Bolsonaro vai a ato por ‘destituição’ de ministros do STF em Brasília e envia vídeo a aliados em SP


Presidente cumprimentou apoiadores e voltou para o Alvorada sem discursar após 10 minutos; aos aliados reunidos em SP enviou vídeo agradecendo manifestação e afirmando dever "lealdade" a grupo

Por Iander Porcella, Daniel Weterman e Renato Vasconcelos

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida participação no ato organizado em Brasília por seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. Ele chegou por volta de 11h30 e não discursou. Já em São Paulo, sem participar presencialmente, Bolsonaro optou por enviar um vídeo transmitido por um telão na tarde deste domingo, 1º, a aliados que se reuniam na Avenida Paulista.  O presidente falou em "lealdade" aos que acreditam em seu governo. 

Movimentos de direita como o Vem Pra Rua e o partido PTB convocaram apoiadores para participar de ato em São Paulo em favor ao governo Bolsonaro. Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

"Essa manifestação é pacífica como todas as demais em defesa da Constituição, da família e da liberdade", disse Bolsonaro, por vídeo. "Devo lealdade a todos vocês, temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo." Ele também voltou a dizer que o "bem sempre vence o mal" e que estará "sempre ao lado dapopulação brasileira".

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Na Paulista, faixas carregadas por manifestantes pedem o impeachment do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a demissão coletiva dos ministros do STF. Imagens do deputado federal Daniel Silveira (PTB) também estavam afixados em alguns dos palcos e carros de som posicionados na avenida. Ele é esperado por volta das 17h.

Brasília

Pela manhã, o presidente foi até o ato na Esplanada dos Ministérios, cumprimentou apoiadores, mas não subiu no trio elétrico. "Vim cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica e em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade", afirmou, em trasmissão ao vivo em suas redes sociais.

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Bolsonaro cumprimentou apoiadores que manifestam apoio a ele e seu polêmico aliado, deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em Brasília no dia 1º de maio de 2022. Foto: EVARISTO SA / AFP

Apesar de não discursar, a presença de Bolsonaro na Esplanada foi anunciada pelo carro de som. O presidente foi chamado  de "imorrível", "imbrochável" e "incomível".  "Parabéns ao povo de Brasília e de todo o Brasil que hoje estarão (sic) às ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso”, disse, antes de ir embora. 

Aliados de Bolsonaro tinham o aconselhado a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise. 

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Bolsonaristas circularam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como “Meu partido é o Brasil”, “Deus, Pátria e Liberdade” e “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”. Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Fora, Xandão”, gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede “criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF)". 

Ato bolsonarista em Brasília, no dia 1º de maio. Foto: Iander Porcella/Estadão

O ato também tem faixas com críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, discursou no ato e afirmou que há uma luta do bem contra o mal. “O que eu tenho pregado é que nós não podemos desistir do Brasil. Nós precisamos que o bem vença o mal”, afirmou o ministro.

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“Não aceitamos Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro atacando a liberdade de expressão. Nós jamais aceitaremos”, disse o deputado Sanderson (PL-RS), também presente. “Ontem foi com o deputado Daniel Silveira, amanhã será com o deputado Sanderson, ou com a deputada Bia Kicis, ou com qualquer um de nós.” Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Silveira já participou de atos em Niterói e Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Nos atos, o deputado disse que "a liberdade vale mais que a própria vida" e pediu votos para o presidente Bolsonaro. "Pedir que cada um seja o maior cabo eleitoral de Jair Bolsonaro. Eu estou aqui por ele", disse Daniel.

O número de apoiadores em Brasília era menor do que o registrado no 7 de Setembro do ano passado, por exemplo. O grupo se concentrou neste domingo no gramado entre o Ministério da Justiça e o Itamaraty, mas não chegou a preencher todo o espaço reservado para o ato.

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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida participação no ato organizado em Brasília por seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. Ele chegou por volta de 11h30 e não discursou. Já em São Paulo, sem participar presencialmente, Bolsonaro optou por enviar um vídeo transmitido por um telão na tarde deste domingo, 1º, a aliados que se reuniam na Avenida Paulista.  O presidente falou em "lealdade" aos que acreditam em seu governo. 

Movimentos de direita como o Vem Pra Rua e o partido PTB convocaram apoiadores para participar de ato em São Paulo em favor ao governo Bolsonaro. Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

"Essa manifestação é pacífica como todas as demais em defesa da Constituição, da família e da liberdade", disse Bolsonaro, por vídeo. "Devo lealdade a todos vocês, temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo." Ele também voltou a dizer que o "bem sempre vence o mal" e que estará "sempre ao lado dapopulação brasileira".

Na Paulista, faixas carregadas por manifestantes pedem o impeachment do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a demissão coletiva dos ministros do STF. Imagens do deputado federal Daniel Silveira (PTB) também estavam afixados em alguns dos palcos e carros de som posicionados na avenida. Ele é esperado por volta das 17h.

Brasília

Pela manhã, o presidente foi até o ato na Esplanada dos Ministérios, cumprimentou apoiadores, mas não subiu no trio elétrico. "Vim cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica e em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade", afirmou, em trasmissão ao vivo em suas redes sociais.

Bolsonaro cumprimentou apoiadores que manifestam apoio a ele e seu polêmico aliado, deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em Brasília no dia 1º de maio de 2022. Foto: EVARISTO SA / AFP

Apesar de não discursar, a presença de Bolsonaro na Esplanada foi anunciada pelo carro de som. O presidente foi chamado  de "imorrível", "imbrochável" e "incomível".  "Parabéns ao povo de Brasília e de todo o Brasil que hoje estarão (sic) às ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso”, disse, antes de ir embora. 

Aliados de Bolsonaro tinham o aconselhado a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise. 

Bolsonaristas circularam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como “Meu partido é o Brasil”, “Deus, Pátria e Liberdade” e “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”. Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Fora, Xandão”, gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede “criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF)". 

Ato bolsonarista em Brasília, no dia 1º de maio. Foto: Iander Porcella/Estadão

O ato também tem faixas com críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, discursou no ato e afirmou que há uma luta do bem contra o mal. “O que eu tenho pregado é que nós não podemos desistir do Brasil. Nós precisamos que o bem vença o mal”, afirmou o ministro.

“Não aceitamos Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro atacando a liberdade de expressão. Nós jamais aceitaremos”, disse o deputado Sanderson (PL-RS), também presente. “Ontem foi com o deputado Daniel Silveira, amanhã será com o deputado Sanderson, ou com a deputada Bia Kicis, ou com qualquer um de nós.” Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Silveira já participou de atos em Niterói e Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Nos atos, o deputado disse que "a liberdade vale mais que a própria vida" e pediu votos para o presidente Bolsonaro. "Pedir que cada um seja o maior cabo eleitoral de Jair Bolsonaro. Eu estou aqui por ele", disse Daniel.

O número de apoiadores em Brasília era menor do que o registrado no 7 de Setembro do ano passado, por exemplo. O grupo se concentrou neste domingo no gramado entre o Ministério da Justiça e o Itamaraty, mas não chegou a preencher todo o espaço reservado para o ato.

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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida participação no ato organizado em Brasília por seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. Ele chegou por volta de 11h30 e não discursou. Já em São Paulo, sem participar presencialmente, Bolsonaro optou por enviar um vídeo transmitido por um telão na tarde deste domingo, 1º, a aliados que se reuniam na Avenida Paulista.  O presidente falou em "lealdade" aos que acreditam em seu governo. 

Movimentos de direita como o Vem Pra Rua e o partido PTB convocaram apoiadores para participar de ato em São Paulo em favor ao governo Bolsonaro. Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

"Essa manifestação é pacífica como todas as demais em defesa da Constituição, da família e da liberdade", disse Bolsonaro, por vídeo. "Devo lealdade a todos vocês, temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo." Ele também voltou a dizer que o "bem sempre vence o mal" e que estará "sempre ao lado dapopulação brasileira".

Na Paulista, faixas carregadas por manifestantes pedem o impeachment do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a demissão coletiva dos ministros do STF. Imagens do deputado federal Daniel Silveira (PTB) também estavam afixados em alguns dos palcos e carros de som posicionados na avenida. Ele é esperado por volta das 17h.

Brasília

Pela manhã, o presidente foi até o ato na Esplanada dos Ministérios, cumprimentou apoiadores, mas não subiu no trio elétrico. "Vim cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica e em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade", afirmou, em trasmissão ao vivo em suas redes sociais.

Bolsonaro cumprimentou apoiadores que manifestam apoio a ele e seu polêmico aliado, deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em Brasília no dia 1º de maio de 2022. Foto: EVARISTO SA / AFP

Apesar de não discursar, a presença de Bolsonaro na Esplanada foi anunciada pelo carro de som. O presidente foi chamado  de "imorrível", "imbrochável" e "incomível".  "Parabéns ao povo de Brasília e de todo o Brasil que hoje estarão (sic) às ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso”, disse, antes de ir embora. 

Aliados de Bolsonaro tinham o aconselhado a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise. 

Bolsonaristas circularam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como “Meu partido é o Brasil”, “Deus, Pátria e Liberdade” e “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”. Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Fora, Xandão”, gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede “criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF)". 

Ato bolsonarista em Brasília, no dia 1º de maio. Foto: Iander Porcella/Estadão

O ato também tem faixas com críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, discursou no ato e afirmou que há uma luta do bem contra o mal. “O que eu tenho pregado é que nós não podemos desistir do Brasil. Nós precisamos que o bem vença o mal”, afirmou o ministro.

“Não aceitamos Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro atacando a liberdade de expressão. Nós jamais aceitaremos”, disse o deputado Sanderson (PL-RS), também presente. “Ontem foi com o deputado Daniel Silveira, amanhã será com o deputado Sanderson, ou com a deputada Bia Kicis, ou com qualquer um de nós.” Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Silveira já participou de atos em Niterói e Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Nos atos, o deputado disse que "a liberdade vale mais que a própria vida" e pediu votos para o presidente Bolsonaro. "Pedir que cada um seja o maior cabo eleitoral de Jair Bolsonaro. Eu estou aqui por ele", disse Daniel.

O número de apoiadores em Brasília era menor do que o registrado no 7 de Setembro do ano passado, por exemplo. O grupo se concentrou neste domingo no gramado entre o Ministério da Justiça e o Itamaraty, mas não chegou a preencher todo o espaço reservado para o ato.

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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida participação no ato organizado em Brasília por seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. Ele chegou por volta de 11h30 e não discursou. Já em São Paulo, sem participar presencialmente, Bolsonaro optou por enviar um vídeo transmitido por um telão na tarde deste domingo, 1º, a aliados que se reuniam na Avenida Paulista.  O presidente falou em "lealdade" aos que acreditam em seu governo. 

Movimentos de direita como o Vem Pra Rua e o partido PTB convocaram apoiadores para participar de ato em São Paulo em favor ao governo Bolsonaro. Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

"Essa manifestação é pacífica como todas as demais em defesa da Constituição, da família e da liberdade", disse Bolsonaro, por vídeo. "Devo lealdade a todos vocês, temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares, defende a família e deve lealdade ao seu povo." Ele também voltou a dizer que o "bem sempre vence o mal" e que estará "sempre ao lado dapopulação brasileira".

Na Paulista, faixas carregadas por manifestantes pedem o impeachment do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a demissão coletiva dos ministros do STF. Imagens do deputado federal Daniel Silveira (PTB) também estavam afixados em alguns dos palcos e carros de som posicionados na avenida. Ele é esperado por volta das 17h.

Brasília

Pela manhã, o presidente foi até o ato na Esplanada dos Ministérios, cumprimentou apoiadores, mas não subiu no trio elétrico. "Vim cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica e em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade", afirmou, em trasmissão ao vivo em suas redes sociais.

Bolsonaro cumprimentou apoiadores que manifestam apoio a ele e seu polêmico aliado, deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em Brasília no dia 1º de maio de 2022. Foto: EVARISTO SA / AFP

Apesar de não discursar, a presença de Bolsonaro na Esplanada foi anunciada pelo carro de som. O presidente foi chamado  de "imorrível", "imbrochável" e "incomível".  "Parabéns ao povo de Brasília e de todo o Brasil que hoje estarão (sic) às ruas. Estamos juntos, o Brasil é nosso”, disse, antes de ir embora. 

Aliados de Bolsonaro tinham o aconselhado a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise. 

Bolsonaristas circularam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como “Meu partido é o Brasil”, “Deus, Pátria e Liberdade” e “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”. Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Fora, Xandão”, gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede “criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF)". 

Ato bolsonarista em Brasília, no dia 1º de maio. Foto: Iander Porcella/Estadão

O ato também tem faixas com críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, discursou no ato e afirmou que há uma luta do bem contra o mal. “O que eu tenho pregado é que nós não podemos desistir do Brasil. Nós precisamos que o bem vença o mal”, afirmou o ministro.

“Não aceitamos Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro atacando a liberdade de expressão. Nós jamais aceitaremos”, disse o deputado Sanderson (PL-RS), também presente. “Ontem foi com o deputado Daniel Silveira, amanhã será com o deputado Sanderson, ou com a deputada Bia Kicis, ou com qualquer um de nós.” Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Silveira já participou de atos em Niterói e Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Nos atos, o deputado disse que "a liberdade vale mais que a própria vida" e pediu votos para o presidente Bolsonaro. "Pedir que cada um seja o maior cabo eleitoral de Jair Bolsonaro. Eu estou aqui por ele", disse Daniel.

O número de apoiadores em Brasília era menor do que o registrado no 7 de Setembro do ano passado, por exemplo. O grupo se concentrou neste domingo no gramado entre o Ministério da Justiça e o Itamaraty, mas não chegou a preencher todo o espaço reservado para o ato.

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