A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição já montou a estratégia para o segundo turno, independentemente se o adversário for a ex-ministra Marina Silva (PSB) ou o senador Aécio Neves (PSDB). Os petistas vão procurar partidos que disputam o primeiro turno e que não estarão no segundo turno na tentativa de ampliar a aliança em torno da presidente, bem como dissidentes da base aliada do governo que apoiaram outras candidaturas no primeiro turno. O PMDB terá papel fundamental nisso. O vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional da sigla, tem mantido conversas com os dirigentes locais do partido que abriram dissidências. Caso Aécio Neves fique fora da disputa no segundo turno, o foco será atraí-los em Estados como Bahia, Ceará e Rio de Janeiro, que no primeiro turno ficaram ao lado do tucano. "O presidente Michel Temer está trabalhando isso desde o começo. Ele não cortou relações e diálogo com ninguém", diz o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS). Na hipótese de uma nova reviravolta na disputa, Temer deverá buscar diretórios peemedebistas hoje aliados da ex-ministra, a exemplo do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Para o PMDB, maior sigla da base aliada e com grande capilaridade no interior do País, costurar uma rede de aliados para o segundo turno aumentará o poder de barganha do partido no próximo mandato. O PMDB ocupa atualmente cinco ministérios, mas briga por mais espaço na Esplanda em um eventual segundo governo Dilma. "Vamos ampliar o apoio da sociedade e dos partidos", disse o coordenador da campanha de Dilma, ex-ministro Miguel Rossetto, para quem o cenário é otimista. "A História registra que o candidato vencedor no primeiro turno jamais perdeu a disputa no segundo", afirmou ele. Para garimpar mais votos, Dilma pretende se concentrar no Estado de São Paulo nos últimos dias da campanha, tanto na capital quanto no interior. O Estado tem cerca de 30% dos eleitores.
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