O relatório final da CPI dos Correios vai propor ao Ministério Público o indiciamento ao Ministério Público do economista Lúcio Bolonha Funaro que, de acordo com as investigações da Comissão, teria dado prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sub-relator de fundos de pensão da CPI dos Correios, enviou à Polícia Federal e à Interpol pedido para que o empresário, que faltou nesta segunda-feira à terceira convocação, seja encontrado e levado para depor na Comissão. "Ele (Funaro) vai ser fortemente citado no relatório da CPI e terá seu indiciamento pedido, mesmo que não venha à Comissão", afirmou ACM Neto. No ofício à PF, o deputado solicita reforço "nas ações para localizar" o ex-dono da corretora Guaranhus, empresa que teria sido usada pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para repassar cerca de R$ 7 milhões ao PL do ex-deputado Valdemar da Costa Neto (SP). Funaro alega que vendeu à Guaranhus em 2001, antes dos repasses de recursos feitos ao esquema montado por Valério. Apontado como doleiro e considerado operador do ex-tesoureiro do PSDB Ricardo Sérgio, Lúcio Funaro está sumido e não compareceu a nenhuma das três convocações da CPI dos Correios. A suspeita é que ele não esteja no Brasil e, por isso, a Comissão solicitou também a ajuda da Interpol para encontrá-lo. "Se ele (Funaro) não vier, vai ser pior para ele. Ele será indiciado sem ter dado sua versão para os fatos", disse ACM Neto.
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