Depoimento na CPI deve ser fechado


Parlamentares avaliam se Costa será ouvido em sessão sigilosa, para não comprometer acordo de delação premiada em negociação

Por BRASÍLIA

Integrantes da CPI Mista da Petrobrás avaliam se o depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, marcado para as 14h de quarta-feira, deve ser realizado em sessão fechada, em função da cláusula de confidencialidade do acordo de delação premiada. Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki afirmou que a comissão tem poderes para convocar testemunhas sem precisar de autorização judicial prévia.

"O Congresso tem a prerrogativa constitucional de ouvi-lo sem caracterizar quebra de sigilo. E se essa for a condição para que o diretor fale, a sessão será fechada", afirmou ontem o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), autor de pedidos de quebra de sigilo bancário de Costa e de outros ex-dirigentes da Petrobrás.

Segundo o parlamentar, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, não vê problema na ida de Costa à CPI, diante da conclusão do ministro do Supremo. O ex-diretor está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de escolta para ir depor em Brasília. Ele será conduzido por dez agentes da PF.

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Em junho, Costa prestou depoimento à CPI exclusiva do Senado, quando estava em liberdade após a primeira prisão em decorrência da Lava Jato. Na ocasião, Costa destacou o relacionamento "multipartidário" que manteve nos oito anos em que foi diretor da Petrobrás e negou a existência de uma rede de financiamento de partidos e políticos. No acordo de delação premiada, o ex-dirigente apontou a existência de um esquema dentro da estatal que teria beneficiado parlamentares e ex-governadores.

O primeiro depoimento de Costa foi acompanhado por apenas cinco parlamentares da base aliada. A CPI exclusiva do Senado é boicotada pela oposição, por considerá-la "chapa branca". Agora, deputados e senadores governistas e da oposição devem participar da sessão. "O mundo político está alvoroçado, com medo do que pode sair dessa CPMI", disse Francischini.

Decisão na hora.

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O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que a decisão pela forma como se dará a sessão será tomada momentos antes de ela começar. A intenção, de acordo com o senador, é fazer com que o depoimento de Costa seja aberto. "Mas, se houver conveniência, se for fundamental para a continuidade da apuração dos fatos, acredito que a comissão deliberará pelo fechamento da CPMI", afirmou o senador. "Há clima para deliberação na hora, ou seja, não vamos fechar questão antecipadamente."

Para Agripino, os próximos passos serão fundamentais para que a CPMI, e a própria oposição, ganhem musculatura. Por enquanto, argumentou, os governistas que participaram dos depoimentos no Congresso se limitaram a fazer pronunciamentos tipo "flor de laranjeira" nos questionamentos aos depoentes. Fora isso, lembrou o senador, foi pedido ao Supremo o compartilhamento dos dados disponibilizados por Costa no processo de delação.

Em seu despacho, Zavascki ressaltou que devem ser assegurados direitos constitucionais ao ex-diretor da Petrobrás, como a de não produzir provas contra si próprio. Com base em jurisprudência consolidada do STF, convocados por CPIs podem ficar em silêncio.

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/ IRANY TEREZA, CÉLIA FROUFE, SANDRA MANFRINI e MARIÂNGELA GALLUCCI

Integrantes da CPI Mista da Petrobrás avaliam se o depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, marcado para as 14h de quarta-feira, deve ser realizado em sessão fechada, em função da cláusula de confidencialidade do acordo de delação premiada. Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki afirmou que a comissão tem poderes para convocar testemunhas sem precisar de autorização judicial prévia.

"O Congresso tem a prerrogativa constitucional de ouvi-lo sem caracterizar quebra de sigilo. E se essa for a condição para que o diretor fale, a sessão será fechada", afirmou ontem o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), autor de pedidos de quebra de sigilo bancário de Costa e de outros ex-dirigentes da Petrobrás.

Segundo o parlamentar, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, não vê problema na ida de Costa à CPI, diante da conclusão do ministro do Supremo. O ex-diretor está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de escolta para ir depor em Brasília. Ele será conduzido por dez agentes da PF.

Em junho, Costa prestou depoimento à CPI exclusiva do Senado, quando estava em liberdade após a primeira prisão em decorrência da Lava Jato. Na ocasião, Costa destacou o relacionamento "multipartidário" que manteve nos oito anos em que foi diretor da Petrobrás e negou a existência de uma rede de financiamento de partidos e políticos. No acordo de delação premiada, o ex-dirigente apontou a existência de um esquema dentro da estatal que teria beneficiado parlamentares e ex-governadores.

O primeiro depoimento de Costa foi acompanhado por apenas cinco parlamentares da base aliada. A CPI exclusiva do Senado é boicotada pela oposição, por considerá-la "chapa branca". Agora, deputados e senadores governistas e da oposição devem participar da sessão. "O mundo político está alvoroçado, com medo do que pode sair dessa CPMI", disse Francischini.

Decisão na hora.

O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que a decisão pela forma como se dará a sessão será tomada momentos antes de ela começar. A intenção, de acordo com o senador, é fazer com que o depoimento de Costa seja aberto. "Mas, se houver conveniência, se for fundamental para a continuidade da apuração dos fatos, acredito que a comissão deliberará pelo fechamento da CPMI", afirmou o senador. "Há clima para deliberação na hora, ou seja, não vamos fechar questão antecipadamente."

Para Agripino, os próximos passos serão fundamentais para que a CPMI, e a própria oposição, ganhem musculatura. Por enquanto, argumentou, os governistas que participaram dos depoimentos no Congresso se limitaram a fazer pronunciamentos tipo "flor de laranjeira" nos questionamentos aos depoentes. Fora isso, lembrou o senador, foi pedido ao Supremo o compartilhamento dos dados disponibilizados por Costa no processo de delação.

Em seu despacho, Zavascki ressaltou que devem ser assegurados direitos constitucionais ao ex-diretor da Petrobrás, como a de não produzir provas contra si próprio. Com base em jurisprudência consolidada do STF, convocados por CPIs podem ficar em silêncio.

/ IRANY TEREZA, CÉLIA FROUFE, SANDRA MANFRINI e MARIÂNGELA GALLUCCI

Integrantes da CPI Mista da Petrobrás avaliam se o depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, marcado para as 14h de quarta-feira, deve ser realizado em sessão fechada, em função da cláusula de confidencialidade do acordo de delação premiada. Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki afirmou que a comissão tem poderes para convocar testemunhas sem precisar de autorização judicial prévia.

"O Congresso tem a prerrogativa constitucional de ouvi-lo sem caracterizar quebra de sigilo. E se essa for a condição para que o diretor fale, a sessão será fechada", afirmou ontem o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), autor de pedidos de quebra de sigilo bancário de Costa e de outros ex-dirigentes da Petrobrás.

Segundo o parlamentar, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, não vê problema na ida de Costa à CPI, diante da conclusão do ministro do Supremo. O ex-diretor está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de escolta para ir depor em Brasília. Ele será conduzido por dez agentes da PF.

Em junho, Costa prestou depoimento à CPI exclusiva do Senado, quando estava em liberdade após a primeira prisão em decorrência da Lava Jato. Na ocasião, Costa destacou o relacionamento "multipartidário" que manteve nos oito anos em que foi diretor da Petrobrás e negou a existência de uma rede de financiamento de partidos e políticos. No acordo de delação premiada, o ex-dirigente apontou a existência de um esquema dentro da estatal que teria beneficiado parlamentares e ex-governadores.

O primeiro depoimento de Costa foi acompanhado por apenas cinco parlamentares da base aliada. A CPI exclusiva do Senado é boicotada pela oposição, por considerá-la "chapa branca". Agora, deputados e senadores governistas e da oposição devem participar da sessão. "O mundo político está alvoroçado, com medo do que pode sair dessa CPMI", disse Francischini.

Decisão na hora.

O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que a decisão pela forma como se dará a sessão será tomada momentos antes de ela começar. A intenção, de acordo com o senador, é fazer com que o depoimento de Costa seja aberto. "Mas, se houver conveniência, se for fundamental para a continuidade da apuração dos fatos, acredito que a comissão deliberará pelo fechamento da CPMI", afirmou o senador. "Há clima para deliberação na hora, ou seja, não vamos fechar questão antecipadamente."

Para Agripino, os próximos passos serão fundamentais para que a CPMI, e a própria oposição, ganhem musculatura. Por enquanto, argumentou, os governistas que participaram dos depoimentos no Congresso se limitaram a fazer pronunciamentos tipo "flor de laranjeira" nos questionamentos aos depoentes. Fora isso, lembrou o senador, foi pedido ao Supremo o compartilhamento dos dados disponibilizados por Costa no processo de delação.

Em seu despacho, Zavascki ressaltou que devem ser assegurados direitos constitucionais ao ex-diretor da Petrobrás, como a de não produzir provas contra si próprio. Com base em jurisprudência consolidada do STF, convocados por CPIs podem ficar em silêncio.

/ IRANY TEREZA, CÉLIA FROUFE, SANDRA MANFRINI e MARIÂNGELA GALLUCCI

Integrantes da CPI Mista da Petrobrás avaliam se o depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, marcado para as 14h de quarta-feira, deve ser realizado em sessão fechada, em função da cláusula de confidencialidade do acordo de delação premiada. Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki afirmou que a comissão tem poderes para convocar testemunhas sem precisar de autorização judicial prévia.

"O Congresso tem a prerrogativa constitucional de ouvi-lo sem caracterizar quebra de sigilo. E se essa for a condição para que o diretor fale, a sessão será fechada", afirmou ontem o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), autor de pedidos de quebra de sigilo bancário de Costa e de outros ex-dirigentes da Petrobrás.

Segundo o parlamentar, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, não vê problema na ida de Costa à CPI, diante da conclusão do ministro do Supremo. O ex-diretor está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de escolta para ir depor em Brasília. Ele será conduzido por dez agentes da PF.

Em junho, Costa prestou depoimento à CPI exclusiva do Senado, quando estava em liberdade após a primeira prisão em decorrência da Lava Jato. Na ocasião, Costa destacou o relacionamento "multipartidário" que manteve nos oito anos em que foi diretor da Petrobrás e negou a existência de uma rede de financiamento de partidos e políticos. No acordo de delação premiada, o ex-dirigente apontou a existência de um esquema dentro da estatal que teria beneficiado parlamentares e ex-governadores.

O primeiro depoimento de Costa foi acompanhado por apenas cinco parlamentares da base aliada. A CPI exclusiva do Senado é boicotada pela oposição, por considerá-la "chapa branca". Agora, deputados e senadores governistas e da oposição devem participar da sessão. "O mundo político está alvoroçado, com medo do que pode sair dessa CPMI", disse Francischini.

Decisão na hora.

O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), afirmou que a decisão pela forma como se dará a sessão será tomada momentos antes de ela começar. A intenção, de acordo com o senador, é fazer com que o depoimento de Costa seja aberto. "Mas, se houver conveniência, se for fundamental para a continuidade da apuração dos fatos, acredito que a comissão deliberará pelo fechamento da CPMI", afirmou o senador. "Há clima para deliberação na hora, ou seja, não vamos fechar questão antecipadamente."

Para Agripino, os próximos passos serão fundamentais para que a CPMI, e a própria oposição, ganhem musculatura. Por enquanto, argumentou, os governistas que participaram dos depoimentos no Congresso se limitaram a fazer pronunciamentos tipo "flor de laranjeira" nos questionamentos aos depoentes. Fora isso, lembrou o senador, foi pedido ao Supremo o compartilhamento dos dados disponibilizados por Costa no processo de delação.

Em seu despacho, Zavascki ressaltou que devem ser assegurados direitos constitucionais ao ex-diretor da Petrobrás, como a de não produzir provas contra si próprio. Com base em jurisprudência consolidada do STF, convocados por CPIs podem ficar em silêncio.

/ IRANY TEREZA, CÉLIA FROUFE, SANDRA MANFRINI e MARIÂNGELA GALLUCCI

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