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PF indicia 4 deputados federais do PP e dois ex-líderes do partido na Lava Jato


Segundo investigações, eles receberam mesada de R$ 300 mil durante 8 anos de empreiteiras investigadas na Lava Jato; pagamentos a ex-líderes chegaram a R$ 5,5 milhões, cada um

Por Andreza Matais, Fabio Fabrini, Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Sede da Petrobrás, no Rio. Foto: Marcos de Paula/Estadão

 

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A Polícia Federal indiciou ontem seis políticos do PP, envolvidos no esquema de corrupção na Petrobrás, por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Eles são acusados de participar do desvio de R$ 500 milhões de obras da estatal. Conforme inquéritos da Operação Lava Jato que tramitaram perante o Supremo Tribunal Federal, o dinheiro serviu para bancar ilegalmente campanhas eleitorais do partido e também um "mensalão" de R$ 300 mil a cada um dos investigados. Os indiciados são os ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti (atual secretário extraordinário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia), além dos deputados Mário Negromonte Júnior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA). A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações ameaçando de forma velada a "integridade física do ex-deputado João Argôlo e seus familiares, na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada". Com o indiciamento, os casos seguem para análise do procurador-geral da República, que decidirá de oferece denúncia contra os envolvidos. As investigações começaram a partir de delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. A polícia concluiu que os políticos receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propinas provenientes de contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht (relativas à venda de nafta e propeno); Queiroz Galvão (relacionados às refinarias do Nordeste); Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado por Youssef, que montou uma espécie de "banco de dinheiro sujo" que servia para as empreiteiras compensarem políticos e executivos da estatal que viabilizavam os desvios. Ele teria pago o mensalão de R$ 300 mil durante oito anos aos integrantes do PP. A PF sustenta que também fazia repasses extraordinários de até R$ 5,5 milhões a contas indicadas pelos então líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte. Segundo a PF, o esquema fazia doações eleitorais fraudulentas e repasses em espécie, além de custear despesas pessoais dos envolvidos e de terceiros a eles ligados. "Apurou-se uma inovação dentro do esquema criminoso: a realização de doações eleitorais oficiais como forma de pagamento de propina, chegando o PP a receber valores de até R$ 28 milhões nas eleições de 2010", pontuou a PF. As investigações concluíram que se tratava de "mais uma estratégia para ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos".

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COM A PALAVRA:

O advogado de Pizzolatti, Michel Saliba, informou que não comentaria. Carlos Fauaze, responsável pela defesa de Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior, afirmou que não há indícios suficientes para o indiciamento apenas com base nas delações. "Confiamos que a PGR fará uma leitura diferente (da feita pela PF) desses autos", disse. O advogado Evânio José de Moura Santos, que representa Roberto Pereira de Britto, afirmou que a PF se precipita. Segundo ele, o nome de seu cliente foi citado por Youssef como integrante de uma lista de beneficiários de propina. Contudo, alega, essa prova "nunca apareceu". "Além disso, ele nunca teve contato com o Youssef. Não há elementos para o indiciamento", ressaltou.

Marcelo Bessa, que defende José Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Faria, alegou não ter condições de falar a respeito, pois não sabia que seus clientes eram investigados nos inquéritos recém-concluídos pela PF e que motivaram os indiciamentos. Ele explicou que os deputados nunca foram chamados nessas investigações e que desconhece o conteúdo delas. Segundo o advogado, Germano e Faria eram, ao que sabia, alvos de outros dois inquéritos em curso no STF.

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A Andrade Gutierrrez não se pronunciou. A Odebrecht, procurada, disse que desconhece o documento da Polícia Federal mencionado e, por isso, não pode se manifestar. A Braskem tomou a iniciativa de abrir um procedimento interno para investigar as alegações. O Estado não conseguiu contato com as demais empreiteiras.

 

Sede da Petrobrás, no Rio. Foto: Marcos de Paula/Estadão

 

 

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A Polícia Federal indiciou ontem seis políticos do PP, envolvidos no esquema de corrupção na Petrobrás, por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Eles são acusados de participar do desvio de R$ 500 milhões de obras da estatal. Conforme inquéritos da Operação Lava Jato que tramitaram perante o Supremo Tribunal Federal, o dinheiro serviu para bancar ilegalmente campanhas eleitorais do partido e também um "mensalão" de R$ 300 mil a cada um dos investigados. Os indiciados são os ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti (atual secretário extraordinário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia), além dos deputados Mário Negromonte Júnior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA). A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações ameaçando de forma velada a "integridade física do ex-deputado João Argôlo e seus familiares, na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada". Com o indiciamento, os casos seguem para análise do procurador-geral da República, que decidirá de oferece denúncia contra os envolvidos. As investigações começaram a partir de delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. A polícia concluiu que os políticos receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propinas provenientes de contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht (relativas à venda de nafta e propeno); Queiroz Galvão (relacionados às refinarias do Nordeste); Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado por Youssef, que montou uma espécie de "banco de dinheiro sujo" que servia para as empreiteiras compensarem políticos e executivos da estatal que viabilizavam os desvios. Ele teria pago o mensalão de R$ 300 mil durante oito anos aos integrantes do PP. A PF sustenta que também fazia repasses extraordinários de até R$ 5,5 milhões a contas indicadas pelos então líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte. Segundo a PF, o esquema fazia doações eleitorais fraudulentas e repasses em espécie, além de custear despesas pessoais dos envolvidos e de terceiros a eles ligados. "Apurou-se uma inovação dentro do esquema criminoso: a realização de doações eleitorais oficiais como forma de pagamento de propina, chegando o PP a receber valores de até R$ 28 milhões nas eleições de 2010", pontuou a PF. As investigações concluíram que se tratava de "mais uma estratégia para ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos".

COM A PALAVRA:

O advogado de Pizzolatti, Michel Saliba, informou que não comentaria. Carlos Fauaze, responsável pela defesa de Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior, afirmou que não há indícios suficientes para o indiciamento apenas com base nas delações. "Confiamos que a PGR fará uma leitura diferente (da feita pela PF) desses autos", disse. O advogado Evânio José de Moura Santos, que representa Roberto Pereira de Britto, afirmou que a PF se precipita. Segundo ele, o nome de seu cliente foi citado por Youssef como integrante de uma lista de beneficiários de propina. Contudo, alega, essa prova "nunca apareceu". "Além disso, ele nunca teve contato com o Youssef. Não há elementos para o indiciamento", ressaltou.

Marcelo Bessa, que defende José Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Faria, alegou não ter condições de falar a respeito, pois não sabia que seus clientes eram investigados nos inquéritos recém-concluídos pela PF e que motivaram os indiciamentos. Ele explicou que os deputados nunca foram chamados nessas investigações e que desconhece o conteúdo delas. Segundo o advogado, Germano e Faria eram, ao que sabia, alvos de outros dois inquéritos em curso no STF.

A Andrade Gutierrrez não se pronunciou. A Odebrecht, procurada, disse que desconhece o documento da Polícia Federal mencionado e, por isso, não pode se manifestar. A Braskem tomou a iniciativa de abrir um procedimento interno para investigar as alegações. O Estado não conseguiu contato com as demais empreiteiras.

 

Sede da Petrobrás, no Rio. Foto: Marcos de Paula/Estadão

 

 

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A Polícia Federal indiciou ontem seis políticos do PP, envolvidos no esquema de corrupção na Petrobrás, por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Eles são acusados de participar do desvio de R$ 500 milhões de obras da estatal. Conforme inquéritos da Operação Lava Jato que tramitaram perante o Supremo Tribunal Federal, o dinheiro serviu para bancar ilegalmente campanhas eleitorais do partido e também um "mensalão" de R$ 300 mil a cada um dos investigados. Os indiciados são os ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti (atual secretário extraordinário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia), além dos deputados Mário Negromonte Júnior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA). A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações ameaçando de forma velada a "integridade física do ex-deputado João Argôlo e seus familiares, na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada". Com o indiciamento, os casos seguem para análise do procurador-geral da República, que decidirá de oferece denúncia contra os envolvidos. As investigações começaram a partir de delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. A polícia concluiu que os políticos receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propinas provenientes de contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht (relativas à venda de nafta e propeno); Queiroz Galvão (relacionados às refinarias do Nordeste); Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado por Youssef, que montou uma espécie de "banco de dinheiro sujo" que servia para as empreiteiras compensarem políticos e executivos da estatal que viabilizavam os desvios. Ele teria pago o mensalão de R$ 300 mil durante oito anos aos integrantes do PP. A PF sustenta que também fazia repasses extraordinários de até R$ 5,5 milhões a contas indicadas pelos então líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte. Segundo a PF, o esquema fazia doações eleitorais fraudulentas e repasses em espécie, além de custear despesas pessoais dos envolvidos e de terceiros a eles ligados. "Apurou-se uma inovação dentro do esquema criminoso: a realização de doações eleitorais oficiais como forma de pagamento de propina, chegando o PP a receber valores de até R$ 28 milhões nas eleições de 2010", pontuou a PF. As investigações concluíram que se tratava de "mais uma estratégia para ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos".

COM A PALAVRA:

O advogado de Pizzolatti, Michel Saliba, informou que não comentaria. Carlos Fauaze, responsável pela defesa de Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior, afirmou que não há indícios suficientes para o indiciamento apenas com base nas delações. "Confiamos que a PGR fará uma leitura diferente (da feita pela PF) desses autos", disse. O advogado Evânio José de Moura Santos, que representa Roberto Pereira de Britto, afirmou que a PF se precipita. Segundo ele, o nome de seu cliente foi citado por Youssef como integrante de uma lista de beneficiários de propina. Contudo, alega, essa prova "nunca apareceu". "Além disso, ele nunca teve contato com o Youssef. Não há elementos para o indiciamento", ressaltou.

Marcelo Bessa, que defende José Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Faria, alegou não ter condições de falar a respeito, pois não sabia que seus clientes eram investigados nos inquéritos recém-concluídos pela PF e que motivaram os indiciamentos. Ele explicou que os deputados nunca foram chamados nessas investigações e que desconhece o conteúdo delas. Segundo o advogado, Germano e Faria eram, ao que sabia, alvos de outros dois inquéritos em curso no STF.

A Andrade Gutierrrez não se pronunciou. A Odebrecht, procurada, disse que desconhece o documento da Polícia Federal mencionado e, por isso, não pode se manifestar. A Braskem tomou a iniciativa de abrir um procedimento interno para investigar as alegações. O Estado não conseguiu contato com as demais empreiteiras.

 

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COM A PALAVRA:

O advogado de Pizzolatti, Michel Saliba, informou que não comentaria. Carlos Fauaze, responsável pela defesa de Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior, afirmou que não há indícios suficientes para o indiciamento apenas com base nas delações. "Confiamos que a PGR fará uma leitura diferente (da feita pela PF) desses autos", disse. O advogado Evânio José de Moura Santos, que representa Roberto Pereira de Britto, afirmou que a PF se precipita. Segundo ele, o nome de seu cliente foi citado por Youssef como integrante de uma lista de beneficiários de propina. Contudo, alega, essa prova "nunca apareceu". "Além disso, ele nunca teve contato com o Youssef. Não há elementos para o indiciamento", ressaltou.

Marcelo Bessa, que defende José Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Faria, alegou não ter condições de falar a respeito, pois não sabia que seus clientes eram investigados nos inquéritos recém-concluídos pela PF e que motivaram os indiciamentos. Ele explicou que os deputados nunca foram chamados nessas investigações e que desconhece o conteúdo delas. Segundo o advogado, Germano e Faria eram, ao que sabia, alvos de outros dois inquéritos em curso no STF.

A Andrade Gutierrrez não se pronunciou. A Odebrecht, procurada, disse que desconhece o documento da Polícia Federal mencionado e, por isso, não pode se manifestar. A Braskem tomou a iniciativa de abrir um procedimento interno para investigar as alegações. O Estado não conseguiu contato com as demais empreiteiras.

 

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