Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Suposto operador de Renan é alvo da Pausare


Milton Lyra é investigado no mesmo inquérito em que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis

Por Fabio Serapião e Julia Affonso
FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

Um dos alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira, 1, no âmbito da operação Pausare é o empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Lyra é investigado no mesmo inquérito em que Calheiros por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis. Em relatório anexado ao inquérito, o MPF aponta que Lyra recebeu R$ 13,8 milhões de fundos de investimentos em que o Postalis é cotista - R$ 3,5 milhões do Atlântica Real Sovereign e R$ 10,3 do Brasil Sovereign II.

continua após a publicidade

"A partir da análise documental do Relatório de Inteligência Financeira nº 20044, pode-se verificar que Milton Lyra teve movimentação financeira de forma indireta com o Postalis no montante de R$ 13.898.693,85 por meio de recebimento de valores dos Fundos de Investimento da Atlântica Real Sovereign Fundo de Investimento e da Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de DI, visto que ambas tem a Postalis como cotista", diz o pedido de abertura da investigação feito pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No pedido de abertura do inquérito, Janot também apontou que a quebra de sigilo telemática de Lyra mostra que há nada menos que seis números de telefone e um e-mail constantes em seu celular como sendo de Alex Predtechensky, ex-presidente do Postalis e denunciado por desvios no fundo.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures envolvendo a empresa JHSF, em um total de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB. Predtechensky comandou o fundo de pensão entre 2006 e 2012.

continua após a publicidade

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto, mas ele é conhecido por ser apadrinhado político do senador Edison Lobão (MA). Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para o ex-presidente do Postalis Alexej Predtchensky.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

continua após a publicidade

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

continua após a publicidade

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

Um dos alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira, 1, no âmbito da operação Pausare é o empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Lyra é investigado no mesmo inquérito em que Calheiros por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis. Em relatório anexado ao inquérito, o MPF aponta que Lyra recebeu R$ 13,8 milhões de fundos de investimentos em que o Postalis é cotista - R$ 3,5 milhões do Atlântica Real Sovereign e R$ 10,3 do Brasil Sovereign II.

"A partir da análise documental do Relatório de Inteligência Financeira nº 20044, pode-se verificar que Milton Lyra teve movimentação financeira de forma indireta com o Postalis no montante de R$ 13.898.693,85 por meio de recebimento de valores dos Fundos de Investimento da Atlântica Real Sovereign Fundo de Investimento e da Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de DI, visto que ambas tem a Postalis como cotista", diz o pedido de abertura da investigação feito pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No pedido de abertura do inquérito, Janot também apontou que a quebra de sigilo telemática de Lyra mostra que há nada menos que seis números de telefone e um e-mail constantes em seu celular como sendo de Alex Predtechensky, ex-presidente do Postalis e denunciado por desvios no fundo.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures envolvendo a empresa JHSF, em um total de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB. Predtechensky comandou o fundo de pensão entre 2006 e 2012.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto, mas ele é conhecido por ser apadrinhado político do senador Edison Lobão (MA). Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para o ex-presidente do Postalis Alexej Predtchensky.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

Um dos alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira, 1, no âmbito da operação Pausare é o empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Lyra é investigado no mesmo inquérito em que Calheiros por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis. Em relatório anexado ao inquérito, o MPF aponta que Lyra recebeu R$ 13,8 milhões de fundos de investimentos em que o Postalis é cotista - R$ 3,5 milhões do Atlântica Real Sovereign e R$ 10,3 do Brasil Sovereign II.

"A partir da análise documental do Relatório de Inteligência Financeira nº 20044, pode-se verificar que Milton Lyra teve movimentação financeira de forma indireta com o Postalis no montante de R$ 13.898.693,85 por meio de recebimento de valores dos Fundos de Investimento da Atlântica Real Sovereign Fundo de Investimento e da Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de DI, visto que ambas tem a Postalis como cotista", diz o pedido de abertura da investigação feito pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No pedido de abertura do inquérito, Janot também apontou que a quebra de sigilo telemática de Lyra mostra que há nada menos que seis números de telefone e um e-mail constantes em seu celular como sendo de Alex Predtechensky, ex-presidente do Postalis e denunciado por desvios no fundo.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures envolvendo a empresa JHSF, em um total de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB. Predtechensky comandou o fundo de pensão entre 2006 e 2012.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto, mas ele é conhecido por ser apadrinhado político do senador Edison Lobão (MA). Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para o ex-presidente do Postalis Alexej Predtchensky.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

Um dos alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira, 1, no âmbito da operação Pausare é o empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Lyra é investigado no mesmo inquérito em que Calheiros por suposta atuação em investimentos fraudulentos do Postalis. Em relatório anexado ao inquérito, o MPF aponta que Lyra recebeu R$ 13,8 milhões de fundos de investimentos em que o Postalis é cotista - R$ 3,5 milhões do Atlântica Real Sovereign e R$ 10,3 do Brasil Sovereign II.

"A partir da análise documental do Relatório de Inteligência Financeira nº 20044, pode-se verificar que Milton Lyra teve movimentação financeira de forma indireta com o Postalis no montante de R$ 13.898.693,85 por meio de recebimento de valores dos Fundos de Investimento da Atlântica Real Sovereign Fundo de Investimento e da Brasil Sovereign II Fundo de Investimento de DI, visto que ambas tem a Postalis como cotista", diz o pedido de abertura da investigação feito pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No pedido de abertura do inquérito, Janot também apontou que a quebra de sigilo telemática de Lyra mostra que há nada menos que seis números de telefone e um e-mail constantes em seu celular como sendo de Alex Predtechensky, ex-presidente do Postalis e denunciado por desvios no fundo.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures envolvendo a empresa JHSF, em um total de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB. Predtechensky comandou o fundo de pensão entre 2006 e 2012.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto, mas ele é conhecido por ser apadrinhado político do senador Edison Lobão (MA). Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para o ex-presidente do Postalis Alexej Predtchensky.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.