que essa pessoa volte a cair no mesmo problema.

Sem esse tipo de trabalho, permanece o risco dessas pessoas voltarem à mesma situação com o tempo. A educação financeira é fundamental, mas torna-se sustentável com o acompanhamento necessário para mudar a atitude em relação ao dinheiro. Se uma pessoa fez sempre igual, precisa-se mudar a mentalidade.

Projetos sobre educação financeira são fundamentais: eles devem ter o aspecto do ensino, da capacitação, e o acompanhamento por meio de assessorias. Isso já se mostrou indispensável para lidar com a situação do endividamento de pessoas em situação de alta vulnerabilidade. É necessário conhecer a população, as famílias, os pequenos empreendedores e suas realidades, para então traçar um plano de prevenção.

Ajudar o público a desenvolver uma mentalidade que faça perceber os riscos e as respostas necessárias em seus negócios é o que gera o desenvolvimento sustentável. Será que resolver um problema de curto prazo gerando um problema maior no médio e longo prazo é aquilo que buscamos?

Seria interessante pensar num formato do Desenrola Brasil que permita garantir uma capilaridade local maior, sendo desenvolvido em parceria com governos estaduais e municipais e mapeando as instituições que podem oferecer esse acompanhamento contínuo para realizar programas piloto de educação financeira.

Essa visão considera a pessoa como sujeito protagonista do próprio desenvolvimento e sustentabilidade no tempo.

*Silvia Caironi, economista pela Universidade Católica de Milão, com mestrado em Gerenciamento de Projetos na George Washington University e coordenadora-geral da Associação Aventura de Construir

De fato o brasileiro está enrolado. Mais de 77% das famílias do país estão endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Houve um aumento de endividados de renda mais baixa e 18,3% desses consumidores afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, maior percentual da série histórica. Estamos diante de um problema social que pode afetar diretamente o desenvolvimento de um país.

Silvia Caironi Foto: Arquivo pessoal

Uma resposta a este problema foi o Programa Desenrola Brasil, lançado pelo Governo Federal no início de outubro e que, segundo o próprio governo, já limpou o nome de 590 mil brasileiros. É uma iniciativa positiva porque mostra que se tem consciência da situação de endividamento do país, mas isso não é o suficiente. Apenas a renegociação ou quitação da dívida não muda a atitude da pessoa, os hábitos nem as situações sociais que levaram ao endividamento.

Para o programa, foi criada uma plataforma online que permite renegociar dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil, para pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Além de dar acesso às informações sobre as dívidas, o portal também traz vídeos e conteúdos sobre educação financeira.

A partir deste aspecto precisamos refletir: a plataforma é acessível para todos os brasileiros que podem precisar desse serviço? Todos compreenderão como realizar o processo de renegociação? Existem aspectos de acompanhamento que são fundamentais, em diferentes níveis, para que esta transformação na vida financeira da pessoa possa ser alcançada e continue sustentável no tempo.

Para mudar os hábitos que levam ao endividamento é necessário seguir três passos: primeiro, a conscientização do problema; segundo, apresentar alternativas e resolver o problema; e terceiro, que é a parte mais importante, acompanhar para impedir que essa pessoa volte a cair no mesmo problema.

Sem esse tipo de trabalho, permanece o risco dessas pessoas voltarem à mesma situação com o tempo. A educação financeira é fundamental, mas torna-se sustentável com o acompanhamento necessário para mudar a atitude em relação ao dinheiro. Se uma pessoa fez sempre igual, precisa-se mudar a mentalidade.

Projetos sobre educação financeira são fundamentais: eles devem ter o aspecto do ensino, da capacitação, e o acompanhamento por meio de assessorias. Isso já se mostrou indispensável para lidar com a situação do endividamento de pessoas em situação de alta vulnerabilidade. É necessário conhecer a população, as famílias, os pequenos empreendedores e suas realidades, para então traçar um plano de prevenção.

Ajudar o público a desenvolver uma mentalidade que faça perceber os riscos e as respostas necessárias em seus negócios é o que gera o desenvolvimento sustentável. Será que resolver um problema de curto prazo gerando um problema maior no médio e longo prazo é aquilo que buscamos?

Seria interessante pensar num formato do Desenrola Brasil que permita garantir uma capilaridade local maior, sendo desenvolvido em parceria com governos estaduais e municipais e mapeando as instituições que podem oferecer esse acompanhamento contínuo para realizar programas piloto de educação financeira.

Essa visão considera a pessoa como sujeito protagonista do próprio desenvolvimento e sustentabilidade no tempo.

*Silvia Caironi, economista pela Universidade Católica de Milão, com mestrado em Gerenciamento de Projetos na George Washington University e coordenadora-geral da Associação Aventura de Construir

De fato o brasileiro está enrolado. Mais de 77% das famílias do país estão endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Houve um aumento de endividados de renda mais baixa e 18,3% desses consumidores afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, maior percentual da série histórica. Estamos diante de um problema social que pode afetar diretamente o desenvolvimento de um país.

Silvia Caironi Foto: Arquivo pessoal

Uma resposta a este problema foi o Programa Desenrola Brasil, lançado pelo Governo Federal no início de outubro e que, segundo o próprio governo, já limpou o nome de 590 mil brasileiros. É uma iniciativa positiva porque mostra que se tem consciência da situação de endividamento do país, mas isso não é o suficiente. Apenas a renegociação ou quitação da dívida não muda a atitude da pessoa, os hábitos nem as situações sociais que levaram ao endividamento.

Para o programa, foi criada uma plataforma online que permite renegociar dívidas bancárias e não bancárias de até R$ 5 mil, para pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Além de dar acesso às informações sobre as dívidas, o portal também traz vídeos e conteúdos sobre educação financeira.

A partir deste aspecto precisamos refletir: a plataforma é acessível para todos os brasileiros que podem precisar desse serviço? Todos compreenderão como realizar o processo de renegociação? Existem aspectos de acompanhamento que são fundamentais, em diferentes níveis, para que esta transformação na vida financeira da pessoa possa ser alcançada e continue sustentável no tempo.

Para mudar os hábitos que levam ao endividamento é necessário seguir três passos: primeiro, a conscientização do problema; segundo, apresentar alternativas e resolver o problema; e terceiro, que é a parte mais importante, acompanhar para impedir que essa pessoa volte a cair no mesmo problema.

Sem esse tipo de trabalho, permanece o risco dessas pessoas voltarem à mesma situação com o tempo. A educação financeira é fundamental, mas torna-se sustentável com o acompanhamento necessário para mudar a atitude em relação ao dinheiro. Se uma pessoa fez sempre igual, precisa-se mudar a mentalidade.

Projetos sobre educação financeira são fundamentais: eles devem ter o aspecto do ensino, da capacitação, e o acompanhamento por meio de assessorias. Isso já se mostrou indispensável para lidar com a situação do endividamento de pessoas em situação de alta vulnerabilidade. É necessário conhecer a população, as famílias, os pequenos empreendedores e suas realidades, para então traçar um plano de prevenção.

Ajudar o público a desenvolver uma mentalidade que faça perceber os riscos e as respostas necessárias em seus negócios é o que gera o desenvolvimento sustentável. Será que resolver um problema de curto prazo gerando um problema maior no médio e longo prazo é aquilo que buscamos?

Seria interessante pensar num formato do Desenrola Brasil que permita garantir uma capilaridade local maior, sendo desenvolvido em parceria com governos estaduais e municipais e mapeando as instituições que podem oferecer esse acompanhamento contínuo para realizar programas piloto de educação financeira.

Essa visão considera a pessoa como sujeito protagonista do próprio desenvolvimento e sustentabilidade no tempo.

*Silvia Caironi, economista pela Universidade Católica de Milão, com mestrado em Gerenciamento de Projetos na George Washington University e coordenadora-geral da Associação Aventura de Construir

Opinião por Silvia Caironi*

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