‘CPI da JBS deve ouvir Rocha Loures e Aécio’


Presidente da comissão mista diz que vai pôr em votação requerimentos para chamar citados na delação do Grupo J&F

Por Thiago Faria

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse ao Estado que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) podem ser ouvidos na comissão. “Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida.” Ambos são citados na delação do Grupo J&F, que controla a JBS.

Senador Ataídes Oliveira, presidente da CPI da JBS Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A CPI perdeu sentido após a rescisão do acordo de delação e prisão de executivos da J&F?

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Ao contrário. Agora nos deu mais entusiasmo e determinação para ir a fundo e trazer à tona a negociação da delação superpremiada. Tirar esse manto que ainda há sobre a delação.

O sr. vê necessidade de rever a legislação que trata de delação?

O instituto da delação muitíssimo me agrada. Se não fosse essa lei, a impunidade iria continuar reinando. Entretanto, não há nada que seja bom que não possa ser melhorado. Acredito que, ao fim dos trabalhos da CPI mista, haverá possibilidade de melhorar a lei. A história da quarentena para membros que deixam o Ministério Público, por exemplo.

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O sub-relator, deputado Delegado Francischini (SD-PR), defende aval da PF para acordos de delação. O sr. concorda?

Estou plenamente de acordo. Não pode uma delação ser autorizada sem a participação da PF. Fica manco.

E sobre limites a benefícios e a restrição para assinatura de acordo por presos provisoriamente?

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Se não fosse essa prisão preventiva, a Lava Jato não existiria mais. A prisão preventiva é fundamental para a investigação dos fatos. Ninguém é preso preventivamente por estar numa igreja rezando. Podemos melhorar a legislação e essa parte pode ser melhorada, mas ela me agrada. É a forma de se chegar aos fatos.

A CPI tem relator da tropa de choque de Temer e maioria da base. É controlada pelo governo?

Não sou funcionário do Planalto nem do PSDB. Sou extremamente independente. Não tenho um pingo de vaidade pelo poder, zero. Como presidente da CPI mista, jamais estaria a serviço do Planalto.

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Quem deve ser ouvido?

Por enquanto devemos começar pelos procuradores Angelo Goulart e Marcello Miller.

E delatados, como Rodrigo Rocha Loures e Aécio Neves?

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Não sei se tem requerimento para eles. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Não vamos chamar agora o Lula nem a Dilma. O momento não é para chamá-los. Como presidente, eu poderia já pautar esses requerimentos, que já estão feitos. Mas não quero que a CPI mista vire palco de discurso político.

Ouvir os delatados não seria uma forma de esclarecer?

Sem dúvida. Vamos ouvir os delatados, além do Joesley e Wesley (Batista), o Ricardo Saud (ex-executivo da J&F), outros mais. Mas é muita gente.

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E o Rocha Loures?

Não fiz o requerimento, mas acredito que tenha. Se tiver, vamos ouvir também.

O senador Aécio Neves também se enquadra nessa lógica?

Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida. 

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse ao Estado que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) podem ser ouvidos na comissão. “Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida.” Ambos são citados na delação do Grupo J&F, que controla a JBS.

Senador Ataídes Oliveira, presidente da CPI da JBS Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A CPI perdeu sentido após a rescisão do acordo de delação e prisão de executivos da J&F?

Ao contrário. Agora nos deu mais entusiasmo e determinação para ir a fundo e trazer à tona a negociação da delação superpremiada. Tirar esse manto que ainda há sobre a delação.

O sr. vê necessidade de rever a legislação que trata de delação?

O instituto da delação muitíssimo me agrada. Se não fosse essa lei, a impunidade iria continuar reinando. Entretanto, não há nada que seja bom que não possa ser melhorado. Acredito que, ao fim dos trabalhos da CPI mista, haverá possibilidade de melhorar a lei. A história da quarentena para membros que deixam o Ministério Público, por exemplo.

O sub-relator, deputado Delegado Francischini (SD-PR), defende aval da PF para acordos de delação. O sr. concorda?

Estou plenamente de acordo. Não pode uma delação ser autorizada sem a participação da PF. Fica manco.

E sobre limites a benefícios e a restrição para assinatura de acordo por presos provisoriamente?

Se não fosse essa prisão preventiva, a Lava Jato não existiria mais. A prisão preventiva é fundamental para a investigação dos fatos. Ninguém é preso preventivamente por estar numa igreja rezando. Podemos melhorar a legislação e essa parte pode ser melhorada, mas ela me agrada. É a forma de se chegar aos fatos.

A CPI tem relator da tropa de choque de Temer e maioria da base. É controlada pelo governo?

Não sou funcionário do Planalto nem do PSDB. Sou extremamente independente. Não tenho um pingo de vaidade pelo poder, zero. Como presidente da CPI mista, jamais estaria a serviço do Planalto.

Quem deve ser ouvido?

Por enquanto devemos começar pelos procuradores Angelo Goulart e Marcello Miller.

E delatados, como Rodrigo Rocha Loures e Aécio Neves?

Não sei se tem requerimento para eles. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Não vamos chamar agora o Lula nem a Dilma. O momento não é para chamá-los. Como presidente, eu poderia já pautar esses requerimentos, que já estão feitos. Mas não quero que a CPI mista vire palco de discurso político.

Ouvir os delatados não seria uma forma de esclarecer?

Sem dúvida. Vamos ouvir os delatados, além do Joesley e Wesley (Batista), o Ricardo Saud (ex-executivo da J&F), outros mais. Mas é muita gente.

E o Rocha Loures?

Não fiz o requerimento, mas acredito que tenha. Se tiver, vamos ouvir também.

O senador Aécio Neves também se enquadra nessa lógica?

Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida. 

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse ao Estado que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) podem ser ouvidos na comissão. “Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida.” Ambos são citados na delação do Grupo J&F, que controla a JBS.

Senador Ataídes Oliveira, presidente da CPI da JBS Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A CPI perdeu sentido após a rescisão do acordo de delação e prisão de executivos da J&F?

Ao contrário. Agora nos deu mais entusiasmo e determinação para ir a fundo e trazer à tona a negociação da delação superpremiada. Tirar esse manto que ainda há sobre a delação.

O sr. vê necessidade de rever a legislação que trata de delação?

O instituto da delação muitíssimo me agrada. Se não fosse essa lei, a impunidade iria continuar reinando. Entretanto, não há nada que seja bom que não possa ser melhorado. Acredito que, ao fim dos trabalhos da CPI mista, haverá possibilidade de melhorar a lei. A história da quarentena para membros que deixam o Ministério Público, por exemplo.

O sub-relator, deputado Delegado Francischini (SD-PR), defende aval da PF para acordos de delação. O sr. concorda?

Estou plenamente de acordo. Não pode uma delação ser autorizada sem a participação da PF. Fica manco.

E sobre limites a benefícios e a restrição para assinatura de acordo por presos provisoriamente?

Se não fosse essa prisão preventiva, a Lava Jato não existiria mais. A prisão preventiva é fundamental para a investigação dos fatos. Ninguém é preso preventivamente por estar numa igreja rezando. Podemos melhorar a legislação e essa parte pode ser melhorada, mas ela me agrada. É a forma de se chegar aos fatos.

A CPI tem relator da tropa de choque de Temer e maioria da base. É controlada pelo governo?

Não sou funcionário do Planalto nem do PSDB. Sou extremamente independente. Não tenho um pingo de vaidade pelo poder, zero. Como presidente da CPI mista, jamais estaria a serviço do Planalto.

Quem deve ser ouvido?

Por enquanto devemos começar pelos procuradores Angelo Goulart e Marcello Miller.

E delatados, como Rodrigo Rocha Loures e Aécio Neves?

Não sei se tem requerimento para eles. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Não vamos chamar agora o Lula nem a Dilma. O momento não é para chamá-los. Como presidente, eu poderia já pautar esses requerimentos, que já estão feitos. Mas não quero que a CPI mista vire palco de discurso político.

Ouvir os delatados não seria uma forma de esclarecer?

Sem dúvida. Vamos ouvir os delatados, além do Joesley e Wesley (Batista), o Ricardo Saud (ex-executivo da J&F), outros mais. Mas é muita gente.

E o Rocha Loures?

Não fiz o requerimento, mas acredito que tenha. Se tiver, vamos ouvir também.

O senador Aécio Neves também se enquadra nessa lógica?

Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida. 

BRASÍLIA - O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse ao Estado que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) podem ser ouvidos na comissão. “Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida.” Ambos são citados na delação do Grupo J&F, que controla a JBS.

Senador Ataídes Oliveira, presidente da CPI da JBS Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A CPI perdeu sentido após a rescisão do acordo de delação e prisão de executivos da J&F?

Ao contrário. Agora nos deu mais entusiasmo e determinação para ir a fundo e trazer à tona a negociação da delação superpremiada. Tirar esse manto que ainda há sobre a delação.

O sr. vê necessidade de rever a legislação que trata de delação?

O instituto da delação muitíssimo me agrada. Se não fosse essa lei, a impunidade iria continuar reinando. Entretanto, não há nada que seja bom que não possa ser melhorado. Acredito que, ao fim dos trabalhos da CPI mista, haverá possibilidade de melhorar a lei. A história da quarentena para membros que deixam o Ministério Público, por exemplo.

O sub-relator, deputado Delegado Francischini (SD-PR), defende aval da PF para acordos de delação. O sr. concorda?

Estou plenamente de acordo. Não pode uma delação ser autorizada sem a participação da PF. Fica manco.

E sobre limites a benefícios e a restrição para assinatura de acordo por presos provisoriamente?

Se não fosse essa prisão preventiva, a Lava Jato não existiria mais. A prisão preventiva é fundamental para a investigação dos fatos. Ninguém é preso preventivamente por estar numa igreja rezando. Podemos melhorar a legislação e essa parte pode ser melhorada, mas ela me agrada. É a forma de se chegar aos fatos.

A CPI tem relator da tropa de choque de Temer e maioria da base. É controlada pelo governo?

Não sou funcionário do Planalto nem do PSDB. Sou extremamente independente. Não tenho um pingo de vaidade pelo poder, zero. Como presidente da CPI mista, jamais estaria a serviço do Planalto.

Quem deve ser ouvido?

Por enquanto devemos começar pelos procuradores Angelo Goulart e Marcello Miller.

E delatados, como Rodrigo Rocha Loures e Aécio Neves?

Não sei se tem requerimento para eles. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Não vamos chamar agora o Lula nem a Dilma. O momento não é para chamá-los. Como presidente, eu poderia já pautar esses requerimentos, que já estão feitos. Mas não quero que a CPI mista vire palco de discurso político.

Ouvir os delatados não seria uma forma de esclarecer?

Sem dúvida. Vamos ouvir os delatados, além do Joesley e Wesley (Batista), o Ricardo Saud (ex-executivo da J&F), outros mais. Mas é muita gente.

E o Rocha Loures?

Não fiz o requerimento, mas acredito que tenha. Se tiver, vamos ouvir também.

O senador Aécio Neves também se enquadra nessa lógica?

Se alguém aparecer com requerimento, vou colocar em votação. Não há dúvida. 

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