Delator relata propina de Furnas a Aécio


Delcídio afirma que o presidente nacional do PSDB foi beneficiário de esquema de corrupção na estatal e agiu para favorecer Banco Rural

Por Mateus Coutinho, Gustavo Aguiar, Isadora Peron e Adriano Ceolin

Brasília - Em sua delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) disse que “sem dúvida” o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu propina em um esquema de corrupção na estatal de energia Furnas Centrais Elétricas, que, segundo o delator, era semelhante ao da Petrobrás – envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.

Delcídio também disse que o tucano, quando era governador de Minas, agiu para alterar dados bancários do Banco Rural, do esquema do mensalão, que poderiam atingi-lo e a seus aliados.

O ex-líder do governo é o terceiro delator da Lava Jato que implica o tucano com a estatal de energia. Ao contrário dos outros, contudo, Delcídio conhece o ex-diretor de engenharia de Furnas, Dimas Toledo, apontado como o responsável pelo esquema de corrupção, e disse ter ouvido do próprio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que Aécio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.

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“Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito!”, teria dito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme relato do delator. Delcídio afirma que seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos a três partidos importantes (PP, PSDB e PT). “Pode afirmar categoricamente que o esquema funcionava de maneira bastante ‘azeitada’ e de maneira bastante competente; que não há dúvida nenhuma que o esquema existia; que Dimas era muito competente e era muito difícil perceber o esquema ilícito, mesmo para os demais diretores.”

Segundo Delcídio, o próprio PT e o PP, por meio de José Janene (que morreu em 2010), também desviavam recursos da estatal de energia, em um esquema que teria durado “até uns quatro anos atrás”, quando Dilma mudou as diretorias da estatal pois, segundo o delator, “a coisa passou da conta”.

A versão vai de encontro ao que o doleiro e também delator da Lava Jato Alberto Youssef afirmou aos investigadores sobre Aécio. De acordo com Youssef, o tucano teria recebido R$ 4 milhões em propina da diretoria de Toledo dividida com o PP de Janene. Na ocasião, a citação foi arquivada. O lobista Fernando Moura, que também prestou delação recente, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que havia uma divisão de propina na diretoria de Furnas, sendo “um terço” para Aécio, um terço para o PT e um terço para o PP.

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Rural. Delcídio disse ainda que o tucano atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão. Além disso, o delator também disse ter ouvido que o tucano mantém conta no paraíso fiscal de Liechtenstein.

Delcídio admitiu ter “segurado a barra” para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que “atingiriam em cheio” o atual presidente do PSDB e seus aliados, como o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

Segundo o delator, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural “curiosamente” começou a surgir “um certo incômodo por parte do PSDB”. Um destes incomodados seria Aécio teria escalado Eduardo Paes, na época secretário-geral do PSDB, como emissário para que os prazos para a quebra de sigilos do banco fossem prorrogados.

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Liechtenstein. Delcídio relatou ainda ter ouvido de Janene, que o tucano era beneficiário “de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves”, relatou Delcídio, sem dar mais detalhes. (Colaboraram Beatriz Bulla, Eduardo Rodrigues e Fábio Fabrini)

Brasília - Em sua delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) disse que “sem dúvida” o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu propina em um esquema de corrupção na estatal de energia Furnas Centrais Elétricas, que, segundo o delator, era semelhante ao da Petrobrás – envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.

Delcídio também disse que o tucano, quando era governador de Minas, agiu para alterar dados bancários do Banco Rural, do esquema do mensalão, que poderiam atingi-lo e a seus aliados.

O ex-líder do governo é o terceiro delator da Lava Jato que implica o tucano com a estatal de energia. Ao contrário dos outros, contudo, Delcídio conhece o ex-diretor de engenharia de Furnas, Dimas Toledo, apontado como o responsável pelo esquema de corrupção, e disse ter ouvido do próprio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que Aécio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.

“Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito!”, teria dito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme relato do delator. Delcídio afirma que seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos a três partidos importantes (PP, PSDB e PT). “Pode afirmar categoricamente que o esquema funcionava de maneira bastante ‘azeitada’ e de maneira bastante competente; que não há dúvida nenhuma que o esquema existia; que Dimas era muito competente e era muito difícil perceber o esquema ilícito, mesmo para os demais diretores.”

Segundo Delcídio, o próprio PT e o PP, por meio de José Janene (que morreu em 2010), também desviavam recursos da estatal de energia, em um esquema que teria durado “até uns quatro anos atrás”, quando Dilma mudou as diretorias da estatal pois, segundo o delator, “a coisa passou da conta”.

A versão vai de encontro ao que o doleiro e também delator da Lava Jato Alberto Youssef afirmou aos investigadores sobre Aécio. De acordo com Youssef, o tucano teria recebido R$ 4 milhões em propina da diretoria de Toledo dividida com o PP de Janene. Na ocasião, a citação foi arquivada. O lobista Fernando Moura, que também prestou delação recente, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que havia uma divisão de propina na diretoria de Furnas, sendo “um terço” para Aécio, um terço para o PT e um terço para o PP.

Rural. Delcídio disse ainda que o tucano atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão. Além disso, o delator também disse ter ouvido que o tucano mantém conta no paraíso fiscal de Liechtenstein.

Delcídio admitiu ter “segurado a barra” para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que “atingiriam em cheio” o atual presidente do PSDB e seus aliados, como o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

Segundo o delator, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural “curiosamente” começou a surgir “um certo incômodo por parte do PSDB”. Um destes incomodados seria Aécio teria escalado Eduardo Paes, na época secretário-geral do PSDB, como emissário para que os prazos para a quebra de sigilos do banco fossem prorrogados.

Liechtenstein. Delcídio relatou ainda ter ouvido de Janene, que o tucano era beneficiário “de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves”, relatou Delcídio, sem dar mais detalhes. (Colaboraram Beatriz Bulla, Eduardo Rodrigues e Fábio Fabrini)

Brasília - Em sua delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) disse que “sem dúvida” o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu propina em um esquema de corrupção na estatal de energia Furnas Centrais Elétricas, que, segundo o delator, era semelhante ao da Petrobrás – envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.

Delcídio também disse que o tucano, quando era governador de Minas, agiu para alterar dados bancários do Banco Rural, do esquema do mensalão, que poderiam atingi-lo e a seus aliados.

O ex-líder do governo é o terceiro delator da Lava Jato que implica o tucano com a estatal de energia. Ao contrário dos outros, contudo, Delcídio conhece o ex-diretor de engenharia de Furnas, Dimas Toledo, apontado como o responsável pelo esquema de corrupção, e disse ter ouvido do próprio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que Aécio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.

“Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito!”, teria dito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme relato do delator. Delcídio afirma que seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos a três partidos importantes (PP, PSDB e PT). “Pode afirmar categoricamente que o esquema funcionava de maneira bastante ‘azeitada’ e de maneira bastante competente; que não há dúvida nenhuma que o esquema existia; que Dimas era muito competente e era muito difícil perceber o esquema ilícito, mesmo para os demais diretores.”

Segundo Delcídio, o próprio PT e o PP, por meio de José Janene (que morreu em 2010), também desviavam recursos da estatal de energia, em um esquema que teria durado “até uns quatro anos atrás”, quando Dilma mudou as diretorias da estatal pois, segundo o delator, “a coisa passou da conta”.

A versão vai de encontro ao que o doleiro e também delator da Lava Jato Alberto Youssef afirmou aos investigadores sobre Aécio. De acordo com Youssef, o tucano teria recebido R$ 4 milhões em propina da diretoria de Toledo dividida com o PP de Janene. Na ocasião, a citação foi arquivada. O lobista Fernando Moura, que também prestou delação recente, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que havia uma divisão de propina na diretoria de Furnas, sendo “um terço” para Aécio, um terço para o PT e um terço para o PP.

Rural. Delcídio disse ainda que o tucano atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão. Além disso, o delator também disse ter ouvido que o tucano mantém conta no paraíso fiscal de Liechtenstein.

Delcídio admitiu ter “segurado a barra” para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que “atingiriam em cheio” o atual presidente do PSDB e seus aliados, como o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

Segundo o delator, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural “curiosamente” começou a surgir “um certo incômodo por parte do PSDB”. Um destes incomodados seria Aécio teria escalado Eduardo Paes, na época secretário-geral do PSDB, como emissário para que os prazos para a quebra de sigilos do banco fossem prorrogados.

Liechtenstein. Delcídio relatou ainda ter ouvido de Janene, que o tucano era beneficiário “de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves”, relatou Delcídio, sem dar mais detalhes. (Colaboraram Beatriz Bulla, Eduardo Rodrigues e Fábio Fabrini)

Brasília - Em sua delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) disse que “sem dúvida” o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu propina em um esquema de corrupção na estatal de energia Furnas Centrais Elétricas, que, segundo o delator, era semelhante ao da Petrobrás – envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.

Delcídio também disse que o tucano, quando era governador de Minas, agiu para alterar dados bancários do Banco Rural, do esquema do mensalão, que poderiam atingi-lo e a seus aliados.

O ex-líder do governo é o terceiro delator da Lava Jato que implica o tucano com a estatal de energia. Ao contrário dos outros, contudo, Delcídio conhece o ex-diretor de engenharia de Furnas, Dimas Toledo, apontado como o responsável pelo esquema de corrupção, e disse ter ouvido do próprio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que Aécio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.

“Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito!”, teria dito o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme relato do delator. Delcídio afirma que seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos a três partidos importantes (PP, PSDB e PT). “Pode afirmar categoricamente que o esquema funcionava de maneira bastante ‘azeitada’ e de maneira bastante competente; que não há dúvida nenhuma que o esquema existia; que Dimas era muito competente e era muito difícil perceber o esquema ilícito, mesmo para os demais diretores.”

Segundo Delcídio, o próprio PT e o PP, por meio de José Janene (que morreu em 2010), também desviavam recursos da estatal de energia, em um esquema que teria durado “até uns quatro anos atrás”, quando Dilma mudou as diretorias da estatal pois, segundo o delator, “a coisa passou da conta”.

A versão vai de encontro ao que o doleiro e também delator da Lava Jato Alberto Youssef afirmou aos investigadores sobre Aécio. De acordo com Youssef, o tucano teria recebido R$ 4 milhões em propina da diretoria de Toledo dividida com o PP de Janene. Na ocasião, a citação foi arquivada. O lobista Fernando Moura, que também prestou delação recente, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que havia uma divisão de propina na diretoria de Furnas, sendo “um terço” para Aécio, um terço para o PT e um terço para o PP.

Rural. Delcídio disse ainda que o tucano atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios. Presidida por Delcídio em 2005, a comissão investigou o mensalão. Além disso, o delator também disse ter ouvido que o tucano mantém conta no paraíso fiscal de Liechtenstein.

Delcídio admitiu ter “segurado a barra” para que não viesse à tona a movimentação financeira das empresas de Marcos Valério no Banco Rural que “atingiriam em cheio” o atual presidente do PSDB e seus aliados, como o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo Delcídio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando Aécio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avião do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

Segundo o delator, quando a comissão determinou a quebra de sigilo do Banco Rural “curiosamente” começou a surgir “um certo incômodo por parte do PSDB”. Um destes incomodados seria Aécio teria escalado Eduardo Paes, na época secretário-geral do PSDB, como emissário para que os prazos para a quebra de sigilos do banco fossem prorrogados.

Liechtenstein. Delcídio relatou ainda ter ouvido de Janene, que o tucano era beneficiário “de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves”, relatou Delcídio, sem dar mais detalhes. (Colaboraram Beatriz Bulla, Eduardo Rodrigues e Fábio Fabrini)

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