Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Lula vai vetar projeto do marco temporal aprovado pelo Congresso. Os bastidores da festa de Renan


Nesse jogo, Lula deixaria sua base aliada no Congresso livre para derrubar o seu veto. Uma iniciativa inócua, uma vez que a nova lei certamente será questionada no Supremo

Por Andreza Matais
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem outra alternativa a não ser vetar o projeto do marco temporal e devolver ao Congresso a briga com o Supremo Tribunal Federal (STF), dizem seus principais interlocutores. Para não ficar com a batata quente na mão, Lula irá vetar a proposta com um argumento que convence qualquer político: seu eleitorado não aceitaria outra posição do seu governo.

Nesse jogo, Lula deixaria sua base aliada no Congresso livre para derrubar o seu veto. Uma iniciativa que ele sabe ser inócua, uma vez que a nova lei será certamente questionada no Supremo. E a posição da Corte está tomada. O Congresso é a favor da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, enquanto o Supremo é contra.

Poucas horas depois da votação, toda classe política se reuniu na casa da ex-senadora Kátia Abreu para festejar os 68 anos do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A avaliação era a mesma. Faltou habilidade da parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para evitar a votação e o desgaste do parlamento.

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O evento atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados... Pacheco também foi. Quando o assunto chegou o tema mudou.

O aniversário de Renan reuniu mais candidato por metro quadrado do que campanha eleitoral. O ministro da Justiça, Flávio Dino, não perdeu a piada. Cotado para ministro do Supremo, no lugar de Rosa Weber, e também para a eleição presidencial de 2026, brincou que aproveitaria para pedir votos, deixando o eleitorado livre para escolher o cargo.

O aniversário de Renan Calheiros realizado nesta quarta-feira, 28, atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados, desembargadores e até Pacheco. Foto: Andreza Matais/Estadão
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Não houve “climão”. A anfitriã, Kátia Abreu, soube acomodar Dino e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, na mesma sala. Os dois “disputam” a vaga de ministro do Supremo. “O (Jorge) Messias só não veio porque tinha outro compromisso”, brincava a ex-senadora sobre mais um de olho na vaga. Em público os candidatos são todos amigos. Nos bastidores, a guerra é deflagrada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também compareceu. Nome cotado no PT para sucessão presidencial caso Lula não dispute, Haddad circulou pouco e fixou numa rodinha mais reservada. “Eu queria era estar ali com o pessoal do dinheiro”, seguia Dino fazendo graça da situação.

Na bolsa de apostas, a avaliação é que o ministro da Justiça é aquele candidato que todo mundo acha que pode ser o escolhido de Lula, mas que ninguém acha que ele realmente quer. É bom que se diga que esse raciocínio vale só para vaga ao Supremo...

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A festa reuniu ainda outros candidatos. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou rapidamente pelo local. Ele e Renan são candidatíssimos a presidir o Senado no biênio 2024-2025. A votação do marco temporal de forma acelerada pelo Senado, inclusive, passaria por isso. Aliado de Rodrigo Pacheco, Alcolumbre teria pressionado seu principal cabo eleitoral a incluir o tema na pauta como um movimento para atrair o apoio dos senadores bolsonaristas. Para os renanzistas foi um tiro no pé.

Ao menos um candidato aproveitou a noite para fazer campanha sem se preocupar com a concorrência. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), circulou livremente pela festa. Ele busca o apoio do Centrão e do MDB para presidir a Câmara com o fim do mandato de Arthur Lira (PP-AL), rival político do aniversariante.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem outra alternativa a não ser vetar o projeto do marco temporal e devolver ao Congresso a briga com o Supremo Tribunal Federal (STF), dizem seus principais interlocutores. Para não ficar com a batata quente na mão, Lula irá vetar a proposta com um argumento que convence qualquer político: seu eleitorado não aceitaria outra posição do seu governo.

Nesse jogo, Lula deixaria sua base aliada no Congresso livre para derrubar o seu veto. Uma iniciativa que ele sabe ser inócua, uma vez que a nova lei será certamente questionada no Supremo. E a posição da Corte está tomada. O Congresso é a favor da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, enquanto o Supremo é contra.

Poucas horas depois da votação, toda classe política se reuniu na casa da ex-senadora Kátia Abreu para festejar os 68 anos do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A avaliação era a mesma. Faltou habilidade da parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para evitar a votação e o desgaste do parlamento.

O evento atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados... Pacheco também foi. Quando o assunto chegou o tema mudou.

O aniversário de Renan reuniu mais candidato por metro quadrado do que campanha eleitoral. O ministro da Justiça, Flávio Dino, não perdeu a piada. Cotado para ministro do Supremo, no lugar de Rosa Weber, e também para a eleição presidencial de 2026, brincou que aproveitaria para pedir votos, deixando o eleitorado livre para escolher o cargo.

O aniversário de Renan Calheiros realizado nesta quarta-feira, 28, atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados, desembargadores e até Pacheco. Foto: Andreza Matais/Estadão

Não houve “climão”. A anfitriã, Kátia Abreu, soube acomodar Dino e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, na mesma sala. Os dois “disputam” a vaga de ministro do Supremo. “O (Jorge) Messias só não veio porque tinha outro compromisso”, brincava a ex-senadora sobre mais um de olho na vaga. Em público os candidatos são todos amigos. Nos bastidores, a guerra é deflagrada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também compareceu. Nome cotado no PT para sucessão presidencial caso Lula não dispute, Haddad circulou pouco e fixou numa rodinha mais reservada. “Eu queria era estar ali com o pessoal do dinheiro”, seguia Dino fazendo graça da situação.

Na bolsa de apostas, a avaliação é que o ministro da Justiça é aquele candidato que todo mundo acha que pode ser o escolhido de Lula, mas que ninguém acha que ele realmente quer. É bom que se diga que esse raciocínio vale só para vaga ao Supremo...

A festa reuniu ainda outros candidatos. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou rapidamente pelo local. Ele e Renan são candidatíssimos a presidir o Senado no biênio 2024-2025. A votação do marco temporal de forma acelerada pelo Senado, inclusive, passaria por isso. Aliado de Rodrigo Pacheco, Alcolumbre teria pressionado seu principal cabo eleitoral a incluir o tema na pauta como um movimento para atrair o apoio dos senadores bolsonaristas. Para os renanzistas foi um tiro no pé.

Ao menos um candidato aproveitou a noite para fazer campanha sem se preocupar com a concorrência. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), circulou livremente pela festa. Ele busca o apoio do Centrão e do MDB para presidir a Câmara com o fim do mandato de Arthur Lira (PP-AL), rival político do aniversariante.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem outra alternativa a não ser vetar o projeto do marco temporal e devolver ao Congresso a briga com o Supremo Tribunal Federal (STF), dizem seus principais interlocutores. Para não ficar com a batata quente na mão, Lula irá vetar a proposta com um argumento que convence qualquer político: seu eleitorado não aceitaria outra posição do seu governo.

Nesse jogo, Lula deixaria sua base aliada no Congresso livre para derrubar o seu veto. Uma iniciativa que ele sabe ser inócua, uma vez que a nova lei será certamente questionada no Supremo. E a posição da Corte está tomada. O Congresso é a favor da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, enquanto o Supremo é contra.

Poucas horas depois da votação, toda classe política se reuniu na casa da ex-senadora Kátia Abreu para festejar os 68 anos do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A avaliação era a mesma. Faltou habilidade da parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para evitar a votação e o desgaste do parlamento.

O evento atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados... Pacheco também foi. Quando o assunto chegou o tema mudou.

O aniversário de Renan reuniu mais candidato por metro quadrado do que campanha eleitoral. O ministro da Justiça, Flávio Dino, não perdeu a piada. Cotado para ministro do Supremo, no lugar de Rosa Weber, e também para a eleição presidencial de 2026, brincou que aproveitaria para pedir votos, deixando o eleitorado livre para escolher o cargo.

O aniversário de Renan Calheiros realizado nesta quarta-feira, 28, atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados, desembargadores e até Pacheco. Foto: Andreza Matais/Estadão

Não houve “climão”. A anfitriã, Kátia Abreu, soube acomodar Dino e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, na mesma sala. Os dois “disputam” a vaga de ministro do Supremo. “O (Jorge) Messias só não veio porque tinha outro compromisso”, brincava a ex-senadora sobre mais um de olho na vaga. Em público os candidatos são todos amigos. Nos bastidores, a guerra é deflagrada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também compareceu. Nome cotado no PT para sucessão presidencial caso Lula não dispute, Haddad circulou pouco e fixou numa rodinha mais reservada. “Eu queria era estar ali com o pessoal do dinheiro”, seguia Dino fazendo graça da situação.

Na bolsa de apostas, a avaliação é que o ministro da Justiça é aquele candidato que todo mundo acha que pode ser o escolhido de Lula, mas que ninguém acha que ele realmente quer. É bom que se diga que esse raciocínio vale só para vaga ao Supremo...

A festa reuniu ainda outros candidatos. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou rapidamente pelo local. Ele e Renan são candidatíssimos a presidir o Senado no biênio 2024-2025. A votação do marco temporal de forma acelerada pelo Senado, inclusive, passaria por isso. Aliado de Rodrigo Pacheco, Alcolumbre teria pressionado seu principal cabo eleitoral a incluir o tema na pauta como um movimento para atrair o apoio dos senadores bolsonaristas. Para os renanzistas foi um tiro no pé.

Ao menos um candidato aproveitou a noite para fazer campanha sem se preocupar com a concorrência. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), circulou livremente pela festa. Ele busca o apoio do Centrão e do MDB para presidir a Câmara com o fim do mandato de Arthur Lira (PP-AL), rival político do aniversariante.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem outra alternativa a não ser vetar o projeto do marco temporal e devolver ao Congresso a briga com o Supremo Tribunal Federal (STF), dizem seus principais interlocutores. Para não ficar com a batata quente na mão, Lula irá vetar a proposta com um argumento que convence qualquer político: seu eleitorado não aceitaria outra posição do seu governo.

Nesse jogo, Lula deixaria sua base aliada no Congresso livre para derrubar o seu veto. Uma iniciativa que ele sabe ser inócua, uma vez que a nova lei será certamente questionada no Supremo. E a posição da Corte está tomada. O Congresso é a favor da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, enquanto o Supremo é contra.

Poucas horas depois da votação, toda classe política se reuniu na casa da ex-senadora Kátia Abreu para festejar os 68 anos do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A avaliação era a mesma. Faltou habilidade da parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para evitar a votação e o desgaste do parlamento.

O evento atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados... Pacheco também foi. Quando o assunto chegou o tema mudou.

O aniversário de Renan reuniu mais candidato por metro quadrado do que campanha eleitoral. O ministro da Justiça, Flávio Dino, não perdeu a piada. Cotado para ministro do Supremo, no lugar de Rosa Weber, e também para a eleição presidencial de 2026, brincou que aproveitaria para pedir votos, deixando o eleitorado livre para escolher o cargo.

O aniversário de Renan Calheiros realizado nesta quarta-feira, 28, atraiu ministros de Lula, do Supremo, senadores, deputados, desembargadores e até Pacheco. Foto: Andreza Matais/Estadão

Não houve “climão”. A anfitriã, Kátia Abreu, soube acomodar Dino e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, na mesma sala. Os dois “disputam” a vaga de ministro do Supremo. “O (Jorge) Messias só não veio porque tinha outro compromisso”, brincava a ex-senadora sobre mais um de olho na vaga. Em público os candidatos são todos amigos. Nos bastidores, a guerra é deflagrada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também compareceu. Nome cotado no PT para sucessão presidencial caso Lula não dispute, Haddad circulou pouco e fixou numa rodinha mais reservada. “Eu queria era estar ali com o pessoal do dinheiro”, seguia Dino fazendo graça da situação.

Na bolsa de apostas, a avaliação é que o ministro da Justiça é aquele candidato que todo mundo acha que pode ser o escolhido de Lula, mas que ninguém acha que ele realmente quer. É bom que se diga que esse raciocínio vale só para vaga ao Supremo...

A festa reuniu ainda outros candidatos. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) passou rapidamente pelo local. Ele e Renan são candidatíssimos a presidir o Senado no biênio 2024-2025. A votação do marco temporal de forma acelerada pelo Senado, inclusive, passaria por isso. Aliado de Rodrigo Pacheco, Alcolumbre teria pressionado seu principal cabo eleitoral a incluir o tema na pauta como um movimento para atrair o apoio dos senadores bolsonaristas. Para os renanzistas foi um tiro no pé.

Ao menos um candidato aproveitou a noite para fazer campanha sem se preocupar com a concorrência. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), circulou livremente pela festa. Ele busca o apoio do Centrão e do MDB para presidir a Câmara com o fim do mandato de Arthur Lira (PP-AL), rival político do aniversariante.

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