Derrotada no primeiro turno, a candidata Marina Silva (PSB) enfraqueceu no final e obteve 21% dos votos nas urnas. Entre erratas no plano de governo e falta de alianças estaduais estratégicas, veja cinco erros da campanha da ex-ministra:
1 - Alianças
Quando ainda era vice de Eduardo Campos, Marina se posicionou publicamente contra os palanques estaduais articulados pelo PSB em importantes colégios eleitorais, como São Paulo e Rio. Não fez os acenos necessários quando assumiu a candidatura.
2 - Recuos
Após lançar o programa de governo, considerado o grande trunfo da sua candidatura, fez correções no documento. Numa delas, recuou de propostas para a comunidade gay. Foi acusada de mudar de opinião por pressão do pastor Silas Malafaia.
3 - Falta de reação
Mesmo diante de forte artilharia vinda tanto do PT quanto do PSDB, Marina demorou para reagir aos ataques. Pressionada por seus assessores, decidiu subir o tom contra a presidente Dilma Rousseff somente na última semana da campanha eleitoral.
4 - Contradições
Defensora da nova política, Marina foi mais cobrada do que seus adversários para manter a coerência. Ao dividir palanque com Paulo Bornhausen, em SC, foi criticada por apoiar uma família ligada ao período da ditadura.
5 - Desorganização
A falta de traquejo político e a dificuldade de tomar decisões rápidas da equipe de Marina ficaram evidentes no dia a dia da campanha. As agendas da candidata eram sempre organizadas na véspera. Questões simples eram discutidas à exaustão até alcançar um consenso.