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Procuradoria questiona Anderson Torres sobre 'monitoramento' de movimentos sociais em Goiás


Procurador dos Direitos do Cidadão cobra em dez dias informações do ministro da Justiça e Segurança Pública sobre procedimento da pasta que rastreia localização de assentamentos e acampamentos e suas lideranças

Por Redação
O ministro da Justiça, Anderson Torres, em live com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão oficiou o ministro da Justiça e Segurança Anderson Torres nesta terça-feira, 15, dando dez dias para que a pasta preste esclarecimentos sobre pedido de informações voltado ao monitoramento de movimentos sociais em Goiás. No documento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena diz que 'causa perplexidade' tal iniciativa de monitoramento, 'em caráter ordinário, sem registro de qualquer anormalidade que justifique esse controle'.

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Segundo a Procuradoria, entre as informações solicitadas pelo MJSP estariam 'a localização e o mapeamento, por meio de coordenadas geográficas, dos assentamentos/acampamentos, a denominação do movimento, a identificação e qualificação das lideranças locais e do envolvimento com políticos no âmbito federal, estadual e municipal, bem como o levantamento quantitativo de pessoas'. A pasta também teria pedido o 'histórico de invasões, conflitos, ou qualquer assunto de interesse da segurança pública na região'.

No ofício, Vilhena destacou que os movimentos sociais 'são expressão central da democracia e constituem atividade protegida por uma ampla gama de liberdades expressamente asseguradas na Constituição Federal'. O procurador diz que, segundo a Constituição , a não ser que se demonstre a existência de 'fundadas suspeitas' de que as reuniões do movimento 'se destinam a fins ilícitos, ou de eventual caráter paramilitar da organização', é vedado ao Estado interferir em seu funcionamento. Além disso, a Procuradoria ressaltou que é ilícita a conduta estatal de considerar criminosa ou "suspeita" a simples atividade das pessoas reunidas em determinado movimento.

O chefe da PFDC - órgão do Ministério Público Federal - quer saber os motivos que fundamentaram a solicitação dos dados e qual a razão de a comunicação não ter sido feita diretamente ao governador de Goiás e ao secretário de Segurança Pública. As informações foram divulgadas pelo MPF.

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O procurador considera que o endereçamento do pedido de informações, direto à Superintendência de Inteligência do Estado, 'parece violar a repartição de competências e a autonomia político-administrativa que marcam o federalismo'. Segundo o órgão, pedidos de tal teor devem ser feitos aos governadores, aos quais cabe o comando das forças de seguranças estaduais.

COM A PALAVRA, O MJSP

A reportagem busca contato com o Ministério. O espaço está aberto para manifestações.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, em live com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão oficiou o ministro da Justiça e Segurança Anderson Torres nesta terça-feira, 15, dando dez dias para que a pasta preste esclarecimentos sobre pedido de informações voltado ao monitoramento de movimentos sociais em Goiás. No documento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena diz que 'causa perplexidade' tal iniciativa de monitoramento, 'em caráter ordinário, sem registro de qualquer anormalidade que justifique esse controle'.

Segundo a Procuradoria, entre as informações solicitadas pelo MJSP estariam 'a localização e o mapeamento, por meio de coordenadas geográficas, dos assentamentos/acampamentos, a denominação do movimento, a identificação e qualificação das lideranças locais e do envolvimento com políticos no âmbito federal, estadual e municipal, bem como o levantamento quantitativo de pessoas'. A pasta também teria pedido o 'histórico de invasões, conflitos, ou qualquer assunto de interesse da segurança pública na região'.

No ofício, Vilhena destacou que os movimentos sociais 'são expressão central da democracia e constituem atividade protegida por uma ampla gama de liberdades expressamente asseguradas na Constituição Federal'. O procurador diz que, segundo a Constituição , a não ser que se demonstre a existência de 'fundadas suspeitas' de que as reuniões do movimento 'se destinam a fins ilícitos, ou de eventual caráter paramilitar da organização', é vedado ao Estado interferir em seu funcionamento. Além disso, a Procuradoria ressaltou que é ilícita a conduta estatal de considerar criminosa ou "suspeita" a simples atividade das pessoas reunidas em determinado movimento.

O chefe da PFDC - órgão do Ministério Público Federal - quer saber os motivos que fundamentaram a solicitação dos dados e qual a razão de a comunicação não ter sido feita diretamente ao governador de Goiás e ao secretário de Segurança Pública. As informações foram divulgadas pelo MPF.

O procurador considera que o endereçamento do pedido de informações, direto à Superintendência de Inteligência do Estado, 'parece violar a repartição de competências e a autonomia político-administrativa que marcam o federalismo'. Segundo o órgão, pedidos de tal teor devem ser feitos aos governadores, aos quais cabe o comando das forças de seguranças estaduais.

COM A PALAVRA, O MJSP

A reportagem busca contato com o Ministério. O espaço está aberto para manifestações.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, em live com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão oficiou o ministro da Justiça e Segurança Anderson Torres nesta terça-feira, 15, dando dez dias para que a pasta preste esclarecimentos sobre pedido de informações voltado ao monitoramento de movimentos sociais em Goiás. No documento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena diz que 'causa perplexidade' tal iniciativa de monitoramento, 'em caráter ordinário, sem registro de qualquer anormalidade que justifique esse controle'.

Segundo a Procuradoria, entre as informações solicitadas pelo MJSP estariam 'a localização e o mapeamento, por meio de coordenadas geográficas, dos assentamentos/acampamentos, a denominação do movimento, a identificação e qualificação das lideranças locais e do envolvimento com políticos no âmbito federal, estadual e municipal, bem como o levantamento quantitativo de pessoas'. A pasta também teria pedido o 'histórico de invasões, conflitos, ou qualquer assunto de interesse da segurança pública na região'.

No ofício, Vilhena destacou que os movimentos sociais 'são expressão central da democracia e constituem atividade protegida por uma ampla gama de liberdades expressamente asseguradas na Constituição Federal'. O procurador diz que, segundo a Constituição , a não ser que se demonstre a existência de 'fundadas suspeitas' de que as reuniões do movimento 'se destinam a fins ilícitos, ou de eventual caráter paramilitar da organização', é vedado ao Estado interferir em seu funcionamento. Além disso, a Procuradoria ressaltou que é ilícita a conduta estatal de considerar criminosa ou "suspeita" a simples atividade das pessoas reunidas em determinado movimento.

O chefe da PFDC - órgão do Ministério Público Federal - quer saber os motivos que fundamentaram a solicitação dos dados e qual a razão de a comunicação não ter sido feita diretamente ao governador de Goiás e ao secretário de Segurança Pública. As informações foram divulgadas pelo MPF.

O procurador considera que o endereçamento do pedido de informações, direto à Superintendência de Inteligência do Estado, 'parece violar a repartição de competências e a autonomia político-administrativa que marcam o federalismo'. Segundo o órgão, pedidos de tal teor devem ser feitos aos governadores, aos quais cabe o comando das forças de seguranças estaduais.

COM A PALAVRA, O MJSP

A reportagem busca contato com o Ministério. O espaço está aberto para manifestações.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, em live com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão oficiou o ministro da Justiça e Segurança Anderson Torres nesta terça-feira, 15, dando dez dias para que a pasta preste esclarecimentos sobre pedido de informações voltado ao monitoramento de movimentos sociais em Goiás. No documento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena diz que 'causa perplexidade' tal iniciativa de monitoramento, 'em caráter ordinário, sem registro de qualquer anormalidade que justifique esse controle'.

Segundo a Procuradoria, entre as informações solicitadas pelo MJSP estariam 'a localização e o mapeamento, por meio de coordenadas geográficas, dos assentamentos/acampamentos, a denominação do movimento, a identificação e qualificação das lideranças locais e do envolvimento com políticos no âmbito federal, estadual e municipal, bem como o levantamento quantitativo de pessoas'. A pasta também teria pedido o 'histórico de invasões, conflitos, ou qualquer assunto de interesse da segurança pública na região'.

No ofício, Vilhena destacou que os movimentos sociais 'são expressão central da democracia e constituem atividade protegida por uma ampla gama de liberdades expressamente asseguradas na Constituição Federal'. O procurador diz que, segundo a Constituição , a não ser que se demonstre a existência de 'fundadas suspeitas' de que as reuniões do movimento 'se destinam a fins ilícitos, ou de eventual caráter paramilitar da organização', é vedado ao Estado interferir em seu funcionamento. Além disso, a Procuradoria ressaltou que é ilícita a conduta estatal de considerar criminosa ou "suspeita" a simples atividade das pessoas reunidas em determinado movimento.

O chefe da PFDC - órgão do Ministério Público Federal - quer saber os motivos que fundamentaram a solicitação dos dados e qual a razão de a comunicação não ter sido feita diretamente ao governador de Goiás e ao secretário de Segurança Pública. As informações foram divulgadas pelo MPF.

O procurador considera que o endereçamento do pedido de informações, direto à Superintendência de Inteligência do Estado, 'parece violar a repartição de competências e a autonomia político-administrativa que marcam o federalismo'. Segundo o órgão, pedidos de tal teor devem ser feitos aos governadores, aos quais cabe o comando das forças de seguranças estaduais.

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A reportagem busca contato com o Ministério. O espaço está aberto para manifestações.

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