Briga entre índios e fazendeiros em MS gerou 87 processos


Levantamento da Procuradoria da República confirma dados veiculados pelo ?Estado? sobre cenário de conflitos

Por Roldão Arruda

Ao fazer um levantamento sobre conflitos agrários envolvendo índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, a Procuradoria da República constatou que existem 87 processos tramitando no Tribunal Regional Federal da 3ª Região sobre essa questão. O levantamento, concluído ontem, também apontou que tais batalhas judiciais representam apenas parte do conflito. Segundo os procuradores regionais, ele é marcado também por violências contra os índios, ameaças e mortes. O levantamento foi feito logo após o Estado ter publicado reportagem mostrando que, finda a disputa judicial pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mato Grosso do Sul passa a ocupar o primeiro plano no cenário dos conflitos fundiários envolvendo indígenas em todo o País. O trabalho, que será divulgado oficialmente em Campo Grande nos próximos dias, confirma que o clima de tensão na região aumenta a cada dia. Um indicador disso foi a decisão, anunciada pelo TRF no mês passado, de transferir para São Paulo o tribunal do júri sobre o assassinato do cacique guarani Marcos Veron, ocorrido em 2003. O júri, inicialmente previsto para a cidade de Dourados, poderia ter sido transferido para a capital do Estado. Mas a corte preferiu desaforá-lo para São Paulo, por entender que preconceitos contra os índios estariam espalhados por todo o Estado - o que prejudicaria o julgamento. Os processos levantados pelos procuradores envolvem mandados de segurança, ações declaratórias e possessórias, movidas principalmente pelos fazendeiros. Mas também existem ações propostas pelo Ministério Público e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para o antropólogo Márcio Meira, presidente da Funai, a solução para os conflitos em torno das terras dos índios guaranis-caiuás, concentrados principalmente no sul do Estado, agora está no centro das preocupações da instituição. "Resolvida a questão da Raposa, a maior pendência fundiária do País é a dos guaranis, em Mato Grosso do Sul", disse ele ao Estado. "As outras questões pendentes são pontuais, isoladas." Nos próximos dias, grupos de trabalho da Funai voltarão a percorrer a região sul do Estado, para fazer levantamentos sobre prováveis áreas de terras pertencentes aos guaranis. Na opinião dos fazendeiros, essas ações só aumentam a intranquilidade. "Estamos falando de 26 municípios com alta densidade demográfica, com milhares de proprietários com títulos legais. Não é possível chegar aqui e dizer que está tudo errado", diz Roseli Maria Rui, coordenadora da Recove, organização que reúne produtores rurais do sul do Estado.

Ao fazer um levantamento sobre conflitos agrários envolvendo índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, a Procuradoria da República constatou que existem 87 processos tramitando no Tribunal Regional Federal da 3ª Região sobre essa questão. O levantamento, concluído ontem, também apontou que tais batalhas judiciais representam apenas parte do conflito. Segundo os procuradores regionais, ele é marcado também por violências contra os índios, ameaças e mortes. O levantamento foi feito logo após o Estado ter publicado reportagem mostrando que, finda a disputa judicial pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mato Grosso do Sul passa a ocupar o primeiro plano no cenário dos conflitos fundiários envolvendo indígenas em todo o País. O trabalho, que será divulgado oficialmente em Campo Grande nos próximos dias, confirma que o clima de tensão na região aumenta a cada dia. Um indicador disso foi a decisão, anunciada pelo TRF no mês passado, de transferir para São Paulo o tribunal do júri sobre o assassinato do cacique guarani Marcos Veron, ocorrido em 2003. O júri, inicialmente previsto para a cidade de Dourados, poderia ter sido transferido para a capital do Estado. Mas a corte preferiu desaforá-lo para São Paulo, por entender que preconceitos contra os índios estariam espalhados por todo o Estado - o que prejudicaria o julgamento. Os processos levantados pelos procuradores envolvem mandados de segurança, ações declaratórias e possessórias, movidas principalmente pelos fazendeiros. Mas também existem ações propostas pelo Ministério Público e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para o antropólogo Márcio Meira, presidente da Funai, a solução para os conflitos em torno das terras dos índios guaranis-caiuás, concentrados principalmente no sul do Estado, agora está no centro das preocupações da instituição. "Resolvida a questão da Raposa, a maior pendência fundiária do País é a dos guaranis, em Mato Grosso do Sul", disse ele ao Estado. "As outras questões pendentes são pontuais, isoladas." Nos próximos dias, grupos de trabalho da Funai voltarão a percorrer a região sul do Estado, para fazer levantamentos sobre prováveis áreas de terras pertencentes aos guaranis. Na opinião dos fazendeiros, essas ações só aumentam a intranquilidade. "Estamos falando de 26 municípios com alta densidade demográfica, com milhares de proprietários com títulos legais. Não é possível chegar aqui e dizer que está tudo errado", diz Roseli Maria Rui, coordenadora da Recove, organização que reúne produtores rurais do sul do Estado.

Ao fazer um levantamento sobre conflitos agrários envolvendo índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, a Procuradoria da República constatou que existem 87 processos tramitando no Tribunal Regional Federal da 3ª Região sobre essa questão. O levantamento, concluído ontem, também apontou que tais batalhas judiciais representam apenas parte do conflito. Segundo os procuradores regionais, ele é marcado também por violências contra os índios, ameaças e mortes. O levantamento foi feito logo após o Estado ter publicado reportagem mostrando que, finda a disputa judicial pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mato Grosso do Sul passa a ocupar o primeiro plano no cenário dos conflitos fundiários envolvendo indígenas em todo o País. O trabalho, que será divulgado oficialmente em Campo Grande nos próximos dias, confirma que o clima de tensão na região aumenta a cada dia. Um indicador disso foi a decisão, anunciada pelo TRF no mês passado, de transferir para São Paulo o tribunal do júri sobre o assassinato do cacique guarani Marcos Veron, ocorrido em 2003. O júri, inicialmente previsto para a cidade de Dourados, poderia ter sido transferido para a capital do Estado. Mas a corte preferiu desaforá-lo para São Paulo, por entender que preconceitos contra os índios estariam espalhados por todo o Estado - o que prejudicaria o julgamento. Os processos levantados pelos procuradores envolvem mandados de segurança, ações declaratórias e possessórias, movidas principalmente pelos fazendeiros. Mas também existem ações propostas pelo Ministério Público e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para o antropólogo Márcio Meira, presidente da Funai, a solução para os conflitos em torno das terras dos índios guaranis-caiuás, concentrados principalmente no sul do Estado, agora está no centro das preocupações da instituição. "Resolvida a questão da Raposa, a maior pendência fundiária do País é a dos guaranis, em Mato Grosso do Sul", disse ele ao Estado. "As outras questões pendentes são pontuais, isoladas." Nos próximos dias, grupos de trabalho da Funai voltarão a percorrer a região sul do Estado, para fazer levantamentos sobre prováveis áreas de terras pertencentes aos guaranis. Na opinião dos fazendeiros, essas ações só aumentam a intranquilidade. "Estamos falando de 26 municípios com alta densidade demográfica, com milhares de proprietários com títulos legais. Não é possível chegar aqui e dizer que está tudo errado", diz Roseli Maria Rui, coordenadora da Recove, organização que reúne produtores rurais do sul do Estado.

Ao fazer um levantamento sobre conflitos agrários envolvendo índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul, a Procuradoria da República constatou que existem 87 processos tramitando no Tribunal Regional Federal da 3ª Região sobre essa questão. O levantamento, concluído ontem, também apontou que tais batalhas judiciais representam apenas parte do conflito. Segundo os procuradores regionais, ele é marcado também por violências contra os índios, ameaças e mortes. O levantamento foi feito logo após o Estado ter publicado reportagem mostrando que, finda a disputa judicial pela Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mato Grosso do Sul passa a ocupar o primeiro plano no cenário dos conflitos fundiários envolvendo indígenas em todo o País. O trabalho, que será divulgado oficialmente em Campo Grande nos próximos dias, confirma que o clima de tensão na região aumenta a cada dia. Um indicador disso foi a decisão, anunciada pelo TRF no mês passado, de transferir para São Paulo o tribunal do júri sobre o assassinato do cacique guarani Marcos Veron, ocorrido em 2003. O júri, inicialmente previsto para a cidade de Dourados, poderia ter sido transferido para a capital do Estado. Mas a corte preferiu desaforá-lo para São Paulo, por entender que preconceitos contra os índios estariam espalhados por todo o Estado - o que prejudicaria o julgamento. Os processos levantados pelos procuradores envolvem mandados de segurança, ações declaratórias e possessórias, movidas principalmente pelos fazendeiros. Mas também existem ações propostas pelo Ministério Público e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para o antropólogo Márcio Meira, presidente da Funai, a solução para os conflitos em torno das terras dos índios guaranis-caiuás, concentrados principalmente no sul do Estado, agora está no centro das preocupações da instituição. "Resolvida a questão da Raposa, a maior pendência fundiária do País é a dos guaranis, em Mato Grosso do Sul", disse ele ao Estado. "As outras questões pendentes são pontuais, isoladas." Nos próximos dias, grupos de trabalho da Funai voltarão a percorrer a região sul do Estado, para fazer levantamentos sobre prováveis áreas de terras pertencentes aos guaranis. Na opinião dos fazendeiros, essas ações só aumentam a intranquilidade. "Estamos falando de 26 municípios com alta densidade demográfica, com milhares de proprietários com títulos legais. Não é possível chegar aqui e dizer que está tudo errado", diz Roseli Maria Rui, coordenadora da Recove, organização que reúne produtores rurais do sul do Estado.

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