A Comissão de Anistia declarou nesta sexta-feira, 5, o ex-governador de São Paulo Mário Covas como anistiado político e reconheceu que ele sofreu perseguição durante a ditadura militar (1964-1985), quando teve seus direitos políticos cassados por dez anos. O reconhecimento post mortem a Covas, que faleceu em 2001, foi o resultado de um processo iniciado por sua viúva, Florinda Gomes Cova, a dona Lila.
Com a decisão, a viúva receberá como indenização uma prestação única de 300 salários mínimos, com o teto de R$ 100 mil. É o mesmo valor concedido pela Comissão de Anistia em todos os casos de parlamentares cassados.
Mario Covas teve os direitos políticos cassados durante uma década, quando era deputado federal - entre março de 1969 e março de 1979. Durante este período, trabalhou como engenheiro na cidade de Santos, onde nasceu. A viúva do ex-governador foi representada na sessão por seu neto, o advogado Gustavo Covas Lopes.