Apagar das luzes


Por DORA KRAMER

Na primeira sessão de julgamento dos recursos que podem mudar alguma coisa nas penas de alguns condenados do mensalão os advogados de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino optaram por fazer a defesa política de seus clientes. Como quem diz: já que no julgamento o Supremo Tribunal Federal não obedeceu aos parâmetros legais e que tudo não passou de uma conspirata política, utilizemos as mesmas armas. Houve citação de pesquisas de opinião que, por apontarem a presidente Dilma Rousseff à frente dos adversários na próxima eleição, supostamente inocentavam os réus.Um dos defensores chegou a dizer que ele e os colegas haviam se arrependido de terem feito defesas técnicas. Deveriam ter trilhado antes o caminho do manifesto. Pois sim. Isso é bem mais fácil de dizer quando os clientes já estão condenados e nada mais pode ser feito para livrar os réus da prisão. Na fase em que ainda havia a possibilidade de absolvição o tratamento reservado aos juízes não era assim desassombrado. Agora, quando o que não tem remédio remediado está, não seria um advogado inflamado na tribuna apontando os "erros" da Corte que iria impressionar os ministros que nesta semana prosseguem e talvez concluam o julgamento dos embargos infringentes.Da mesma forma esses votos não alteram a realidade que teve mais um ciclo fechado com a decretação da prisão de Roberto Jefferson. Eles podem mudar, no máximo, o regime de cumprimento das penas, mas não mudam a condição de presidiários dos condenados.Estavam equivocadas as análises de que a aceitação por parte do STF de examinar os recursos dos que tiveram mais de quatro votos pela absolvição nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro significava anulação de tudo o que havia sido feito anteriormente. Caso haja redução de penas e o benefício de regime mais brando para alguns e possibilidade de progressão para liberdade condicional mais rápida para outros, tampouco isso deve justificar gritas contra o Tribunal. É a normalidade do processo legal.Processo este que agora está mesmo chegando ao fim. Não obstante uma pendência aqui, outra ali. Há a investigação do Ministério Público sobre as doações para o pagamento das multas dos petistas junto à Justiça (um êxito realmente esquisito diante do fracasso de um jantar para arrecadação, feito no ano passado) e há as dúvidas sobre o uso de telefone celular por José Dirceu e privilégios dados a Delúbio Soares dentro do presídio.As coisas já poderiam ter voltado ao normal não fosse a insistência do PT em resistir a uma situação que está resolvida. E tão mais bem solucionada para o partido estará se seus líderes e militantes desistirem dos gestos inúteis de confrontar o Supremo e agredir os fatos.Como ao PSDB também não interessa levar o assunto mensalão ao palanque devido ao processo em que é réu o ex-deputado Eduardo Azeredo, quanto mais calmo se mantiver o PT mais distante o assunto ficará da eleição.A menos, claro, que o ministro Joaquim Barbosa resolva, até o dia 5 de abril, entrar no jogo eleitoral. Dados de trabalho. Mais conhecido entre os eleitores das classes A e B, o senador Aécio Neves ainda é o famoso quem para aqueles cuja renda familiar os enquadra nas categorias C, D e E. Eles serão, claro, forte foco do PSDB daqui em diante - que também concentra esforços na faixa dos jovens entre 18 e 28 anos onde se concentram 54% do eleitorado. De ordem legal. Só para constar: candidatos podem ser trocados até dez dias antes da data da eleição. Não há inferência política nessa informação. Apenas um lembrete de que trata a legislação em vigor.

Na primeira sessão de julgamento dos recursos que podem mudar alguma coisa nas penas de alguns condenados do mensalão os advogados de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino optaram por fazer a defesa política de seus clientes. Como quem diz: já que no julgamento o Supremo Tribunal Federal não obedeceu aos parâmetros legais e que tudo não passou de uma conspirata política, utilizemos as mesmas armas. Houve citação de pesquisas de opinião que, por apontarem a presidente Dilma Rousseff à frente dos adversários na próxima eleição, supostamente inocentavam os réus.Um dos defensores chegou a dizer que ele e os colegas haviam se arrependido de terem feito defesas técnicas. Deveriam ter trilhado antes o caminho do manifesto. Pois sim. Isso é bem mais fácil de dizer quando os clientes já estão condenados e nada mais pode ser feito para livrar os réus da prisão. Na fase em que ainda havia a possibilidade de absolvição o tratamento reservado aos juízes não era assim desassombrado. Agora, quando o que não tem remédio remediado está, não seria um advogado inflamado na tribuna apontando os "erros" da Corte que iria impressionar os ministros que nesta semana prosseguem e talvez concluam o julgamento dos embargos infringentes.Da mesma forma esses votos não alteram a realidade que teve mais um ciclo fechado com a decretação da prisão de Roberto Jefferson. Eles podem mudar, no máximo, o regime de cumprimento das penas, mas não mudam a condição de presidiários dos condenados.Estavam equivocadas as análises de que a aceitação por parte do STF de examinar os recursos dos que tiveram mais de quatro votos pela absolvição nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro significava anulação de tudo o que havia sido feito anteriormente. Caso haja redução de penas e o benefício de regime mais brando para alguns e possibilidade de progressão para liberdade condicional mais rápida para outros, tampouco isso deve justificar gritas contra o Tribunal. É a normalidade do processo legal.Processo este que agora está mesmo chegando ao fim. Não obstante uma pendência aqui, outra ali. Há a investigação do Ministério Público sobre as doações para o pagamento das multas dos petistas junto à Justiça (um êxito realmente esquisito diante do fracasso de um jantar para arrecadação, feito no ano passado) e há as dúvidas sobre o uso de telefone celular por José Dirceu e privilégios dados a Delúbio Soares dentro do presídio.As coisas já poderiam ter voltado ao normal não fosse a insistência do PT em resistir a uma situação que está resolvida. E tão mais bem solucionada para o partido estará se seus líderes e militantes desistirem dos gestos inúteis de confrontar o Supremo e agredir os fatos.Como ao PSDB também não interessa levar o assunto mensalão ao palanque devido ao processo em que é réu o ex-deputado Eduardo Azeredo, quanto mais calmo se mantiver o PT mais distante o assunto ficará da eleição.A menos, claro, que o ministro Joaquim Barbosa resolva, até o dia 5 de abril, entrar no jogo eleitoral. Dados de trabalho. Mais conhecido entre os eleitores das classes A e B, o senador Aécio Neves ainda é o famoso quem para aqueles cuja renda familiar os enquadra nas categorias C, D e E. Eles serão, claro, forte foco do PSDB daqui em diante - que também concentra esforços na faixa dos jovens entre 18 e 28 anos onde se concentram 54% do eleitorado. De ordem legal. Só para constar: candidatos podem ser trocados até dez dias antes da data da eleição. Não há inferência política nessa informação. Apenas um lembrete de que trata a legislação em vigor.

Na primeira sessão de julgamento dos recursos que podem mudar alguma coisa nas penas de alguns condenados do mensalão os advogados de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino optaram por fazer a defesa política de seus clientes. Como quem diz: já que no julgamento o Supremo Tribunal Federal não obedeceu aos parâmetros legais e que tudo não passou de uma conspirata política, utilizemos as mesmas armas. Houve citação de pesquisas de opinião que, por apontarem a presidente Dilma Rousseff à frente dos adversários na próxima eleição, supostamente inocentavam os réus.Um dos defensores chegou a dizer que ele e os colegas haviam se arrependido de terem feito defesas técnicas. Deveriam ter trilhado antes o caminho do manifesto. Pois sim. Isso é bem mais fácil de dizer quando os clientes já estão condenados e nada mais pode ser feito para livrar os réus da prisão. Na fase em que ainda havia a possibilidade de absolvição o tratamento reservado aos juízes não era assim desassombrado. Agora, quando o que não tem remédio remediado está, não seria um advogado inflamado na tribuna apontando os "erros" da Corte que iria impressionar os ministros que nesta semana prosseguem e talvez concluam o julgamento dos embargos infringentes.Da mesma forma esses votos não alteram a realidade que teve mais um ciclo fechado com a decretação da prisão de Roberto Jefferson. Eles podem mudar, no máximo, o regime de cumprimento das penas, mas não mudam a condição de presidiários dos condenados.Estavam equivocadas as análises de que a aceitação por parte do STF de examinar os recursos dos que tiveram mais de quatro votos pela absolvição nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro significava anulação de tudo o que havia sido feito anteriormente. Caso haja redução de penas e o benefício de regime mais brando para alguns e possibilidade de progressão para liberdade condicional mais rápida para outros, tampouco isso deve justificar gritas contra o Tribunal. É a normalidade do processo legal.Processo este que agora está mesmo chegando ao fim. Não obstante uma pendência aqui, outra ali. Há a investigação do Ministério Público sobre as doações para o pagamento das multas dos petistas junto à Justiça (um êxito realmente esquisito diante do fracasso de um jantar para arrecadação, feito no ano passado) e há as dúvidas sobre o uso de telefone celular por José Dirceu e privilégios dados a Delúbio Soares dentro do presídio.As coisas já poderiam ter voltado ao normal não fosse a insistência do PT em resistir a uma situação que está resolvida. E tão mais bem solucionada para o partido estará se seus líderes e militantes desistirem dos gestos inúteis de confrontar o Supremo e agredir os fatos.Como ao PSDB também não interessa levar o assunto mensalão ao palanque devido ao processo em que é réu o ex-deputado Eduardo Azeredo, quanto mais calmo se mantiver o PT mais distante o assunto ficará da eleição.A menos, claro, que o ministro Joaquim Barbosa resolva, até o dia 5 de abril, entrar no jogo eleitoral. Dados de trabalho. Mais conhecido entre os eleitores das classes A e B, o senador Aécio Neves ainda é o famoso quem para aqueles cuja renda familiar os enquadra nas categorias C, D e E. Eles serão, claro, forte foco do PSDB daqui em diante - que também concentra esforços na faixa dos jovens entre 18 e 28 anos onde se concentram 54% do eleitorado. De ordem legal. Só para constar: candidatos podem ser trocados até dez dias antes da data da eleição. Não há inferência política nessa informação. Apenas um lembrete de que trata a legislação em vigor.

Na primeira sessão de julgamento dos recursos que podem mudar alguma coisa nas penas de alguns condenados do mensalão os advogados de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino optaram por fazer a defesa política de seus clientes. Como quem diz: já que no julgamento o Supremo Tribunal Federal não obedeceu aos parâmetros legais e que tudo não passou de uma conspirata política, utilizemos as mesmas armas. Houve citação de pesquisas de opinião que, por apontarem a presidente Dilma Rousseff à frente dos adversários na próxima eleição, supostamente inocentavam os réus.Um dos defensores chegou a dizer que ele e os colegas haviam se arrependido de terem feito defesas técnicas. Deveriam ter trilhado antes o caminho do manifesto. Pois sim. Isso é bem mais fácil de dizer quando os clientes já estão condenados e nada mais pode ser feito para livrar os réus da prisão. Na fase em que ainda havia a possibilidade de absolvição o tratamento reservado aos juízes não era assim desassombrado. Agora, quando o que não tem remédio remediado está, não seria um advogado inflamado na tribuna apontando os "erros" da Corte que iria impressionar os ministros que nesta semana prosseguem e talvez concluam o julgamento dos embargos infringentes.Da mesma forma esses votos não alteram a realidade que teve mais um ciclo fechado com a decretação da prisão de Roberto Jefferson. Eles podem mudar, no máximo, o regime de cumprimento das penas, mas não mudam a condição de presidiários dos condenados.Estavam equivocadas as análises de que a aceitação por parte do STF de examinar os recursos dos que tiveram mais de quatro votos pela absolvição nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro significava anulação de tudo o que havia sido feito anteriormente. Caso haja redução de penas e o benefício de regime mais brando para alguns e possibilidade de progressão para liberdade condicional mais rápida para outros, tampouco isso deve justificar gritas contra o Tribunal. É a normalidade do processo legal.Processo este que agora está mesmo chegando ao fim. Não obstante uma pendência aqui, outra ali. Há a investigação do Ministério Público sobre as doações para o pagamento das multas dos petistas junto à Justiça (um êxito realmente esquisito diante do fracasso de um jantar para arrecadação, feito no ano passado) e há as dúvidas sobre o uso de telefone celular por José Dirceu e privilégios dados a Delúbio Soares dentro do presídio.As coisas já poderiam ter voltado ao normal não fosse a insistência do PT em resistir a uma situação que está resolvida. E tão mais bem solucionada para o partido estará se seus líderes e militantes desistirem dos gestos inúteis de confrontar o Supremo e agredir os fatos.Como ao PSDB também não interessa levar o assunto mensalão ao palanque devido ao processo em que é réu o ex-deputado Eduardo Azeredo, quanto mais calmo se mantiver o PT mais distante o assunto ficará da eleição.A menos, claro, que o ministro Joaquim Barbosa resolva, até o dia 5 de abril, entrar no jogo eleitoral. Dados de trabalho. Mais conhecido entre os eleitores das classes A e B, o senador Aécio Neves ainda é o famoso quem para aqueles cuja renda familiar os enquadra nas categorias C, D e E. Eles serão, claro, forte foco do PSDB daqui em diante - que também concentra esforços na faixa dos jovens entre 18 e 28 anos onde se concentram 54% do eleitorado. De ordem legal. Só para constar: candidatos podem ser trocados até dez dias antes da data da eleição. Não há inferência política nessa informação. Apenas um lembrete de que trata a legislação em vigor.

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