Contrato da Covaxin ficou um mês sem fiscalização, diz servidora à CPI


Em depoimento, Regina Célia diz que foi nomeada fiscal em 20 de março, mas compra da Covaxin foi acertada em fevereiro

BRASÍLIA - Em depoimento prestado ontem à CPI da Covid, a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira disse que o contrato da vacina indiana Covaxin ficou quase um mês sem qualquer fiscalização. Regina Célia só foi nomeada fiscal desse contrato em 22 de março, embora a compra de 20 milhões de doses da Covaxin tenha sido fechada em 25 de fevereiro.

O governo decidiu suspender o negócio intermediado pela Precisa Medicamentos em 29 de junho, após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciarem um esquema de corrupção envolvendo a aquisição da vacina. Os dois disseram que levaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro, que teria atribuído as irregularidades a um “rolo” do líder do governo no Senado, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

A servidora Regina Célia, do Ministério da Saúde, depõe na CPI da Covid Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO
continua após a publicidade

Apontada pelos irmãos Miranda como a responsável por autorizar a importação da Covaxin, Regina Célia disse não ter visto “nada atípico” no processo de compra do imunizante. A servidora também afirmou que não conhece Barros pessoalmente. “Eu sei quem é porque é uma figura pública, mas não o conheço”, afirmou.

Regina Célia disse à CPI que trabalha no Ministério da Saúde desde o ano 2000, durante a gestão do ex-ministro José Serra e por várias vezes evitou falar sobre o fato de ter sido nomeada para outra função na pasta por Barros, que comandou a Saúde no governo de Michel Temer. Somente depois de pressionada ela admitiu que em duas ocasiões ocupou cargo em comissão quando Barros era ministro, entre 2016 e 2018.

Demitido na semana passada, Roberto Dias – que ocupava a diretoria do Departamento de Logística do Ministério da Saúde – vai depor nesta quarta-feira, 7, à CPI. Dias foi exonerado sob a acusação de que teria cobrado propina em outra negociação de vacina contra covid e também é visto como homem de confiança de Barros.

continua após a publicidade

Senadores observaram várias contradições no depoimento de Regina Célia, além da tentativa de proteger o líder do governo. A servidora foi questionada sobre o fato de ter feito um relatório somente em 23 de junho dizendo que o contrato para compra da Covaxin fora descumprido. “Seu relatório foi feito em junho, depois do escândalo, depois de a Comissão Parlamentar de Inquérito (indicar as irregularidades)”, criticou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). “Meu relatório foi feito antes. Só assinei depois porque saí de férias”, disse Regina Célia.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que, por omissão, ela deixou pessoas morrerem. “Eu estava aguardando a resposta da empresa ao último ofício enviado acerca da previsão de entrega (das vacinas)”, respondeu a servidora.

BRASÍLIA - Em depoimento prestado ontem à CPI da Covid, a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira disse que o contrato da vacina indiana Covaxin ficou quase um mês sem qualquer fiscalização. Regina Célia só foi nomeada fiscal desse contrato em 22 de março, embora a compra de 20 milhões de doses da Covaxin tenha sido fechada em 25 de fevereiro.

O governo decidiu suspender o negócio intermediado pela Precisa Medicamentos em 29 de junho, após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciarem um esquema de corrupção envolvendo a aquisição da vacina. Os dois disseram que levaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro, que teria atribuído as irregularidades a um “rolo” do líder do governo no Senado, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

A servidora Regina Célia, do Ministério da Saúde, depõe na CPI da Covid Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO

Apontada pelos irmãos Miranda como a responsável por autorizar a importação da Covaxin, Regina Célia disse não ter visto “nada atípico” no processo de compra do imunizante. A servidora também afirmou que não conhece Barros pessoalmente. “Eu sei quem é porque é uma figura pública, mas não o conheço”, afirmou.

Regina Célia disse à CPI que trabalha no Ministério da Saúde desde o ano 2000, durante a gestão do ex-ministro José Serra e por várias vezes evitou falar sobre o fato de ter sido nomeada para outra função na pasta por Barros, que comandou a Saúde no governo de Michel Temer. Somente depois de pressionada ela admitiu que em duas ocasiões ocupou cargo em comissão quando Barros era ministro, entre 2016 e 2018.

Demitido na semana passada, Roberto Dias – que ocupava a diretoria do Departamento de Logística do Ministério da Saúde – vai depor nesta quarta-feira, 7, à CPI. Dias foi exonerado sob a acusação de que teria cobrado propina em outra negociação de vacina contra covid e também é visto como homem de confiança de Barros.

Senadores observaram várias contradições no depoimento de Regina Célia, além da tentativa de proteger o líder do governo. A servidora foi questionada sobre o fato de ter feito um relatório somente em 23 de junho dizendo que o contrato para compra da Covaxin fora descumprido. “Seu relatório foi feito em junho, depois do escândalo, depois de a Comissão Parlamentar de Inquérito (indicar as irregularidades)”, criticou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). “Meu relatório foi feito antes. Só assinei depois porque saí de férias”, disse Regina Célia.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que, por omissão, ela deixou pessoas morrerem. “Eu estava aguardando a resposta da empresa ao último ofício enviado acerca da previsão de entrega (das vacinas)”, respondeu a servidora.

BRASÍLIA - Em depoimento prestado ontem à CPI da Covid, a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira disse que o contrato da vacina indiana Covaxin ficou quase um mês sem qualquer fiscalização. Regina Célia só foi nomeada fiscal desse contrato em 22 de março, embora a compra de 20 milhões de doses da Covaxin tenha sido fechada em 25 de fevereiro.

O governo decidiu suspender o negócio intermediado pela Precisa Medicamentos em 29 de junho, após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciarem um esquema de corrupção envolvendo a aquisição da vacina. Os dois disseram que levaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro, que teria atribuído as irregularidades a um “rolo” do líder do governo no Senado, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

A servidora Regina Célia, do Ministério da Saúde, depõe na CPI da Covid Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO

Apontada pelos irmãos Miranda como a responsável por autorizar a importação da Covaxin, Regina Célia disse não ter visto “nada atípico” no processo de compra do imunizante. A servidora também afirmou que não conhece Barros pessoalmente. “Eu sei quem é porque é uma figura pública, mas não o conheço”, afirmou.

Regina Célia disse à CPI que trabalha no Ministério da Saúde desde o ano 2000, durante a gestão do ex-ministro José Serra e por várias vezes evitou falar sobre o fato de ter sido nomeada para outra função na pasta por Barros, que comandou a Saúde no governo de Michel Temer. Somente depois de pressionada ela admitiu que em duas ocasiões ocupou cargo em comissão quando Barros era ministro, entre 2016 e 2018.

Demitido na semana passada, Roberto Dias – que ocupava a diretoria do Departamento de Logística do Ministério da Saúde – vai depor nesta quarta-feira, 7, à CPI. Dias foi exonerado sob a acusação de que teria cobrado propina em outra negociação de vacina contra covid e também é visto como homem de confiança de Barros.

Senadores observaram várias contradições no depoimento de Regina Célia, além da tentativa de proteger o líder do governo. A servidora foi questionada sobre o fato de ter feito um relatório somente em 23 de junho dizendo que o contrato para compra da Covaxin fora descumprido. “Seu relatório foi feito em junho, depois do escândalo, depois de a Comissão Parlamentar de Inquérito (indicar as irregularidades)”, criticou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). “Meu relatório foi feito antes. Só assinei depois porque saí de férias”, disse Regina Célia.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que, por omissão, ela deixou pessoas morrerem. “Eu estava aguardando a resposta da empresa ao último ofício enviado acerca da previsão de entrega (das vacinas)”, respondeu a servidora.

BRASÍLIA - Em depoimento prestado ontem à CPI da Covid, a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira disse que o contrato da vacina indiana Covaxin ficou quase um mês sem qualquer fiscalização. Regina Célia só foi nomeada fiscal desse contrato em 22 de março, embora a compra de 20 milhões de doses da Covaxin tenha sido fechada em 25 de fevereiro.

O governo decidiu suspender o negócio intermediado pela Precisa Medicamentos em 29 de junho, após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciarem um esquema de corrupção envolvendo a aquisição da vacina. Os dois disseram que levaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro, que teria atribuído as irregularidades a um “rolo” do líder do governo no Senado, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

A servidora Regina Célia, do Ministério da Saúde, depõe na CPI da Covid Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO

Apontada pelos irmãos Miranda como a responsável por autorizar a importação da Covaxin, Regina Célia disse não ter visto “nada atípico” no processo de compra do imunizante. A servidora também afirmou que não conhece Barros pessoalmente. “Eu sei quem é porque é uma figura pública, mas não o conheço”, afirmou.

Regina Célia disse à CPI que trabalha no Ministério da Saúde desde o ano 2000, durante a gestão do ex-ministro José Serra e por várias vezes evitou falar sobre o fato de ter sido nomeada para outra função na pasta por Barros, que comandou a Saúde no governo de Michel Temer. Somente depois de pressionada ela admitiu que em duas ocasiões ocupou cargo em comissão quando Barros era ministro, entre 2016 e 2018.

Demitido na semana passada, Roberto Dias – que ocupava a diretoria do Departamento de Logística do Ministério da Saúde – vai depor nesta quarta-feira, 7, à CPI. Dias foi exonerado sob a acusação de que teria cobrado propina em outra negociação de vacina contra covid e também é visto como homem de confiança de Barros.

Senadores observaram várias contradições no depoimento de Regina Célia, além da tentativa de proteger o líder do governo. A servidora foi questionada sobre o fato de ter feito um relatório somente em 23 de junho dizendo que o contrato para compra da Covaxin fora descumprido. “Seu relatório foi feito em junho, depois do escândalo, depois de a Comissão Parlamentar de Inquérito (indicar as irregularidades)”, criticou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). “Meu relatório foi feito antes. Só assinei depois porque saí de férias”, disse Regina Célia.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que, por omissão, ela deixou pessoas morrerem. “Eu estava aguardando a resposta da empresa ao último ofício enviado acerca da previsão de entrega (das vacinas)”, respondeu a servidora.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.