Transformando a gestão pública brasileira e fortalecendo a democracia

Usando Nudge no setor público brasileiro


Por José Moulin Neto, engenheiro pela UFRJ, com MBA pela Wharton School, Universidade da Pensilvânia, líder MLG. Tem 20 anos de experiência em consultoria de gestão e estratégia em vários países. Nos últ

Os cidadãos em todo o mundo estão, cada vez mais, exigindo serviços públicos melhores. Mas, especialmente no Brasil, a crise econômica e os déficits fiscais têm desafiado os governos a encontrarem soluções mais eficientes para prestarem serviços efetivos. Por isto, é ainda mais urgente adotar inovações que tragam resultados comprovados, como a ciência comportamental aplicada, sendo o Nudge uma das suas principais aplicações. Em 2014, Tim Harford do Financial Times escreveu: "A economia comportamental é uma das ideias mais quentes da política pública. O Behavioural Insights Team (BIT) do governo britânico, usa a disciplina para desenhar políticas públicas. A Casa Branca anunciou seu próprio grupo de insights comportamentais". De fato, era o começo de um movimento global. Hoje, vários países e cidades criaram ou estão criando suas próprias unidades de ciência comportamental aplicada, também chamadas de Unidades de Nudge.

Mas o que é Nudge? A ciência comportamental comprova que a grande maioria das decisões que tomamos no dia-a-dia são automáticas: não paramos para pensar. Usamos atalhos mentais/heurísticas (regrinhas, vieses) desenvolvidos ao longo da vida. Estes atalhos mentais são muitas vezes compartilhados entre pessoas da mesma cultura, ou do mesmo estrato. Assim, Nudge é um "empurrãozinho" que leva pessoas a mudarem, previsivelmente, seus hábitos ou comportamentos beneficiando a si e à sociedade como um todo. Nesse sentido, usando os atalhos mentais/heurísticas, desenham-se contextos que motivem uma mudança de hábitos ou comportamentos. Isso sem restringir nenhuma das opções nem mudar significativamente os incentivos econômicos.

O grande desafio, nesses casos, é como descobrir o contexto mais efetivo para os diferentes estratos de pessoas que serão impactadas. Para isso, sempre que possível, conduzem-se testes controlados e randomizados (RCTs), isto é, inclui-se um grupo de controle e diversos grupos de tratamento, um para cada contexto desenhado. E com base em resultados empíricos, a lógica do Nudge identifica o desenho mais efetivo de uma iniciativa ou política pública, antes de sua implantação em larga escala. Alguns exemplos podem ilustrar o que estamos colocando aqui: em Amsterdam, pintaram uma mosca no fundo do mictório. Os homens tentam acertar a mosca e assim reduziu-se o respingo de urina no banheiro em 80%. Na Inglaterra, mensagens motivacionais semanais para os alunos reduziram em 7% o absenteísmo e em 33% o abandono escolar.

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No Brasil, nos últimos dois anos, em parceria com diferentes organizações internacionais, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem estruturado e realizado diferentes projetos de Nudge: Redução do índice de desistência no tratamento de tuberculose, em parceria com o Banco Mundial; aumento do envolvimento dos pais na educação dos filhos e antecipação de matrícula; maior atividade física entre idosos; menor fechamento de cruzamentos; maior adesão ao portal da Prefeitura etc. Mas, a maioria das ações tem se concentrado em recuperação de impostos. Exemplos: a) Uma carta ao fim do ano com dada mensagem conseguiu arrecadar 200% a mais de IPTU em atraso que a carta padrão; b) as cartas utilizaram diferentes heurísticas e foi 60% mais efetiva que a carta padrão em evitar que o cidadão entrasse na dívida ativa do município. Percebe? Por meio de estímulos planejados, conseguimos transformar nossa realidade.

Os cidadãos em todo o mundo estão, cada vez mais, exigindo serviços públicos melhores. Mas, especialmente no Brasil, a crise econômica e os déficits fiscais têm desafiado os governos a encontrarem soluções mais eficientes para prestarem serviços efetivos. Por isto, é ainda mais urgente adotar inovações que tragam resultados comprovados, como a ciência comportamental aplicada, sendo o Nudge uma das suas principais aplicações. Em 2014, Tim Harford do Financial Times escreveu: "A economia comportamental é uma das ideias mais quentes da política pública. O Behavioural Insights Team (BIT) do governo britânico, usa a disciplina para desenhar políticas públicas. A Casa Branca anunciou seu próprio grupo de insights comportamentais". De fato, era o começo de um movimento global. Hoje, vários países e cidades criaram ou estão criando suas próprias unidades de ciência comportamental aplicada, também chamadas de Unidades de Nudge.

Mas o que é Nudge? A ciência comportamental comprova que a grande maioria das decisões que tomamos no dia-a-dia são automáticas: não paramos para pensar. Usamos atalhos mentais/heurísticas (regrinhas, vieses) desenvolvidos ao longo da vida. Estes atalhos mentais são muitas vezes compartilhados entre pessoas da mesma cultura, ou do mesmo estrato. Assim, Nudge é um "empurrãozinho" que leva pessoas a mudarem, previsivelmente, seus hábitos ou comportamentos beneficiando a si e à sociedade como um todo. Nesse sentido, usando os atalhos mentais/heurísticas, desenham-se contextos que motivem uma mudança de hábitos ou comportamentos. Isso sem restringir nenhuma das opções nem mudar significativamente os incentivos econômicos.

O grande desafio, nesses casos, é como descobrir o contexto mais efetivo para os diferentes estratos de pessoas que serão impactadas. Para isso, sempre que possível, conduzem-se testes controlados e randomizados (RCTs), isto é, inclui-se um grupo de controle e diversos grupos de tratamento, um para cada contexto desenhado. E com base em resultados empíricos, a lógica do Nudge identifica o desenho mais efetivo de uma iniciativa ou política pública, antes de sua implantação em larga escala. Alguns exemplos podem ilustrar o que estamos colocando aqui: em Amsterdam, pintaram uma mosca no fundo do mictório. Os homens tentam acertar a mosca e assim reduziu-se o respingo de urina no banheiro em 80%. Na Inglaterra, mensagens motivacionais semanais para os alunos reduziram em 7% o absenteísmo e em 33% o abandono escolar.

No Brasil, nos últimos dois anos, em parceria com diferentes organizações internacionais, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem estruturado e realizado diferentes projetos de Nudge: Redução do índice de desistência no tratamento de tuberculose, em parceria com o Banco Mundial; aumento do envolvimento dos pais na educação dos filhos e antecipação de matrícula; maior atividade física entre idosos; menor fechamento de cruzamentos; maior adesão ao portal da Prefeitura etc. Mas, a maioria das ações tem se concentrado em recuperação de impostos. Exemplos: a) Uma carta ao fim do ano com dada mensagem conseguiu arrecadar 200% a mais de IPTU em atraso que a carta padrão; b) as cartas utilizaram diferentes heurísticas e foi 60% mais efetiva que a carta padrão em evitar que o cidadão entrasse na dívida ativa do município. Percebe? Por meio de estímulos planejados, conseguimos transformar nossa realidade.

Os cidadãos em todo o mundo estão, cada vez mais, exigindo serviços públicos melhores. Mas, especialmente no Brasil, a crise econômica e os déficits fiscais têm desafiado os governos a encontrarem soluções mais eficientes para prestarem serviços efetivos. Por isto, é ainda mais urgente adotar inovações que tragam resultados comprovados, como a ciência comportamental aplicada, sendo o Nudge uma das suas principais aplicações. Em 2014, Tim Harford do Financial Times escreveu: "A economia comportamental é uma das ideias mais quentes da política pública. O Behavioural Insights Team (BIT) do governo britânico, usa a disciplina para desenhar políticas públicas. A Casa Branca anunciou seu próprio grupo de insights comportamentais". De fato, era o começo de um movimento global. Hoje, vários países e cidades criaram ou estão criando suas próprias unidades de ciência comportamental aplicada, também chamadas de Unidades de Nudge.

Mas o que é Nudge? A ciência comportamental comprova que a grande maioria das decisões que tomamos no dia-a-dia são automáticas: não paramos para pensar. Usamos atalhos mentais/heurísticas (regrinhas, vieses) desenvolvidos ao longo da vida. Estes atalhos mentais são muitas vezes compartilhados entre pessoas da mesma cultura, ou do mesmo estrato. Assim, Nudge é um "empurrãozinho" que leva pessoas a mudarem, previsivelmente, seus hábitos ou comportamentos beneficiando a si e à sociedade como um todo. Nesse sentido, usando os atalhos mentais/heurísticas, desenham-se contextos que motivem uma mudança de hábitos ou comportamentos. Isso sem restringir nenhuma das opções nem mudar significativamente os incentivos econômicos.

O grande desafio, nesses casos, é como descobrir o contexto mais efetivo para os diferentes estratos de pessoas que serão impactadas. Para isso, sempre que possível, conduzem-se testes controlados e randomizados (RCTs), isto é, inclui-se um grupo de controle e diversos grupos de tratamento, um para cada contexto desenhado. E com base em resultados empíricos, a lógica do Nudge identifica o desenho mais efetivo de uma iniciativa ou política pública, antes de sua implantação em larga escala. Alguns exemplos podem ilustrar o que estamos colocando aqui: em Amsterdam, pintaram uma mosca no fundo do mictório. Os homens tentam acertar a mosca e assim reduziu-se o respingo de urina no banheiro em 80%. Na Inglaterra, mensagens motivacionais semanais para os alunos reduziram em 7% o absenteísmo e em 33% o abandono escolar.

No Brasil, nos últimos dois anos, em parceria com diferentes organizações internacionais, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem estruturado e realizado diferentes projetos de Nudge: Redução do índice de desistência no tratamento de tuberculose, em parceria com o Banco Mundial; aumento do envolvimento dos pais na educação dos filhos e antecipação de matrícula; maior atividade física entre idosos; menor fechamento de cruzamentos; maior adesão ao portal da Prefeitura etc. Mas, a maioria das ações tem se concentrado em recuperação de impostos. Exemplos: a) Uma carta ao fim do ano com dada mensagem conseguiu arrecadar 200% a mais de IPTU em atraso que a carta padrão; b) as cartas utilizaram diferentes heurísticas e foi 60% mais efetiva que a carta padrão em evitar que o cidadão entrasse na dívida ativa do município. Percebe? Por meio de estímulos planejados, conseguimos transformar nossa realidade.

Os cidadãos em todo o mundo estão, cada vez mais, exigindo serviços públicos melhores. Mas, especialmente no Brasil, a crise econômica e os déficits fiscais têm desafiado os governos a encontrarem soluções mais eficientes para prestarem serviços efetivos. Por isto, é ainda mais urgente adotar inovações que tragam resultados comprovados, como a ciência comportamental aplicada, sendo o Nudge uma das suas principais aplicações. Em 2014, Tim Harford do Financial Times escreveu: "A economia comportamental é uma das ideias mais quentes da política pública. O Behavioural Insights Team (BIT) do governo britânico, usa a disciplina para desenhar políticas públicas. A Casa Branca anunciou seu próprio grupo de insights comportamentais". De fato, era o começo de um movimento global. Hoje, vários países e cidades criaram ou estão criando suas próprias unidades de ciência comportamental aplicada, também chamadas de Unidades de Nudge.

Mas o que é Nudge? A ciência comportamental comprova que a grande maioria das decisões que tomamos no dia-a-dia são automáticas: não paramos para pensar. Usamos atalhos mentais/heurísticas (regrinhas, vieses) desenvolvidos ao longo da vida. Estes atalhos mentais são muitas vezes compartilhados entre pessoas da mesma cultura, ou do mesmo estrato. Assim, Nudge é um "empurrãozinho" que leva pessoas a mudarem, previsivelmente, seus hábitos ou comportamentos beneficiando a si e à sociedade como um todo. Nesse sentido, usando os atalhos mentais/heurísticas, desenham-se contextos que motivem uma mudança de hábitos ou comportamentos. Isso sem restringir nenhuma das opções nem mudar significativamente os incentivos econômicos.

O grande desafio, nesses casos, é como descobrir o contexto mais efetivo para os diferentes estratos de pessoas que serão impactadas. Para isso, sempre que possível, conduzem-se testes controlados e randomizados (RCTs), isto é, inclui-se um grupo de controle e diversos grupos de tratamento, um para cada contexto desenhado. E com base em resultados empíricos, a lógica do Nudge identifica o desenho mais efetivo de uma iniciativa ou política pública, antes de sua implantação em larga escala. Alguns exemplos podem ilustrar o que estamos colocando aqui: em Amsterdam, pintaram uma mosca no fundo do mictório. Os homens tentam acertar a mosca e assim reduziu-se o respingo de urina no banheiro em 80%. Na Inglaterra, mensagens motivacionais semanais para os alunos reduziram em 7% o absenteísmo e em 33% o abandono escolar.

No Brasil, nos últimos dois anos, em parceria com diferentes organizações internacionais, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem estruturado e realizado diferentes projetos de Nudge: Redução do índice de desistência no tratamento de tuberculose, em parceria com o Banco Mundial; aumento do envolvimento dos pais na educação dos filhos e antecipação de matrícula; maior atividade física entre idosos; menor fechamento de cruzamentos; maior adesão ao portal da Prefeitura etc. Mas, a maioria das ações tem se concentrado em recuperação de impostos. Exemplos: a) Uma carta ao fim do ano com dada mensagem conseguiu arrecadar 200% a mais de IPTU em atraso que a carta padrão; b) as cartas utilizaram diferentes heurísticas e foi 60% mais efetiva que a carta padrão em evitar que o cidadão entrasse na dívida ativa do município. Percebe? Por meio de estímulos planejados, conseguimos transformar nossa realidade.

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