A defesa do italiano Cesare Battisti pediu hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela quarta vez, a libertação do ex-extremista de esquerda. Battisti está preso em Brasília. Também hoje um grupo de deputados italianos desembarcou na capital brasileira para fazer lobby junto às autoridades pela extradição de Battisti. O ministro da Justiça, Tarso Genro, não quis receber os parlamentares italianos, que têm encontros marcados para quarta-feira com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). "Viemos pedir o reexame para a extradição de Cesare Battisti", afirmou o deputado Domenico Scilipoti, do partido Italia di Valori, que chefia a missão de quatro parlamentares italianos. Ao mesmo tempo, num documento protocolado no STF, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh afirma que seu cliente, Cesare Battisti, está sofrendo prejuízos porque conseguiu o status de refugiado há um mês, mas continua preso aguardando o julgamento de um pedido de extradição feito pelo governo italiano, que o acusa de envolvimento com quatro assassinatos. "Trata-se de questão urgente, relativa à liberdade de um refugiado e ao pleno exercício desse status", afirmou Greenhalgh. O advogado reclamou do comportamento do governo italiano, que recentemente se manifestou sobre o processo de extradição e protocolou um mandado de segurança no Supremo contestando o ato de Genro de conceder refúgio a Battisti. Ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália como autor e coautor de quatro homicídios. Ele foi preso em março de 2007 pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro. Logo depois, foi transferido para Brasília.
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