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Pedro Taques marcou encontro com empresário suspeito de lavar dinheiro


Operação Ararath interceptou diálogo de senador de Mato Grosso em dezembro de 2011

Por Fausto Macedo

O senador Pedro Taques (PDT/MT) telefonou e marcou um encontro com o empresário Rodolfo Campos, alvo da Operação Ararath - missão da Polícia Federal que desarticulou organização envolvida com desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção.

O telefonema do senador para Campos ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011 e foi interceptado pela PF. Taques convida o empresário para ir ao seu escritório político.

O diálogo entre o senador e o investigado da Ararath foi captado pela PF porque Rodolfo Campos estava na mira da operação. Ele é representante legal da Encomind Engenharia e Comércio, empresa que teria realizado uma "compra simulada" de 3 milhões de litros de biodiesel da Amazônia Petróleo ao preço de R$ 2,91/litro no total de R$ 6,75 milhões.

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A PF suspeita que a transação entre a Encomind e a Amazônia Petróleo, datada de 2010, mascarou pagamento de propinas a agentes públicos e financiamento ilegal de campanha eleitoral do grupo ligado ao ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), hoje senador.

O diálogo entre Pedro Taques e o empresário sob suspeita, interceptado pela PF, foi breve - leia abaixo a íntegra da conversa, divulgada pelos sites de Cuiabá (MT) Mídia News e Olhar Direto.

A PF não imputa nenhum ato ilícito ao senador, mas a transcrição da conversa consta dos autos de uma das etapas da Operação Ararath.

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 Foto: Ed Ferreira/Estadão

O contato com o empresário investigado não é a única citação ao senador pedetista nos autos da Ararath.

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Em 19 de fevereiro de 2014, a PF fez buscas nas residências de aliados políticos de Blairo Maggi e de Pedro Taques. A PF procurava provas do esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os agentes federais vasculharam a casa de Fernando Mendonça, que foi o maior doador da campanha de Pedro Taques nas eleições de 2010. Ele doou R$ 230 mil, que representam 20% do total (R$ 1,1 milhão) arrecadado pelo pedetista.

Mendonça é filiado ao PDT. Uma filha dele, Ariane Victor de Matos Mendonça, trabalha no gabinete do senador em Brasília. A PF suspeita que Mendonça tenha participação no suposto esquema de lavagem de dinheiro.

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A doação de Mendonça ao senador foi feita por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda. A campanha de Pedro Taques declarou o repasse à Justiça Eleitoral.

O senador disse, por sua assessoria, que é amigo de Mendonça há 15 anos. Ele ressaltou que o empresário tem direito de defesa.

Sobre o telefonema de Pedro Taques para o empresário da Encomind, a assessoria de imprensa do senador informou que ele "conhece Rodolfo Campos há anos". Segundo a assessoria, Campos foi uma das principais testemunhas do homicídio do jornalista Sávio Brandão, "já que estava com este no momento dos fatos".

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Pedro Taques, à época procurador da República, atuou no caso.

"Só no ano de 2011, ao qual se refere o diálogo divulgado, o senador Pedro Taques promoveu no gabinete de apoio em Cuiabá 1406 audiências, recebendo diversos segmentos da sociedade mato-grossense, sindicatos, associações, pessoas físicas e, inclusive, empresários, tratando, sempre, de assuntos de interesse público e ações do mandato para Mato Grosso", assinala em nota a assessoria do senador.

"Com relação ao encontro marcado com Rodolfo Campos, conforme diálogo publicado, foram tratados temas ligados ao segmento da construção civil no Estado", anota o gabinete de Pedro Taques.

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O senador, "em nome da verdade, esclarece ainda que ele e Campos já conversaram outras vezes". Taques afirma que "desconhece qualquer fato que desabone a conduta do empresário".

"O senador reitera a confiança no trabalho das instituições públicas encarregadas da investigação e ressalta o papel fundamental da imprensa em informar à sociedade", diz a nota da assessoria. "O senador Pedro Taques se coloca à disposição para qualquer outro esclarecimento."

LEIA A ÍNTEGRA DO DIÁLOGO ENTRE O SENADOR PEDRO TAQUES E O EMPRESÁRIO INVESTIGADO PELA OPERAÇAO ARARATH

"(...) Taques: - Fala Rodolfo, tudo bem? Rodolfo: - Tá bom senador? Taques: - Bom? Liguei pra você pra gente tomar um café aí, pô. Você não tava dormindo? Rodolfo: - Não. Taques: - Vamos ver se a gente conversa a tarde. Você está por aqui? Rodolfo: - Tô, to por aqui hoje, amanhã. Taques: - Ah! Você que sabe a hora que você tiver um tempo me dá uma ligada aí, tá? Rodolfo: - Que horas? A tarde? Taques: - É, vamos duas e meia? Tá bom pra você? Que eu tenho um compromisso as quatro. Rodolfo: - Tá bom, uai. Taques: - Então, se você não tiver vamos deixar pra amanhã. Eu to aí tranquilo. Você que sabe ta? Rodolfo: - Mas nós vamos aonde duas e meia? Taques: - Aqui no escritório. Rodolfo: - Tá, ta bom então. (...) Passo aí, ta ok? Taques: - Falou cara obrigado, um abraço."

LEIA DOCUMENTOS DA OPERAÇÃO ARARATH

Volume 1

Documento

Volume 2

O senador Pedro Taques (PDT/MT) telefonou e marcou um encontro com o empresário Rodolfo Campos, alvo da Operação Ararath - missão da Polícia Federal que desarticulou organização envolvida com desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção.

O telefonema do senador para Campos ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011 e foi interceptado pela PF. Taques convida o empresário para ir ao seu escritório político.

O diálogo entre o senador e o investigado da Ararath foi captado pela PF porque Rodolfo Campos estava na mira da operação. Ele é representante legal da Encomind Engenharia e Comércio, empresa que teria realizado uma "compra simulada" de 3 milhões de litros de biodiesel da Amazônia Petróleo ao preço de R$ 2,91/litro no total de R$ 6,75 milhões.

A PF suspeita que a transação entre a Encomind e a Amazônia Petróleo, datada de 2010, mascarou pagamento de propinas a agentes públicos e financiamento ilegal de campanha eleitoral do grupo ligado ao ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), hoje senador.

O diálogo entre Pedro Taques e o empresário sob suspeita, interceptado pela PF, foi breve - leia abaixo a íntegra da conversa, divulgada pelos sites de Cuiabá (MT) Mídia News e Olhar Direto.

A PF não imputa nenhum ato ilícito ao senador, mas a transcrição da conversa consta dos autos de uma das etapas da Operação Ararath.

 Foto: Ed Ferreira/Estadão

O contato com o empresário investigado não é a única citação ao senador pedetista nos autos da Ararath.

Em 19 de fevereiro de 2014, a PF fez buscas nas residências de aliados políticos de Blairo Maggi e de Pedro Taques. A PF procurava provas do esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os agentes federais vasculharam a casa de Fernando Mendonça, que foi o maior doador da campanha de Pedro Taques nas eleições de 2010. Ele doou R$ 230 mil, que representam 20% do total (R$ 1,1 milhão) arrecadado pelo pedetista.

Mendonça é filiado ao PDT. Uma filha dele, Ariane Victor de Matos Mendonça, trabalha no gabinete do senador em Brasília. A PF suspeita que Mendonça tenha participação no suposto esquema de lavagem de dinheiro.

A doação de Mendonça ao senador foi feita por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda. A campanha de Pedro Taques declarou o repasse à Justiça Eleitoral.

O senador disse, por sua assessoria, que é amigo de Mendonça há 15 anos. Ele ressaltou que o empresário tem direito de defesa.

Sobre o telefonema de Pedro Taques para o empresário da Encomind, a assessoria de imprensa do senador informou que ele "conhece Rodolfo Campos há anos". Segundo a assessoria, Campos foi uma das principais testemunhas do homicídio do jornalista Sávio Brandão, "já que estava com este no momento dos fatos".

Pedro Taques, à época procurador da República, atuou no caso.

"Só no ano de 2011, ao qual se refere o diálogo divulgado, o senador Pedro Taques promoveu no gabinete de apoio em Cuiabá 1406 audiências, recebendo diversos segmentos da sociedade mato-grossense, sindicatos, associações, pessoas físicas e, inclusive, empresários, tratando, sempre, de assuntos de interesse público e ações do mandato para Mato Grosso", assinala em nota a assessoria do senador.

"Com relação ao encontro marcado com Rodolfo Campos, conforme diálogo publicado, foram tratados temas ligados ao segmento da construção civil no Estado", anota o gabinete de Pedro Taques.

O senador, "em nome da verdade, esclarece ainda que ele e Campos já conversaram outras vezes". Taques afirma que "desconhece qualquer fato que desabone a conduta do empresário".

"O senador reitera a confiança no trabalho das instituições públicas encarregadas da investigação e ressalta o papel fundamental da imprensa em informar à sociedade", diz a nota da assessoria. "O senador Pedro Taques se coloca à disposição para qualquer outro esclarecimento."

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"(...) Taques: - Fala Rodolfo, tudo bem? Rodolfo: - Tá bom senador? Taques: - Bom? Liguei pra você pra gente tomar um café aí, pô. Você não tava dormindo? Rodolfo: - Não. Taques: - Vamos ver se a gente conversa a tarde. Você está por aqui? Rodolfo: - Tô, to por aqui hoje, amanhã. Taques: - Ah! Você que sabe a hora que você tiver um tempo me dá uma ligada aí, tá? Rodolfo: - Que horas? A tarde? Taques: - É, vamos duas e meia? Tá bom pra você? Que eu tenho um compromisso as quatro. Rodolfo: - Tá bom, uai. Taques: - Então, se você não tiver vamos deixar pra amanhã. Eu to aí tranquilo. Você que sabe ta? Rodolfo: - Mas nós vamos aonde duas e meia? Taques: - Aqui no escritório. Rodolfo: - Tá, ta bom então. (...) Passo aí, ta ok? Taques: - Falou cara obrigado, um abraço."

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O senador Pedro Taques (PDT/MT) telefonou e marcou um encontro com o empresário Rodolfo Campos, alvo da Operação Ararath - missão da Polícia Federal que desarticulou organização envolvida com desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção.

O telefonema do senador para Campos ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011 e foi interceptado pela PF. Taques convida o empresário para ir ao seu escritório político.

O diálogo entre o senador e o investigado da Ararath foi captado pela PF porque Rodolfo Campos estava na mira da operação. Ele é representante legal da Encomind Engenharia e Comércio, empresa que teria realizado uma "compra simulada" de 3 milhões de litros de biodiesel da Amazônia Petróleo ao preço de R$ 2,91/litro no total de R$ 6,75 milhões.

A PF suspeita que a transação entre a Encomind e a Amazônia Petróleo, datada de 2010, mascarou pagamento de propinas a agentes públicos e financiamento ilegal de campanha eleitoral do grupo ligado ao ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), hoje senador.

O diálogo entre Pedro Taques e o empresário sob suspeita, interceptado pela PF, foi breve - leia abaixo a íntegra da conversa, divulgada pelos sites de Cuiabá (MT) Mídia News e Olhar Direto.

A PF não imputa nenhum ato ilícito ao senador, mas a transcrição da conversa consta dos autos de uma das etapas da Operação Ararath.

 Foto: Ed Ferreira/Estadão

O contato com o empresário investigado não é a única citação ao senador pedetista nos autos da Ararath.

Em 19 de fevereiro de 2014, a PF fez buscas nas residências de aliados políticos de Blairo Maggi e de Pedro Taques. A PF procurava provas do esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os agentes federais vasculharam a casa de Fernando Mendonça, que foi o maior doador da campanha de Pedro Taques nas eleições de 2010. Ele doou R$ 230 mil, que representam 20% do total (R$ 1,1 milhão) arrecadado pelo pedetista.

Mendonça é filiado ao PDT. Uma filha dele, Ariane Victor de Matos Mendonça, trabalha no gabinete do senador em Brasília. A PF suspeita que Mendonça tenha participação no suposto esquema de lavagem de dinheiro.

A doação de Mendonça ao senador foi feita por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda. A campanha de Pedro Taques declarou o repasse à Justiça Eleitoral.

O senador disse, por sua assessoria, que é amigo de Mendonça há 15 anos. Ele ressaltou que o empresário tem direito de defesa.

Sobre o telefonema de Pedro Taques para o empresário da Encomind, a assessoria de imprensa do senador informou que ele "conhece Rodolfo Campos há anos". Segundo a assessoria, Campos foi uma das principais testemunhas do homicídio do jornalista Sávio Brandão, "já que estava com este no momento dos fatos".

Pedro Taques, à época procurador da República, atuou no caso.

"Só no ano de 2011, ao qual se refere o diálogo divulgado, o senador Pedro Taques promoveu no gabinete de apoio em Cuiabá 1406 audiências, recebendo diversos segmentos da sociedade mato-grossense, sindicatos, associações, pessoas físicas e, inclusive, empresários, tratando, sempre, de assuntos de interesse público e ações do mandato para Mato Grosso", assinala em nota a assessoria do senador.

"Com relação ao encontro marcado com Rodolfo Campos, conforme diálogo publicado, foram tratados temas ligados ao segmento da construção civil no Estado", anota o gabinete de Pedro Taques.

O senador, "em nome da verdade, esclarece ainda que ele e Campos já conversaram outras vezes". Taques afirma que "desconhece qualquer fato que desabone a conduta do empresário".

"O senador reitera a confiança no trabalho das instituições públicas encarregadas da investigação e ressalta o papel fundamental da imprensa em informar à sociedade", diz a nota da assessoria. "O senador Pedro Taques se coloca à disposição para qualquer outro esclarecimento."

LEIA A ÍNTEGRA DO DIÁLOGO ENTRE O SENADOR PEDRO TAQUES E O EMPRESÁRIO INVESTIGADO PELA OPERAÇAO ARARATH

"(...) Taques: - Fala Rodolfo, tudo bem? Rodolfo: - Tá bom senador? Taques: - Bom? Liguei pra você pra gente tomar um café aí, pô. Você não tava dormindo? Rodolfo: - Não. Taques: - Vamos ver se a gente conversa a tarde. Você está por aqui? Rodolfo: - Tô, to por aqui hoje, amanhã. Taques: - Ah! Você que sabe a hora que você tiver um tempo me dá uma ligada aí, tá? Rodolfo: - Que horas? A tarde? Taques: - É, vamos duas e meia? Tá bom pra você? Que eu tenho um compromisso as quatro. Rodolfo: - Tá bom, uai. Taques: - Então, se você não tiver vamos deixar pra amanhã. Eu to aí tranquilo. Você que sabe ta? Rodolfo: - Mas nós vamos aonde duas e meia? Taques: - Aqui no escritório. Rodolfo: - Tá, ta bom então. (...) Passo aí, ta ok? Taques: - Falou cara obrigado, um abraço."

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Volume 1

Documento

Volume 2

O senador Pedro Taques (PDT/MT) telefonou e marcou um encontro com o empresário Rodolfo Campos, alvo da Operação Ararath - missão da Polícia Federal que desarticulou organização envolvida com desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção.

O telefonema do senador para Campos ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011 e foi interceptado pela PF. Taques convida o empresário para ir ao seu escritório político.

O diálogo entre o senador e o investigado da Ararath foi captado pela PF porque Rodolfo Campos estava na mira da operação. Ele é representante legal da Encomind Engenharia e Comércio, empresa que teria realizado uma "compra simulada" de 3 milhões de litros de biodiesel da Amazônia Petróleo ao preço de R$ 2,91/litro no total de R$ 6,75 milhões.

A PF suspeita que a transação entre a Encomind e a Amazônia Petróleo, datada de 2010, mascarou pagamento de propinas a agentes públicos e financiamento ilegal de campanha eleitoral do grupo ligado ao ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), hoje senador.

O diálogo entre Pedro Taques e o empresário sob suspeita, interceptado pela PF, foi breve - leia abaixo a íntegra da conversa, divulgada pelos sites de Cuiabá (MT) Mídia News e Olhar Direto.

A PF não imputa nenhum ato ilícito ao senador, mas a transcrição da conversa consta dos autos de uma das etapas da Operação Ararath.

 Foto: Ed Ferreira/Estadão

O contato com o empresário investigado não é a única citação ao senador pedetista nos autos da Ararath.

Em 19 de fevereiro de 2014, a PF fez buscas nas residências de aliados políticos de Blairo Maggi e de Pedro Taques. A PF procurava provas do esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os agentes federais vasculharam a casa de Fernando Mendonça, que foi o maior doador da campanha de Pedro Taques nas eleições de 2010. Ele doou R$ 230 mil, que representam 20% do total (R$ 1,1 milhão) arrecadado pelo pedetista.

Mendonça é filiado ao PDT. Uma filha dele, Ariane Victor de Matos Mendonça, trabalha no gabinete do senador em Brasília. A PF suspeita que Mendonça tenha participação no suposto esquema de lavagem de dinheiro.

A doação de Mendonça ao senador foi feita por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda. A campanha de Pedro Taques declarou o repasse à Justiça Eleitoral.

O senador disse, por sua assessoria, que é amigo de Mendonça há 15 anos. Ele ressaltou que o empresário tem direito de defesa.

Sobre o telefonema de Pedro Taques para o empresário da Encomind, a assessoria de imprensa do senador informou que ele "conhece Rodolfo Campos há anos". Segundo a assessoria, Campos foi uma das principais testemunhas do homicídio do jornalista Sávio Brandão, "já que estava com este no momento dos fatos".

Pedro Taques, à época procurador da República, atuou no caso.

"Só no ano de 2011, ao qual se refere o diálogo divulgado, o senador Pedro Taques promoveu no gabinete de apoio em Cuiabá 1406 audiências, recebendo diversos segmentos da sociedade mato-grossense, sindicatos, associações, pessoas físicas e, inclusive, empresários, tratando, sempre, de assuntos de interesse público e ações do mandato para Mato Grosso", assinala em nota a assessoria do senador.

"Com relação ao encontro marcado com Rodolfo Campos, conforme diálogo publicado, foram tratados temas ligados ao segmento da construção civil no Estado", anota o gabinete de Pedro Taques.

O senador, "em nome da verdade, esclarece ainda que ele e Campos já conversaram outras vezes". Taques afirma que "desconhece qualquer fato que desabone a conduta do empresário".

"O senador reitera a confiança no trabalho das instituições públicas encarregadas da investigação e ressalta o papel fundamental da imprensa em informar à sociedade", diz a nota da assessoria. "O senador Pedro Taques se coloca à disposição para qualquer outro esclarecimento."

LEIA A ÍNTEGRA DO DIÁLOGO ENTRE O SENADOR PEDRO TAQUES E O EMPRESÁRIO INVESTIGADO PELA OPERAÇAO ARARATH

"(...) Taques: - Fala Rodolfo, tudo bem? Rodolfo: - Tá bom senador? Taques: - Bom? Liguei pra você pra gente tomar um café aí, pô. Você não tava dormindo? Rodolfo: - Não. Taques: - Vamos ver se a gente conversa a tarde. Você está por aqui? Rodolfo: - Tô, to por aqui hoje, amanhã. Taques: - Ah! Você que sabe a hora que você tiver um tempo me dá uma ligada aí, tá? Rodolfo: - Que horas? A tarde? Taques: - É, vamos duas e meia? Tá bom pra você? Que eu tenho um compromisso as quatro. Rodolfo: - Tá bom, uai. Taques: - Então, se você não tiver vamos deixar pra amanhã. Eu to aí tranquilo. Você que sabe ta? Rodolfo: - Mas nós vamos aonde duas e meia? Taques: - Aqui no escritório. Rodolfo: - Tá, ta bom então. (...) Passo aí, ta ok? Taques: - Falou cara obrigado, um abraço."

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