Após quase 11 horas de sessão, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou por 6 votos a 5 o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão da madrugada desta quinta-feira, 5, abriu caminho para a prisão do petista e repercutiu em jornais do mundo todo.
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O americano The New York Times publicou em seu site uma matéria com o título “Lula, ex-presidente brasileiro, pode ser preso, decide Corte”. O texto ressalta que o país ainda está “profundamente dividido em razão do impeachment da antecessora de Lula, Dilma Rousseff, retirada do cargo em 2016”.
O também americano The Washington Post publicou o texto “Suprema Corte do Brasil decide que Lula enfrentará prisão antes de continuar a apelação”, mencionando os atos em Brasília e em São Paulo a favor e contra o petista.
O britânico The Guardian focou no possível encarceramento do ex-presidente após a rejeição do habeas corpus preventivo em que ele pedia para exaurir recursos a todas as instâncias em liberdade.
A emissora britânica BBC chamou atenção para a proximidade de uma eventual prisão de Lula e sobre os impactos que ela terá nas eleições deste ano. Sobre o julgamento, a rede ressaltou a “maratona do Supremo que terminou na madrugada desta quinta-feira”.
O espanhol El País afirmou que, apesar de o Brasil ser o “reino do imprevisível, dos meandros burocráticos, das reviravoltas de última hora, tudo indica que Lula está a ponto de ser tornar um presidiário nos próximos dias”.
Com o título “Lula: o Partido dos Trabalhadores brasileiro, órfão de seu herói”, o francês Le Monde falou sobre a esquerda no Brasil e de seu principal partido, ressaltando que “a condenação do ex-presidente Lula à prisão fragiliza a grande formação da esquerda”.
O também francês Le Figaro trouxe a manchete “Brasil: Lula às portas da prisão” e relembrou a trajetória do petista na política brasileira.
O italiano Corriere della Serra deu pouco destaque ao assunto, mas no texto “Lula a um passo da prisão” relembrou a popularidade de Lula e falou sobre sua, até então, participação nas eleições de outubro.
O argentino Clarín deu destaque para o assunto em seu site com a chamada “Golpe a Lula da Silva: a Corte decidiu contra e ele pode ser preso”. O jornal explicou voto a voto dos juízes e afirmou que o “fracasso do líder do PT não tem ligação com ‘o cerne da questão’. Segundo a maioria dos magistrados do Supremo Tribunal Federal, o que esteve em discussão era se mantinha ou não a cláusula do STF, votada em 2016, sobre o encarceramento de um réu depois de duas sentenças condenatórias”.
Condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá, Lula aguarda agora último recurso no próprio tribunal.
Coube à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, o voto de desempate, negando o pedido do ex-presidente. Votaram contra o habeas corpus, além de Cármen, os ministros Edson Fachin, relator do caso, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
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O habeas corpus preventivo para o ex-presidente Lula foi negado pelo Supremo Tribunal Federal. O julgamento terminou na madrugada desta quinta-feira. Agora, a execução da prisão depende do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.